quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Autoperdão - Hammed

Capítulo 10, item 15

       “Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo...
       “... porque se sois duros, exigentes, inflexí­veis, se tendes rigor mesmo por uma ofensa leve, como quereis que Deus esqueça que, cada dia, tendes maior necessidade de indulgência?... “
(Capítulo 10, item 15.)

       Nossas reações perante a vida não acontecem em função apenas dos estímulos ou dos acontecimentos exteriores, mas tam­bém e sobretudo de como percebemos e julgamos interiormente es­ses mesmos estímulos e acontecimentos. Em verdade, captamos a realidade dos fatos com nossas mais íntimas percepções, desenca­deando, conseqüentemente, peculiares emoções, que serão as bases de nossas condutas e reações comportamentais no futuro.
       Portanto, nossa forma de avaliar e de reagir e, as atitudes que tomamos em relação aos outros, conceituando-os como bons ou maus, é determinada por um sistema de autocensura que se encontra estruturado em nossos “níveis de consciência” mais profundos.
       Toda e qualquer postura que assumimos na vida se prende à maneira de como olhamos o mundo fora e dentro de nós, a qual pode nos levar a uma sensação íntima de realização ou de frustra­ção, de contentamento ou de culpa, de perdão ou de punição, de acordo com o “código moral” modelado na intimidade de nosso psiquismo.
       Esse ‘julgador interno” foi formado sobre as bases de con­ceitos que acumulamos nos tempos passados das vidas incontáveis, também com os pais atuais, com os ensinamentos de professores, com líderes religiosos, com o médico da família, com as autorida­des políticas de expressão, com a sociedade enfim.
Também, de forma sutil e quase inconsciente, no contato com informações, ordens, histórias, superstições, preconceitos e tradições assimilados dos adultos com quem convivemos em longos períodos de nossa vida. Portanto, ele, o julgador interno, nem sempre condiz com a realidade perfeita das coisas.
Essa “consciência crítica”, que julga e cataloga nossos fei­tos, autocensurando ou auto-aprovando, influencia a criatura a agir do mesmo modo que os adultos agiram sobre ela quando criança, punindo-a, quando não se comportava da maneira como aprendeu a ser justa e correta; ou dando toda uma sensação de aprovação e reconforto, quando ela agia dentro das propostas que assimilou como sendo certas e decentes.
A gênese do não-perdão a si mesmo está baseada no tipo de informações e mensagens que acumulamos através das diversas fases de evolução de nossa existência de almas imortais.
Podemos experimentar culpa e condenação, perdão e liber­dade de acordo com os nossos valores, crenças, normas e regras, vigentes, podendo variar de indivíduo para indivíduo, conforme seu país, sexo, raça, classe social, formação familiar e fé religiosa. Entendemos assim que, para atingir o autoperdão, é necessário que reexaminemos nossas convicções profundas sobre a natureza do nosso próprio ser, estudando as leis da Vida Superior, bem como as raízes da educação que recebemos na infância, nesta existência.
Uma das grandes fontes de auto-agressão vem da busca apressada de perfeição absoluta, como se todos devêssemos ser deuses ou deusas de um momento para outro. Aliás, a exigência de perfeição é considerada a pior inimiga da criatura, pois a leva a uma constante hostilidade contra si mesma, exigindo-lhe capacidades e habilidades que ela ainda não possui.
Se padrões muito severos de censura foram estabelecidos por pais perfeccionistas à criança, ou se lhe foi imposto um senso de justiça implacável, entre regulamentos disciplinadores e rígidos, provavelmente ela se tornará um adulto inflexível e irredutível para com os outros e para consigo mesmo.
Quando sempre esperamos perfeição em tudo e confron­tamos o lado “inadequado” de nossa natureza humana, nos sentire­nos fatalmente diminuídos e envolvidos por uma aura de fracasso. Não tomar consciência de nossas limitações é como se admitíssemos que os outros e nós mesmos devêssemos ser oniscientes e todo-poderosos. Afirmam as pessoas: “Recrimino-me por ter sido tão ingênuo naquela situação...”; “Tenho raiva de mim mesmo por ter aceitado tão facilmente aquelas mentiras...” “Deveria ter previsto estes problemas atuais”; “Não consigo perdoar-me, pois pensei que ele mudaria...”. São maneiras de expressarmos nossa culpa e o não-perdão a nós mesmos - exigências desmedidas atribuídas às pessoas perfeccionistas.
Os viciados em perfeição acham que podem fazer tudo sem­pre melhore, portanto, rejeitam quase tudo o que os outros fazem ou fizeram. Não aceitam suas limitações e não enxergam a “perfeição em potencial” que existe dentro deles mesmos, perdendo assim a oportunidade de crescimento pessoal e de desenvolvimento natu­ral, gradativo e constante, que é a técnica das leis do Universo.
A desestima a nós próprios nasce quando não nos aceita­mos como somos. Somente a auto-aceitação nos leva a sentir plena segurança ante os fatos e ocorrências do cotidiano, ainda que os indivíduos ao nosso redor não entendam nossas melhores intenções.
O perdão concede a paz de espírito, mas essa concessão nos escapará da alma se estivermos presos ao desejo de dirigir os passos de alguém, não respeitando o seu propósito de viver.
Devemos compreender que cada um de nós está cumprin­do um destino só seu, e que as atividades e modos das outras pes­soas ajustam-se somente a elas mesmas. Estabelecer padrões de comportamento e modelos idealizados para os nossos semelhantes é puro desrespeito e incompreensão ante o mecanismo da evolu­ção espiritual. Admitir e aceitar os outros como eles são nos permite que eles nos admitam e nos aceitem como somos.
Perdoar-nos resulta no amor a nós mesmos - o pré-requisito para alcançarmos a plenitude do “bem viver”.
Perdoar-nos é não importar-nos com o que fomos, pois a renovação está no instante presente; o que importa é como so­mos hoje e qual é nossa determinação de buscar nosso progresso espiritual.
Perdoar-nos é conviver com a mais nítida realidade, não se distraindo com ilusões de que os outros e nós mesmos “deveríamos ser” algo que imaginamos ou fantasiamos.
Perdoar-nos é compreender que os que nos cercam são reflexos de nós mesmos, criações nossas que materializamos com nossos pensamentos e convicções íntimas.
O texto em estudo - “Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo” - quer dizer: enquanto não nos libertarmos da ne­cessidade de castigar e punir o próximo, não estaremos recebendo a dádiva da compreensão para o autoperdão.
Adaptando o excerto do apóstolo Paulo às nossas vidas, perguntamo-nos: “...porque se sois duros, exigentes, inflexíveis, se tendes rigor mesmo por uma ofensa leve...”, como haveremos de criar oportunidades novas para que o “Divino Processo da Vida” nos fecunde a alma com a plenitude do Amor e, assim, possamos perdoar-nos?



Renovando Atitudes
Espírito - Hammed
Médium -  Francisco do Espirito Santos

Convite ao perdão

Convite ao perdão

Francisco Cândido Xavier foi um homem que viveu semeando  a palavra do Cristo. Através das suas atitudes, pregou a paz e ensinou a caridade. Sua vida foi um exemplo de conduta cristã.
Médium, viveu por noventa e dois anos, foi desprezado por muitos e durante sua vida sofreu ofensas e insultos, tendo passado imune a tudo.
Em uma de suas muitas frases que ficaram registradas, ele disse:
Graças a Deus, não me lembro de ter revidado a menor ofensa que sofri, certamente objetivando, todas elas, o meu aprendizado. E não me recordo de que tenha, conscientemente, magoado a quem quer que fosse.
Esta frase nos faz refletir sobre a forma como agimos diante das ofensas que sofremos. No cotidiano, nos deparamos com situações que põem à prova a nossa conduta.
São os olhares de desprezo ou de inveja. As palavras que ferem, humilham, magoam. As indelicadezas e os gestos que perturbam e ofendem.
São também as atitudes contínuas de omissão, de abandono dos deveres, ou de opressão, que acontecem entre irmãos, casais, pais e filhos, que vão se somando e se transformando em imensas mágoas.
É comum vermos famílias desestruturadas pelo cultivo da raiva, do rancor e da indelicadeza. Enfim, vemos com frequência, relações se esvaindo pela ausência do perdão.
Seja qual for a gravidade do ato infeliz que nos atinja, enxerguemos o outro, que nos fere e magoa, como alguém que pode estar enfermo e precisando de ajuda.
E como escolhemos agir diante de quem nos ofende?
Quando procedemos da mesma forma que o outro, entrando na sua sintonia, revidando, seja com palavras ou com atitudes, estaremos deixando que o outro dite a nossa conduta.
Estaremos nos equiparando àquele que cometeu o gesto desequilibrado.
É certo que ficamos tristes quando alguém nos ofende, mas o que deveria mesmo nos entristecer, é quando somos nós os ofensores.
Trabalhar o perdão ao próximo, assim como o autoperdão, é um exercício diário que podemos nos propor. Todos nós somos capazes de perdoar.
Não nos esqueçamos de que, por diversas vezes, nós é que desejamos ser perdoados.
Temos que começar relevando e perdoando as leves ofensas, para que estejamos preparados, quando nos depararmos com situações mais delicadas que nos exijam essa virtude.
Perdoar também é doar. Ao perdoar estaremos doando   entendimento,  paciência, compreensão e o amor que purifica. O esquecimento das ofensas é próprio da  alma elevada.
Mas o perdão não é o esquecimento do fato. Por vezes, torna-se difícil eliminar da memória uma atitude que tenha nos ferido.
Perdoar é cessar de ter raiva, é deixar de nutrir em nós o ressentimento pela pessoa que nos causou a dor ou o gesto infeliz que nos atingiu.
Perdoar acalma, liberta, traz paz e harmonia às nossas vidas.
O verdadeiro perdão é aquele que vem do coração e não dos lábios.
Façamo-nos hoje o convite para que deixemos que o perdão triunfe sobre a mágoa e o ressentimento.

Redação do Momento Espírita.
Em 03.06.2011.

Perdão e Autoperdão, por Divaldo

http://espiritismonocotidiano.com/2012/05/06/perdao-e-autoperdao/

Perdão e Autoperdão


Para completar suas atividades em nosso Estado, no domingo, dia 11, Sandra falou durante 3 horas na ExpoUnimed, em Curitiba, para uma atenta plateia de aproximadamente 400 pessoas que receberam judiciosas orientações sobre “Perdão e Autoperdão”.

Sandra discorreu filosoficamente e juridicamente – ela é advogada – sobre o tema, ilustrado com muitos exemplos.

Quando o ofendido perdoa, liberta-se da mágoa, ao passo que não liberta o ofensor, porquanto a lei segue seu curso e de alguma forma o ofensor terá que haver-se com as consequências de seu ato.

A primeira atitude do ofendido normalmente é o desejo de vingança, de desforra, de que o ofensor seja castigado. O perdão está completamente fora de cogitação. No máximo deixamos o castigo a cargo de Deus.

No entanto, o ofensa não é problema do ofendido, é problema do agressor. Se o ofendido perdoa, liberta-se completamente do problema; muda de vibração; desvincula-se do problema e ainda liberta o agressor dos maus fluidos de ódio e de vingança. De sua parte, nada precisa fazer além de perdoar. Não precisa envolver-se emocionalmente, porque a ofensa é problema do agressor.

Ao final, mencionou a história do sedutor da mulher adúltera, do Evangelho, narrada por Amélia Rodrigues, em que o dito sedutor, anos depois do episódio com Jesus, chegou à Casa do Caminho, onde foi ouvido e orientado por Pedro.

Autoperdão e ação responsável

Autoperdão e ação responsável



Suponhamos que a cada reencarnação recebemos do Criador um canteiro com uma terra muito fértil, para plantar flores, durante toda nossa vida.

Nascemos com as sementes das flores mas, ao invés de plantá-las, arranjamos sementes de espinhos e as semeamos, enchendo nosso canteiro de espinheiros.

Vamos plantando os nossos espinhos, até o dia em que olhamos para trás e percebemos um grande espinheiro.

Então, podemos ter três atitudes diferentes:

Se cultivamos o culpismo, devido ao remorso de não ter plantado as flores que deveríamos, simplesmente nos condenamos a deitar e rolar no espinheiro para nos punirmos, tentando aliviar a consciência de culpa.

Se somos pessoas que cultivamos o desculpismo, começamos a dizer que foi o vento que trouxe as sementes de espinhos, que não temos nada a ver com isso, etc.

Finalmente, se buscamos a ação responsável, ao perceber o espinheiro, assumimos tê-lo plantado e arrependemo-nos do fato.

Depois, percebemos que as sementes das flores continuam em nossas mãos e que podemos começar a plantá-las, agora que estamos mais conscientes.

Ao mesmo tempo sabemos que devemos retirar, um a um, todos os espinhos plantados e plantar uma flor no seu lugar.
Reflitamos sobre as três atitudes:

De que adianta cravar os espinhos plantados na própria carne? Por que aumentar o sofrimento?

Por acaso os espinhos diminuem quando agimos assim? A verdade é que não. De nada adianta. Este é o mecanismo dos que nos afundamos na culpa e deixamos que ela comande nossas vidas.

Substituir os atos de desamor praticados à vida com mais desamor ainda para conosco mesmos não resolve e não cura.

Por outro lado, pensando naqueles que ainda conseguimos achar desculpa para todo e qualquer desatino, por mais absurdo que ele pareça, veremos:

Os que fingimos que o espinheiro não tem nada a ver conosco, apenas estamos postergando o despertar da consciência.

Agindo assim, muitas vezes continuamos plantando mais e mais espinhos, fazendo com que o estrago fique cada vez maior.

O hábito de sempre encontrar desculpas e justificativas para todas nossas ações tem caráter doentio e precisa de atenção imediata de nossa parte.

O ego, em fuga desastrosa, procura justificar os erros mediante aparentes motivos justos. Tal costume degenera todo senso moral e pode nos levar a desequilíbrios psicológicos seríssimos.

Apenas a última opção, a da ação responsável, é caminho seguro.

É uma atitude proativa, pois ao assumir a responsabilidade pelos espinhos plantados, arrependemo-nos e buscamos substituí-los pelas flores.

Nesse ato cobrimos a multidão de pecados, conforme o ensino da Epístola de Pedro, referindo-se ao poder de cura do amor.

Assim crescemos, aprendemos e ressarcimos à Lei maior.
Sempre que cometermos erros, procuremos nos autoperdoar, atendendo à proposta da ação responsável, que troca o peso da culpa pela carga educativa da responsabilidade.








Redação do Blog Espiritismo na Rede, baseado no cap. 3 da obra
Psicoterapia à luz do Evangelho de Jesus, de Alírio de Cerqueira Filho, ed. Ebm.


Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/autoperdao-e-acao-responsavel/#ixzz3pyiK2T46

A liberdade do perdão e do auto-perdão



— É vaidade de nossa parte querermos agradar a todo mundo. Jesus, que foi o ser mais perfeito que já veio a este planeta, não conseguiu.

— Jesus praticou só o bem, e claro, num mundo de expiação e provas, isso contraria muitos interesses. Quem se contraria com a prática do bem, não está com boas intenções.

— Não devemos nos preocupar com isso, nem pensar em ser o estereótipo do “bom moço” ou da “boa moça”.

— Não é um bom sinal, portanto, quando todos têm uma boa impressão sobre nós —certamente há muita falsidade no meio disso. Isso não é atestado de boa conduta.

— Lembre-se da parábola em que Jesus diz que não há como servir a Deus e a Mamon. Na época de Jesus, Mamon era uma espécie de demônio, ligado às coisas financeiras, às posses materiais.

— Se estamos sendo rigorosos na prática da honestidade e da Caridade, fica complicado não achar alguém a quem desagrademos.

— Como há gente que não se preocupa tanto com estes valores, se nós nos esforçamos por eles, é óbvio que vamos contrariar os interesses destas pessoas. Portanto, vamos tomar cuidado com a hipocrisia.

— Nunca devemos forçar as pessoas, nem as situações.

— Se estamos levando esclarecimento, auxílio, e vemos que a pessoa está interessada, vamos continuar. Mas se a pessoa não está interessada em ouvir, é perda de tempo. Vamos deixar a pessoa no rumo dela, e no final das contas ela vai acabar aprendendo.

— Jesus não veio para nos transformar em seres perfeitos. Mas para ensinar o caminho para que possamos construir nossa própria perfeição.

— Devemos então construir o Reino de Deus dentro do nosso próprio coração, sem nos preocuparmos com os erros dos outros, mas apenas com nossos próprios.

— Polemizar nunca é bom. Se você esquece o erro, ele desaparece. O que é bom vai ficar. O que é mal, não.

O perdão liberta

— Mas, para perdoar, não é preciso esperar que o inimigo se arrependa? E se o malfeitor tentar nos prejudicar, inclusive com falsidade?

— O perdão não extingue a necessidade da vigilância, ensina Jesus. Mesmo que eu perdoe, devo ter cuidado para não dar chances para que a pessoa que tenha me prejudicado volte a fazer algum tipo de mal. Isso seria faltar com a Caridade.

— Da mesma forma, o amor não prescinde da verdade. A paz é um patrimônio que precisamos todos defender, fazendo aquilo que estiver em nosso alcance.

— Devemos perdoar e pronto, sem ficar pensando se o outro perdoou ou se arrependeu —se fico pensando, ainda o cobro de alguma forma.

— A única forma de esquecer o mal é criar o bem. Não vou conseguir crescer espiritualmente se odiar alguém —portanto, se espero alguém se arrepender, e a pessoa demora 200 anos, 300 anos para se arrepender, vou ficar marcando passo ao lado dela? Preciso, então, perdoar.

Perdoar a si mesmo

— O auto-perdão é fundamental também.

— A partir do momento em que você erra, vem o arrependimento. Se ele continuar lhe sufocando, você não terá força para reagir.

— As pessoas mais orgulhosas têm mais dificuldade para isso —a humildade é fundamental.

— Se sou orgulhoso, acho-me muito bom. No fundo, poderia traduzir meu pensamento assim: “Como um ser tão perfeito foi fazer isso?”.

— Se tenho humildade, penso o contrário e fico mais leve. Errei porque sou imperfeito, tenho defeitos, e está na hora de parar para consertar.

— O auto-perdão então ajuda a eliminar o sentimento de culpa, que é algo terrível.

— Ao invés de se deixar dominar pelo sentimento de culpa, use o auto-perdão. Mude —culpa não resolve o problema de ninguém.

— Tive capacidade de fazer o mal? Então eu tenho capacidade. Vou usá-la para fazer o bem. Dá trabalho? Claro. Mas vou conseguir.

Palestra conferida por André Luiz (espírito) em São Paulo no dia 03/03/2010 durante comentário do capítulo 10 (O Perdão) do livro “Boa Nova”, de Humberto de Campos.

Vídeos sobre perdão


http://www.redeamigoespirita.com.br/video/video/listTagged?tag=perd%C3%A3o

Autoperdão - Vídeo Alberto


http://www.redeamigoespirita.com.br/video/superando-a-culpa-atraves-do

autoperdão - slides


http://pt.slideshare.net/claudioduartesa/autopunio-e-autoperdo

Mensagens sobre o perdão

http://www.espiritismo.net/content,0,0,138,0,0.html

O AUTO PERDÃO II

O AUTO PERDÃO II

                                 
Para nos libertarmos, tanto da culpa, quanto da desculpa, necessitamos cultivar o processo da ação responsável. Ele é fruto da observação amorosa, tanto de nós mesmos, quanto dos outros, pela qual nos responsabilizamos pelos nossos atos. Somente através do amor é que podemos nos libertar da culpa e da tentativa de fugir dela.
            A ação responsável é um processo de autoconsciência composto das seguintes atitudes: responsabilização, arrependimento, auto-análise, aprendizado e reparação.
            Todo ser humano ainda é imperfeito e, por isso, quando for realizar uma ação, sempre terá dois resultados possíveis: o acerto ou o erro. O acerto, dentro da visão transpessoal, será sempre um ato de amor diante da vida. O erro é um ato de desamor, evidente ou oculto. O culpismo é um processo de se tentar substituir um ato de desamor por outro ato de desamor. O desculpismo é a tentativa de substituir o desamor pelo pseudo-amor. Em ambos os movimentos, a conduta é pseudoconsciente e irresponsável.
            A ação responsável é um processo de auto-exame consciente de si mesmo, propiciador do autoperdão. Inicia-se com a autoconsciência, na qual a pessoa irá perceber os seus atos, classificando-os em acertos, quando estiverem em conformidade com a lei do amor e erros, quando forem provenientes do desamor e pseudo-amor. Ao se perceber em erro, ao invés de entrar no julgamento gerador do remorso ineficaz, proveniente da consciência desculpa, ou na tentativa infrutífera de fugir dela, o indivíduo tem uma atitude responsável, não de auto-acusação, mas de perceber que foi ele que cometeu aquele ato e somente ele poderá repará-lo. Após assumir a responsabilidade, segue-se o arrependimento, pois o erro praticado é um ato de desamor, portanto contrário às leis Divinas e, por isso, é necessário se arrepender de tê-lo cometido.
            Após se arrepender, inicia uma auto-análise do erro, buscando examiná-lo, isto é, refletir sobre o motivo pelo qual cometeu aquela ação equivocada, o que o levou a agir com desamor, para poder aprender com o erro. Percebamos, com isso, que o erro faz parte da pedagogia divina, pois, do contrário, Ele teria nos criado perfeitos para não errarmos. Se buscarmos  sempre no erro cometido um aprendizado, estaremos evoluindo, tanto com os acertos, quanto com os erros. No final, o que conta sempre, é a evolução do ser humano na busca da sua iluminação.
            Após buscar aprender com o erro, é necessário iniciar ações de reparação. A ação responsável diante da vida, exige que reparemos o desamor, transformando tais atitudes, em atos de amor. Portanto, o autoperdão não é uma simples anulação do erro, de forma fácil, como muitos pensam, mas uma ação consciente que requer responsabilidade, arrependimento, muita auto-análise, aprendizado e reparação, buscando praticar ações amorosas diante da vida, que vão substituindo o desamor e pseudo-amor, que existem em nós, por amor, transformando as energias egóicas em energias essenciais. Este é o movimento interno que propicia o autoperdão.
            Quem não se perdoa, carrega o fardo pesado da culpa desnecessariamente, como também, se não perdoa os outros, carrega o fardo pesado do ressentimento, da mágoa e do ódio, inutilmente. A vida se trona insuportável. No entanto, se o indivíduo assume a mansuetude e a humildade, poderá se dar oportunidade de refazer o caminho, através do autoperdão.
            “Autoperdão significa dar-se oportunidade de crescimento interior, de reparação dos prejuízos, de aceitação das próprias estruturas, que deverão ser fortalecidas. Graças a essa compreensão, torna-se mais fácil o perdão aos outros, sem discussão dos fatores que geraram o atrito, com olvido do incidente.”
            Somente cultivando o auto-amor é que iremos evoluir, e não odiando a nós mesmos, no processo de culpa. Quem se auto-ama, se enche de felicidade.
            Esta proposta dá trabalho. Ser feliz é trabalhoso, por isso a maioria das pessoas cultiva a culpa e a desculpa. Mas, cedo ou tarde, todos despertaremos para esse mecanismo produtivo de auto-renovação, buscando com o cultivo do amor e da felicidade, auxiliar o universo a crescer.
Do  livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho                                        

Perdão - pdf


http://www.se-novaera.org.br/conteudos/doutrina_perdao_autoperdao.pdf

http://www.aluzdivina.org.br/downloads/SIMP%C3%93SIO_Stella_%20Perd%C3%A3o_22-04-13.pdf

Culpa, perdão e autoperdão

LUIS ROBERTO SCHOLL
robertoscholl@terra.com.br
Santo Ângelo, RS (Brasil)
 
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Culpa, perdão e autoperdão

A excelência do sentimento do perdão saiu das hostes da religião e adentrou nos conceitos terapêuticos da psicologia e da medicina. Ninguém mais tem dúvidas de que a sanidade mental e o equilíbrio emocional têm raízes profundas no indivíduo que consegue exercer e receber o perdão.
Desta forma, somos chamados diariamente a praticar o perdão no lar, no trabalho, no convívio social, nas pequenas coisas do cotidiano para que, quando necessário, possamos utilizá-lo nas grandes mágoas. É como o treinamento de um atleta de alta performance: muito exercício para atingir as grandes vitórias.
O prefixo PER significa ao todo, total; DOAR, dar. Doar, totalmente, esforço para amar um pouco mais. Se alguém pisar no seu pé, sem querer, é relativamente fácil perdoar, mas se pisar no pé que está com a unha inflamada, cuja dor é muito superior, precisará de um esforço maior ainda...
Às vezes o perdão é quase instantâneo, também pode demorar algumas horas, dias, meses, anos, séculos, algumas reencarnações. Mas se entender que o perdão é inevitável à conquista da paz, da felicidade, peça fundamental na evolução do ser, e que sem o perdão sempre haverá pendências que mais cedo ou mais tarde deverão ser sanadas, o indivíduo, racionalmente, empreenderá todos os esforços para atingir este intento.
No capítulo 10 de O Evangelho segundo o Espiritismo (Bem-aventurados os misericordiosos), o apóstolo Paulo afirma:
Perdoar os inimigos é pedir perdão para si mesmo. Perdoar aos amigos é dar-lhes prova de amizade. Perdoar as ofensas é mostrar que se tornou melhor do que antes. Perdoai, portanto, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe...
Quando estamos perdoando o outro, estamos também exercendo o autoperdão; um é consequência do outro, porque somos com o outro como somos conosco mesmo.
Allan Kardec indica, no livro O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo, a psicoterapia do perdão e autoperdão: arrependimento (dar-se conta que errou), expiação (desconforto e sofrimento moral pelo equívoco) e reparação (o ato final, a corrigenda do erro). O verdadeiro perdão sempre envolve atividades reparadoras.
Mágoas, culpas e ressentimento servem como alerta, um despertador avisando que alguma coisa na nossa conduta está equivocada. Quando não trabalhados com a tolerância e o perdão, trazem como consequências transtornos psiquiátricos ou doenças físicas.
Emmanuel, na obra Pronto Socorro, nos diz que o remorso é um lampejo de Deus sobre o complexo de culpa que se expressa por enfermidade da consciência.
Como você se vê no futuro? Como afirmou Pierre Dac, líder francês da resistência nazista da Segunda Grande Guerra Mundial, o futuro é o passado em preparação.
Que passado queremos ter daqui a 20, 30 anos ou na dimensão espiritual ou nas próximas reencarnações?
Vale a pena investir no perdão consigo mesmo e com o outro para que o remorso e o arrependimento não sejam nossos companheiros no futuro.

Perdão - vídeo de Divaldo


https://www.youtube.com/watch?v=IuJclrF1Oxc

AUTOPERDÃO - JA

“O Ser real é constituído de corpo, mente e espírito. Dessa forma, uma abordagem psicológica para ser verdadeiramente eficaz deve ter uma visão holística do ser, tratando de seu corpo (físico e periespirítico), de sua mente (consciente, inconsciente e subconsciente) e de seu espírito imortal que traz consigo uma bagagem de experiências anteriores à presente existência e está caminhando para a perfeição Divina.” Joanna de Ângelis


Joanna de Ângelis

Página psico- grafada pelo médium Divaldo P. Franco, na sessão da noite de 4 de janeiro de 2005, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.


Toda vez em que a culpa não emerge de maneira consciente, são liberados conflitos que a mascaram, levando a inquietações e sofrimentos sem aparente causa.

Todas as criaturas cometem erros de maior ou menor gravidade, alguns dos quais são arquivados no inconsciente, antes mesmo de passarem por uma análise de profundidade em tomo dos males produzidos, seja de referência à própria pessoa ou a outrem.

Cedo ou tarde, ressumam de maneira inquietadora, produzindo mal-estar, inquietação, insatisfação pessoal, em caminho de transtorno de conduta.

A culpa é sempre responsável por vários processos neuróticos, que deve ser enfrentada com serenidade e altivez.

Ninguém se pode considerar irretocável enquanto no processo da evolução.

Mesmo aquele que segue retamente o caminho do bem está sujeito a alternância de conduta, tendo em vista os desafios que se apresentam e o estado emocional do momento.

Há períodos em que o bem-estar a tudo enfrenta com alegria e naturalidade, enquanto que, noutras ocasiões, os mesmos incidentes produzem distúrbios e reações imprevisíveis.

Todos podem errar, e isso acontece amiúde, tendo o dever de perdoar-se, não permanecendo no equívoco, ao tempo em que se esforcem para reparar o mal que fizeram.

Muitos males são ao próprio indivíduo feitos, produzindo remorso, vergonha, ressentimento, sem que haja coragem para revivê-los e liberar-se dos seus efeitos danosos.

Uma reflexão em tomo da humanidade de que cada qual é possuidor, permitir-lhe-á entender que existem razões que o levam a reagir, quando deveria agir, a revidar, quando seria melhor desculpar, a fazer o mal, quando lhe cumpriria fazer o bem...

A terapia moral pelo autoperdão impõe-se como indispensável para a recuperação do equilíbrio emocional e o respeito por si mesmo.

Torna-se essencial, portanto, uma reavaliação da ocorrência, num exame sincero e honesto em torno do acontecimento, diluindo-o racionalmente e predispondo-se a dar-se uma nova oportunidade, de forma que supere a culpa e mantenha-se em estado de paz interior.

O autoperdão é essencial para uma existência emocional tranquila.

Todos têm o dever de perdoar-se, buscando não reincidir no mesmo compromisso negativo, desamarrando-se dos cipós constringentes do remorso.

Seja qual for a gravidade do ato infeliz, é possível repará-lo quando se está disposto a fazê-lo, recobrando o bom humor e a alegria de viver.

Em face do autoperdão, da necessidade de paz interior inadiável, surge o desafio do perdão ao próximo, àquele que se tem transformado em algoz, em adversário contínuo da paz.

Uma postura psicológica ajuda de maneira eficaz e rápida o processo do perdão, que consiste na análise do ato, tendo em vista que o outro, o perseguidor, está enfermo, que ele é infeliz, que a sua peçonha caracteriza-lhe o estado de inferioridade.

Mediante este enfoque surge um sentimento de compaixão que se desenvolve, diminuindo a reação emocional da revolta ou do ódio, ou da necessidade de revide, descendo ao mesmo nível em que ele se encontra.

O célebre cientista norte-americano Booker T. Washington, que sofreu perseguições inomináveis pelo fato de ser negro, e que muito ofereceu à cultura e à agricultura do seu país, asseverou com nobreza: Não permita que alguém o rebaixe tanto a ponto de você vir a odiá-lo.

Desejava dizer que ninguém deve aceitar a ojeriza de outrem, o seu ódio e o seu desdém a ponto de sintonizar na mesma faixa de inferioridade.

Permanecer acima da ofensa, não deixar-se atingir pela agressão moral, constituem o antídoto para o ódio de fácil irrupção.

Sem dúvida, existem os invejosos, que se comprazem em denegrir aquele a quem consideram rival, por não poderem ultrapassá-lo; também enxameiam os odientos, que não se permitem acompanhar a ascensão do próximo, optando por criar-lhes todos os embaraços possíveis; são numerosos os poltrões que detestam os lidadores, porque pensam que os colocam em postura inferior e se movimentam para dificultar-lhes a marcha ascensional; são incontáveis aqueles que perderam o respeito por si mesmos e auto-realizam-se agredindo os lidadores do dever e da ordem, a fim de nivelá-los em sua faixa moral inferior...

Deixa que a compaixão tome os teus sentimentos e envolve-os na lã da misericórdia, quanto gostarias que assim fizessem contigo, caso ainda te detivesses na situação em que eles estagiam.Perceberás que um sentimento de compreensão, embora não de conivência com o seu erro, tomará conta de ti, impulsionando-te a seguir adiante, sem que te perturbes.

Sob o acicate desses infelizes, aos quais tens o dever de compreender e de perdoar, porque não sabem o que fazem, ignorando que a si mesmos se prejudicam, seguirás confiante e invencível no rumo da montanha do progresso.

Ninguém escapa, na Terra, aos processos de sofrimento infligido por outrem, em face do estágio espiritual que se vive no planeta e da população que o habita ainda ser constituída por Espíritos em fases iniciais de crescimento intelecto-moral.

Não te detenhas, porque não encontres compreensão, nem porque os teus passos tenham que enfrentar armadilhas e abismos que saberás vencer, caso não te permitas compartilhar das mesmas atitudes dos maus.

Chegarás ao termo da jornada vitoriosamente, e isso é o que importa.

O eminente sábio da Grécia, Sólon, costumava dizer que nada pior do que o castigo do tempo, referindo-se às ocorrências inesperadas e inevitáveis da sucessão dos dias. Nunca se sabe o que irá acontecer logo mais e como se agirá.

Dessa forma, faze sempre todo o bem, ajuda-te com a compaixão e o amor, alçando-te a paisagens mais nobres do que aquelas por onde deambulas por enquanto.

Perdoa-te, portanto, perdoando, também, ao teu próximo, seja qual for o crime que haja cometido contra ti.

O problema será sempre de quem erra, jamais da vítima, que se depura e se enobrece.

Pilatos e Jesus defrontaram-se em níveis morais diferentes. A astúcia e a soberba num, a sua glória mentirosa e a sua fatuidade desmedida. A humildade real, a grandeza moral e a sabedoria profunda no outro, que era superior ao biltre representante do poder terreno de César. Covarde e pusilânime, Pilatos não lhe viu culpa, mas não o liberou, porque estava embriagado de ilusão sensorial, lavando as mãos, em tomo da Sua vida, porém, não se liberando da responsabilidade na consciência. Estóico e consciente Jesus aceitou a imposição arbitrária e infame, deixando-se erguer numa cruz de madeira tosca, a fim de perdoar a todos e amá-los uma vez mais, convidando-os à felicidade.

Perdoa, pois, e autoperdoa-te!