quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Palestra sobre Reforma Íntima

http://institutochicoxavier.com/oradores/138/1894-palestra-reforma-intima.html

DESAPEGO FAMILIAR


"...Mas ele lhes respondeu: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E olhando aqueles que estavam sentados ao seu redor; Eis, disse, minha mãe e meus irmãos; porque todo aquele que faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe." (Cap. XIV, item 5)

Em correta acepção, desapego quer dizer o sentimento de alguém que desenvolveu sua capacidade de avaliar e selecionar o que "pode" e o que "deve fazer", estruturado em seu próprio senso de autonomia.

Agarrar-se a familiares de modo exagerado gera desajustes e doenças psicológicas das mais diversas características; desde a mais leve das inseguranças - se deve ou não sair de casa para um passeio a sós, ou que roupa deve usar - até o pânico incontrolável de tudo e de todos, que leva o indivíduo ao desequilíbrio em seu desenvolvimento e maturidade emocional.

A reencarnação faz o ser humano exercitar a independência, quando propõe que ele é um viajante temporário entre pessoas, sexo, profissão, países, continentes ou mundos.

Não obstante, ela não destrói os laços do amor-verdadeiro, antes cria diversos vínculos afetivos entre as almas. Pais, cônjuges, filhos e amigos voltam a conviver em épocas e em posições completamente diferentes, estabelecendo na consciência uma maneira universalista de ver os relacionamentos da afeição e da simpatia, sem aprisionamentos ou dependências.

É importante compreendermos que, mesmo em família, não viemos à Terra só para fazer o que queremos, para satisfazer nossos caprichos ou nos agradar, pois não devemos nos ver como devedores ou cobradores uns dos outros, mas como criaturas companheiras que vieram cumprir uma trajetória evolutiva, ora juntas no mesmo séquito consanguíneo.

Desse modo, devemos levar em conta a individualidade de cada membro familiar e respeitá-lo, sem imposições ou submissões, pelo modo peculiar que encontrou de ser feliz e dirigir sua própria existência.

Cada pessoa que vive neste planeta deve aprender suas próprias lições, e é inconcebível tentarmos fazer os deveres por elas, porque cada uma aprende com suas próprias experiências e no momento propício.

Podemos, sim, oferecer aos familiares uma atmosfera de compreensão e apoio, para que tenham por si sós a decisão de mudar quando e como desejarem, atitudes essas possibilitadoras de relacionamentos seguros e duradouros.

E imperativo que se entenda que as ações possessivas criam indivíduos servis e profundamente inseguros, que futuramente precisarão ter sempre os familiares em sua volta, como uma "corte", a fim de se sentir amparados.

O exemplo clássico de criaturas apegadas é o daquelas que foram criadas por "superpais", e que durante muito tempo se mantiveram subjugadas e presas pelos fios invisíveis dessa "suposta proteção", que, na realidade, era apenas uma "forma inconsciente" de suprir fatores emocionais desses mesmos adultos em desarranjo.

Crianças que foram educadas sob a orientação de adultos incapazes de estabelecer limites às vontades e desejos delas, contentando-as de forma irrestrita, sem nenhuma barreira, desenvolveram dependências patológicas que geraram progressivamente uma acentuada incapacidade de resolver problemas peculiares a sua idade, enquanto outras, nessa mesma idade, mostraram-se perfeitamente habilitadas para encará-los e solucioná-los.

Crianças que se jogam ao chão, entre crises de falta de fôlego e de choro fácil, sem nenhuma razão de ser, são consideradas mimadas. Tais comportamentos resultam do fato de terem sido tratadas como incapazes e com atitudes infantilizadas.

Pessoas inseguras e insuficientemente maduras educam os filhos da mesma maneira que foram criadas, repetindo para sua atual família os mesmos comportamentos "superprotetores" que vivenciaram na fase infantil; ou mesmo, por terem tido uma enorme experiência de rejeição no lar, também adotam a "superproteção" como forma de compensar tudo o que passaram e sofreram na infância.

Encontramos uma das maiores lições sobre a liberdade e o desapego nas palavras de Jesus de Nazaré, quando se aproveitou da circunstância em que estavam reunidas várias pessoas, e lançou o ensinamento do "amor sem fronteiras".

Apesar de respeitar e amar profundamente sua família, exaltou o "desapego familiar" como a meta que todos deveríamos atingir, a fim de alcançarmos os superiores princípios da fraternidade universal e o verdadeiro sentido da liberdade integral.

Hammed

DESAPEGO

DESAPEGO

O amor aos bens terrenos constitui um dos mais fortes óbices ao vosso adiantamento moral e espiritual. Pelo apego à posse de tais bens, destruís as vossas faculdades de amar, com as aplicardes todas às coisas materiais. “Lacordaire – (Constantina, 1863) O Evangelho Segundo Espiritismo – Capítulo XVI- ítem 14

Materialismo é o estado íntimo que estabelece a rotina mental da esmagadora maioria das mentes no
plano físico, focando os interesses humanos,exclusivamente, naquilo que fere os cinco sentidos.

O materialismo tem como base afetiva o sentimento de segurança e bem-estar, expresso comumente por vínculos de apego e posse. Os reflexos mais conhecidos desses vínculos afetivos com a vida material são a dependência e o medo, respectivamente.

Em essência, o interesse central de todo materialista é tornar a vida uma permanência, manter para sempre o elo com todas as criações objetivas que lhe “pertençam”, sejam coisas ou pessoas. Contudo, a vida é regida pela Lei da Impermanência. Tudo é transformação e crescimento.

A volta do homem à vida corporal tem por objetivo o seu melhoramento, o engrandecimento de seus conceitos ainda tão reduzidos pela ótica das ilusões terrenas. Compreender que é um binômio corpo-alma, que tem um destino, a perfeição, e que a vida na Terra é um aprendizado são as lições que lhe permitirão romper com os estreitos limites da visão materialista.

Muito esforço será pedido para o desenvolvimento dessas qualidades espirituais no coração humano. Uma semana na Terra é composta por dez mil e oitenta minutos. Tomando por base noventa minutos como tempo habitual de uma atividade espiritual voltada para a aquisição de noções elevadas, e ainda levando em conta que raramente alguém ultrapassa o limite de duas ou três reuniões semanais, encontramos um coeficiente de no máximo duzentos e setenta minutos de preparo para implementação da renovação mental, ou seja, pouco menos de três por cento do volume de tempo de uma semana inteira. São nesses momentos que se angaria forças para interromper a rotina mental do homem comum. Por isso necessitamos tanto das tarefas espíritas para fixar valores, desenvolver novos hábitos e alimentar a mente de novas forças, tendo em vista a espiritualização a qual todos devemos buscar em favor da felicidade e da paz.

A superação da rotina materialista exige esforço, mas também metas, ideais, comprometimento.

Por isso a melhora espiritual não pode circunscrever-se a práticas religiosas ou a momentos de estudo e oração. Imperioso será assumirmos o compromisso de mudança e elevação conosco mesmo, senão tais iniciativas podem reduzir-se facilmente a experiências passageiras de adesão superficial, sem raízes profundas nas matrizes do sentimento.

A reforma íntima solicita fazer de nossas vidas um projeto. Um projeto de cumplicidade e amor!.
Projeto de vida é o outro nome da “religião íntima”, a “religião da atitude”, do comprometimento. Sem isso, como esperar que a simples freqüência aos serviços do bem, nas fileiras da caridade e da instrução, sejam suficientes para renovar a nossa personalidade construída em milênios de repetição no “amor” aos bens terrenos?

E um projeto de mudança sempre encontraremos obstáculos e pedregais nas sendas da renovação espiritual. Isso porque aquele que realmente se eleva não deixa de causar mudança no meio onde estagia, atraindo para si todas as reações favoráveis e desfavoráveis aos ideais de ascensão. Isso faz parte de todo processo de espiritualização. Não há como não haver reações que, por fim, podem, algumas vezes, ser sinais de que nos encontramos em boa direção…

Cumplicidade e comprometimento são as palavras de ordem no desafio do autoburilamento. Evitemos, assim, confundir a simples adesão a práticas doutrinárias ou ainda o acúmulo de cultura espiritual como sendo iluminação e adiantamento, quando nada mais são que estímulos valorosos para o crescimento. Lembremos que só terão valor real, na nossa libertação, se deles soubermos extrair a parte essencial que nos compete interiorizar no fortalecimento de nosso projeto de vida no bem.

Lacordaire é muito lúcido ao afirmar que destruímos as faculdades de amar quando as reduzimos aos bens materiais. O cultivo da paixão ao adiantamento espiritual é a solução para todos os problemas da humanidade terrena, e o único caminho para o mundo melhor. Quando aprendemos isso, verificamos que a existência, mesmo que salpicada de problemas e de dores, tem luz e vida porque plantamos na intimidade a semente imperecível do idealismo superior, o qual ninguém pode nos roubar.

Fonte: Livro Reforma Intima sem Martírio – Ermance Dufaux

Desapego


"Precisamos de poder para permanecermos livres da influência dos outros.

Desapego é esse poder.

Se não conseguirmos ficar dasapegados, não conseguiremos controlar nossos pensamentos.

Precisamos nos desapegar da identidade física e nos apegar a nossa personalidade espiritual:
o ser de paz e poder interior.

Desapego significa simplesmente manter-se centrado na própria espiritualidade."

Dadi Janki

Desapego

Desapego

Em visita ao Nepal, um jovem turista americano foi visitar um monge budista. Ao entrar em seus aposentos, percebeu que não havia nada além de livros e velas.
- Onde estão suas coisas? - o jovem perguntou.
- Que coisas? - ele respondeu.
- Ora, sua mobília, roupas, equipamentos, sei lá, suas coisas.
- E onde estão as suas? - o monge perguntou.
O jovem olhou surpreso para ele. - Onde estão minhas coisas? Eu estou aqui de passagem!
- Eu também!!!!!!!!!!  (Conto Oriental - Autor desconhecido)

Mensagens para Orkut - Dividers

Como não ter apego "às coisas" se vivemos num mundo consumista?

E o que dizer do apego emocional que nos aprisiona e nos arrasta ao sofrimento?

Sabemos que o desprendimento é necessário para a renovação interior e crescimento espiritual do ser.

No entanto, tal exercício exige de nós, virtudes a serem trabalhadas e defeitos a serem extintos, e nem sempre estamos preparados para mudanças.

Quando o apego é mais forte que a renúncia, começamos a "perder" nossas conquistas:  empregos, amizades, amores...

É  a vida nos convocando ao aprendizado do desapego.

Cultivar o desapego não significa amar menos ou não apreciar as coisas boas que a vida tem a nos oferecer, mas ter consciência da natureza transitória das coisas, anulando assim, na medida do possível, o sentimento de posse.  Beijão ♥♥

Apego e libertação - Slides

http://pt.slideshare.net/ofirsete/apego-e-libertaao-fev-2008

SERVE SEM APEGO

SERVE SEM APEGO

Usa, sem algemar-te,
Os bens de que desfrutes.
Medita nas riquezas
Que já se dispersaram.
Antigas obras de arte
Valorizam museus.
Títulos de ascendentes
São brazões sem calor.
Do que sejas ou tenhas,
Faze o melhor que possas.
Serve sem apegar-te,
Tudo pertence a Deus.

Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Luz Bendita" - EDIÇÃO

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/auto-conhecimento/desapego-17172/#ixzz3MJ3eHB00

Desapego

"Antes de tentar explicar o que é o desapego, queria referir as Quatro Nobres Verdades proferidas por Buda após a iluminação. É por não darmos conta das Quatro Nobres Verdades que este longo caminho de nascimento e morte -samsara- tem sid opercorrido.

As Quatro Nobres Verdades são:

 1- a Nobre Verdade da existência de Dukka -sofrimento;
 2- a Nobre Verdade da origem de Dukka;
 3- a Nobre Verdade da cessação de Dukka;
 4 - a Nobre Verdade do caminho para a cessação de Dukka.

«Agora que foram compreendidas e integradas, o desejo pela existência é eliminado», disse Buda aos seus seguidores.

O sofrimento é, pois, segundo todos os princípios budistas, a base permanente da nossa existência, uma constante da nossa vida neste plano espiritual.

Se reflectirmos um pouco nesta Primeira Verdade, perceberemos que o stress e a preocupação, ou seja, o sofrimento é o factor dominante do nosso dia-a-dia, mesmo os momentos de maior felicidade não são vividos plenamente pelo medo do seu desaparecimento.

Porquê? Pelo apego. Vivemos quase sempre a analisar o que fizemos no passado e a divagar sobre projectos e conjecturas parao futuro.

(Devia ter dito isto. Amanhã vou fazer aquilo.)

Vivemos quase sempre no passado ou no futuro.

Quando estamos preocupados sofremos  e desejamos o futuro (o final das preocupações). Quando estamos felizes, vivemos com receio do final desses momentos.

Vivemos apegados a situações, palavras, assim como vivemos apegados a pessoas e objectos.

(Mesmo quando dizemos sentir amor por alguém, muitas vezes não passa de apego e vivemos com medo de perder essa pessoa, do mesmo modo que estamos apegados a objectos.


No fundo, o apego não é mais que uma emoção destrutiva que nos impede de desfrutar plenamente o momento presente.


 Não confundir apego com Amor ou compaixão! Do Apego derivam outras emoções negativas como a inveja (de perder aquele objecto, situação ou pessoa), a raiva e frustração (causada pela perda), etc. Ao contrário, o Amor ou Compaixão é incondicional e não traz infelicidade associada.

 O verdadeiro Amor por um filho, por exemplo, não traz nenhum tipo de sofrimento (é um "estar ali" para ele sempre, independentemente do ele fizer ou disser, nunca se transforma em ódio, não tem inveja associada nem ciúme). Assim, o desapego é o contrário do apego, é o deixar-se ir na vida, sem contudo querer dizer negligenciar. É aproveitar todas as situações que a vida nos traz. No fundo, é fruir da existência de forma plena, fruir todos os momentos, os maus e os bons, vivendo-os, ao invés de pensar em relação aos bons quem me dera que isto dure para sempre e nos maus que horror, isto nunca mais passa.

 Ter uma atitude de desapego é, resumindo, viver sem expectativas, aceitando o presente.

 Quero salientar que desapego não significa ser passivo perante a vida. Passividade e desapego não são sinónimos. Desapego é uma atitude, é uma predisposição interior, não é um processo exterior. Por exemplo, se virmos uma situação de injustiça, se pudermos, devemos resolvê-la, mas isto não significa envolvermo-nos emocionalmente, pois corremos o risco de desenvolvermos uma emoção fortemente destrutiva como é a ira.

 Tampouco o desapego se traduz numa frieza perante a vida. Do desapego deriva calor interior e acompanhado por uma atenção plena ao momento presente, deriva compaixão.

 O desapego é uma atitude e não uma acção.

 É uma predisposição de espírito. Se reflectirmos sobre a atitude contrária, facilmente percebemos que ela nos traz a maior parte das preocupações. (Eu diria mesmo todas!) Pelo contrário, se cultivarmos a atitude do desapego, verificamos que deriva dessa atitude a maior parte das emoções positivas como a generosidade, a paciência….

Autora: Isabel Mar


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O desapego é a essência do caminho

O desapego é a essência do caminho



Todas as nossas misérias e sofrimentos não são nada mais do que apego. Toda a nossa ignorância e escuridão é uma estranha combinação de mil e um apegos. Nós estamos apegados a coisas que serão levadas no momento da morte, ou mesmo, talvez, antes. Você pode estar muito apegado a dinheiro, mas você pode ir à bancarrota amanhã. Você pode estar muito apegado a seu poder e posição, mas eles são como bolhas de sabão. Hoje eles estão aqui; amanhã eles não deixarão nem um traço. (…)

Todas as nossas posições, todos os nossos poderes, nosso dinheiro, nosso prestígio, respeitabilidade são todos bolhas de sabão. Não fique apegado a bolhas de sabão; senão, você estará em contínua miséria e agonia. Essas bolhas de sabão não se importam por você estar apegado a elas. Elas continuam estourando e desaparecendo no ar e deixando-o para trás com o coração ferido, com um fracasso, com uma profunda destruição de seu ego. Elas o deixam triste, amargo, irritado, frustrado. Elas transformam sua vida num inferno.

Compreender que a vida é feita da mesma matéria que os sonhos é a essência do caminho. Desapegue-se: viva no mundo, mas não seja do mundo. Viva no mundo, mas não permita que o mundo viva dentro de você. Lembre-se que ele é um belo sonho, porque tudo está mudando e desaparecendo. Não se agarre a nada. Agarrar-se é a causa de sermos inconscientes.

Se você começar a se desprender, uma tremenda liberação de energia acontecerá dentro de você. A energia que estava envolvida no apego às coisas trará um novo amanhecer ao seu ser, uma nova luz, uma nova compreensão, um tremendo descarregar – nenhuma possibilidade para a miséria, a agonia, a angústia. Ao contrário, quando todas essas coisas desaparecem, você se encontra sereno, calmo e tranquilo, numa alegria sutil.
Haverá um riso no seu ser. (…)

Se você se tornar desapegado, você será capaz de ver como as pessoas estão apegadas a coisas triviais, e quanto elas estão sofrendo por isso. E você rirá de si mesmo, porque você também estava no mesmo barco antes. O desapego é certamente a essência do caminho.



Por Osho


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Apego ou Desapego


Desapego... que exercício difícil para nós ainda presos ao ego humano... o apego é uma das maiores ilusões da vida terrena... apegar-se a que? A quem? Apegar-se para que? Se tudo é transitório, se tudo é passageiro...

O apego é uma das fontes de maior sofrimento... quanta dor, quantas lágrimas...

O apego é o mesmo que querermos segurar o vento, o ar... somente com o desapego é que podemos ter... ter o que é da alma... porque nós não temos... nós simplesmente somos... somos o que somos.

O sofrimento do apego se inicia aqui, quando  acreditamos ter posse sobre as coisas materiais; a nossa terra, a nossa casa, as nossas roupas, a nossa beleza, o nosso carro, o nosso cargo, a nossa posição social, o nosso talão 5 estrelas, o nosso cartão de crédito internacional, a nossa empresa e assim por diante...

Claro que a prosperidade é um direito do ser, é bom estarmos em sintonia com a energia da abundância cósmica, mas não podemos confundir com posse... alguns tem um forte sentimento de apego dentro de um Fusca 64 e outros passarão totalmente desapegados dentro de uma Mercedes 2010... nós aprendemos na Luz e na sombra...

Temos que perder para darmos valor ao ganhar, temos que passar pela escassez para aprendermos a buscar a abundância; e a vida é uma grande roda, que gira e gira e nós vamos vivenciando todos os desafios, todas as situações para adquirirmos sabedorias... tudo é cíclico... tudo é empréstimo temporário para o nosso aprendizado.

Quanto sofrimento é gerado à alma no momento do seu desencarne, quando, presa aos apegos terrenos... não alcança a Luz porque está olhando as sombras; não atinge um nível maior de consciência porque está presa à inconsciência dos apegos terrenos...

Devemos sim viver os prazeres da terra, com o desapego da alma... vivendo aquilo que a vida está nos proporcionando sem a prisão do medo da perda...

E o que dizermos do apego emocional? Ah... é mais e muito mais dolorido!

Criamos inúmeras vezes na nossa mente, no nosso corpo emocional, a ilusão de que o outro nos pertence, que nós temos posse sobre o outro e também vendemos a ilusão que o outro tem posse sobre nós... e neste jogo emocional vivemos anos, vidas inteiras e criamos laços cármicos profundos... e o mais irônico, para não dizer o mais triste, é que nos atrevemos, presos a esta visão distorcida, a chamar isto de amor!

Mas temos que compreender que para atingirmos o Desapego e o Amor Maior, temos que vivenciar o apego e o amor terreno. São os nossos primeiros passos para alcançarmos a sabedoria...

Nós confundimos apego profundo com desapego e não conseguimos realmente enxergar nossa confusão e a vida faz a parte dela, ou seja, gera o desapego para percebermos o quanto estávamos apegados.

Desapego? Amor incondicional? Baixa auto-estima? Sim, pode até ser amor mas o amor incondicional é desapego e desapego é amor incondicional... é querer a felicidade e o bem estar do outro e de si mesmo.

Mas para amarmos o outro temos também que nos amar e nos respeitar. Será que não é um apego tão forte, tão enraizado, que não permitimos que o outro seja feliz e num grande auto boicote, optamos em sermos infelizes para não nos desapegarmos do outro e não permitirmos que o outro se desapegue de nós?

O que aparenta desapego é um profundo apego; tão forte que preferimos renunciar à própria felicidade do que renunciarmos ao outro. Desapego nos liberta. Apego nos aprisiona.

Exercitemos o desapego das coisas materiais, das ilusões emocionais, dos rancores, das mágoas, de tudo aquilo que nos aprisiona. Libertemo-nos! Sejamos livres no Desapego!

O amor e o desapego

O amor e o desapego
(...)

- Patrícia, por que não falamos um pouco sobre o amor? - Disse Heloísa. - Sobre o amor e o desapego.

O assunto era deveras fascinante, tentei elucidar a turma.

- Amar, mesmo que seja de forma egoísta, todos os seres humanos o fazem, nem que seja a si mesmos. Amar de forma verdadeira, sem egoísmo e posse, demonstra o que se aprende. Amando verdadeiramente, anulamos erros e irradiamos alegrias em nossa volta.

Amar e desapegar-se dos seres que amamos não é fácil. Encarnados, quando aprendem a se desprender do que Ihes é caro, chegam a ter sensações de dor, porque sufocam a ilusão de ter. Amar a tudo, dando valor, mas sabendo que nos é emprestado. E por quem? Pelo nosso Criador. Com objeto emprestado, cuidado dobrado. Sim, realmente, tudo nos é emprestado, já que não somos donos de nada material, não possuímos nada. Nosso amor pelas coisas deve ser incondicional, usar o que nos é permitido, sem abusar. Dar valor à casa que nos serve de lar, às roupas que vestem o corpo, ao local em que trabalhamos, onde recebemos o dinheiro para o sustento material, enfim, a todos os objetos que nos são úteis. Porém, teremos um dia que deixar tudo para outros, e que o deixemos da melhor forma possível, para que eles possam desfrutar dos objetos emprestados tanto quanto nós. Até o corpo físico temos que devolver à natureza. E como essa devolução é difícil para muitos!

Até aí, parece fácil, embora saibamos que muitos, possuídos pelo desejo de ter, se esquecem desse fato, apegam-se às coisas, objetos, julgando ser deles, e quando desencarnam não querem deixá-los e a eles ficam presos. Há uma parte mais difícil, que é amar nossos entes queridos sem apego. Quase sempre nos julgamos insubstituíveis junto daqueles que amamos, que ninguém os ama mais que nós e que somos indispensáveis na vida deles. Apegamo-nos assim a estes, esquecendo que eles também são amados por Deus e que somos companheiros de viagem, cabendo a cada um caminhar com seus próprios passos. E muitas vezes, nessas caminhadas, somos levados a nos distanciar um do outro, mas afetos sinceros não se separam. Podem estar ausentes, não separados. Deixar que nossos afetos sigam sozinhos, sem nós, é algo que devemos entender. É o desapego. Ao desencarnar, ausentamo-nos do convívio de nossos entes queridos e, se não entendermos, isso, consideraremos essa ausência como separação definitiva. Precisamos aprender a amar com desapego, ampliar o número de nossos afetos, sem a ilusão da posse. Se formos chamados a nos ausentar, pela desencarnação, continuemos a valorizá-Ios, respeitando-os, ajudando-os. Estaremos no caminho do desapego, mas continuaremos a amá-los da mesma forma.

Livro: O Vôo da Gaivota. Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, pelo Espírito Patrícia. Petit Editora

DESAPEGO 2 - Hammed


A mente apegada a jatos, acontecimentos e pessoas é incapaz de perceber a sua
essência. Aquele que está agarrado ao "ego" está vazio do "sagrado"; aquele que se
liberta do "ego" descobre que sempre esteve repleto do "sagrado".
"Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si
mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois aquele que quiser salvar a sua vida, vai perdê-
la, mas o que perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. De fato, que
aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro mas arruinar a sua vida?" '
Quando alguém passa silenciosamente por um desfiladeiro, percebe o sussurrar de
sons distintos que repercutem através dos ventos nas pedras e árvores — são
manifestações dos "ecos da Natureza" daquele lugar. A criatura que interioriza e
aquieta a mente, silenciando sua intimidade, faz com que seu reino interior assemelhe-se a um "sereno desfiladeiro", de onde surgem as mensagens inarticuladas da alma -
são manifestações dos "ecos transcendentais" do Universo.
Nesse "estado interior", onde impera a quietude e a tranqüilidade, o indivíduo tem um
encontro consigo mesmo, com sua mais pura essência - o Espírito. Na presença da
inquietação e dos inúmeros anseios, a mente apegada bloqueia a fonte sapiencial e
polui a via de acesso pela qual se ausculta a Fonte da Excelsa Sabedoria.
As pessoas do mundo estão distraídas entre os eventos do passado e os do presente,
plenas de desejos pessoais que turvam e contagiam sua visão cósmica; isso as impede
de expandir e expressar, de forma espontânea e natural, sua religiosidade nata.
Uma vez "perdido" o Espírito, as pessoas, embora vivas, estão como mortas. "De fato,
que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro mas arruinar a sua vida?"
"Pois aquele que quiser salvar a sua vida (apegar-se ao ego), vai perdê-la (perder de
vista o Si-mesmo), mas o que perder a sua vida (desapegar-se do ego) por causa de
mim, vai encontrá-la (integrar-se ao Si-mesmo)".
Devemos quebrar todos os grilhões e expulsar as mil vozes que enxameiam nossa casa
mental. Assim, ficaremos limpos e desnudos, livres e despojados, libertos de tudo.
Então, haverá naturalmente, nesse "desfiladeiro interno", o reverberar de algo
essencial, antes oculto mas agora presente, em que se percebem com clara nitidez seus
recursos infinitos e sua capacidade de despertar potenciais inatos.
Recolhemos da antiga sabedoria oriental este trecho que bem ilustra a nossa idéia
sobre desapego e serenidade interior: "Quando o vento chega e oscila o bambu, o
bambu não guarda o som depois que o vento passou. Quando os gansos atravessam o
lago, o lago não conserva seus reflexos depois que eles se foram. Da mesma maneira, a
mente das pessoas iluminadas está presente quando ocorrem os acontecimentos e se
esvazia quando os acontecimentos terminam".
"(...) a doutrina da reencarnação (...) aumenta os deveres da fraternidade, visto que, entre os
vizinhos ou entre os servidores, pode se encontrar um Espírito que esteve ligado a vós pelos
laços consanguíneos."
2
Quando temos algo querido ou pensamos ter a posse de alguém que muito amamos,
sofremos ao nos separarmos dele.O ciúme é o resultado do apego (medo de perder). É
preciso o perceber a diferença entre o "amor real" e a "relação simbiótica", ou
mesmo o "apego familiar". A realização espiritual não está em nos apegarmos
egoisticamente aos entes queridos, e sim nos interagirmos fraternalmente uns com os
outros.
"Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me."
"Negar-se a si mesmo" é ultrapassar a transitoriedade do mundo visível e penetrar na
essência oculta das criações e criaturas. É desapegar-se verdadeiramente e viver
na integridade da vida; não querer perpetuar o "ego". "Tomar a sua cruz" é reconhecer
que este momento vai se o desvanecer e não se perpetuará. É perceber os difíceis
dilemas mentais pelos quais passamos, o que nos permitirá transitar íntegros na via de mão dupla por onde se move, de um lado, a busca imediatista do "ego" e, do outro,
a inspiração da infinita Sabedoria Divina.
O desapego nos leva a desenvolver um amplo senso de liberdade e de confiança em
nós mesmos. Nosso calabouço reside em nossos mais íntimos atos e atitudes.
Prendemo-nos nos grilhões de nossa própria criação mental, e fazemos o mesmo com
aqueles que amamos.
A mente apegada a fatos, acontecimentos e pessoas é incapaz de perceber a sua
essência. Aquele que está agarrado ao ego' está vazio do "sagrado"; aquele que se
liberta do "ego" descobre que sempre esteve repleto do "sagrado". A mente serena,
tranqüila e desapegada é a "porta estreita".
O indivíduo desapegado participa com a família e com toda a comunidade de um
relacionamento saudável e espontaneo. Não vive atado aos vínculos doentios da
"ansiedade de separação", pois crê plenamente que a lei das vidas sucessivas não
destrói os laços da afetividade, antes os estende a um número cada vez maior de
pessoas e também por toda a humanidade.
1 Mateus, 16:24 a 26
2 Questão 205 Na opinião de certas pessoas, a doutrina da reencarnação parece destruir os laços de família
fazendo-os remontar às existências anteriores.
"Ela os estende, mas não os destrói. A parentela, estando baseada sobre as afeições anteriores, os laços que unem
os membros de uma família são menos precários. Ela aumenta os deveres da fraternidade, visto que, entre os
vizinhos ou entre os servidores, pode se encontrar um Espírito que esteve ligado a vós pelos laços
consanguíneos. "

DESAPEGO I - Hammed

DESAPEGO

Não adianta "fecharmos as cortinas da janela da alma" a fim de levarmos uma vida
de sonhos - repleta de pensamentos e vazia de experiências -, atenuando ou impedindo
os estímulos externos. Isso é um "desapego defensivo", ou resignação neurótica, e não
uma virtude genuína.
Denominamos "desapego defensivo" o mecanismo de fuga da realidade, utilizado, de
forma inconsciente ou não, por pessoas que possuem um constrangimento autoimposto
proveniente do medo de amar, ou mesmo de se perder na sede de amor por
objetos, pessoas ou idéias e de serem absorvidas por enorme necessidade de
dependência e submissão fora do próprio controle.
Esse "desapego de proteção" tem como base profunda um processo mental ativado tão
logo o indivíduo perceba algo ou alguém que tenha grande significado para ele, e que, se o perdesse, seria muito doloroso. Ele adota uma atitude de contenção dos
sentimentos e se isola com indiferença e desprezo diante do seu mundo sensível.
Declara-se desinteressado e frio, mantendo por postura íntima o seguinte pensamento:
"Eu não me importo", quer dizer, "Não abro as portas do meu sentimento". (Aliás, a
palavra 'importar" vem do latim importare - "trazer para dentro" ou "trazer para si").
Assim, ele não se sentirá frustrado ou ameaçado pelos conflitos, porquanto supõe ter
atingido um "real desapego", quando, na verdade, apenas utiliza uma desistência da
expressão, do anseio, da vontade, da satisfação e da realização pessoal, ou seja,
restringe e mutila a vida ativa.
Por outro lado, o "desapego saudável" é uma vivência que leva ao crescimento íntimo
e a uma expansão da consciência, enquanto a experiência defensiva conduz a um
bloqueio das sensações, fazendo com que as pessoas vivam numa aparente fuga social,
exibindo atos e comportamentos fictícios, envolvidas que estão por uma atmosfera de
falsa renúncia e altruísmo.
É considerada pelos Espíritos Superiores como "duplo egoísmo" a atitude de certos
"homens que vivem na reclusão absoluta para fugir ao contato do mundo" .
Não podemos nos esconder atrás de valores sagrados para camuflar conflitos de
caráter afetivo, sexual, profissional, cultural, religioso — isso é escapismo. Enfim, uma
deserção da participação social é, na verdade, um fenômeno retardatário do
amadurecimento psicológico. Esse tipo de desapego, que parece ter como motivo um
imenso desprendimento por bens materiais ou pessoas, comprova, acima de tudo, ser
apenas um desejo de fuga ou um receio proveniente do egoísmo.
Uma atitude auto-imposta por dúvidas e desconfiança, insegurança e temor, além de
nos auto-agredir, nos afasta do caminho natural e nos desvia do dinamismo evolutivo
da Vida Providencial. Não adianta "fecharmos as cortinas da janela da alma" a fim de
levarmos uma vida de sonhos - repleta de pensamentos e vazia de experiências -,
atenuando ou impedindo os estímulos externos. Isso é um "desapego defensivo", ou
resignação neurótica, e não uma virtude genuína.
As criaturas do mundo estão cheias de fictícios desapegos que, na realidade, reduzem
a visão da verdadeira espiritualidade, dificultando as muitas maneiras de despertar as
potencialidades da alma.
Diz-se que um indivíduo "apegado" é indeciso e inerte, por- que perdeu a conexão
consigo mesmo; não sabe mais o que quer para si, não mais navega os mares nem
desbrava os continentes de seu reino interior - desviou-se de sua rota existencial.
Disse Jesus: "Em verdade, em verdade, vos digo: Se o grão de trigo que cai na
terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito fruto. Quem ama
sua vida a perde e quem odeia a sua vida neste mundo guardá-la-á para a vida
eterna." 2 O entendimento das palavras do Mestre pode nos libertar do sofrimento a
que nos arremessou o apego. O "amar a vida" ou "odiar a vida" a que o Cristo se refere é, exatamente, o despertar ou a conscientização de que as coisas vêm e vão na nossa
existência, e que é preciso adotar a prática
do desapego em relação a elas. O apego é a memória da "dor" ou do "prazer" passado,
que carregamos para o futuro. Atrás de cada sofrimento existe um apego."Se o grão de
trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito
fruto". Eis a excelência da mensagem: tudo em nossa vida terrena é transitório, vai
passar; vai mudar e ir além... Os "grãos de trigo" vão tomar uma nova feição - se
transformarão num imenso trigal e, mais adiante, se converterão na prodigalidade do
alimento generoso.
Apego é a não-aceitação da impermanencia das coisas. Na Terra nada se perpetua,
somente a alma é imortal.
Que pensar dos homens que vivem na reclusão absoluta para fugir ao contato do mundo?
Duplo egoísmo."
Mas se esse retiro tem por objetivo uma expiação, impondo-se uma privação penosa, não é ele
meritório?
Fazer mais de bem do que se faz de mal, é a melhor expiação. Evitando um mal ele cai em outro,
visto que esquece a lei de amor e de caridade. " 2
João, 12:24 e 25

Desapego


Vivemos uma época de celebridades, apelos fáceis à riqueza, ao consumismo, às paixões avassaladoras. Transitamos aturdidos por um mundo em que o destaque vai para aquele que mais tem.

E a todo instante os comerciais de televisão, os anúncios nas revistas e jornais, os outdoors clamam: Compre mais. Ostente mais. Tenha mais e melhores coisas.

É um mundo em que luxo, beleza física, ostentação e vaidade ganharam tal espaço que dominam os julgamentos.

Mede-se a importância das pessoas pela qualidade de seus sapatos, roupas e bolsas.

Dá-se mais atenção ao que possui a casa mais requintada ou situada nos bairros mais famosos e ricos.

Carros bons somente os que têm mais acessórios e impressionam por serem belos, caros e novos. Sempre muito novos.

Adolescentes não desejam repetir roupas e desprezam produtos que não sejam de grife. Mulheres compram todas as novidades em cosméticos. Homens se regozijam com os ternos caríssimos das vitrines.

Tornamo-nos, enfim, escravos dos objetos. Objetos de desejo que dominam nosso imaginário, que impregnam nossa vida, que consomem nossos recursos monetários.

E como reagimos? Será que estamos fazendo algo – na prática –  para combater esse estado de coisas?

No entanto, está nos desejos a grande fonte de nossa tragédia humana. Se superarmos a vontade de ter coisas, já caminhamos muitos passos na estrada do progresso moral.

Experimente olhar as vitrines de um shopping. Olhe bem para os sapatos, roupas, joias, chocolates, bolsas, enfeites, perfumes.

Por um momento apenas, não se deixe seduzir. Tente ver tudo isso apenas como são: objetos.

E diga para si mesmo: Não tenho isso, mas ainda assim eu sou feliz. Não dependo de nada disso para estar contente.

Lembre-se: é por desejar tais coisas, sem poder tê-las, que muitos optam pelo crime. Apossam-se de coisas que não são suas, seduzidos pelo brilho passageiro das coisas materiais.

Deixam para trás gente sofrendo, pessoas que trabalharam arduamente para economizar...

Deixam atrás de si frustração, infelicidade, revolta.

Mas, há também os que se fixam em pessoas. Veem os outros como algo a ser possuído, guardado, trancado, não compartilhado.

Esses se escravizam aos parceiros, filhos, amigos e parentes. Exigem exclusividade, geram crises e conflitos.

Manifestam, a toda hora, possessividade e insegurança. Extravasam egoísmo e não permitem ao outro se expressar ou ser amado por outras pessoas.

É, mais uma vez, o desejo norteando a vida, reduzindo as pessoas a tiranos, enfeiando as almas.

Há, por fim, os que se deixam apegar doentiamente às situações.

Um cargo, um status, uma profissão, um relacionamento, um talento que traz destaque. É o suficiente para se deixarem arrastar pelo transitório.

Esses amam o brilho, o aplauso ou o que consideram fama, poder, glória.

Para eles, é difícil despedir-se desse momento em que deixam de ser pessoas comuns e passam a ser notados, comentados, invejados.

Qual o segredo para libertar-se de tudo isso? A palavra é desapego. Mas... Como alcançá-lo neste mundo?

Pela lembrança constante de que todas as coisas são passageiras nesta vida. Ou seja: para evitar o sofrimento, a receita é a superação dos desejos.

Na prática, funciona assim: pense que as situações passam, os objetos quebram, as roupas e sapatos se gastam.

Até mesmo as pessoas passam, pois elas viajam, se separam de nós, morrem...

E devemos estar preparados para essas eventualidades. É a dinâmica da vida.

Pensando dessa forma, aos poucos, a criatura promove uma autoeducação que a ensina a buscar sempre o melhor, mas sem gerar qualquer apego egoísta.

Ou seja, amar sem exigir nada em troca.



 Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 6, ed. Fep.
Em 30.7.2013.

Depressão, Materialismo e Desapego - Palestra de Nazareno

https://www.youtube.com/watch?v=3GAXqmPo1us

O DESAPEGO QUE LIBERTA

O DESAPEGO QUE LIBERTA

            Nós somos almas ainda muito apegadas às pessoas, situações, à matéria e emoções, sentindo grande dificuldade em deixar ir o velho, o desnecessário e até mesmo quem tem que ir, para continuar seu caminho evolutivo longe de nós, aqui ou em outro plano.

            Atendi uma pessoa que estava sofrendo muito com a doença do pai, um câncer, e sentia que faltava pouco para ele desencarnar. Ela sentia um apego muito forte pelo pai e depois de muita conversa direcionamos o trabalho para a regressão. Ela não regrediu, mas visualizou sua vida atual, desde os sete anos de idade, viu a relação com o pai e mãe, a qual havia esquecido devido o passar dos anos. Percebeu que desde a infância, sentia muito apego pelo pai, sofrendo quando ele ia trabalhar, ou quando a deixava com um terceiro para sair com sua mãe. Viu também que durante a infância passou por diversas situações em que pessoas da família desencarnaram, umas cinco ou seis, uma atrás da outra. Em todas essas ocasiões, via o pai e mãe chorarem muito e sempre a deixavam na casa de um conhecido, vizinho ou amigo e dirigiam-se ao velório, ela nunca ia junto. Portanto, desde a infância, o desencarne para ela foi visto como algo terrível, com muita dor e desespero, encarado como algo que a privava do convívio familiar e fazia todos sofrerem.

            A consultante também visualizou cenas corriqueiras do dia a dia onde sentia muita pena do pai, inclusive nos momentos em que ele passava por desafios diários. Por fim, viu o genitor doente (no momento atual) e então seu mentor espiritual apareceu, ordenando que ela seguisse, momento em que visualizou o pai em um caixão. Seu Amparador lhe disse que precisa deixar ele ir, pois irá para um lugar melhor, escolhido antes de encarnar.

            Com o relato acima, percebemos o quanto confundimos amor incondicional com apego, ou seja, amor condicionado. Amamos as pessoas e situações porque elas nos fazem bem, porque nos trazem felicidade, porque suprem nossa carência. Mas quando surge alguém que mostra nossas inferioridades, que nos critica, que pensa diferente, o julgamos, vendo-o como uma pessoa má ou distante da espiritualidade.

            Quando nos apegamos a um relacionamento, não estamos pensando no outro, ma somente em nós. As pessoas precisam partir, para esse ou outro plano no momento oportuno e nossa carência não deve prender quem amamos. Todo relacionamento deveria estar baseado no amor incondicional, ou seja, a pessoa, a situação, complementando a felicidade, mas não suprindo um sentimento inferior.

            Quando amamos incondicionalmente, soltamos as pessoas, as situações, entendemos que o novo somente entra em nossa vida quando permitimos que o velho se distancie. Não somos donos da verdade e nem temos o controle da vida dos outros, ou seja, mal controlamos nossa encarnação com o livre arbítrio (que muitas vezes não usamos adequadamente).

            Não sabemos o que é melhor para o outro, isto é, o que ele deve seguir, fazer, ser, para onde deve ir e principalmente quando deve partir. Quando controlamos muito a vida das pessoas, esquecemos de olhar para nosso redor, é uma fuga para não encarar a nossa realidade, nossa vida com os medos e desafios.

            Precisamos olhar para nosso interior, onde estão as respostas para todos os conflitos e dúvidas, desapegando também dos sentimentos de medo, orgulho e arrogância. Querer controlar o destino do outro é arrogância, pois não conseguimos nem cumprir satisfatoriamente nosso plano pré-reencarnatório, estamos sempre nos desviando, nos perdendo nos caminhos da vida.

            Então, vamos permitir que cada um viva sua vida do jeito que preferir, sem controle, sem julgamento, sem arrogância, pois não temos consciência do propósito espiritual e missão dos outros. Vamos cuidar de nossa caminhada evolutiva, pois isso demonstra maturidade e consciência espiritual.




POR:  VIVIANE DRAGHETTI é Terapeuta Holística, com formação em Psicoterapia Reencarnacionista, Radiestesia, Fitoenergética, Mestre Reiki, Mestre Karuna Reiki.

Desprendimento dos bens terrenos - ESE


https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-16-servir-a-deus-e-a-mamon/instrucoes-dos-espiritos/iii-desprendimento-dos-bens-terrenos/

A IMPORTÂNCIA DO DESAPEGO

A IMPORTÂNCIA DO DESAPEGO


O apego é uma forma de dependência emocional e acaba sempre levando ao sofrimento. Apego aos filhos, a profissão, a alguma situação de vida, a um relacionamento, a resolução de algum problema... Quanto maior o apego, maior a ansiedade e a necessidade de controlar as pessoas e situações para que possamos ter uma temporária sensação de paz, satisfação ou felicidade. É na verdade uma prisão emocional. O nosso bem estar deixa de ficar nas nossas mãos.
O apego é visto muitas vezes como algo positivo, como se fosse sinal de cuidado. A preocupação com alguma situação é uma manifestação do apego. Tem gente que não se permite relaxar diante de algo que ainda não foi resolvido porque acha que isso seria uma forma de desleixo, e assim não consegue se desapegar.
Desapego é diferente de desinteresse ou de "não estar nem aí". Se desapegar significa ficar em paz, mesmo enquanto acontece algo que desejaríamos que fosse diferente ou enquanto algo não foi resolvido. É o abrir mão de controlar as situações da vida, as quais não temos realmente nenhum controle mas agimos como se tivéssemos. Podemos permanecer cuidadosos, porém, sem qualquer tipo de apego.
Quando dissolvemos as preocupações, e a necessidade de controle  ficamos em paz independente dos resultados externos. O mais interessante é que, quanto maior o desapego, mais as coisas tendem a funcionar bem.
A energia do apego acaba atrapalhando relacionamentos e afastando as pessoas. Quem se comporta dessa forma sofre mais rejeição. O apego atrapalha também a resolução de situações.
Talvez já tenha acontecido em algum momento da sua vida o seguinte. Você se preocupa muito com alguma coisa, deixa de dormir, faz de tudo, e nada se resolve. Depois, cansado de sofrer, você simplesmente deixa de se preocupar com a situação, relaxa e entrega. O que tiver que ser, será. Nesse momento, sua paz interior não mais depende do resultado, pois você agora já está em paz. E depois desse relaxamento, a situação acaba se resolvendo. Será coincidência? Eu acredito que não. As coisas vêm com menos esforço quando já estamos em paz.
Nesse estado de desapego é mais fácil ter idéias e tomar iniciativas. A motivação não está mais ligada a sentimentos negativos. Assim a ação é livre de tensões e por isso se torna mais eficiente.
Quem estuda e pratica a lei da atração deve estar familiarizado com os seguintes passos:
1 – Visualizar aquilo que se deseja como se já fizesse parte da sua realidade.
2 – Gerar sentimentos positivos em torno da visualização como se já estivesse usufruindo dos resultados agora.
3 – Entregar os resultados, ou seja, desapegar 100% se vai acontecer ou não, e ficar em paz.
Este último passo pode parecer confuso para alguns, mas é muito importante. O que está por trás disso é a sabedoria de que nossa paz interior e felicidade não deve depender de situações externas, e que quanto mais felizes somos no presente, mais conseguiremos realizar nossos desejos sem esforço. Os desejos deixam de ser "necessidades". Se tornam apenas como um jogo, uma brincadeira, sem tensão, dependência ou medo.
Pela lei da atração, atraímos aquilo que sentimos. A vibração da necessidade de que aconteça uma determinada coisa é uma vibração de escassez, de que falta algo. Então a tendência é atrairmos mais escassez, o que acaba afastando aquilo que desejamos.
Nos relacionamentos, o apego é interpretado por muitos como um sinal de amor e cuidado pelo outro. Mas o que acaba ocorrendo é um jogo de manipulação devido a essa dependência emocional. Existe sempre muito medo inconsciente por trás desse jogo. O sofrimento vem mais hora menos hora pois não é possível controlar os pensamentos, sentimentos e atitudes de outras pessoas.
Quando nos desapegamos dos nossos relacionamentos, ficamos mais seguros e acabamos transmitindo isso, o que nos torna pessoas mais interessantes. O outro lado se sente mais atraído.

Abraços,
Andre Lima.
 Agradecimento à Fátima Pagano

Desapego



Escrito por André de Paiva Salum

As criaturas humanas, no nível evolutivo atual, em sua grande maioria, ainda manifestam o senso de posse e o consequente apego àquilo que têm a ilusão de possuir.

Como parte da estrutura do ego e de seus transtornos, há desejo de prazer, de pessoas, riquezas, poder, posição social... também apego a sentimentos, ideias, conceitos e preconceitos, arraigados na estrutura psíquica de quem os sente.

Quando alguém manifesta o desejo de posse e nele se fixa, restringe sua percepção da realidade. O apego é limitante, pois faz com que se focalize excessiva atenção e energia no objeto apreciado, distorcendo a visão da realidade, impedindo uma perspectiva mais ampla. Essa atitude traz, inevitavelmente, insegurança e sofrimento, frutos do medo de perder o que é desejado.

Quem deseja possuir acaba possuído pelo desejo.

Quem se perde no engano da posse, se prende a uma ilusão. Todo apego é a posse de uma ilusão, jamais de uma verdade, pois a verdade sempre liberta.

O apego é uma prisão sem grades, espécie de auto-obsessão de quem não aceita as constantes e inevitáveis mudanças em tudo o que existe.

Há quem se apega ao passado, deixando de viver plenamente o agora. Pode-se permanecer apegado a pessoas, ideias e sentimentos durante várias encarnações, gerando problemas cármicos e dificuldades à própria emancipação. Qualquer desejo de posse longamente cultivado cristaliza-se na estrutura mental, tornando sua libertação complexa e demorada.

Nas experiências religiosas também há a necessidade de despojamento do passado. Alguém que em existências pregressas professou determinada religião, se não se livrou de condicionamentos e crenças pode, na atual encarnação, ter dificuldade de adaptação a novos conceitos e vivências de natureza espiritualista. Cada um traz, como parte de seu patrimônio íntimo, as limitações do passado ainda não superadas. Assim, a filiação atual a determinado movimento espiritualista mais avançado é silencioso convite da vida à renovação interior.

A Vida é dinamismo, movimento e transformação incessantes, em todos os níveis e dimensões em que se manifesta. Portanto, aquele que deseja viver em harmonia com o fluxo renovador da vida precisa constantemente despojar-se, libertar-se, deixar o que já passou, o que não mais serve ao momento evolutivo. É um grande desafio que requer muita vigilância e atenção, pois há a tendência de se acomodar naquilo que é conhecido e aparentemente seguro. O desapego, embora pareça uma perda, ao se abrir mão de algo ou de alguém, na verdade é um ganho, pois fica-se livre daquilo que não mais serve ou não mais contribui para a vida, a harmonia e a felicidade. Causa apreensão inicial a ousadia de se desprender de algo, de um vício, preconceito, de uma ideia, pois permanecem em seu lugar uma insegurança, um vazio. Mas é só nesse vazio deixado pelo desapego que pode surgir o novo, a energia criativa e renovadora que impulsiona a evolução de tudo o que existe.

Tudo o que aparentemente perdemos é porque de fato não nos pertence. A perda abre espaço para novas descobertas e conquistas.

O caminho espiritual, com seus ensinamentos e vivências, dá ao homem uma visão muito mais ampla da vida, dos seres e sua dinâmica evolutiva. Aprende-se que tudo flui, que tudo se transforma, que tudo o que percebemos com os sentidos é a aparência externa da realidade essencial.

Quando o ser consegue viver em estado de desapego, muda sua perspectiva de vida. Os relacionamentos e as situações passam a ser percebidos e vividos com serenidade e paz. O verdadeiro desapego traz liberdade, por isso é também libertador. Nada tem a ver com indiferença ou desinteresse, pois quem se desapega fica livre para manifestar o amor de modo mais puro. Significa também respeito profundo, pois o ser desapegado abre mão do desejo de controlar e manipular pessoas, situações e relações.

O desapego só ocorre quando se vive a realidade do Espírito, ou Self, além das ilusões possessivas do ego; quando se tem consciência da permanente metamorfose de tudo o que existe; de que tudo e todos pertencemos a Deus; de que nunca perdemos nada, pois o Pai sempre fornece tudo o que seja necessário à felicidade de todos os Seus filhos.

Na atual fase de transição planetária em que as mudanças e transformações ocorrerão de forma cada vez mais intensa e profunda torna-se imprescindível a prática do desapego como forma de evitar sofrimentos desnecessários e estar mais livre para servir. O exercício do desapego é terapêutica de autolibertação e de autocura.

Apegar-se a que, se nem mesmo o corpo físico nos pertence? A única coisa que temos, como dom divino, é a vida, em sua jornada incessante. Quem se desapega torna-se livre para amar, e quem ama é feliz.

A sabedoria do desapego

LUIS ROBERTO SCHOLL
robertoscholl@terra.com.br
Santo Ângelo, Rio Grande do Sul (Brasil)


A sabedoria do desapego

“Tudo passa e o Bem permanece.” (Bezerra de Menezes.)


Pode parecer utopia falar em desapego em uma época em que uma das frases mais pronunciadas é: “E o que eu ganho com isso?” e a troca de interesses impera nos relacionamentos sociais e profissionais, resultando numa sociedade calculista, egoísta e inescrupulosa.

As consequências destas atitudes são as desigualdades sociais, a corrupção como regra comum e o individualismo predominante.

O Bhagavad Gita ¹, a “sublime canção da Índia”, há 7.000 anos já tratava do necessário exercício do desapego, trazendo uma proposta de vida que merece reflexão. Expõe a obra que “a autorrealização consiste em trabalhar intensamente e renunciar a cada momento ao fruto do trabalho”. Convida-nos a agir no bem não mais dependendo dos frutos dessa ação, com desinteresse de lucro pessoal, desapegando-se dos desejos egoísticos.

Em O Livro dos Espíritos ² vamos encontrar a informação que o sinal mais característico de imperfeição é o interesse pessoal, sendo sinal notório de inferioridade o apego às coisas materiais. Quando o nosso ego domina nossas ações temos atitudes egoísticas de somente satisfazer nossos desejos e vontades, sem medir as consequências por essa escolha.

Sábio é aquele que renuncia pela força da verdade a si mesmo, libertando-se do egoísmo – caminho seguro para a felicidade plena. Os Espíritos Superiores ³ nos orientam a agir no bem sem segunda intenção, a sacrificar o interesse pessoal pelo bem do próximo, exercitando a mais meritória das virtudes: a verdadeira e desinteressada caridade.

Desapegar-se é preservar a alma livre das coisas exteriores, libertando-se das paixões e do ódio (e dos impulsos que o geram). O meio mais eficaz de combater o predomínio da natureza corpórea é praticar a abnegação e o desprendimento de si mesmo. 4

Quando se propõe o desapego, não significa abandonar o “mundo”, mas entender a existência terrena como transitória e impermanente; o que é imortal e verdadeiro é o Espírito. Desconhecendo ou abdicando desta verdade muitos comprometem a saúde, a família, os amigos e a própria felicidade em busca das conquistas temporárias. Esquecer ou deixar para mais tarde a evolução espiritual, a aquisição das riquezas “que as traças não corroem” em troca dos prazeres e dos tesouros materiais, é marca inegável de apego e imperfeição.

A vida é feita em ciclos. É preciso saber quando uma etapa chega ao final e permitir que ela se encerre. O fim de um emprego, de um relacionamento, um filho que parte para longe, um amigo que desencarna... A felicidade consiste em desapegar-se das coisas, pessoas, situações e sentimentos e permitir que uma nova etapa se inicie em nossa vida, assegurando-nos de não ficarmos magoados e nem deixarmos mágoas nos outros. Isso não significa amar menos ou descuidar, mas, ao contrário, enquanto o amor liberta e cuida, o apego aprisiona e sufoca.

Allan Kardec 5 afirma: ”o egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver a outra, tal deve ser o alvo de todos os esforços do homem, caso queira assegurar a sua felicidade tanto neste mundo quanto no futuro”.

Desapegar-se é deixar de ser egoísta é estar cada vez mais próximo de si mesmo, de Deus, e muito  - mas muito mais -  próximo da felicidade.



Notas:

¹ ROHDEN, Huberto. Bagavad Gita, 8 ed. Ed. Alvorada;

², ³, 4, 5 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, 1ª ed. Comemorativa do Sesquicentenário. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, questões 895,893,912,917.


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Buscando a alegria com Jesus

Buscando a alegria com Jesus


Essa tristeza que te domina, amargurando as tuas horas, é grave enfermidade que deves combater a partir de agora.

Nenhuma complacência para com ela, nem justificativa enganosa para aceitá-la. Os argumentos de infelicidade quanto de insatisfação não passam de sofismas e mecanismos de evasão da realidade.

Problemas todos os têm, com um imenso universo de apresentação. A falta deles geraria, por enquanto, desmotivação para a luta, para o progresso.

Essa nostalgia deprimente que te aliena e consome é adversária cruel, a que te entregas livremente sem reação, ampliando-lhe o campo de domínio, à medida que lhe cedes espaço.

Seja qual for a razão, fundamentada em acontecimentos atuais, deves transformar em bênção que te convida à reflexão e não ao desalento.

A tristeza é morbo prejudicial ao organismo, peste que consome a vida.

Tudo, em tua volta, é um hino de louvor, de alegria, de gratidão a Deus. Observa-o bem.

Somente o homem, porque pensa, se permite empolgar pela tristeza, descambando para os surdos conflitos da rebeldia.

Essa tristeza pode resultar de dois fatores, entre outros: reminiscências do teu passado espiritual e perturbação com repercussão obsessiva.

No primeiro caso, as impressões pessimistas devem ser eliminadas, alijando-as do inconsciente, sob pressão de ideias novas, agradáveis, positivas, que te cumpre cultivar, insistindo em fixá-las nos paineis mentais.

Se te acostumas a pensar bem, superarás as lembranças más. Os hábitos se enraízam, porque se repetem, dominando os automatismos da mente e do corpo.

Na segunda hipótese, a hospedagem mental e emocional de Entidades desencarnadas, malévolas, ocorre porque encontram sintonia nas tuas faixas psíquicas, estabelecendo contato hipnótico que se agrava com o tempo.

Em ambos os casos te encontras incurso em débitos para com as soberanas Leis da Vida.

Não te reencarnaste, porém, apenas para pagar, antes, sim, para ressarcir com amor, liberando-te dos compromissos negativos mediante as ações relevantes.

És candidato às cumeadas da montanha, e não um condenado às galés nas sombras do remorso inútil ou no charco das lágrimas perdidas.

Se permaneces na situação infeliz, tornas-te vítima de ti mesmo. Todavia, se te resolves por sair do caos, transformas-te em teu próprio psicoterapeuta.

Jesus, apenas uma vez, deixou-se vestir de tristeza, de amargura. No Getsêmani, quando só Ele velava e os amigos, ali próximos, dormiam, embora aquela fosse a hora decisiva, o pré-final. E o permitiu por piedade para com os companheiros invigilantes, que se não davam conta da gravidade do momento.

Sempre Ele cultivou a alegria da esperança, a bênção da saúde, a dádiva da paz.

O Seu, foi o ministério do júbilo, da transformação do homem e do mundo velhos em uma criatura e sociedade inteiramente novas.

Renascimento é vitória sobre a morte. E alegria que procede da libertação.

Rasga, portanto, essa mortalha de sombras sob a qual ocultas todas as tuas possibilidades de triunfo, e sai a semear fraternidade na grande vinha que te aguarda.

Realiza um novo, um atual encontro contigo mesmo e examina-te melhor, sem deplorares a situação em que te encontras, e vai na direção do êxito. Isto é fundamental, não como um pagamento, porém como um dever que te falta cumprir, a fim de te recuperares. Deus te concede esse direito e tens que corresponder-Lhe, usando-o em teu benefício.

Provavelmente sofres pressões, que são uma falta de humanidade, mas tua é a submissão a essa força constritora que aceitas.

Se, em verdade, queres sair da tristeza, podes. Em caso contrário, és responsável por ela, assim te comprazendo, o que é séria enfermidade.

“Alegrai-vos”, propôs Jesus, “é chegado até vós o reino de Deus.” Este reino está dentro de nós, esperando ser descoberto e habitado. Aguarda-te, desafiador. Chegou até onde estás. Dá o teu passo em sua direção, penetra-o, deixa-te por ele preencher e alegra-te para sempre, como herói que concluirá a luta.

Por: Joanna de Ângelis
Livro: Jesus e Atualidade
Psicografia: Divaldo Franco

Alegria, fonte de saúde e paz

Alegria, fonte de saúde e paz




Alegrai-vos quando Deus vos enviar para a luta. (ESE, capítulo V, item 8)

Ser alegre não requer uma vida isenta de preocupações ou de problemas, posto que a alegria é um estado de espírito, baseada na certeza do dever cumprido.

Entendendo a Lei de Causa e Efeito, é possível compreender que alegria gera otimismo e coragem para superar os desafios. Além disso, bom humor aproxima as pessoas e possibilita ver o lado positivo dos acontecimentos. Quem cativa simpatia, cultiva esperança, surpreendendo-se positivamente com os resultados de suas escolhas.

O estado mental se reflete na harmonia e equilíbrio do corpo físico e espiritual. Rir produz efeitos positivos em vários órgãos; uma gargalhada expande o tórax, estimula os nervos, a circulação e o cérebro. O bom humor também ativa os mecanismos imunológicos e eleva a serotonina, produzindo bem-estar, além de contribuir para a saúde física e mental daqueles com quem se convive.

A alegria é um hábito a ser cultivado, caracterizando-se como manifestação de fé no futuro e na justiça divina. Cada um deve decidir por uma atitude de alegria perante a vida, renovando o propósito diariamente, a fim de que, plantando alegrias, colha paz interior e felicidade.

Cultivar a Alegria

Cultivar a Alegria



A alegria pode ser vivida em estado permanente se a cultivarmos com delicadeza, tentando olhar os acontecimentos diários como mais uma oportunidade de crescimento interior. Os agradáveis, acariciam-nos a alma e fazem-nos sorrir; os desagradáveis, testam-nos a paciência e a tolerância perante as nossas falhas e as do outro.
Mas, é a forma como olhamos o acontecimento e não esse em si mesmo que condiciona o nosso estado de espírito. Se falhamos, evitemos cultivar a auto compaixão e aproveitemos para resolver o problema. É uma oportunidade de crescimento intelectual e/ou moral que nos é colocada no caminho. Se é o outro que nos agride sem motivo, ele mesmo já se afligiu a si próprio. Entre ficar magoado e ressentido, optemos por perdoar e esquecer a ofensa, elaborando planos para fazer o bem nalgum lugar.
E a Alegria continuará ao nosso lado.
A Alegria pode ser treinada se observarmos a harmonia da paisagem à nossa volta, a saúde do nosso corpo ou o sorriso do nosso filho. E se nada disso possuirmos, se a doença ou a solidão nos visitam, aproveitemos para elevar as nossas bênçãos ao Criador, pois o nosso sofrimento actual será o passaporte para um futuro melhor, se vivido com aceitação e compreensão das leis da reparação. Alegremo-nos pelo Futuro.
"Ninguém espera que o jardim esplenda em flores se não lhe cuidar do solo, das plantas, da rega e da protecção que exigem. " Joana de Ângelis em Iluminação Interior (Divaldo Pereira Franco).
Cultivemos pois, o bom hábito de estar alegres, elevando nosso padrão mental e emocional e projectando essa alegria no nosso semelhante. Ficaremos surpreendidos com os efeitos de bem-estar, ao fim de algum tempo. E se, de início, essa atitude nos exige esforço, mais tarde a Alegria se enraizará em nós e brotará espontânea. Não acontece o mesmo com os outros hábitos que gostamos de cultivar?!
Comecemos já HOJE, ao acordar, bendizendo mais uma manhã.

Alegria - Meimei

Alegria

Alegria é o cântico das horas com que Deus te afaga a passagem no mundo.

Em toda parte, desabrocham flores por sorrisos da natureza e o vento penteia a cabeleira do campo com música de ninar.

A água da fonte é carinho liqüefeito no coração da terra e o próprio grão de areia, inundado de sol, é mensagem de alegria a falar-te do chão.

Não permitas, assim, que a tua dificuldade se faça tristeza entorpecente nos outros.

Ainda mesmo que tudo pareça conspirar contra a felicidade que esperas, ergue os olhos para a face risonha da vida que te rodeia e alimenta a alegria por onde passes.

Abençoa e auxilia sempre, mesmo por entre lágrimas.

A rosa oferece perfume sobre a garra do espinho e a alvorada aguarda, generosa, que a noite cesse para renovar-se diariamente, em festa de amor e luz.



Autor: Meimei
Psicografia de Chico Xavier

ALEGRIA 2 - Hammed

É muito bom vivenciar a alegria de encontrar o "tesouro escondido no campo da própria alma", isto é, reconhecer o Si-mesmo, a mais profunda realidade - a "vontade de 'Deus , que sustenta, resguarda e inspira o ser humano a progredir de modo natural e sensato.

Todos nós fomos criados pela Divina Sabedoria do Universo para ser felizes, tanto no plano físico como no astral, e certamente por toda a eternidade. A alegria de viver é um atributo natural de toda criatura humana - herança de sua filiação divina.

Na realidade, a alegria começa quando somos responsavelmente livres para ser nós mesmos; quando tomamos o leme de nossa vida nas próprias mãos e deixamos de ser escravos de algo ou de alguém. A bem da verdade, dizem os Benfeitores Espirituais: "Toda sujeição absoluta de um homem a outro homem é contrária à lei de Deus" l.

Não "há homens que sejam, por natureza, destinados a ser propriedade de outros homens". Muitas pessoas acreditam que, sentindo e pensando como os outros, serão mais aceitas e amadas. Outras pensam que, comportando-se de forma submissa, débil e servil, evoluirão mais depressa. Elas ignoram que, assim procedendo, estarão perdendo contato com a própria fonte sapiencial, que promove o encontro com a "vontade de Deus". A prova disso é o que Paulo de Tarso escreveu aos romanos: " E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus." 2

A "vontade de Deus", ou imago Dei, reside nas criaturas e representa um "livro sagrado" a ser desvendado na própria intimidade.

Sustenta Jung que trazemos em nosso íntimo a "imagem de Deus" - a marca do Si mesmo (o Self inglês). Segundo as teorias junguianas, "o Si-mesmo não é apenas o centro, mas também toda a circunferência que contém em si tanto o consciente quanto o inconsciente; ele é o centro dessa totalidade, assim como o ego é o centro da consciência". Carl Jung afirmava que o Self preside a todo o governo psíquico, é uma autoridade suprema e é considerado a unificação, a reconciliação, o equilíbrio dinâmico, um fator interno de orientação do mais alto valor.

Ajustando esses conceitos à nossa fé espírita, podemos dizer que o Cristo é o símbolo do Si-mesmo, porque se identificou plenamente com a "vontade de Deus". O Mestre reconheceu em si a imago Dei, visto que integrou sua compreensão do mundo exterior com tudo aquilo que é divino em si mesmo.

A concepção católico-cristã primitiva da imago Dei, assegurada na figura de Jesus, expressa, em verdade, que somente o Mestre retinha a totalidade da natureza divina. Ele é denominado até os dias atuais pela Igreja de Roma de "Filho Unigênito de Deus" - não manchado pelo pecado. Por outro lado, a religião romana afirma que os seres humanos não possuem as mesmas potencialidades celestes que possuía o Mestre, uma vez que a imagem divina do homem foi danificada e corrompida pelo "pecado original", e só será restaurada pela misericórdia do Criador.

Entretanto, os Guias da Humanidade afirmaram a Allan Kardec que os denominados anjos, arcanjos e serafins não formam uma categoria especial de natureza diferente da dos outros Espíritos, e que todos nós passamos igualmente por estágios na escala evolutiva, sem nenhuma distinção, prerrogativa ou exclusividade.

Não podemos conferir a um indivíduo uma criação superior ou especial em relação aos demais. Jesus de Nazaré não é  "filho privilegiado de Deus, mas um ser que desenvolveu suas " potencialidades em altíssimo grau, incluindo-se entre os Espíritos que "aceitaram suas missões sem murmurar e chegaram  "mais depressa" 4.

Superou a condição humana por sua elevada evolução espiritual. É um modelo real que todos nós poderemos atingir, se seguirmos seus passos e exemplos existenciais. O verdadeiro contentamento fundamenta-se no fato de usarmos de forma livre, consciente e sensata a capacidade de ser, pensar, sentir e agir. A alegria de viver está baseada na certeza que experimentamos quando reconhecemos que palpita em nós uma tarefa suprema - o Self ou Si-mesmo -, que é a de manter todo o nosso sistema psíquico unido e reedificado toda vez que ele correr perigo de se fragmentar ou desequilibrar.

Uma vez que está impressa em nós a imago Dei, estamos em contato com essa "totalidade" ou "poder superior" e, portanto, sua presença atrai o ponteiro da "bússola interior", que nos indica o porto seguro da Vida Providencial. Quando seguramos as rédeas da própria existência, assenhoreando-nos dela, vivemos tranqüilos e felizes e não mais necessitamos impor, comandar e controlar os outros, nem utilizar compulsoriamente a aprovação e os aplausos alheios para decidir ou agir, porquanto
estamos firmados em nosso mais profundo "senso de identidade com a Consciência Sagrada.

Não é egoísmo abrigar na alma uma sensação de aceitação genuína e profunda de nós mesmos, nutrindo uma autêntica auto-estima e uma alegria que resultam num sentimento íntimo de vivacidade e contentamento. Essas idéias podem de início nos incomodar ou surpreender, já que podemos associá-las à vaidade ou ao orgulho. Por sinal, escreveu o apóstolo Mateus: "O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo."5

É muito bom vivenciar a alegria de encontrar o "tesouro escondido no campo da própria alma", isto é, reconhecer o Si mesmo, a mais profunda realidade - a "vontade de Deus", que sustenta, resguarda e inspira o ser humano a progredir de modo natural e sensato.Há muitas formas de escravidão. Não devemos nos escravizar a nada nem a nenhuma pessoa, pois o grau de alegria é proporcional ao grau de liberdade que possuímos.

Dentro de nós existe um universo ilimitado que infelizmente reduzimos ao mundo insignificante de nossos interesses mesquinhos. Quando nos identificarmos com o Criador, a alegria passará a ser presença marcante em toda e qualquer de nossas atitudes.

Questão 829

Há homens que sejam, por natureza, destinados a ser propriedade de outros homens?

"Toda sujeição absoluta de um homem a outro homem é contrária à lei de Deus. A escravidão é um abuso da força e desaparecerá com o progresso, como desaparecerão, pouco a pouco, todos os abusos."

Nota - A lei humana que consagra a escravidão é uma lei antinatural, visto que assemelha o homem ao animal e o degrada moral e fisicamente.

2 Romanos, 12:2 3
3 Questão 128 de "O livro dos Espíritos"4 Questões 129 e 130 de "O Livro dos Espíritos"

ALEGRIA 1 - Hammed

Alegria como experiência de religiosidade é um valor que não tem preço. Essa sensação
da alma, mais do que qualquer outra coisa, contagia e abranda o coração dos homens.

A maioria das pessoas tem uma visão distorcida da alegria, pois a confunde com festas
frívolas e divertimentos que provocam sensações intensas, risos exagerados; enfim,
satisfações puramente emocionais.

Aliás, não há nada de errado em ser jovial, bem-humorado, festivo e risonho. Sentir as
emoções terrenas inclui-se entre as prerrogativas que o Criador destinou a suas
criaturas. Vivenciar a normalidade das sensações humanas é um processo natural
estabelecido pela Mente Celestial.

Talvez as religiões fundamentalistas tenham mesclado as idéias contidas nas palavras
alegria e tentação. Na realidade, o Mestre ensinava a seus seguidores que vivessem com
alegria. "Eu vos digo isso para que a minha alegria esteja em vós", diz Jesus, "e vossa
alegria seja plena"1.

A verdadeira alegria está associada à entrega total da criatura nas mãos da Divindade,
ou mesmo à aceitação de que a Inteligência Celestial a tudo provê e socorre.
E a confiança integral em que tudo está justo e certo e a convicção ilimitada nos
desígnios infalíveis da Providência Divina.

A palavra aleluia tem origem no hebreu "hallelu-yah" e significa "louvai com júbilo o
Senhor". Tem sido usada como cântico de alegria ou de ação de graças pela liturgia de
muitas religiões a fim de glorificar a Deus. A designação "sábado de aleluia", utilizada
pela Igreja Católica, tem como fundamento a exaltação à alegria, visto que nesse dia se
comemora o reaparecimento de Jesus Cristo depois da crucificação.

Viver em estado de alegria é estar plenamente sintonizado com nossa paternidade
divina, através das mensagens silenciosas e sábias que a Vida nos endereça.
A "entrega a Deus" é a base de toda a felicidade. No entanto, o problema reside em
algumas religiões que recomendam a "entrega" não a Deus, mas a mandatários ou
representantes "divinos", ou mesmo a congregações doutrinárias que impõem
obediência e subordinação a seus diretores.

Condutas semelhantes acontecem em seitas ou em grupos dissidentes de uma religião,
em que há uma entrega incondicional dos adeptos ao líder religioso e que resulta,
inicialmente, numa suposta sensação de alegria e satisfação.

Na realidade, quando existe subordinação na nossa "entrega a Deus", ela não pode ser
considerada real, pois, mais cedo ou mais tarde, a criatura vai notar que está
encarcerada intimamente e que lhe falta a verdadeira comunhão com o Criador.
Viver em "estado de graça" ou em "comunhão com Deus" é estar perfeitamente
harmonizados com nossa natureza espiritual. É a alegria de repetir com Jesus Cristo:
"Eu estou no Pai e o Pai está em mim"2.

A felicidade é um trabalho interior que quase nunca depende de forças externas. Deus
representa a base da alegria de viver, pois a felicidade provém da habilidade de
percebermos as "verdadeiras intenções" da ação divina que habita em nós e do
discernimento de que tudo o que existe no Universo tem sua razão de ser.

O homem carrega na sua consciência a lei de Deus, afirmam os Espíritos Superiores a
Allan Kardec. "A lei natural é a lei de Deus e a única verdadeira para a felicidade do homem.
Ela lhe indica o que deve fazer e o que não deve fazer, e ele não é infeliz senão quando se afasta
dela"4.

Alegria como experiência de religiosidade é um valor que não tem preço. Essa
sensação da alma, mais do que qualquer outra coisa, contagia e abranda o coração dos
homens.

"Ninguém fica feliz por decreto"; sente imensa satisfação apenas quem está iluminado
pela chama celeste. Rejubila-se realmente aquele que se identificou com a Divindade e
descobriu que "a lei natural é a lei de Deus e a única verdadeira para a felicidade do homem'.
A alegria espontânea realça a beleza e a naturalidade dos comportamentos humanos.
Cultivar o reino espiritual em nós facilita-nos a aprendizagem de que a alegria real não
é determinada por fatos ou forças externas, mas se encontra no silêncio da própria
alma, onde a inspiração divina vibra incessantemente.

1 - João, 15:11
2 - João, 14:11
3 Questão 621 de "O Livro dos Espíritos'

“A lei natural de Deus e a única verdadeira para a felicidade do homem.
Ela lhe indica o que deve fazer e o que não deve fazer, e ele não é infeliz senão quando se afasta
dela.”

Alegria e Ação - Joanna


A alegria espontânea, que decorre de uma conduta digna, é geradora de saúde e bem-estar.

O homem que executa com prazer os seus deveres e sabe transformar as situações difíceis, dando-lhes cor e beleza, supera os impedimentos e facilita a realização de qualquer empresa.

A alegria, desse modo, resulta de uma visão positiva da vida, que se enriquece de inestimáveis tesouros de paz interior.

Viver, deve ser um hino de júbilo para todos quantos se movimentam na Terra.

Oportunidade superior de ascensão, pode ser considerada uma bênção de alto porte, que somente uma conduta jubilosa e reconhecida pode exteriorizar como forma de gratidão.

*

Quanto faças, realiza-o com alegria.

Põe estrelas de esperança no teu céu de provações e rejubila-te pelo ensejo evolutivo.

Abre-te a outros corações que anelam por amizade e aumenta o teu círculo de companheiros, transmitindo-lhes as emoções gratas do ato de viver.

Qualquer ação, inspirada pela alegria torna-se mais fácil de executada e aureola-se da mirífica luz do bem.

Nem sempre é o fato, em si, o grande problema, mas o estado de ânimo e a forma de o encarar por aquele que o deve enfrentar.

Coloca o toque de alegria nas tuas realizações, e elas brilharão, atraindo outras pessoas, que se sentirão comprazidas em poder ajudar-te, estar contigo, participar das tuas tarefas.

O Evangelho é uma Boa Nova de alegria, pois que ensina a superar a dor, a sombra da saudade, e aclara o enigma da morte.

Neste, como em todos os teus dias, sê alegre, demonstrando gratidão a Deus por estares vivendo.

FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 40.

Jesus e a alegria de viver - Slides Nazareno


http://pt.slideshare.net/nazarenofeitosa/jesus-e-a-alegria-de-viver-nazareno-feitosa-v6

Trabalhando a Alegria e o Bom Humor


http://www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/1_0604.pdf

Jesus e a alegria de viver - Palestra de Nazareno


https://www.youtube.com/watch?v=VyxxyqPZ5Dw

Alegria - mensagem na voz de Chico


Uma razão para viver com alegria

Uma razão para viver
com alegria


Na entrevista que Divaldo Franco concedeu a Ana Maria Braga, em seu programa matinal na Rede Globo de Televisão, chamou a atenção a surpresa da jornalista com respeito à jovialidade do notável médium que, como sabemos, já ultrapassou a marca dos 80 anos. Qual o segredo dessa jovialidade? Divaldo disse: “Alegria de viver”, acrescentando em seguida que o Espiritismo lhe havia tirado todas as dúvidas a respeito das metas psicológicas e dos objetivos de nossa passagem pela Terra.

É provável que esteja aí, no esclarecimento de nossas dúvidas, o motivo pelo qual a Doutrina Espírita encanta os adultos que a ela chegam após terem cultivado outras crenças.

Foi o que nos disse há pouco uma dessas pessoas que ingressou pela primeira vez num centro espírita depois de haver perdido, em circunstâncias dramáticas, seu filho caçula. Estudando a Doutrina, conhecendo melhor os meandros e os mistérios da vida, ele também diz, como Divaldo, que o Espiritismo lhe esclareceu todas as dúvidas que uma vida dedicada ao catolicismo jamais havia solucionado.

Na semana passada, neste espaço da revista, o tema principal foi a larga distância que existe entre o mundo que conhecemos e o mundo sonhado pelos revolucionários franceses, mundo esse no qual um dia imperarão soberanas a fraternidade, a igualdade e a liberdade.

A pergunta inevitável é: por que esse dia se encontra tão longe?

Conforme observou Kardec a respeito do tema, a questão toda se resume à inexistência na Terra do sentimento de fraternidade, que, embora possa existir nesse ou naquele círculo, constitui um ideal distante das diferentes sociedades existentes no planeta, com culturas heterogêneas e um sentimento nacionalista muito forte que divide em vez de unir os terráqueos.

Ao mostrar com meridiana clareza quais são os nossos verdadeiros interesses nesta passagem pela Terra e quais as metas que o Espírito humano objetiva no seu longo processo evolutivo, o Espiritismo pode ajudar muito nessa união cada dia mais necessária, porque essa é a base da ideia  de fraternidade, que é o fato de sermos todos irmãos, filhos do mesmo Pai e a caminho do mesmo objetivo.

Na semana passada, discutiu-se também, nesta revista, um assunto que parece trivial, mas em verdade não o é: a autenticidade da frase “A maior caridade que podemos fazer ao Espiritismo é a caridade de sua própria divulgação”, que muitos atribuem a Emmanuel, que foi na Terra o mentor espiritual da obra de Chico Xavier.

Suscitado por um leitor da revista, o tema mereceu do nosso colaborador Leonardo Machado a seguinte observação: “Com relação ao e-mail de Cláudio Luis Mota da Silva, divulgado na edição 94, tenho o conhecimento de uma frase semelhante, embora com algumas outras especificidades, de Emmanuel. Transcrevo o contexto em que esta se encontra inserida: ‘Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus-Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação’. Este texto se encontra no livro Estude e Viva de Emmanuel/André Luiz por Chico Xavier/Waldo Vieira, no capítulo 40, mensagem intitulada ‘Socorro oportuno’, editado pela FEB.”

De acordo com o que disse o confrade, está explicado de onde surgiu a frase famosa, que, em verdade, não foi redigida naquela forma por Emmanuel.

Divulgar o Espiritismo não significa fazer a ele caridade. Não. Divulgar o Espiritismo significa ajudar as pessoas para que, tal como Divaldo observou, possam eliminar todas as dúvidas que tenham com relação às metas psicológicas e aos objetivos de sua passagem pelo planeta. Com isso, estaremos, sem dúvida, contribuindo para que o ideal da fraternidade seja, um dia, realidade no mundo em que vivemos.

Sobre a Verdadeira Alegria

Sobre a Verdadeira Alegria

A alegria é a mais expressiva comunicação de que a alma encontra-se em liberdade, todavia, para nós, que ainda nos encontramos em um planeta de expiações e provas (Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. III, 4), o conceito de alegria pode receber um largo espectro de interpretações. Muitos confundem a alegria com a necessidade mandatária de se liberar de todos os controles que a vida em sociedade pede para uma relação normal entre as pessoas. A alegria não pode ser confundida com a liberalidade, pois são coisas distintas: Uma, é a expressão da felicidade; a outra, é o atestado da fragilidade da alma.

A verdadeira alegria é forte, douradora. Constrói em nosso interior valores que nos transportam para Deus. A falsa alegria é efêmera, fugaz como o pensamento que a criou e nada constrói, pelo contrário, muitas vezes nos traz um estado de tristeza, depressão e arrependimento.

A verdadeira alegria, é construída com ações edificantes. A falsa alegria é montada através de artifícios como a bebida, as drogas ou as construções mentais inferiores, próprias de nosso estado espiritual.

Todas os retratos de Allan Kardec nos mostram um homem sisudo, dono de uma seriedade respeitosa e, no entanto, nosso codificador era uma pessoa que tinha grande alegria e prazer de viver. Sabemos que ele era naturalmente contido, mas estava longe da imagem que se faz dele.

Jesus, ao fazer sua entrada em Jerusalém, escolheu um dia alegre para os judeus, porque assim é que deveria ser entendido o Cristianismo. O Mestre Nazareno, em todas as suas prédicas, sempre demonstrou otimismo e prometeu as alegrias do céu para todo aquele que O seguisse.
Na ordem das lições de Jesus, a alegria é um sentimento transcendental. Está implícita em todas as passagens, porque mostra o resultado da vitória do homem sobre seus obstáculos maiores, sobre as muralhas que escondem a grandeza de Deus.

No Evangelho Segundo o Espiritismo vamos encontrar, ainda no Cap.III, item 11, os Espíritos Superiores nos ensinando, de maneira clara e inquestionável, as diferenças entre a verdadeira alegria e as ilusões que assaltam o homem desinformado.

Uma das leis mais importante que regem o nosso viver, é sem dúvida, a de Causa e Efeito, regulada pelo princípio do Livre Arbítrio, refletindo a perfeição de nosso Pai. Ele nos dá o direito de escolha, ao mesmo tempo em que nos ensina duas coisas fundamentais:

- Como aprender a fazer a melhor escolha.
- A responsabilidade irrevogável pela escolha que for feita.

Nesse sentido, somente nós poderemos decidir pela nossa verdadeira alegria. Fora disso, é ilusão de aprendizes mal orientados.

Assaruhy Franco de Moraes  

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A Influência das Nossas Crenças em Nossa Vida


A Influência das Nossas Crenças em Nossa Vida

“Se você pensa que pode ou se você pensa que não pode, de qualquer forma você está certo”.
Henry Ford

(O propósito deste artigo é levar informação para que você se sinta cada vez mais em paz interior, com o próximo, com Deus e com a vida).

Você já ouviu falar que a maioria das nossas decisões são baseadas em preconceitos1?

Tomamos nossas decisões a todo instante nos baseando em padrões ou crenças2 que consideramos estarem certos, conscientes ou não sobre isto. Nossas crenças tem muito haver com nossos valores.
Nossas crenças foram formadas sob influência principalmente das pessoas que nos criaram, geralmente os pais, e do ambiente em que crescemos. Nossos pais tiveram também influência dos pais deles e do ambiente. Naturalmente, ocorrem adaptações no modo de cada um pensar, conforme as experiências de vida e resultados que a pessoa vai obtendo.

Então se você acha que as crenças dos seus pais não são aplicáveis, mesmo que você tenha razão, entenda que não é culpa deles, eles aprenderam assim. Nossas crenças vão mudando ao longo do tempo, da mesma forma, a geração que vem após a nossa também achará que muitas crenças nossas são inadequadas ou ultrapassadas. Em alguns casos eles estarão certos e em outros não. Afinal, quando julgamos as crenças dos outros, estamos usando nossas crenças para isto, que obviamente as consideramos corretas, e muitas vezes não são. Consideramos verdade o que descobrimos até hoje, porém ainda há muito sobre a vida a ser descoberto e isto pode mudar tudo.

Muitos povos tem atitudes que eles obviamente consideram normais, corretas, verdades, enquanto que para outras pessoas em outra região do mundo, essas atitudes deles são um absurdo. Quero evitar críticas a qualquer crença, por esta razão convido você leitor a pensar em algumas situações assim, tão contrastantes de uma cultura para outra. Entrar na discussão sobre quem está certo e quem está errado é um julgamento difícil de fazê-lo, pois estaríamos como disse, baseando-nos em nossas próprias crenças e essa discussão não é o foco deste artigo.

Então como saber quem está certo e quem está errado? Pense... Pense... Quais crenças são certas?

Seria impossível ter uma resposta para cada crença, porém podemos considerar que a crença mais adequada é aquela em que é fundamentada no amor. O amor ao próximo e a si mesmo, pois viemos para viver em comunidade e para isto devemos nos ajudar. Quando se ama o próximo, se ama também a Deus, pois Deus está em você e está no próximo e em tudo. Ter empatia, que é procurar “colocar-se no lugar do outro” e entender o que ele está passando diante de determinada situação. Achar uma solução em que em ambos os lados haja ganhadores, em vez de um ganhar e outro perder. É como fazer um bom negócio em que fica bom para o vendedor e bom para o comprador. Algo mais próximo do justo, em que todos ganham em vez de um beneficiar-se à custa da miséria do outro. É você sentir-se bem com o que ganhou e também sentir-se bem porque o outro ficou satisfeito também.

Conflitos entre determinados povos existem há décadas e se retroalimentam baseados na violência, no rancor, no ódio, na ambição e na vingança. Neste cenário, fortes crenças colocam certos valores como um ideal, matando em nome de Deus, cuja forma de agir não faz nenhum sentido se este Deus que adoram for um Deus de amor. Somente poderá haver uma solução quando pessoas que tenham poder de decisão e de influência comecem uma longa e árdua caminhada a uma solução que seja boa para ambos os lados. O que é muito difícil, quando todos já estão sob a influência desse ambiente hostil há muito tempo. Achar uma solução é tão difícil quanto querer apagar um incêndio de grandes proporções com baldes de água.

Vamos agora pensar em crenças na vida individual do ser humano, em seu dia a dia, no relacionamento familiar, nas amizades e no trabalho.

Vejamos alguns exemplos de crenças limitantes.

A pessoa pode acreditar que:

É culpada pelo insucesso de alguém próximo a ela, como um filho...
A pessoa atribui responsabilidade a ela mesma sobre resultados que são responsabilidade de outra pessoa.
Cada um tem sua própria evolução. (Este assunto é tão importante que farei um artigo próprio sobre ele, e tem grande relação com a Reforma Íntima).

Nasceu para sofrer e que não merece ser feliz...

Não é boa em nada...

Sua felicidade depende exclusivamente de outra pessoa. Que não pode ser feliz sem aquela pessoa...

Sua vida termina com a morte do corpo físico...

Quem é rico não vai para o reino dos céus... Ganhar dinheiro é errado...

Dá tudo errado em sua vida...


As nossas crenças são importantes, pois são como uma “estrela-guia” dando-nos uma referência para seguirmos e basearmos nossas decisões. Contudo, não devemos fechar os olhos para outras possibilidades, não devemos considerar que a nossa crença é única, que é verdade absoluta e inquestionável. Acredito ser importante fazermos questionamentos com o objetivo de analisarmos nossas crenças, verificando se as informações recebidas fazem sentido em nossa mente e se, são saudáveis para nós, pois a análise irá completar um raciocínio que nos dará mais base e sairá de uma fé cega e inquestionável. Muitas crenças são passadas em forma de metáforas, em sentido figurado para que sejam interpretadas conforme nosso grau de conhecimento e compreensão. Querer ensinar a uma criança sobre assuntos de adultos só é possível se adequarmos nossa linguagem para que a criança entenda. Mais tarde, quando a criança estiver migrando para a fase adulta, ela terá mais informações, mais base, e completará o raciocínio muito básico que recebeu. Possuidora então, de informações mais complexas, poderá enxergar a situação de uma forma mais ampla. Caso semelhante ao da criança ocorre quando a pessoa que recebe a informação não tem preparo intelectual/cultural/educacional para compreender informações mais complexas. À medida que evolui, fica mais preparada para desvendar novos caminhos, caminhos sem fim, eu digo, pois é grande e infinito o mistério da vida.


Você já parou para pensar que:

Se não soubéssemos que nosso coração recebe pequenas cargas elétricas do próprio corpo a fim de provocar seu batimento, não acreditaríamos que essas cargas elétricas existem em nosso corpo?
Se a acupuntura não estivesse divulgada e aceita no meio médico, não acreditaríamos que existem milhares de pontos energéticos em nosso corpo?
Se não tivéssemos acompanhado a ida do homem à lua, não acreditaríamos ser possível?
Se não tivéssemos telefones móveis, não acreditaríamos ser possível se comunicar sem fios elétricos? E o que falar do sinal de imagem do rádio e televisão? Bomba atômica? Computadores?


Qual era a verdade antes de:

Descobrirem que a terra não era plana, que é semelhante a uma grande esfera?
Acreditavam que os barcos cairiam quando chegasse à linha do horizonte.

Descobrirem a composição do átomo?
Achavam que o átomo era indivisível, como uma bola de gude, sem nada dentro. A descoberta de mais partículas foi uma mudança de crença e depois com a física quântica, houve uma quebra de paradigma nunca imaginada antes e há muito a se descobrir neste campo. (Procure no Google, vídeos sobre a “experiência de dupla fenda” e entenda mais sobre isso).

O homem chegar à lua?
Atualmente pode-se ir e vir da lua e há pesquisas em outros planetas.

Inventarem as ondas infravermelhas, os raios-X, o controle remoto, a internet, o computador, o telefone celular?
Existem tantas formas de ondas invisíveis em volta de nós, porém acreditamos que elas existem porque a televisão funciona, o telefone celular, o micro-ondas, os raios-X e outros equipamentos. Imagine se essas formas de onda fossem visíveis a olho nu, o que veríamos no ar em volta de nós... Quando Tesla fez um pequeno barco movido com controle remoto sem fio, exigiram que ele o abrisse para verem o que tinha dentro do barco, pois não acreditavam que ele recebia comandos sem fios.

Descobrirem o magnetismo?
Podemos acreditar que um imã possui linhas de força entre os polos norte e sul com poder de atração para polos diferentes e repulsão para polos iguais. Se não tivéssemos acesso fácil aos imãs, digamos que eles existissem apenas em teoria ou que, por exemplo, ficassem distantes de nossas mãos, localizados na lua apenas como exemplo, será que acreditaríamos que eles possuem essas propriedades?


Quanta dúvida...

Quanta dúvida existiu e ainda existe sobre a existência de energia em nosso corpo, em nossas mãos, energia que auxilia na cura para nós ou para outros, auxiliando a Espiritualidade... Energia capaz de influenciar outras pessoas...

Quanta dúvida existe sobre a capacidade da nossa mente gerar ou curar doenças em nós...
O poder que o pensamento tem sobre nosso corpo, tanto fazendo o bem quanto o mal.
Se o médico diz que temos um mês de vida, acreditamos nele, mas muitos de nós não acredita no poder de cura através da nossa mente, através de Deus...

Quanta dúvida existe sobre a existência de espíritos e que eles estão entre nós, influenciando as nossas vidas... O que existe muitas vezes é um grande medo, baseado nas crenças que foram adquiridas de outras pessoas e não de próprias experiências ou estudo.

Quanto medo nós temos do desconhecido, em função das crenças que nos foram passadas...

Quantas crenças negativas recebemos, que nos impedem de crescermos no trabalho, no relacionamento conjugal, na família, na sociedade... Crenças como: Não confiar em ninguém... Nenhum homem presta... Vários familiares não foram felizes no casamento, então eu não vou ser também... Se eu tentar tal coisa vão rir de mim... Devo sempre ser vencedor, custe o que custar... Só vou ser aceito se... Para eu ser reconhecido tenho que... Só vou ser feliz se...

Quanta dúvida existe até hoje sobre o poder energético dos florais, descoberto pelo médico bacteriologista inglês Edward Bach em torno do ano 1930... A maioria das pessoas só acreditará quando a medicina oficial "bater o martelo" dizendo que o floral traz resultados.


Existe uma pequena estória que conta que vários cegos tateavam um elefante a fim de identificar o que era aquilo.
Aquele que tateou uma das pernas do elefante, afirmou que se tratava de uma coluna.
Aquele que tateou o rabo, afirmou que era uma corda.
Aquele que tateou a tromba, disse que era uma cobra.

Somente quando um dos cegos tomar conhecimento de uma nova perspectiva e tentar compreender o que o outro percebe é que notará que existem verdades diferentes. Juntando os conhecimentos de cada um, eles poderão perceber que o todo é mais do que cada um percebe e que cada um tem sua verdade. Abre-se a possibilidade de pelo menos se avaliar se a sua verdade é a que prevalece, ou não.

Observe que o início de tudo é conhecimento. Se ficarmos estagnados, não crescemos. Em seguida, devemos pensar o que fazer com esse conhecimento. Desprezá-lo ou abrir a possibilidade de pelo menos avaliar se o que o outro enxerga faz sentido. Caso opte por manter sua verdade, está ótimo. Não precisa mudar. Caso perceba que há algo que faz mais sentido para você do que aquilo que você tem até então e que lhe limita, explore melhor isto e veja que benefícios esse conhecimento trará para você.

Quanto mais conhecemos, mais percebemos que sabemos pouco. E quando não conhecemos nada, achamos que o que temos é o suficiente.


Em resumo, caro leitor, busque o conhecimento, pois é o início do processo de reforma íntima, de evolução espiritual.

Avalie a sua verdade com esse conhecimento e não tenha medo se tiver que mudar suas crenças limitantes, aquilo em que sempre acreditou, mas que o limita em ser feliz. Lembre-se que ao longo da história da humanidade, sempre houve e haverá mudanças de crenças coletivas e individuais. A vida é um grande mistério, e no momento não há qualquer perspectiva de ser desvendado por completo. Então vamos andando... De passo em passo, caminhando para frente, para nossa evolução espiritual. Nada de ficar parado, estagnado. Devemos caminhar buscando conhecimento e crescimento em direção a bons valores que tem como base o amor ao próximo e à nossa própria existência, valores que trazem felicidade e paz para nós e para nossos semelhantes, pois nossa Existência é parte de um grande e complexo processo da criação Divina.

1.   Preconceito é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". (Wikipédia).

2.   Crença é o estado psicológico em que um indivíduo detém uma proposição ou premissa para a verdade, ou ainda, uma opinião formada ou convicção. (Wikipédia).

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Obrigado pela sua leitura.
Até o próximo artigo!

Carlos Augusto Eugênio dos Santos
Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica
E-mail: psicoterapeutacarlosaugusto@gmail.com
Curitiba – PR

http://terapiareformaintima.blogspot.com.br/2014/12/a-influencia-das-nossas-crencas-em_13.html