sexta-feira, 23 de maio de 2014

Solidão – Saiba as diferenças entre viver sozinho e sentir-se sozinho

Solidão – Saiba as diferenças…


Solidão – Saiba as diferenças entre viver sozinho e sentir-se sozinho
Idoso só - arquivo VE
A solidão é um estado interno, a princípio um sentimento de que algo ou alguém está faltando. No vocabulário da língua portuguesa, a palavra “solidão” significa: estado de quem se sente ou está só. Segundo a psicologia, solidão é uma “doença traiçoeira” que nenhum aparelho da medicina consegue detectar e que provoca na maioria das vezes, reflexos na postura humana como:
- Isolamento
- Constante desânimo e indisposição
- Sentimentos de tristeza sem razão aparente
- Baixa auto estima
Atualmente muitas pessoas moram sozinhas e levam uma vida bastante independente. De acordo com a terapeuta e educadora psico-corporal pela Dinâmica Energética do Psiquismo (DEP) Elaine Lilli Fong, não podemos dizer que são pessoas solitárias, desde que elas se sintam em paz com essa situação. Entretanto, o que mostra é que o sentimento de solidão pode estar presente em qualquer lugar ou situação, como por exemplo, durante uma festa com os amigos, no trabalho e até mesmo dentro de casa com a própria família. Elaine relembra que cada ser humano vem sozinho ao mundo, passa pela vida como uma pessoa separada e morre sozinho. Que as fases da passagem pela vida física permitem muitas experiências, porém tudo é passageiro.
A terapeuta defende a idéia de que a separação, o estar só são apenas ilusões, pois nada se vai totalmente e nada está separado. Ficará sempre a lembrança no qual contém toda a experiência e vivência ocorrida, o que é muito rico.
Joanna de Ângelis, autora espiritual do livro “O Homem Integral”, psicografado pelo médium Divaldo Pereira Franco, afirma “[...] Solidão é espectro cruel que se origina nas paisagens do medo e que na atualidade, é um dos mais graves problemas que desafiam a cultura e a humanidade. O homem solitário é todo aquele que se diz em solidão, exceto nos casos patológicos, alguém que se receia encontrar, que evita descobrir-se, conhecer-se, assim ocultando a sua identidade na aparência de infeliz, de incompreendido e abandonado.” (FRANCO, Divaldo Pereira, O Homem Integral, Ed.LEAL, 2006, São Paulo)
Mulher só - arquivo VE
Para o espírito Hammed, no livro “As Dores da Alma”, psicografado pelo médium Francisco do Espírito Santo Neto, “[...] Sofremos de solidão toda vez que desprezamos as inerentes vocações e naturais tendências da alma [...] nos distanciamos do que realmente somos, criamos um autodesprezo, passando, a partir daí, a desenvolver um sentimento de solidão, mesmo rodeados das pessoas mais importantes e queridas de nossa vida.” (NETO, Francisco do Espírito Santo, As Dores da Alma, Ed. Boa Nova, 2000, São Paulo)
Os perigos da solidão
A psicóloga e especialista em psicossomática Rosemeire Zago, alerta sobre os perigos da solidão e afirma que quando as pessoas se sentem neste estado, estão mais propensas a recorrer ao uso de álcool, drogas ou comida em excesso em busca de uma fuga. Roseimeire alerta para o fato de que não é negando, nem fugindo do que se sente, o melhor caminho para se livrar de toda a dor. Segundo a psicóloga, o sentimento de solidão, na maioria das vezes, provoca muita angústia e traz um forte sentimento de auto-depreciação e insegurança, com pensamentos negativos freqüentes. Desta forma, ao invés de eliminar ou aliviar a angústia, permite que a mesma aumente ainda mais.
Rosemeire ainda esclarece que é preciso ter consciência de que não adianta manter esses pensamentos sobre si mesmo, que com certeza eles não refletem a realidade. Se trancar em casa e se isolar, deixando que o desespero e as lágrimas dominem a vida, não trará melhoras, ao contrário, só agrava esse momento tão delicado.
Ainda no livro “As Dores da Alma”, o espírito Hammed revela “[...] é preciso abandonarmos nossa compulsão de fazer-nos seres idealizados, nossa expectativa fantasiosa de perfeição e nosso modelo social de felicidade [...] Exterminamos o clima de pressão, de abandono, de tensão e de solidão que sentimos interiormente, para transportamo-nos para uma existência de satisfação íntima e para uma indescritível sensação de vitalidade.”
Especialistas alertam para a importância da observação dos sentimentos de solidão, independente de estar ou não sozinho (a) e, havendo atitudes de constante isolamento, é necessário buscar auxílio de um profissional da saúde, além de atividades que estimulem o bem estar e elevam a auto estima.
Você encontra este artigo aqui:


quinta-feira, 22 de maio de 2014

Solidão - Vídeo Pe Fábio

https://www.youtube.com/watch?v=ztB664zO508

Por que autoconhecimento é antídoto contra solidão


por Rosemeire Zago


"Creio que o maior antídoto para a solidão seja exatamente isso: autoconhecimento. Para isso, procure se observar mais, valorizar suas conquistas, identificar seus sentimentos, ouvir sua própria voz e respeitar aquilo que ouve e sente, aos poucos irá conhecendo um pouco mais sobre você mesmo e gostando desse ser especial que é você. Só se sente só quem não aprendeu a apreciar a própria companhia" Solidão. Todos nós de alguma forma já nos sentimos sozinhos. Ainda que muitos se ocupem em excesso para sequer sentir a falta da companhia de alguém, mesmo quem diz não ter tempo para se sentir sozinho, que solidão é sinal de depressão, doença, coisa para quem não tem amigos, família, com certeza já se sentiu só em alguma fase da vida, em alguma situação. Quem nunca ficou até mais tarde no trabalho apenas por não querer ir para casa? Ou saiu do trabalho e foi se encontrar com os amigos?
Quem nunca se sentiu só após uma separação? E quem nunca entrou em casa e foi logo ligando a TV, o rádio, o computador? Por querer saber as notícias, ouvir música, receber e-mails, conectar-se com outras pessoas? Não, essas podem até serem as justificativas que a maioria diz, mas lá no fundo, o que desejam mesmo é fugir da solidão. E o que significa estar só senão estarmos em nossa própria companhia?

É, a solidão é antes de tudo a oportunidade que temos de nos confrontar com tudo que está bem dentro de nós, e assim, nos conhecer, cada dia um pouco mais. Mas para algumas pessoas, talvez a maioria, estar consigo mesmo, se conhecer, é sentido como algo doloroso, difícil, e até mesmo, insuportável.

Muitos moram com outras pessoas, não porque gostam de estar com essas pessoas, mas para não se sentirem sós. Outros mantêm seus relacionamentos pelo mesmo motivo e não por sentirem amor com quem dividem a mesma casa e a mesma cama. Mas por qual motivo a solidão é tão temida, causando verdadeiro pânico, fazendo com que pessoas mantenham relacionamentos destrutivos, infelizes?

Desde pequenos somos ensinados a sermos amigos de todos, a quem devemos dividir nossos brinquedos, sermos bonzinhos; na adolescência o que mais desejamos é ter muitos amigos e com isso nos sentirmos aceitos; vamos crescendo, casamos, temos filhos, e conforme o tempo vai passando, surgem as separações, perdas, decepções, e por opção ou falta dela, muitos vão continuando seus caminhos sozinhos. Mas o que fazer com aquele, que até então, era um total desconhecido? Passamos anos valorizando o que os “outros” querem, sentem, falam, e parece que se esqueceram de nos ensinar a olhar para dentro de nós.

Aprender a ficar só traz autoconhecimento

Portanto, não se culpe se você não sabe ficar só, é natural. Mas sempre é tempo de aprender. Aprender a se ouvir, se conhecer. Como é natural também sentir medo de olhar para quem você sequer foi apresentado. Como querer conhecer alguém que só ouviu críticas a respeito de si, fazendo-o sentir que tudo que faz, pensa, fala, sente, é errado? Não, não é nada fácil!

A própria sociedade discrimina quem não tem tantos amigos, sendo muitas vezes taxado como anti-social. Os tímidos que o digam... como sofrem por serem mais fechados. Os extrovertidos sim, têm muitos amigos, parecem agradar a todos, e por isso são felizes. Será? Esses mesmos “alegres crônicos” também chegam em casa, e muitos se deparam com o silêncio como companhia. E será que continuam se sentindo tão bem quanto demonstram? Nem sempre. Sem falar que mesmo acompanhados podemos nos sentir sozinhos, e essa parece doer ainda mais. Que paradoxo, não? Quando estamos sós queremos companhia e, mesmo com companhia, continuamos a nos sentir sozinhos.

Mas o fato é, como lidar com a solidão? Será que o mais apropriado não seria: como lidar com nossa própria companhia? Nessa pergunta creio que já está a resposta. O fato não é como lidar com a solidão, mas, sim, como lidar com nós mesmos. Sim, é muito bom estarmos com outras pessoas, principalmente com aqueles que nos amam e que amamos também, mas nem sempre isso é possível e pelos mais diversos motivos. O que é preciso pensar é que não se pode estar na companhia, de quem quer que seja, apenas para não ficar só, isso sim é pura falta de coragem para olhar para dentro de si e enfrentar os mais diversos sentimentos que tal encontro poderá despertar.

A solidão pode doer para qualquer pessoa, mas dói muito mais em que não gosta de si mesmo, quem não se admira, não vê em si mesmo qualidades, quem não percebe seu próprio valor, não se ouve, não aprendeu a se amar e se respeitar. Creio que o maior antídoto para a solidão seja exatamente isso: autoconhecimento. Para isso, procure se observar mais, valorizar suas conquistas, identificar seus sentimentos, ouvir sua própria voz e respeitar aquilo que ouve e sente, aos poucos irá conhecendo um pouco mais sobre você mesmo e gostando desse ser especial que é você. Só se sente só quem não aprendeu a apreciar a própria companhia.


Sobre a vida, o amor e a solidão


Marcos Bueno
Psicólogo de orientação gestáltica e ericksoniana, fundador do NUP-GT de Uberlândia/MG, professor universitário, Mestre em Engenharia de Produção: Gestão da Inovação Tecnológica e Ambiental pelo PPGEP/UFSC, Especialista em Administração pela FGV e UFU/Université du Quebèc a Trois Rivières e formação em Psicologia pela UnG e ex-gerente de RH e Qualidade.
E-mail: mlbueno@brturbo.com

"São os sentimentos e as atitudes que promovem a ajuda, quando expressos, e não as opiniões ou os julgamentos sobre outra pessoa". Carl Rogers

Resumo: O texto foca três palavras essenciais para o ser humano à vida, o amor e a solidão.Sem vida não há o ser, sem amor a vida torna-se apenas um lamento amargo existencial e sem compreender a solidão como uma necessidade de encontro silencioso à vida perde seu sentido.
Palavras-chave: vida, amor, solidão e existência.


O ser humano vive a ânsia da vida. Num momento sonha em viver ansiosamente no presente como se fosse perdê-lo. Em outros momentos é escravo do desejo do futuro e esquece que não tem como garantir o amanhã, a não ser esperá-lo pacientemente, serenamente.
Estamos vivendo uma crise existencial que se repete, entre a ansiedade motivada pelo medo, insegurança e cobranças de todo tipo e por um sentimento coletivo de vazio, de solidão, sentir-se só no meio da multidão.
Jean-Yves Leloup diz que a crise é como a morte da lagarta e o nascimento da crisálida e da borboleta. É preciso que a lagarta morra para nascer a borboleta em toda sua formosura. Não devemos apressar ou facilitar o nascimento da borboleta, pois se assim fizermos ela nascerá fraca e não conseguirá voar e sobreviver. Tudo em nossa vida e na natureza há um sentido sábio, é preciso que passemos a ver com outros olhos aquilo que aparentemente não estamos conseguindo ver devido aos condicionamentos provocados pela normose.O psicólogo e antropólogo Roberto Crema vice-reitor da Unipaz diz que a doença muitas vezes é como um fax, ou um e-mail ou uma carta, só que não abrimos, não lemos e muitas vezes jogamos no lixo sem interpretá-la.
Tudo na vida tem uma razão de ser, uma lógica, um motivo, nem sempre percebemos.Isso é o óbvio, o gênio percebe o óbvio e consegue produzir coisas fantásticas, enquanto que o neurótico não percebe como dizia Perls o pai da gestalt-terapia. A doença é a manifestação do desequilibro, quando o ser humano está em equilíbrio ele está saudável.A doença é um caminho, não é um problema.
O ser humano necessita de um cuidado especial, diferente das máquinas, dos equipamentos tecnológicos, do capital, etc. Leloup diz que é preciso cuidar do ser humano em sua globalidade, como na gestalt-terapia, como um todo, uma boa configuração, mesmo quando são tratados apenas os dentes.
O doente é freqüentemente uma pessoa que se fechou num único nível de interpretação simbólica.Os Terapeutas terão de abrir, sem cessar, esta interpretação, para evitar a identificação. É necessário uma resignificação do percebido.Essa perspectiva Leloup chama de psicologia da profundeza ou antropologia da vastidão.Dos medos do self e do eu ao mergulho no ser.O ser que sofre o chamamento da lucidez, do encontro com a solidão que provoca um movimento da consciência que deseja se libertar das amarras dos condicionamentos provocados por uma sociedade doente e carente.
O ser humano na cosmovisão de Leloup é como no complexo abordado no livro sagrado de Jonas que em hebreu significa pomba. A pomba das asas aparadas. É o conflito do desejo de voar com o medo de tirar os pés do chão. Leloup aborda de forma perfeita o arquétipico de Jonas que dormindo ele sonha com o Senhor que diz: Jonas desperta, levanta e vá a Ninive levar minha palavra a aquele povo que vive na violência.Jonas acorda, mas foge, e não vai a Ninive enfrentar os inimigos, prefere ir para Tarsis uma cidade turística de calmaria e tranqüila na costa da Sardenha. Leloup traça um paralelo com a vida do homem moderno que continua sendo o Jonas que prefere ficar dormindo deitado, a levantar para se movimentar, que foge de sua missão pessoal e intransferível.Mas acaba pegando um barco de pesca para Tarsis e vem a tempestade e percebendo que sua atitude coloca em risco a vida dos pescadores ele se joga ao mar e a baleia o engole e passa três dias em seu ventre.O ventre da baleia é o deserto para refletir, para descobrir a fé perdida, para ir ao encontro de sua voz interna, do seu anjo, do seu mestre.Jonas desperta da normose, aceita sua missão e é despejado próximo a Ninive e cumpre sua missão.Jonas perdeu todos os seus mapas, todos os seus pontos de referência, todas as escalas, mas não perdeu a bússola, ele não perdeu sua orientação.Como diz Leloup a sua orientação para o Ser.Nossa bússola é o nosso coração.Um coração inteligente e vibra emocionalmente, mas tem o norte do intelecto racional.Não basta ter asas, é preciso saber voar, não basta ter uma bússola, é preciso saber interpretá-la.
O papel do terapeuta para Leloup é colocar o individuo em contato com sua bússola interior, que mostra o seu norte, que mostra o Ser em sua plenitude.
O mesmo medicamento, segundo a qualificação do profissional que nos receita, terá efeitos diferentes. É por isto que, na formação dos terapeutas, é importante o desenvolvimento de sua qualificação, de sua competência, mas também é muito importante o desenvolvimento de sua qualidade humana.Porque um individuo pode ter muitas qualificações, muitos diplomas e muito pouca qualidade e é necessário juntar as duas para que o resultado apareça(Leloup,1997:59).
O ser humano vive um eterno conflito entre o desejo de voar e o medo de tirar os pés do chão.O medo de ser alguém que vai incomodar a muita gente e o Zé ninguém abordado na psicologia de massa do fascismo de Wilhelm Reich onde é um ilustre desconhecido.
Leonardo Boff diz que o ser humano é um ser desejante, insaciável, queremos tudo, queremos viver para sempre, somos protestantes, protestamos contra tudo. Não conseguimos silenciar e acalmar nossa mente que vive numa turbulência inesgotável, todos os dias alimentamos essa turbulência mental.
Krishnamurti educador integral diz que vivemos continuamente uma guerra contra nossa mente, que é o nosso intelecto. E para entendermos e educarmos nossa mente temos que buscar recursos fora da mente. E o maior recurso que todos temos é o amor.Mas, o que é o amor? Quando há pensamento sobre o amor, isso é o amor?O pensamento é amor? E, provavelmente só o amor pode unir as pessoas, e não o pensamento.Onde há amor, não há grupo, classe, nem nacionalidade, nem religião.Em plena guerra entre os Estados Unidos e Iraque tivemos um casal de passagem pelo Brasil, ele americano e ela iraquiana demonstrando um amor invejável.
Será o amor uma coisa da mente? Ele é uma coisa da mente quando as coisas da mente preenchem o coração.E com a maioria de nós conforme Krishnamurti cita é isso o que acontece. Preenchemos nosso coração com coisas da mente, que são opiniões, idéias, preconceitos, visões distorcidas da realidade, sensações, crenças e acabamos vivendo e amando essas coisas. O amor só pode ser vivenciado quando o pensamento não está funcionando, sereno, calmo, dando permissão ao coração para sentir o amor.Infelizmente muitos associam amar com ciúme, com ambição, posse do outro, busca desesperada pelo desejo e não há dúvida que quando essas coisas existem não há o amor presente, mas apenas um pensamento sobre o amor.
Não temos que se preocupar com amor, que vem à existência naturalmente, sem nenhum esforço no sentido de buscá-lo de encontrá-lo, ele simplesmente está dentro de cada ser humano, basta permiti-lo aflorar a superfície da consciência.O amor é a resposta para aquietar, serenar nossa mente, reduzir nossa ansiedade e entender nossa solidão, que não é algo tão ruim quanto popularmente se fala. Estar só é uma oportunidade de encontro consigo mesmo.Quando estamos sentindo solidão é por que dissociamos, nos dividimos, perdemos a integração espírito, mente, corpo e aí surge o vazio. O que temos que fazer não é buscar preencher loucamente esse vazio que está nos incomodando, mas sim entendê-lo, interpretá-lo, buscar o seu significado. As doenças são apenas mensagens do nosso espírito, de nossa mente, de nossas emoções e de nosso corpo que alguma coisa não está bem e precisamos saber o que e termos a coragem de resolver para que o equilíbrio volte. Só é possível pensar de modo correto, viver livre e com plenitude e inteligentemente, quando há um autoconhecimento cada vez mais profundo e amplo, como disse um dos maiores sábios que foi Sócrates.Precisamos aprender a resgatar o que perdemos há muito tempo, a integração plena, corpo, mente e espírito.
Para Krishnamurti o essencial para o homem, jovem ou velho, é que viva plena e integralmente, e, por conseguinte, nosso mais relevante problema é o cultivo da inteligência, que traz integração. Amar autenticamente é promover a integração.Apenas o amor e o pensar correto farão a verdadeira revolução, a revolução interior.A revolução amorosa interna é à busca da saúde, a revolução externa motivada pela ganância é cultivar a neurose e a normose social.
Milton Erickson um dos maiores psiquiatras e hipnoterapeuta do século XX afirma em seus livros que todos os recursos que precisamos para resolver nossos problemas estão dentro de nós, basta aprendermos a utilizá-los. Precisamos aprender a caminhar pela vida de forma saudável e feliz, nós merecemos. A solidão, assim como a doença pode ser um caminho amadurecido para uma vida melhor, é preciso termos a coragem de aprender com ela e não apenas rejeitá-la.

Bibliografia consultada:
KRISHNAMURTI, Jiddu. A educação e o significado da vida. São Paulo; Cultrix,1985.
____________________O descobrimento do amor. São Paulo: Cultrix, 1985.
____________________Nossa luz interior. São Paulo; Agora, 2000.
____________________A mente sem medo.São Paulo, Cultrix, 1984.
____________________Sobre o amor e a solidão.São Paulo, Cultrix, 1993.
____________________Caminhos da realização.Rio de Janeiro: Vozes, 1997.
____________________Raízes profundas. São Paulo, Ed. Psy, 1996.

Reforma íntima através do Espiritismo

http://www.institutochicoxavier.com/images/stories/fotos/2014/05/09/ReformaIntima-Parte3.pdf

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Ego, Orgulho e Vaidade - Ajuda / Reforma íntima - Tucal

Ego, Orgulho e Vaidade - Ajuda / Reforma íntima

Antes de ler o texto, busque fazer uma auto avaliação no sentido de tentar descobrir qual dessas faces da personalidade são mais gritantes em você.

Abaixo estamos colocando o sentido literal de cada palavra:
ego
substantivo masculino ( sXX)
1 psic núcleo da personalidade de uma pessoa
2 psic princípio de organização dinâmica, diretor e avaliador que determina as vivências e atos do indivíduo
3 psicn de acordo com a segunda teoria freudiana, instância do aparelho psíquico que se constitui através das experiências do indivíduo e exerce, como princípio de realidade, função de controle sobre o seu comportamento, sendo grande parte de seu funcionamento inconsciente As três instâncias que compõem o aparelho psíquico são o id, o ego e o superego.]
4 m.q. egotismo  ('apreço', 'tendência')
egotismo

substantivo masculino ( 1899)
1 apreço, amor exagerado pela própria personalidade; egolatria, ego
2 tendência a conduzir para si a atenção, revelando pouca ou nenhuma consideração pelas opiniões dos outros; ego
3 método literário em que o próprio eu é o ponto de referência de investigações e experimentos psicológicos
Paronímia

egoísmo(s.m.)
orgulho

substantivo masculino ( sXIII)
1 sentimento de prazer, de grande satisfação sobre algo que é visto como alto, honrável, creditável de valor e honra; dignidade pessoal, altivez
    ‹ Camões invoca as musas imbuído de sereno o., com o ?saber da experiência feito? ›
1.1 atitude moral ou psíquica que afasta o indivíduo de práticas desonestas ou desonrosas
    ‹ ao final, o poeta implora ?No mais, musa, no mais?, seu o. quase impedindo-o de narrar feitos indignos de um lusíada ›
2 pej. sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor-próprio; arrogância, soberba, imodéstia
    ‹ alimentava-se de um o. ostensivo por ter suplantado o mestre ›
2.1 atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; vaidade, insolência
    ‹ aquele o. é típico de jovens inexperientes ›
3 p.met. aquilo ou aquele de que(m) se tem orgulho
    ‹ este cantinho é o seu o. ›
Sinônímia e Variantes

ver sinonímia de amor-próprio
Antonímia

humildade
 vaidade
substantivo feminino ( sXIII)
1 qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória
2 valorização que se atribui à própria aparência, ou quaisquer outras qualidades físicas ou intelectuais, fundamentada no desejo de que tais qualidades sejam reconhecidas ou admiradas pelos outros
    ‹ veste-se com v. › ‹ resolveu ser intelectual por pura v. ›
3 avaliação muito lisonjeira que alguém tem de si mesmo; fatuidade, imodéstia, presunção, vanidade
    ‹ nunca deixou sua v. suplantar sua humildade ›
4 coisa insignificante, futilidade; vanidade
    ‹ não leva nada a sério; só cuida de suas pequenas v. ›
Sinônímia e Variantes

ver sinonímia de amor-próprio, fanfarrice, futilidade e imodéstia
Antonímia

despretensão, desvaidade, modéstia; ver tb. sinonímia de austeridade
Fonte de pesquisa - Dicionário Houaiss
                Ao observar o significado literal das palavras podemos perceber que uma está interligada à outra.
            Queremos ressaltar que todos os seres humanos trazem em suas personalidades traços destas três vertentes como forma de auto defesa ou mesmo instintivo. Na atual condição evolutiva do ser não há àquele que possui uma personalidade livre destes sentimentos, que dentro do que vivenciamos, são necessários como auto preservação e cuidado pessoal.
            Veremos então o lado positivo destas características:
1- Ego: Necessidade de avaliar aquilo que te faz bem e te faz sentir prazer pela vida. O ser humano necessita de situações prazerosas para manter o ânimo de viver e é pensando em si e no que se gosta que conseguimos este prazer.
2- Vaidade: Como característica de personalidade, entra a auto aprovação e satisfação íntima. De forma externa, a busca necessária para manter a auto imagem de forma à ser admirada e aprovada por si e pela sociedade em que vive. Exemplos: Um bom corte de cabelo, roupas adequadas que valorizem o corpo, bons sapatos, bons perfumes, maquiagens, exercícios físicos para se manter a forma, boa alimentação, etc.
3- Orgulho: Como característica de personalidade, assim como a vaidade, entra a auto aprovação e satisfação íntima e além disto uma forma de se proteger para não se expor à situações vexatórias e humilhações. O orgulho, quando dentro do equilíbrio, pode ser considerado um sentimento que impulsiona o ser à busca pelo melhor em todas as vertentes da vida.
            Pois bem, conhecendo o significado destes perfis e da necessidade salutar de cada um, chegou o momento de adentrarmos na parte dos desequilíbrios que nos levam às situações de grandes dores e descontentamentos pessoais e de convivência.
            A partir de vários direcionamentos trazidos pelo plano astral, através de nossos guias, e de observações e comparações individuais chegamos a algumas características que levam o ser humano a ressaltar uma ou mais condições destas faces de personalidade de forma prejudicial. Tais condições geralmente estão ligadas a primeira infância e pré adolescência, isto sem contar com características já trazidas gravadas no espírito conforme vivências passadas. Como não temos informações suficientes de vidas passadas para comparações ressaltaremos o que observamos na vida de pessoas comuns de convivência diária.
            Todas as características de ego, orgulho e vaidade em desequilíbrio, estão diretamente ligadas, na fase adulta, à não aceitação de críticas, apontamentos comparativos, repressões, imposições e julgamentos, atribuídos durante a infância e pré adolescência onde houve enorme valorização das opiniões externas em relação a si.
            Verificamos que:

O EGO - EGOÍSMO - EGOTISMO
1- Todo adulto que possui em sua personalidade um traço desequilibrado de ego, egotismo ou egoísmo foram crianças ou pré adolescentes que sofreram grandes repressões no sentido de abrir mão de seus desejos em prol de outras pessoas, como por exemplo: irmãos caçulas, desejos dos pais, rigor disciplinar escolar, etc. Portanto, quando tais pessoas quando se vêem adultos e de posse de si, tornam-se manipuladores e possessivos.
            Compreendam que o egoísmo não está ligado tão somente ao apego material e sim à um comportamento muito mais abrangente, ou seja, o egoísta não é tão somente aquele que não gosta de repartir o que possui ou ao acumulador de bens. Muito pelo contrário, os casos mais sérios de egoísmo, estão diretamente ligados às manipulações de pessoas (companheiros, amigos e parentes) para satisfazerem seus desejos em detrimento de tudo (dois pesos e duas medidas) e de todos, sendo que nestes casos, podem ser à um primeiro olhar, pessoas desapegadas de bens materiais. Exemplos para maior compreensão:
            a- Um aluno de faculdade que em determinada aula que não gosta do tema que está sendo tratado, não tem interesse pela matéria em questão e não nutre simpatia pelo professor. Este passa a tumultuar estas aulas, incitando outros alunos tirando o foco e a atenção do estudo, provocando desarmonia com comentários desnecessários, polêmicas incoerentes, comportamentos indevidos, etc. Fazendo do resultado final destas aulas um fracasso total, desrespeitando o professor e os demais alunos que se interessam pelo assunto ou que necessitam de foco para poder compreender o que está sendo ensinado. Terminado o período escolar, o egoísta se pega na situação de repetir o ano na matéria por falta de nota e diante de sua necessidade opta por burlar o sistema comprando gabaritos ou colando na prova final, porque ele está precisando muito alcançar seu objetivo, sendo assim: Que mal há? Ele se utiliza de dois pesos e duas medidas sem peso de consciência.
            Ainda podemos incluir neste exemplo uma pessoa que foi à uma festa sem vontade, apenas para cumprir um compromisso social e, diante de sua insatisfação passa a criticar tudo o que ocorre no ambiente da festa numa tentativa de convencer outras pessoas à criticar ou ir embora, criando assim a condição perfeita para que justifique sua atitude antipática ou sua saída prematura do ambiente. Ou seja, um comportamento de manipulação que faz com que os outros sejam tão responsabilizados pelo comportamento desajustado e insatisfeito quanto ele garantindo assim a situação adequada para se justificar, caso seja necessário.
            b- Um profissional que facilita determinados tramites para seus clientes visando tirar vantagens e ser presenteado com os produtos produzido pela empresa destes clientes. Como um gerente de banco que ao precisar de pneus novos para o seu carro, libera e facilita financiamento para o dono da loja de acessórios automobilísticos, visando ser recompensado com a oferta dos pneus para o seu carro e negando tais facilidades para outros clientes que da mesma forma solicitaram o mesmo serviço. Neste caso, são literalmente situações de extorsões veladas.
            c- Um amigo ou companheiro que te enche de presentes e favores esperando incondicionalmente a retribuição desta conduta. Tal retribuição pode ser esperada em forma de trocas materiais como por reconhecimento e preenchimento de suas carências afetivas. Conduzindo a amizade ou o relacionamento de forma que o satisfaça forçando situações que desagradam ou machucam ao outro, o que geralmente, não é levado em consideração.
            Como puderam notar, muito mais do que apegos materiais, o verdadeiro egoísta é o manipulador que simplesmente desconsidera os sentimentos, desejos e necessidades dos que vivem em sua companhia para satisfação própria.

A VAIDADE

2- Todo adulto que possui em sua personalidade a vaidade desequilibra, quando criança ou na pré adolescência vivenciou situações que causaram profunda vergonha, onde sua psique compreendeu como extrema exposição de suas intimidades que não gostariam que fossem conhecidas, julgadas ou avaliadas. Exemplos:
            a- Características pessoais temporárias como: urinar na cama até idade considerada avançada, gagueira, dificuldade de aprendizado, características ou deficiência física (mesmo que moderada), etc. Todas as situações que na época atestavam imperfeição e que foram expostas para familiares ou grupos de amigos que tiveram reações de reprovação ou de chacota. Neste caso, a situação marcante é de descontentamento pessoal, vergonha do eu.
            b- Comportamentos desajustados dos pais ou familiares, como: Pais separados, pais com comportamentos chamativos ou dramáticos, pais ou familiares próximos alcoólatras ou viciados, briguentos e escandalosos, ignorantes ou analfabetos etc. Neste caso a vergonha extrema veio do externo mais próximo onde a pessoa se via na obrigação de aceitar como parte de sua vida e seu mundo. Tais condições os obrigando a se calar diante das críticas e olhares reprovadores. Neste caso são situações que ele se viu obrigado a tomar como seu, muitas vezes se sentindo no dever de defender tais pessoas dos comentários ofensivos, sendo que em seu íntimo, havia concordância com as críticas ouvidas, gerando grande sentimento de vergonha.
            c- Situações do meio como: Pobreza, roupas inadequadas comparadas às dos amigos, casa suja e desorganizada, escola mal conceituada, etc. Neste caso são situações que são impostas a criança trazendo além da vergonha o sentimento de impotência total de reverter o quadro.
            Tais pessoas, ao atingir a fase adulta, onde as escolhas estão de sua posse, tornam-se pessoas preocupadíssimas com o que os outros vão pensar e dizer à seu respeito. Devido à isso montam máscaras de suma bondade e compreensão induzindo os outros a pensar o quanto são agradáveis e educados. São eles, os tão famosos bonzinhos, considerados por muitos, os falsos. Passam por cima de seus sentimentos para manter a máscara que no fundo imaginam se proteger das críticas e avaliações. Evitam ao máximo se expor, colocar suas opiniões ou sugestões, justamente para evitar julgamentos ou avaliações externas. Reprimem seus sentimentos de raiva, descontentamento e agressividade prejudicando a si, levando-os a chegar em quadros de doenças (pressão alta, diabetes, stress, obesidade, ansiedade etc) tudo para manter uma máscara de auto controle que a pessoa boa e compreensiva possui. São extremamente gentis, não economizando nos elogios alheios, esperando retribuição dos mesmos. Mal se dão conta de que tal máscara passa a impressão de profunda falsidade e simulação para os que recebem tal atenção exacerbada de gentileza e elogios.
            Como estas pessoas se esforçam de forma sobre humana para manter tais máscaras, assumir um erro cometido é quase que uma missão impossível buscando no fora as razões para tais atitudes ou culpando o outro. Fogem de maneira ferrenha dos processos de auto avaliação por não aceitarem seus erros e falhas. Portanto, aconselhamos àqueles que se avaliaram como vaidosos, ficarem alertas em situações contrárias e de descontentamentos, conscientizando-se que tudo ocorre por culpa própria e que toda dor e revolta sentida são sentimentos potencializados pela vaidade que ao ser dominada alivia muito o peso do dia a dia, trazendo satisfação própria e a verdadeira aprovação tão almejada.

O ORGULHO
3- Toda pessoa que possui em sua personalidade o orgulho desequilibrado, vivenciou em sua infância ou pré adolescência fortes críticas sobre seus comportamentos espontâneos no sentido de menosprezá-los; críticas que os colocavam em condição menor em relação aos outros. Como todo ser humano tem em seu íntimo a necessidade de aprovação, esta situação impressionou por demasia seu ego. Ao se perceber adulto e de posse de si, busca constantemente provar para si e para os outros de que é capaz no que faz recusando críticas com toda força de seus instintos utilizando a raiva como combustível para se defender e fazer o que seja necessário para desbancar a crítica recebida. Exemplo:
            a- Uma criança estabanada, gulosa, barulhenta, birrenta, lenta, etc; que foi duramente criticada por estas razões, onde os apontamentos feitos demonstravam severamente sua falta de capacidade em se comportar como o esperado e trazendo para esta criança o sentimento impotência. Tais marcas costumam ocorrer nos momentos de maior espontaneidade do seu eu, onde receberam tais corrigendas severas mostrando que seu eu era desajustado para a vida social.
            Ao se deparar com a vida e de posse de si, o orgulhoso mesmo se prejudicando seja emocionalmente ou financeiramente dá continuidade a um projeto, a um intento ou a uma cisma, única e exclusivamente, para mostrar que é capaz. Busca constantemente a auto aprovação e por isso é explosivo com aqueles que por ventura se atrevem à criticá-lo em seus atos e determinações.
            Não podemos deixar de ressaltar que como o orgulhoso foi ferido em seu eu, que o ego faz parte de sua conduta diária. Todo orgulhoso tem em si a necessidade de arrecadar aprovações para suas idéias ou ideais e por isto a manipulação, condução e imposição são características comuns de em sua personalidade. Devido tais situações e a busca íntima de aprovação, costuma brigar pelo o que crêem, defendendo com unhas e dentes aquilo que tomaram como verdade ou desejo, por esta razão são muitas vezes taxados como soberbos, donos da verdade  e presunçosos.
            As pessoas ditas orgulhosas não tem como foco primordial o que os outros pensam à seu respeito, como fazem os vaidosos, e sim provar pra si que é capaz. Por esta razão, fica mais fácil o orgulhoso aceitar seu erro, depois de explicações lógicas e convincentes ao contrário dos vaidosos que mesmo após tais explicações e admitirem que erraram, ainda insistem  em buscar ao menos o incentivo para cometerem tal erro no outro ou em alguma coisa.
            Como podemos ver, tudo está interligado, no egoísta existe a vaidade e o orgulho, no vaidoso existe o ego e o orgulho e no orgulhoso existe a vaidade e o ego é como se um não existisse sem o outro porém, cada um tem em si características marcantes que podem e influenciam o dia a dia de cada um de nós.
            O que pretendemos ao postar esta matéria é dizer que todo ser humano traz em seu íntimo a perfeição e em seu emocional a busca constante por ela e pela aprovação do todo. Temos em nosso instinto criador o Divino (perfeição) e sabemos que em nosso Divino somos parte de um todo e não unicamente indivíduos, por esta razão há a necessidade tão grande da aprovação por parte dos demais o que, no final das contas, seria a auto aprovação.
             Sendo assim, deixamos aqui dois conselhos:
1- Leia atentamente o que foi colocado e tenha coragem de se enxergar, encarar os desequilíbrios de seu emocional para poder ajustá-los. Este é o único caminho que trará o bem estar, segurança e equilíbrio do seu íntimo e para sua evolução.
2 - Faça sua avaliação como se estivesse observando uma terceira pessoa. Esta é uma forma de aliviar seu emocional e ter mais razão ao invés de emoção ao fazer a avaliação. Compreenda que ao avaliar uma terceira pessoa, por não estarmos ligados emocionalmente, conseguimos compreender melhor onde está o erro, qual situação a prejudica e somos muito mais complacentes diante das conclusões efetuadas. Estamos dizendo isto justamente porque, além de inventarmos várias máscaras no sentido de nos proteger, somos em nosso íntimo cruéis demais em nossos auto julgamentos, nos condenando além do necessário e muito além do que julgaríamos uma terceira pessoa. Pensem nisso!

Abraços e Luz,
Mãe Solange de Iemanjá