segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Maledicência e preocupações

(Jiddu Krishnamurti, livro Comentários sobre o viver)

3 - Maledicência e preocupações


Que extraordinária semelhança entre a 
maledicência e a preocupação! Tanto uma, como outra, são o produto da mente inquieta. A mente inquieta necessita de variedade de expressões e ações, precisa estar ocupada, ter sensações cada vez mais intensas, interesses passageiros, e a maledicência contém todos esses ingredientes de que a mente carece.

A maledicência é a verdadeira antítese do empenho ardoroso. Falar de outrem, caçoando ou ultrajando, é uma fuga de si mesmo, e a fuga é que é a causa da inquietação. A fuga, por sua própria natureza, é agitação.

O interesse nos assuntos alheios parece ocupar a maioria das pessoas, e isso se expressa no gosto com que leem toda a sorte de revistas e jornais, com suas colunas de mexericos, notícias de assassínios, divórcios, etc.

Assim como nos preocupamos com o que os outros pensam de nós, assim também temos muito interesse em saber de tudo o que lhes diz respeito; e nascem daí, as formas grosseiras e sutis de esnobismo e a subserviência à autoridade. E tornamo-nos, então, cada vez mais extrovertidos, e interiormente vazios.

E quanto mais extrovertidos, mais necessitamos de sensações e distrações, resultando daí uma mente sempre inquieta, incapaz de profunda investigação e descobrimento.


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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Falatórios

Falatórios

"Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade."
Paulo. (II Timóteo, 2:16.)

   Poucas expressões da vida social ou doméstica são tão perigosas quanto o falatório desvairado, que oferece vasto lugar aos monstros do crime.
   A atividade religiosa e científica há descoberto numerosos fatores de desequilíbrio no mundo, colaborando eficazmente por extinguir lhes os focos essenciais.
   Quanto se há trabalhado, louvavelmente, no combate ao álcool e à sífilis?
   Ninguém lhes contesta a influência destruidora. Arruínam coletividades, estragam a saúde, deprimem o caráter.
   Não nos esqueçamos, porém, do falatório maligno que sempre forma, em derredor, imensa família de elementos enfermiços ou aviltantes, à feição de vermes letais que proliferam no silêncio e operam nas sombras.
   Raros meditam nisto.
   Não será, porventura, o verbo desregrado o pai da calúnia, da maledicência, do mexerico, da leviandade, da perturbação?
   Deus criou a palavra, o homem engendrou o falatório.
   A palavra digna infunde consolação e vida. A murmuração perniciosa propicia a morte.
   Quantos inimigos da paz do homem se aproveitam do vozerio insensato, para cumprirem criminosos desejos?
   Se o álcool embriaga os viciosos, aniquilando lhes as energias, que dizer da língua transviada do bem que destrói vigorosas sementeiras de felicidade e sabedoria, amor e paz? Se há educadores preocupados com a intromissão da sífilis, por que a indiferença alusiva aos desvarios da conversação?
   Em toda parte, a palavra é índice de nossa posição evolutiva. Indispensável aprimorá-la, iluminá-la e enobrecê-la.
   Desprezar as sagradas possibilidades do verbo, quando a mensagem de Jesus já esteja brilhando em torno de nós, constitui ruinoso relaxamento de nossa vida, diante de Deus e da própria consciência.
   Cada frase do discípulo do Evangelho deve ter lugar digno e adequado.
   Falatório é desperdício. E quando assim não seja, não passa de escura corrente de venenos psíquicos, ameaçando Espíritos valorosos e comunidades inteiras.

 Do cap. 73 do livro Vinha de Luz, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Essa página tem me assombrado durante as últimas semanas.
Hoje estou me desafiando duplamente.
Eu tenho que enfrentar essa página e fazer um acordo comigo mesmo, desafio 01, e quero fazer isso escrevendo no blog, mas sendo totalmente honesta, desafio 02.
Eu já havia lido essa página em algum momento da minha vida. Esse ano, em uma prece do dij de terça ou sábado, lemos novamente e aí me pegou em cheio.
Não sei se é porque tenho me absorvido demais no falatório ou porque amadureci moralmente para me doer tanto com isso. Prefiro acreditar no segundo.
Vamos ser honestos?
O falatório é quase uma ferramenta social do lado negro da força. Aquela fofoquinha, aquele veneninho que se troca quando acaba o assunto (tem até aqueles momentos que se juntam para trocar essas figurinhas) são bem evidentes, seja entre amigos, família, trabalho e até âmbito religioso.
Raro mesmo é ver quem se controla pra não cometer tal mal.
Nos últimos tempos, toda vez que eu incito uma roda de falatório, contribuo ou simplesmente estou no mesma conversa, a página do Vinha de Luz fica em pisca-alerta na minha consciência.
Não quero que pareça falso moralismo, mas desde que me reconheci e me assumi como uma agente do cristianismo, tento buscar com afinco ser espelho da palavra de Jesus. É uma missão difícil, mas tentando que se começa, certo?
Estou num processo de extirpar o hábito do falatório. Mas, qual é o primeiro passo? O que é falatório e o que é aceitável?
Eu já li na internet, há muito tempo, um texto sobre as três peneiras:
 "Um homem, procurou sábio e disse-lhe: - Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...
Nem chegou a terminar a frase, quando o sábio ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: - Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
 - Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
 - Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Não! Absolutamente, não!
- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
 - Não... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E o sábio sorrindo concluiu: - Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo.
Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras."
É bizarramente simples e claro os três pontos de reflexão na hora de fazer um comentário sobre algo ou alguém. Difícil mesmo é seguir.
1) É verdade? 2) É caridoso da nossa parte? 3) Tem necessidade?
A primeira peneira é a mais fácil de obedecer, no meu caso. Se algo não é verdade, ou é uma meia verdade, eu faço um alerta ou simplesmente não reproduzo.
A segunda e terceira são minhas peneiras mais vazadas.
Jesus nos disse que é para amar nosso próximo como a nós mesmos, então, esse exercício de pensar se nós gostaríamos de sermos alvo dos comentários que estamos proferindo é um baita freio.
Eu tenho um pânico extremo de achar que estou sendo mal julgada ou que simplesmente estão comentando de mim sem poder me justificar ou defender. Então por que ainda insisto em fazer isso com os outros?
Existe uma porção de textos, de passagens espíritas que nos dá a instrução de ocultar da nossa percepção os defeitos do próximo, seja enaltecendo suas virtudes ou perdoando pela caridade as suas características imperfeitas.
Sobre a necessidade, é uma peneira que eu gosto de forjar bastante. Eu sempre penso: "ah! Só estou alertando!", "Ué, mas é verdade mesmo.", "Essa é minha opinião, só estou dando." Mas é um alerta válido? É algo que realmente  vai ajudar se eu expor ou é mera tricotagem?
O que mais me arde é já ter consciência disso tudo e não praticar. Acho bem difícil não sabermos, no fundo, que tudo isso deve ser respeitado.
Qual é o limite que define o falatório?  Tudo que comentamos a respeito de alguém é falatório e deve ser evitado?
Essas perguntas não são retóricas. Eu realmente não sei.
Na mesma conversa com Fê neném, ele falou que o limite dele é o falar destrutivamente. Quando ele percebe que a conversa tá indo num tom massacrante. Mas que comentar, trocar opinião a respeito  de determinada atitude ou característica da personalidade do sujeito é aceitável.
Eu acho que isso tudo é uma linha muito tênue. Não quero dizer que vou ser alguém que não fala sobre os outros quando, na verdade, não sei o quanto isso é necessário para ser cristão de verdade.
Concordo um pouco com a linha de pensamento do Felipe. O grande mal é o como a gente fala, quando é uma fala distante das boas intenções e é simplesmente fofoca.  O difícil é não cair pro outro lado, né?
Eu gostaria de verdade achar um caminho bom para seguir nesse sentido. Eu quero me despir dos velhos hábitos e mirar nos bons exemplos que me cercam: sejam os grandes espíritos da história ou aqueles ainda na fase de engrandecimento que me cercam nesse plano encarnados.
Quero pedir sinceras desculpas para os meus alvos de falatórios enterrando o hábito que antes os condenou.
Não fiz muito esforço para organizar melhor o texto porque o tema não está muito organizado na minha cabeça. Acho que todo mundo meio que sabe que se entregar nesse vício é prejudicial ao espírito e ao ambiente que nos inserimos. De hoje em diante (promessa de dedinho), não quero ser mais um fonte de más irradiações e contaminando a vibração das comunidades que faço parte.
Acho que seguindo assim, todo mundo sai ganhando.

MALEDICÊNCIA

MALEDICÊNCIA

Espinho cruel a ferir indistintamente é a palavra de quem acusa; cáustico e corrosivo é o verbo na boca de quem relaciona defeitos; veneno perigosoé a expressão condenatória a vibrar nos lábios de quem malsina; lama pútrida, trescalando fétido, é a vibração sonora no aparelho vocal de quem censura; borralho escuro, ocultando a verdade, é a maledicência destrutiva.
A maledicência é culturade inutilidade em solo apodrecido. Maldizer significa destruir.
A verdade é como claro sol. A maledicência é nuvem escura. No entanto, é invariável a vitória da luz sobre a treva.
O maledicente é atormentado que se debate nas lavas da própria inferioridade. Tem a visão tomada e tudo vê através das pesadas lentes que carrega.
A palavra malsinante nasce discreta, muitas vezes, para incendiar-se perigosa, logo mais, culminando na calúnia devastadora.
Não há desejo de ajudar quando se censura. Ninguém ajuda condenando.
Não há Socorro se, a pretexto de auxílio, se exibem as feridas alheias à indiferença de quem escuta.
Quanto possível, extingue esse monstro da paz alheia e da tua serenidade, que tenta dominar-te a vida.
Caridade é bênção sublime a desdobrar-se em silencioso socorro.
Volta as armas da tua oração e vigilância contra a praga da maledicência aparentemente ingênua, mas que destrói toda a região por onde prolifera.
Recusa a taça venenosa que a observação da impiedade coloca à tua frente.
Desculpa o erro dos outros.
E' muito mais fácil informar-se erradamente do que atingir-se o fulcro da observação exata.
As aparências não expressam realidades.
A forma oculta o conteúdo. Ninguém pode julgar pelo exterior.
Quando vier a tentação de acusar e apontar defeitos, lembra-te das próprias necessidades e limitações e, fazendo todo o bem possível ao teu alcance, avança na firme resolução de amar, e despertarás, além das sombras da carne por onde segues, num roteiro abençoado onde os corações felizes e livres buscam a Vida Verdadeira.

Joanna de Ângelis - Lampadário Espírita

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Maledicência no dicionário

http://dicionarioportugues.org/pt/maledicencia

Maledicência - Slides

http://pt.slideshare.net/bonattinho/slide-malecidncia-preparada-pela-ulmara

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=8&ved=0ahUKEwjDuYy48PfKAhVHUJAKHS8fAVkQFghMMAc&url=http%3A%2F%2Fwww.gegr.org.br%2Fdownloads%2Fvicios_palestra4.pptx&usg=AFQjCNGW4l-o8Jpvu3A2-BrNkPalfn0eHg&sig2=KPzQgjmLlmVQGuFW_ZyIgg&bvm=bv.114195076,d.Y2I&cad=rja


Reflexões sobre a calúnia

Reflexões sobre a calúnia

Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana.



Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência.



Herdando as experiências transatas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais fixados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivos-defensivos que se vão transformando em emoções, prioritamente egoicas, em contínuos conflitos com o Si-mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitalmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que defluem do ego atormentado.



Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores dignificantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.



Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo, gerando dificuldades ao seu trabalho, criando desentendimentos em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.



Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia.



Torna-se revel e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se autovaloriza e se autopromove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo.



Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e dignificante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edificantes.



A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.



A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.



Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.



* * *



Nunca te permitas afligir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, assim como de tudo quanto fazes.



Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te fixem, levando-te a reflexões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade.



Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto.



Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a fim de que demonstre a lisura do seu comportamento.



Se ages de maneira incorreta em relação a outrem e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor.



Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti,sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti...



Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem...



Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem.



Desde que o teu labor não agride a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.



Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do Bem.



Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.



Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça-de-mira dos contumazes inimigos do progresso



Todos aqueles que edificaram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses Espíritos infelizes, invejosos e insensatos.



Criando leis absurdas para aplicarem-nas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, telementalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados...



Apiada-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edificantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sedo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação...



A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.



* * *



Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação?



Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe?



Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?!



...E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?!



Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.



Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.



Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.







Joanna de Angelis.



Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,na manhã de 29 de outubro de 2010, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia

Fofocas... é só fofocar?

O dicionário conceitua o termo "fofoca" como sendo sinônimo de bisbilhotice, intriga. Mas, na verdade, a sua conceituação torna-se mais ampla à medida que começamos a avaliar com profundidade as suas conseqüências nas relações humanas.

O hábito de fofocar - a fofoca nossa de cada dia - em princípio parece ser um hábito inofensivo e comum à maioria dos "mortais". Porém, se começarmos a analisá-la verificaremos que a extensão de seus estragos é bem maior do que imaginávamos.

Possuímos "dentro" de nós, energias antagônicas que nos acompanham na trajetória de muitas vivências. Estas energias não desaparecem com a morte do corpo, pelo contrário, seguem-nos como características do nosso caráter e da nossa personalidade.

Simplificando: a energia construtiva, a da elevação em todos os seus níveis, estimula-nos para o bem e para o crescimento pessoal e espiritual. A energia destrutiva e desequilibrada, a da paralização consciencial, estimula-nos para a agressividade em todos os seus níveis mais baixos.

No entanto, é importante o registro de que a energia agressiva e equilibrada faz parte do desenvolvimento pessoal no sentido da necessidade que temos de enfrentar desafios e situações especiais que a vida costuma oferecer. Digamos que a energia agressiva e controlada seja essencial à sobrevivência, à continuidade e à evolução da espécie humana no planeta Terra.

Contudo, o hábito ou o vício de fofocar nos mantém numa sintonia de paralisia consciencial, onde o desequilíbrio energético é direcionado para o fluir de nossa energia agressivo-destrutiva; portanto, também para as relações pessoais - familiares e sociais.

Por sua vez, a calúnia ou a infâmia já possuem um nível destrutivo superior na escala da maledicência cuja origem encontra-se em seu embrião: a fofoca. Enquanto que fofocar significa intrigar; caluniar consiste em difamar fazendo acusações falsas ou atribuindo a alguém algum fato relevante.
Na calúnia, portanto, há violência maior. O caluniador é uma pessoa que está sempre em conflito consigo mesmo. Quem está de bem com a vida não tem sequer vontade de caluniar, pois prefere apreciar as coisas boas da vida.

Por falar em vida... quantas delas foram ceifadas na guilhotina, na forca, nas masmorras ou nas fogueiras em nome da maldade humana? Quantas injustiças foram - e continuam sendo - cometidas em nome da intriga e da calúnia? São respostas que provavelmente estejam registradas no inconsciente coletivo ou nas nossas memórias cerebral e extracerebral.

O psicólogo Roque Theophilo, em seu artigo "A calúnia e a fofoca", aborda com muita lucidez este tema: "Fofoca é o mexerico, intriga, a bisbilhotice. É um mal que para muitos é divertimento sem importância, mas que é extremamente destrutivo. A vontade de passar informações faz parte do homem, é a comunicação, é uma ação natural e normal, mas na maioria das vezes esquecemos do outro e não medimos as conseqüências das nossas palavras. Quando uma pessoa não controla a cobiça, o resultado é a inveja, que desperta o instinto animal de prejudicar o próximo pela difamação. O vaidoso que é infestado pelo orgulho e pela arrogância, é muito propenso a usar a fofoca. O egoísmo é resultado da maldade, da indiferença para com o semelhante e, portanto, pela falta de escrúpulos pode-se criar as mais desalmadas mentiras com a idéia de prejudicar o semelhante.
Os homens não têm escrúpulos e por isso estão se destruindo, com mentiras, murmurações, mexericos e fofocas e em todas elas o "ingrediente" principal é a vida do próximo. Existe uma verdadeira indústria por trás da fofoca. Revistas, programas de televisão especializados em fofocas, jornais sensacionalistas que vendem isso, milhares e milhares de pessoas envolvidas na indústria milionária do mexerico. Tudo mentira, falso testemunho, afinal, o ditado não é este: "Quem conta um conto aumenta um ponto"?
E não pára por aí. Pior que estes são os que fazem isso todos os dias - de graça - por puro prazer, pendurados em janelas, nos bares, nas ruas, no trabalho. Aliás, se dedicassem em seus afazeres o mesmo tempo que gastam com mexericos, já seriam chefes. A murmuração e o mexerico nos são impostos pela carne. Qual de nós não fica com a "língua coçando" para passar para a frente uma notícia? No entanto, se vivemos com o nosso espírito em Deus, teremos um "filtro" que irá separar o que pode causar mal ao nosso semelhante".

Porque fomentar o ódio que nos escraviza, se podemos deixar fluir a energia da bondade que nos liberta?

No espiritismo, os trabalhos mediúnicos em conjunto com as equipes espirituais, têm nos mostrado o quanto sofrem estes irmãos desencarnados sintonizados na energia destrutiva do ódio e da vingança. Muitas vezes, um simples retorno a uma vivência anterior faz desabar aquela muralha de raiva e ressentimentos erguida contra determinada pessoa por ele obsediada. Fixado naquela energia deletéria, o espírito, diante de uma revivência de relação de amor com aquela pessoa em outra existência, sente-se desarmado, momento em que sua sintonia muda para a entrada de energias elevadas que o despertarão para a necessidade de aceitação do amor na relação com o outro e consigo mesmo.

O hábito da fofoca tem sido a ponta do iceberg de males maiores, sendo uma das chagas que provocam sofrimentos à humanidade, nada de positivo acrescentando à evolução do homem.

Lembrando o filósofo Sócrates, este dizia que toda informação suspeita de contaminação pela maledicência do pensamento ou da língua humana, deveriam passar pelos três filtros: primeiro, o filtro da verdade: Você têm certeza que este fato é, absolutamente, verdadeiro? Segundo, o filtro da bondade: O que você deseja informar, traz algum benefício a alguém? Você gostaria que dissessem o mesmo a seu respeito? Terceiro, o filtro da necessidade: Você acha mesmo, que há necessidade de informar o que pretende?

Jesus advertiu sobre a contaminação oriunda do mal que sai da boca humana. Quem provoca a disseminação da maledicência, invoca o distúrbio para si mesmo. Não esqueçamos que a palavra constrói ou destrói facilmente e, em segundos, estabelece, por vezes, resultados gravíssimos durante séculos.

O contrário do exercício da "peçonha da língua", a prática da caridade, lembra-nos um texto do espírito Emmanuel psicografado por Chico Xavier e muito oportuno para o desfecho deste artigo, e cuja mensagem eleva-nos à nossa verdadeira natureza em consonância com a finalidade da reencarnação:

"Recorda a caridade a irradiar-se em bênçãos do excelso amor de Cristo, para que não te faltem compreensão e força no culto edificante à caridade humana.
À vista disso, no caminho, lembra-te sempre de que a caridade pura - a que vence feliz - é sempre o amor perfeito a esquecer todo o mal e a olvidar toda a sombra, para somente amar, redimir e auxiliar na contínua extensão do bem, a se concentrar em luz".

Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
Visite meu Site, clique no link: www.flaviobastos.com

Fofoca e maledicência

O hábito da maledicência é bastante arraigado em nossa sociedade.

Chega a constituir exceção a criatura que jamais tece comentários maldosos sobre seus semelhantes.

Mesmo amigos, não raro, se permitem criticar os ausentes.

Quase todos os homens possuem fissuras morais.

Seria sinal de pouca inteligência não perceber essa realidade.

Não é possível ver o bem onde ele não existe.

Também não é conveniente ser incapaz de perceber vícios e mazelas que realmente existam.

Mas há uma considerável distância entre identificar um problema e divulgá-lo.

Encontrar prazer em denegrir o próximo constitui indício de grande mesquinharia.

Esse gênero de comentário é ainda mais condenável por ser feito de forma traiçoeira.

Freqüentemente quem critica o vizinho não tem coragem de fazê-lo frente-a-frente.

É uma grande covardia sorrir e demonstrar apreço por alguém e criticá-lo pelas costas.

Antes de tecer um comentário, é preciso ter certeza de que ele traduz uma verdade.

Sendo verdadeiro um fato, torna-se necessário verificar se há alguma utilidade em divulgá-lo.

A única justificativa para apontar as mazelas alheias é a prevenção de um mal relevante.

Se o problema apresentado por uma criatura apenas a ela prejudica, o silêncio é a única atitude digna.

Assim, antes de abrir a boca para denegrir a reputação de alguém, certifique-se da veracidade dos fatos.

Sendo verídica a ocorrência, analise qual o seu móvel.

Reflita se seu agir visa a evitar um mal considerável, ou é apenas prazer de maldizer. Na segunda hipótese, é melhor calar-se.

É relevante também indagar se você tem coragem de comentar a ocorrência na frente da pessoa criticada.

Se o fizer, dará oportunidade para defesa.

Certamente a pessoa, objeto do comentário, possui a própria versão dos fatos.

Por todas essas razões, e outras tantas, jamais seja covarde.

A covardia é uma característica muito baixa e lamentável.

O fraco sempre escolhe vítimas que não podem oferecer defesa.

Agride de preferência as pessoas frágeis.

Quando não tem coragem para atacar diretamente, utiliza subterfúgios.

Enlameia a honra alheia, faz calúnias, espalha insinuações maldosas aos quatro ventos.

O homem que é alvo do ataque de um covarde geralmente nem sabe o que lhe aconteceu.

Apenas se espanta ao deparar com sorrisos irônicos onde quer que vá.

Em ambientes em que era recebido calorosamente, agora só encontra frieza.

Percebe, perplexo, o afastamento de amigos e parentes.

As fisionomias outrora benevolentes tornam-se sisudas.

Raramente alguém lhe esclarece a razão do ocorrido.

Assim, ele é julgado e condenado sem possibilidade de defesa.

Analise seu proceder e verifique se, por leviandade, às vezes você não age de forma maldosa e covarde.

Pense nos prejuízos que suas palavras podem causar na vida dos outros.

Imagine se fosse você a vítima do comentário ferino.

Certamente gostaria que a generosidade fizesse calar os seus semelhantes.

Ou ao menos que eles fossem leais o suficiente para falar às claras com você.

É preciso eliminar o hábito da maledicência.

Trata-se de um comportamento eivado de covardia.

E sem dúvida o seu ideal de vida não é ser um covarde.

Pense nisso!

Equipe de Redação do Momento Espírita.

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