segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A diferença entre falsidade e reforma íntima?


Autor: 
Alexandre Ferreira
Por onde começarmos nossa Reforma íntima? Como tudo na vida, é preciso que tracemos objetivos e busquemos os caminhos mais fáceis para que possamos atingi-los.
Assim, quando somos duramente ofendidos e injustiçados, costumamos despertar nosso lado animal através: 1) do pensamento: quando sentimos ódio, revolta, etc, 2) da fala: quando nosso pensamentos transforma-se em palavras agressivas e de baixo calão e 3) da ação: quando deixamos todos nossos valores morais de lado e partimos para a agressão física, comportando-nos como nossos irmãozinhos ainda não dotados do dom divino do pensamento.
É obvio que não teremos sucesso se quisermos eliminar todas essas más inclinações de uma só vez. Assim, o passo primordial é deixar a agressividade física de lado. Quando alcançarmos esse objetivo, conseguindo dominar este impulso primário, estaremos prontos para almejar a realização do segundo objetivo: o domínio da fala.
Vencendo esse novo desafio, quando o pensamento negativo chegar até nós, saberemos nos calar, engolir as ofensas e, compreender que precisamos retribuir o ódio com o amor, deixando fluir de nossos lábios apenas palavras doces, sábias que poderão trazer algum proveito aos nossos opositores.
A partir daí, resta o mais difícil desafio: o controle do pensamento e do sentimento. Será a fase em que deveremos nos policiar constantemente para que nosso coração esteja sempre limpo das impurezas da mágoa, da revolta, da maledicência e de todos os outros sentimentos inferiores. Sabemos, entretanto, que esse é um estágio alcançado ainda por muito poucas pessoas encarnadas neste planeta de provas e expiação.
Nesse ponto, surge outro problema apontado por muitos: se é tão difícil deixarmos de pensar mal de alguém, de julgar as atitudes de nosso próximo e de não nos magoarmos com as ofensas e agressões sofridas... não estaremos sendo falsos quando pensamos e não falamos, sentimos e não agimos?
É importante refletirmos que a falsidade é uma característica com propósito negativo, ou seja, quando agirmos diferentemente do que pensamos para obter alguma vantagem pessoal que, muito provavelmente, irá prejudicar outras pessoas em um futuro próximo. Jamais quando o objetivo é melhorar o ambiente e as pessoas com as quais vivemos.
Não podemos pois, usar desta desculpa infundada para justificar a nossa covardia para enfrentarmos nossas próprias imperfeições e debilidades. Sabemos que essa é a luta mais difícil de nossas vidas - vencer a nós mesmos - mas é preciso que tenhamos a coragem de iniciar essa terrível batalha interior para que, através de nossos exemplos e de nossas atitudes, possamos colaborar para que, em breve, possa reinar em nosso planeta a paz, a harmonia e a fraternidade entre todas as criaturas.
"Ninguém susta golpes com pancadas de revide, tanto quanto ninguém apaga fogo a jorros de querosene." (Emmanuel)

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