domingo, 23 de março de 2014

Os vícios

Os vícios

Para a defesa e purificação do organismo, é necessário combater rigorosamente os vícios, começando pelos mais comuns que são o fumo, o álcool, a gula e os tóxicos (maconha, éter, ópio, morfina, etc.)

O fumo, por exemplo, considerado o mais inocente desses vícios, tem fabuloso consumo no mundo inteiro e seu uso produz terríveis males, mormente no aparelho nervoso-vegetativo (simpático e vago), dando margem a perturbações tanto mais intensas e profundas quanto mais sensíveis forem as pessoas.  Ultimamente, severas advertências vêm sendo feitas por cientistas de todos os países sobre a influência do fumo na produção do câncer.  Segundo estatísticas oficiais, em cada quatro pessoas que fumam, uma possui indícios de câncer.

As conseqüências do fumo afetam também fortemente o perispírito, produzindo uma espécie de entorpecimento psíquico, que continua até mesmo após o desencarne, prolongando o período de inconsciência que, na maioria dos casos, ocorre depois da chamada morte fisica, como também afeta a cortina de proteção e isolamento existente entre o corpo fisico e o perispírito.

E coisas ainda piores sucedem em relação ao vício do álcool, responsável pela degradação moral de milhões de pessoas, em todas as partes do mundo, obrigando governos esclarecidos (como, por exemplo, o da França, ultimamente) a decretar legislação coercitiva a fabricação e uso imoderado do álcool em seu território.

Os que realmente desejam evoluir e, já que a evolução não se conquista sem pureza de corpo e de espírito, devem combater e eliminar de si mesmos estes vícios, libertando-se deles definitivamente.  Não pode haver pureza de corpo ou de sentimentos em pessoas que se entregam a vícios repugnantes e perniciosos, praticando, assim, um suicídio lento, na mais lamentável negligência moral.

Por outro lado, é preciso não esquecer que o viciado é assediado e dominado por espíritos inferiores desencarnados, mesmo quando não maléficos mas, da mesma forma, viciados e que, não possuindo mais o corpo fisico, atuam sobre eles e, por seu intermédio, se satisfazem, inalando a fumaça dos cigarros ou aspirando, deliciados, os vapores do álcool.

Há milhões de pessoas, no mundo inteiro, que vivem assim escravizadas pelos espíritos inferiores e utilizadas por estes como instrumentos passivos, submissos e cegos de seus próprios vícios e paixões.

André Luiz, em sua obra Nos Domínios da Mediunidade, descreve uma cena de botequim, mostrando como alguns espíritos desencarnados, junto de fumantes e bebedores, com triste feição, se demoravam expectantes.

Alguns sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outros aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes.

O vício pode ser um “erro de cálculo” na procura da paz e serenidade, porque todos queremos ser felizes e ninguém, conscientemente, busca de propósito, viver com desprazer, aflição e infelicidade.

Nosso modo de ser no mundo está sendo moldado por nossas atitudes interiores; aliás, estamos, diariamente, aprendendo como desenvolver atitudes cada vez mais adequadas e coerentes em favor de nós mesmos.

Hábitos preferidos se formam através do tempo e se sedimentam com repetidas manobras mentais.  O que funcionou muito bem em situações importantes de nossa vida, mantendo nossa ansiedade controlada e sob domínio, provavelmente será reproduzido em outras ocasiões.  Por exemplo: se na fase infantil descobrimos que, "quando chorávamos, logo em seguida mamávamos", essa atitude mental poderá ser perpetuada através de um hábito inconsciente que julgamos irresistivel.

A estratégia psíquica passa a ser: "quando tenho um problema, preciso comer algo para resolvê-lo".  O que a princípio foi uma descoberta compensadora e benéfica mais tarde pode ser um mecanismo desnecessário, tomando-se um impulso neurótico e desagradável em nosso dia-a-dia.

Existem diversos casos de obesidade que surgiram no clima de lares onde a mãe é superexigente, perfeccionista e dominadora, forçando constantemente a criança a se alimentar, não levando em conta suas necessidades naturais.  Pela insistência materna, ela desenvolve o hábito de comer exageradamente, prejudicando o desenvolvimento do senso interior, que lhe dá a medida de quando começar e de quando parar de comer.

Por outro lado, alguns podem argumentar sobre a ação dos distúrbios glandulares ou genéticos, mas, mesmo assim, a causa fundamental dos problemas se encontra no psiquismo humano que, em realidade, é quem comanda todo o cosmo orgânico.

Paralelamente, encontramos também na dependência da comida um vício alicerçado no "medo de viver".  O temor das provas e dos perigos naturais da caminhada terrena pode nos levar a uma suposta fuga.

Os dependentes negam seu medo e se escondem à beira do caminho.  Interrompem a "procura existencial", dificultando, assim, o fluxo do desenvolvimento espiritual que acontece através da busca do novo.

O vício aparece constantemente onde há uma inadaptação à vida social.  Por incrível que pareça, o viciado é um "conservador”, pois não quer correr o risco de se lançar à vida, tomando-se, desse modo, um comodista por medo do mundo que, segundo ele, o ameaça.

Os vícios ou hábitos destrutivos são, em síntese, métodos defensivos que as pessoas assumiram nessa existência, ou mesmo os trazem de outras encarnações, como uma forma inadequada de promover segurança e proteção.

Assim considerando e a fim de nos aprofundar no assunto, para saber lidar melhor com as chamadas viciações humanas, devemos perguntar a nós mesmos:
- Como organizamos nossa personalidade?  Como eram as crenças dos adultos com quais convivemos na infância?  Que tipo de atos permitimos ou proibimos entrar nesse processo?  Quais as linhas de conduta que nos foram fechadas, ou quais os modelos de vida que priorizamos em nossa organização mental?

Precisamos revisar nossas concepções sobre os vícios.  Não podemos entendê-los como uma problemática que abrange, exclusivamente, delinqüentes e vadios.  Em verdade, viciados são todos aqueles que se enfraqueceram diante da vida e se refugiaram na dependência de pessoas ou substâncias.


Você sabia que a ociosidade pode ser considerada, ao mesmo tempo,
 “causa e efeito” de todos os vícios?

“Não é ocioso apenas o que nada faz, mas também o que
poderia empregar melhor o seu tempo”
Sócrates


Referências bibliográficas:
Allan Kardec – O Livro dos Espíritos
Edgard Armond - Passes e Radiações
Hammed – As dores da alma



Você sabia que a ociosidade pode ser considerada, ao mesmo tempo,
 “causa e efeito” de todos os vícios?

“Não é ocioso apenas o que nada faz, mas também o que
poderia empregar melhor o seu tempo”
Sócrates

Vícios I - Hammed

"O viciado é um "conservador", pois não quer correr o risco de se lançar à vida, tornando-se, desse modo, um comodista por medo do mundo que, segundo ele, o ameaça."

Inúmeros indivíduos tomam as mais diferentes atitudes diante da vida, porque diferentes informações lhes foram transmitidas quando eram crianças.

Conceitos diferentes são ensinados para crianças européias, asiásticas e africanas e todas se desenvolvem acreditando o que estão completamente certas, convencidas de que as outras estão totalmente erradas.

O vício pode ser um "erro de cálculo" na procura de paz e serenidade, porque todos queremos ser felizes e ninguém, conscientemente, busca de propósito viver com desprazer, aflição e infelicidade.

Nosso modo de ser no mundo está sendo moldado por nossas atitudes interiores; estamos, diariamente, aprendendo como desenvolver atitudes cada vez mais adequadas e coerentes em favor de nós mesmos.

Hábitos preferidos se formam através do tempo e se sedimentam com repetidas manobras mentais. O que funcionou muito bem em situações importantes de nossa vida, mantendo nossa ansiedade controlada e sob domínio, provavelmente será reproduzido em outras ocasiões. Por exemplo: se na fase infantil descobrimos que, "quando chorávamos, logo em seguida mamávamos", essa atitude mental poderá ser perpetuada através de um hábito inconsciente que julgamos irresistível.

A estratégia psíquica passa a ser: "quando tenho um problema, preciso comer algo para resolvê-lo". O que a princípio foi uma descoberta compensadora e benéfica mais tarde pode ser um mecanismo desnecessário, tornando-se um impulso neurótico e desagradável em nosso dia-a-dia.

Existem diversos casos de obesidade que surgiram no clima de laresm onde a mãe é superexigente, perfeccionista e dominadora, forçando constantemente a criança a se alimentar, não levando em conta suas necessidades naturais. Pela insistência materna, ela desenvolve o hábito de comer exageradamente, prejudicando o desenvolvimento do senso interior, que lhe dá a medida de quando começar e de quando parar de comer.

A bulimia cria para seus dependentes uma barreira que os separa da realidade e funciona como uma falsa proteção e segurança, pois eles constroem seu mundo de explicações falsas por não perceberem os fatos verdadeiros.

Por outro lado, alguns podem argumentar sobre a ação dos distúrbios glandulares ou genéticos, mas, mesmo assim, a causa fundamental dos problemas se encontra no psiquismo humano que, em realidade, é quem comanda todo o cosmo orgânico.

Geralmente, a obsidade nasce da falta de coragem para enfrentar novas experiências; é a compensação que a "criança carente", existente no adulto, encontra para sentir-se protegida.

" ... A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização".

Paralelamente, encontramos também na dependência da comida um vício alicerçado no "medo de viver". O temor das provas e dos perigos naturais da caminhada terrena pode nos levar a uma suposta fuga.

Os dependentes negam seu medo e se escondem à beira do caminho. Interrompem a "procura existencial", dificultando, assim, o fluxo do desenvolvimento espiritual que acontece através da busca do novo. A evolução tudo melhora, sempre esteve e sempre estará desenvolvendo, desde os menores reinos da natureza até as mais complexas estruturas da consciência humana.

O vício aparece constantemente onde há uma inadaptação à vida social. Por incrível que pareça, o viciado é um "conservador", pois ñão querer correr o risco de se lançar à vida, tornando-se desse modo, um comodista por medo do mundo que, segundo ele, o ameaça.

Os vícios ou hábitos destrutivos são, em síntese, métodos defensivos que as pessoas assumiram nesta existência, ou mesmo os trazem de outras encarnações, como uma forma inadequada de promover segurança e proteção.

Assim considerando e a fim de nos aprofundar no assunto, para saber lidar melhor com as chamadas viciações humanas, devemos perguntar a nós mesmos:

Como organizamos nossa personalidade?

Como eram as crenças dos adultos com quais convivemos na infância?

Que tipo de atos permitimos ou proibimos entrar nesse processo?

Quais as linhas de conduta que nos foram fechadas, ou quais os modelos de vida que priorizamos em nossa organização mental?
Somente aí, avaliando demoradamente os antecedentes de nossa vida, é que estaremos promovendo uma auto-análise proveitosa, para identificarmos nossos padrões de pensamentos deficiários, diferenciando aqueles que nos são úteis daqueles que não nos servem mais. Dessa forma, libertamo-nos das compulsões desgatamos e dos hábitos infelizes.

Não nos esqueçamos, contudo, de que, conforme as afirmações dos Nobres Espíritos da Codificação, o homem "tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização", considerando, obviamente, que todo excesso é produto de uma viciação em andamento.

Hammed - As dores da alma

VÍCIOS II - Hammed

VÍCIOS



Em verdade, viciados são todos aqueles que se enfraqueceram diante da vida e se refugiaram na dependência de pessoas ou substâncias.





Tradição é ato de transmissão oral ou escrita de costumes, lendas ou fatos levados de geração a geração através dos tempos. Quanto mais antigos, mais notáveis e fora do comum eles se tornam. Uma vez atingida tal dimensão, transformam-se em crenças inquestionáveis.



As criaturas assimilam conceitos simplesmente porque outras, que elas julgam importantes e entendidas, lhes disseram que são verdadeiros. As crenças de toda espécie começaram geralmente através das histórias e dos costumes criados por alguém. Com o passar dos séculos, entretanto, tornaram-se regras éticas. Crença é a ação de acreditar naquilo que  convencionamos adotar como verdade . Evidentemente, algumas são verdadeiras; outras não.



Precisamos revisar nossas concepções sobre os vícios. Não podemos entendê-los como uma problemática que abrange, exclusivamente, delinqüentes e vadios. Em verdade, viciados são todos aqueles que se enfraqueceram diante da vida e se refugiaram na dependência de pessoas ou substâncias.



Pelas crenças tradicionalistas, são tachados de criminosos e vagabundos; para nós, no entanto, representam, acima de tudo, companheiros do caminho evolutivo, merecedores de atenção e entendimento. Por serem carentes e sofridos, entregaram sua força de vontade ao poder dos tóxicos, procurando se esquecer de algo que, talvez, nem mesmo saibam: "eles próprios", pois não agüentaram suportar seu mundo mental em desalinho.



A ociosidade pode ser considerada, ao mesmo tempo, "causa e efeito " de todos os vícios.

Reportando-se à ociosidade, assim se manifestaram as Entidades Superiores: "Haverá Espíritos que se conservam ociosos (...) mas esse estado é temporário e dependendo do desenvolvimento de suas inteligências (...) em sua origem, todos são quais crianças que acabam de nascer e que obram mais por instinto que por vontade expressa."



Sob o prisma do "efeito", tais considerações podem ser analisadas conforme o que segue abaixo:



Os dependentes são julgados por muitos como criaturas intencionalmente indolentes; por outros, de forma precipitada, como "parasitas sociais" , desocupados, improdutivos e preguiçosos. Mas sem qualquer conotação ou justificativa de tirar-lhes a responsabilidade por seus feitos e decisões, não podemos nos esquecer de que o "peso do fardo" que carregam lhes dá tamanha lassidão energética que passam a viver em constante "embriaguez na alma", entre fluidos de abatimento, fadiga e tédio.



Não são inúteis deliberadamente, mas se utilizam, sem perceber, do desânimo que sentem como "estratégia psicológica" para fugirem à decisão de "arregaçar as mangas" e enfrentar a parte que lhes cabe realizar na vida. Adiam sistematicamente seus compromissos, vivem de uma maneira no presente e dizem que vão viver de outra no futuro.



Aqui está um possível raciocínio de que se utilizam: "Sei que devo trabalhar para me realizar, mas, como desconfio de minha capacidade, temo não fazer direito", Ou mesmo, "O que gosto de fazer não será aprovado pelos outros; por isso, digo a mim mesmo e aos outros que o farei no futuro. Agindo assim, não terei que admitir que não vou fazê-lo". Os toxicômanos são criaturas de caráter oscilante, não desenvolveram o senso de autonomia, vivem envolvidos numa aura fluídica de indecisão e imobilização por conseqüência da própria reação emocional em desajuste.



Protelam as coisas para um dia, talvez, nunca chegará. Fixam-se ao consumo cada vez maior de produtos narcóticos, enquanto desenvolvem atitudes emocionais que os levam à subjugação a pessoas e situações.



A ociosidade como "causa" das viciações pode ser estudada da seguinte maneira:



As velhas crenças religiosas continuam afirmando que a felicidade dos bem-aventurados consiste na vida contemplativa, no repouso absoluto nos céus, em contrapartida, que os infernos são destinados aos espíritos culpados. Conduzidos forçosamente a um mundo de expiações eternas, sem meios de reparação, ficariam condenados a viver eternamente as dores do fogo e o sofrimento não menos cruel da eterna ociosidade.



As crenças no poder dos "melhores" , ou seja, dos aristocratas, fortificaram-se ainda mais no tempo dos patriarcas, das sociedades greco-romanas. Expandindo-se, essas idéias fizeram com que os homens formassem unidades produtivas com base no escravismo. As vilas romanas e gregas possuíam dezenas de criados/cativos para satisfazer a todas as necessidades dos patrícios, para que vivessem no fastio e na inutilidade.



Durante séculos, a escravidão no Brasil foi aceita sem que as classes dominantes questionassem a legitimidade dos cativeiros. Os senhores de engenho se justificavam dizendo que resgatavam os negros do paganismo em que viviam para a conversão cristã, o que lhes facultava a redenção dos pecados e lhes abria as portas da salvação. Na realidade ocultavam suas verdadeiras intenções: a mão-de-obra lucrativa, que lhes permitia a vida fácil de esbanjamento com seus familiares, para manter a aparência social.



Aprendemos com as sociedades absolutistas do passado que a ociosidade era uma peça importante na vida. Na corte, as etiquetas, jogos, bailes e saraus eram as atividades mais comuns da nobreza.



Assim pensavam os nobres na época de Luiz XV da França: "Somos uma classe que não ganha dinheiro pelo trabalho, mas o temos pela nossa genealogia; não queremos ser confundidos com os poupadores vulgares, que são a gentinha da burguesia." Pode-se afirmar que, até poucas décadas atrás, a grande maioria também assim raciocinava.



As regras e costumes do passado pesam sobre nós. Somos espíritos milenares, encarnando sucessivas vezes, adquirindo experiências e assimilando crenças, algumas verdadeiras, outras não, repetindo o que escrevemos inicialmente. Essa a razão da necessidade de revisar nossos conceitos.



Disse certa feita Sócrates: "Não é ocioso apenas o que nada faz, mas também o que poderia empregar melhor o seu tempo". A ociosidade é uma porta que se abre os vícios, é uma casa sem paredes; as "serpentes" podem entrar nela por todos os lados.

(De “As dores da alma”, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo Espírito Hammed)


Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/toxicodependencia/vicios-livro-as-dores-da-alma-f-espirito-santo-netto-hammed/#ixzz2wpmVobwg

Vícios

Vícios

Sérgio Biagi Gregório

1) O que se entende por vício?
Vício é o defeituoso, o que se desvia do bom caminho. Na ética, é a disposição habitual a um gênero de conduta, considerada vituperável, como imoral. É o contrário de virtude. É o hábito mau em oposição à virtude, que é o hábito bom. Imperfeição, defeito que torna uma pessoa ou coisa imprópria para o fim a que se destina.

2) Como o vício é visto no contexto do Velho e do Novo Testamento?

No âmbito do Velho Testamento, Job diz que se torna necessário dirigir o coração para Deus e afastar da vida a iniquidade e a injustiça, a fim de fugir aos vícios, tais como, a mentira, a fraude, o adultério etc. No contexto do Novo Testamento, há a enumeração, feita por Cristo, dos vícios que têm a sua raiz no coração: os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios.

3) O vício representa uma deficiência moral?

Ao longo do tempo, o conceito de vício tem se debatido com o de doença. A medicina contrapõe-se à tese de que o vício é um estado condicionado, que pode ser descondicionado pelas técnicas psicológicas.

4) Em se tratando dos vícios sociais, qual o mais letal?

Não resta dúvida que é tabagismo, pela dependência do fumante à nicotina. Esta dependência causa problemas graves de saúde, principalmente o enfisema pulmonar.

5) Como anda o tabagismo no Brasil?

De acordo com a Pesquisa Especial de Tabagismo realizada pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde, entre 1989 e 2008 o percentual da população brasileira fumante com 15 anos ou mais caiu de 32% para 17,2%. O estudo revela ainda que 52,1% dos fumantes planejavam deixar o vício. Estima-se que o cigarro e outros derivados do tabaco sejam responsáveis por cerca de 200 mil óbitos por ano no Brasil. (1)
6) Quais são as características do viciado em drogas?

A Organização Mundial da Saúde (1981) propôs as seguintes:

— compulsão subjetiva a ingerir droga;

— desejo de suspender o consumo embora a ingestão continue;

— padrão estereotipado, inflexível, de ingestão;

— adaptação dos sistemas nervosos afetados pela droga, levando à tolerância dos seus efeitos e sintomas de supressão quando a droga é suspensa;

— prioridade do comportamento de busca da droga sobre todas as outras atividades;

— rápido restabelecimento da síndrome quando se quebra um período de abstinência.

7) Eliminando-se as drogas, elimina-se o problema?

De acordo com Jandira Masur, em O Que é Toxicomania, Coleção Primeiros Passos, 91, tenta-se resolver um determinado problema pelo tripé: agente, hospedeiro e ambiente. No caso da tuberculose, o agente é o bacilo de Koch, o hospedeiro é o homem. Dependendo do ambiente, a tuberculose pode ou não manifestar-se. Eliminando-se o agente (bacilo de Koch), resolve-se o problema. Teoricamente deveria funcionar também no caso das drogas. Acontece que as drogas não são vírus nem bactérias. Assim, o homem é ao mesmo tempo o hospedeiro e o agente. Observe a Lei Seca, implantada nos Estados Unidos, entre 1919 e 1933. Diz-se que nunca se bebeu tanto quanto naquela época.
8) Relacione vício e liberdade.

O vício, seja de que espécie for, é uma ação contrária à do bem. De acordo com a lei natural, toda ação que é contrária à do bem deve ser refeita para atingir o seu fim, que é o progresso do Espírito. Nesse caso, a prática do bem amplia a liberdade e o vício a restringe. O tempo gasto na reparação de uma má ação é o que se perde no progresso moral e espiritual.

9) Disfarçar o vício é um vício?

Sim. Muitas vezes dizemos que a gula é sinônimo de necessidade proteínica; a lascívia, de necessidade fisiológica. A ira é embelezada com a expressão: "cólera sagrada"; a cobiça é encoberta com a desculpa da previdência.

10) Que tipo de erro comete o ser humano na sua intenção de combater o vício?

É combater a causa pelo efeito. Somente quando tomamos consciência do móvel que produz a ação é que podemos ter segurança na eliminação do efeito. Na realidade, não somos nós que deixamos os vícios; são eles que, desprovidos da nossa atração, deixam-nos.

11) Dentre os vícios, qual o mais radical?

De acordo com a Doutrina Espírita, o egoísmo é o mais radical dos vícios. Dele deriva o mal. É sobre ele que o ser humano deve envidar todos os esforços. O egoísmo é a verdadeira chaga da sociedade. "Quem nesta vida quiser se aproximar da perfeição moral deve extirpar do seu coração todo sentimento de egoísmo, porque é incompatível com a justiça, o amor e a caridade: ele neutraliza todas as outras qualidades". (2)

(1) Página Einstein em 10/05/2010.

(2) Pergunta 913 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.

São Paulo, maio de 2010.

Em forma de palestra: http://www.sergiobiagigregorio.com.br/palestra/vicios-filosofia-e-espiritismo.htm

Apresentação em PowerPoint: http://www.sergiobiagigregorio.com.br/powerpoint/doutrina/vicios-e-espiritismo.ppt

Mais textos em PowerPoint: http://www.sergiobiagigregorio.com.br/powerpoint/powerpoint.htm

Escravos do vício


http://www.rcespiritismo.com.br/conteudo_site/pdf_anteriores/Rce32/materia2.pdf

Os vícios e paixões - FEB


http://bibliadocaminho.com/ocaminho/Tematica/EE/Estudos/EadeP1T3M3R2.htm

CENTRO ESPIRITA NÃO COMPORTA VÍCIOS DE QUAISQUER NATUREZA

CENTRO ESPIRITA NÃO COMPORTA VÍCIOS DE QUAISQUER NATUREZA

 A doença do jogo compulsivo atinge mais de 10% da população mundial. Mark Griffiths, psicólogo britânico, professor da Nottingham Trent University, assegura  que o hábito de jogar e apostar, se levado ao extremo, é tão viciante quanto qualquer droga. Pesquisas sobre jogadores crônicos garantem  que tais viciados padecem pelo menos um efeito colateral quando sofrem por ocasião de abstinência, como insônia, cefaléias, bulimia, fraqueza física, disritmias cardíacas, consternações musculares, dificuldades de respiração e calafrios.
A rigor, todos e quaisquer vícios são, invariavelmente, danosos ao crescimento espiritual do ser humano. Infelizmente, hoje em dia tornou-se “modismo” o hábito da jogatina. O Governo estimula inclusive os sorteios de loteria. Em realidade, para os pesquisadores, os vícios se alargam a partir de uma combinação biológica e genética de uma pessoa, além do ambiente sociocultural em que ela cresce, e sua compleição psicológica, como traços de personalidade, atitudes, experiências, crenças e a própria atividade. Para alguns descrentes, o comportamento exagerado por si só não significa que alguém seja viciado. A diferença fundamental entre o exagero de entusiasmo e o vício é que os entusiastas saudáveis adicionam alegria de viver às atividades, ainda que desprovidas dos objetos de desejo.
Não afirmaremos jamais que o vício, mormente o que propomos analisar, seja um problema de criminalidade, mas como um problema de desequilíbrio íntimo, diante das leis da vida. E isto não apenas no terreno em que o vício é mais claramente examinado. Sobre a temática (vício), Chico Xavier disse: “se falamos demasiadamente, estamos viciados no verbalismo excessivo e infrutífero. Se bebemos café excessivamente, estamos destruindo também as possibilidades do nosso corpo nos servir.”(1)  Quando ponderamos a palavra vício, podemos também citar os corrompidos pelo álcool, cigarro,  dinheiro, comida e recordamos ainda do sexo.
Sobre esse último tópico,  Chico Xavier instrui: “do sexo herdamos nossa mãe, nosso pai, lar, irmãos, a bênção da família. Tudo isto recebemos através do sexo. No entanto, quando falamos em vício, lembramo-nos do fogo do sexo e a droga… Mas droga é outro problema para nossos irmãos que se enfraqueceram diante da vida, que procuram uma fuga. Não são criminosos; são criaturas carentes de mais proteção, de mais amor. Porque se os nossos companheiros enveredaram pelo caminho da droga, eles procuraram esquecer algo. E esse algo são eles mesmos. Então, precisávamos, talvez, reformular nossas concepções sobre o vício.”(2)
Paulo confessou: “não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas a iniquidade que habita em mim.”(3) Sob o ponto de vista espírita, o vício de jogar pode se tornar um grave entrave moral para o viciado que se diz adepto de Espiritismo, colocando sob suspeita a sua credibilidade.
Não é recomendável um Centro espírita angariar recursos oriundos de jogos, pois isso provocará um ambiente desfavorável para a tranquilidade e harmonia dos frequentadores. As Instituições Espíritas voltadas a essa prática hospedam inevitavelmente irmãos do além despreparados para os serviços de socorro espiritual que a casa pode oferecer. Ainda que procuremos amenizar os argumentos, em  realidade, o vício açoita as bases da consciência cristã e desarmoniza a estrutura psicológica. Alguns confrades são afeitos  aos jogos de azar, porém é importante recordá-los de que o hábito persistente de jogar os enlaçará invariavelmente nas urdiduras da obsessão. Tais irmãos poderão ficar encarcerados nas garras insaciáveis do parasitismo ou do vampirismo, e vidas que poderiam ser nobres, dignas, proveitosas, tornam-se vazias, estimulantes de sujeição calamitosa, cujas defecções morais muitas vezes atingem famílias inteiras.
No Brasil, há 60 anos, desde o Governo Eurico Gaspar Dutra, os jogos de azar são proibidos. Explorá-los é contravenção penal. Todavia, como assinalo acima, o Governo tem estimulado o jogo de azar (legal). Evoca-se para tal concessão a sena, a megasena, a quina etc. Lembremos que nem tudo que é legal é moral, muito embora essa diversidade de jogos seja perfeitamente aceita pela sociedade.
Quaisquer tipos de jogos nos centros espíritas contrariam os princípios cristãos, pelos efeitos nefastos que provocam aos seus praticantes. Não há como compactuar com tais práticas, que estimulam o ânimo dos dirigentes das instituições a promover rifas, bingos e sorteios viciantes, numa inquietante justificativa de que as finalidades são “justas”. Todavia, ainda que para “fins beneficentes”, não se justificam os meios comprometedores, consoante admoesta André Luiz, em “Conduta Espírita”, publicada pela FEB.
É certo que a Doutrina Espírita não é condescendente com quaisquer proibições em suas hostes, desde que observadas as advertências dos Benfeitores quanto aos malefícios que os vícios (no caso, os jogos) causam aos que a eles se afinizam e se entregam. Cremos ser de bom alvitre a consignação, nos dispositivos estatutários e Regimentos Internos da casa espírita, o termo “fica vedado” tal ou qual coisa, pois não faltará quem sugira a divisão da doutrina em Espiritismo Conservador e Espiritismo Liberal, tal qual vem acontecendo – sabemos – com outras religiões, que a cada dia perdem adeptos e, consequentemente, força.
Obviamente, se pessoalmente alguém quiser entrar numa casa lotérica e tentar a “sorte”, o problema é pessoal, isso é claro, mas se quiser arrastar essa mazela para a comunidade espírita, a questão muda de figura. A partir daí, alguém precisa alçar a questão em benefício dos postulados kardecianos. A despeito de quaisquer pretextos, uma instituição espírita não comporta, em suas instalações, rifas e jogos de azar.
Para se angariar recursos visando obras transitórias das edificações materiais, a experiência tem mostrado que podemos pegar a charrua do esforço maior e promovermos os tradicionais almoços fraternos, exibições de fitas cinematográficas, bazares, festival da torta, festival do sorvete etc. Se alguém se dispuser a doar para a instituição um bem de expressivo valor (terreno, casa, carro, jóias), a fim de ser revertido em recursos para obras assistenciais, esforcemo-nos por comercializá-lo a preço de mercado, sem rifar,  lembrando sempre o que a sabedoria popular proclama: “o ‘pouco’ com Deus, é ‘muito’!”
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
Referências bibliográficas:

(1)    Fonte: “O Espírita Mineiro”, número 179, julho/agosto/setembro de 1979. Publicado no livro CHICO XAVIER – MANDATO DE AMOR, Editado abril/1993 pela União Espírita Mineira – Belo Horizonte, Minas Gerais
(2)    idem
(3)    Epístola aos Romanos 19-20

Vícios e Espiritismo

Vícios e Espiritismo

Sérgio Biagi Gregório

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações iniciais. 4. O ponto de vista da filosofia: 4.1. Platão; 4.2. Aristóteles; 4.3. Spinoza. 5. Vícios sociais: 5.1. O que são os vícios sociais; 5.2. As características do viciado em drogas; 5.3. Prevenção e Tratamento do Alcoolismo. 6. Espiritismo: 6.1. Indiferença moral; 6.2. Egoísmo, o mais radical dos vícios; 6.3. Vicio e liberdade. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.

1. INTRODUÇÃO

O que são vícios? Há diferença entre vício social e moral? O vício é real ou ilusório? Analisemos o tema sob a ótica da filosofia e do Espiritismo.

2. CONCEITO

Vício é o defeituoso, o que se desvia do bom caminho. Na ética, é a disposição habitual a um gênero de conduta, considerada vituperável, como imoral. É o contrário de virtude. É o hábito mau em oposição à virtude, que é o hábito bom. Imperfeição, defeito que torna uma pessoa ou coisa imprópria para o fim a que se destina.

3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O tema vício é motivo de discussão desde a Antiguidade. Sócrates, Platão e Aristóteles fizeram suas abordagens sobre este tema. No âmbito do Velho Testamento, Job diz que se torna necessário dirigir o coração para Deus e afastar da vida a iniquidade e a injustiça, a fim de fugir aos vícios, tais como, a mentira, a fraude, o adultério etc. No contexto do Novo Testamento, há a enumeração, feita por Cristo, dos vícios que têm a sua raiz no coração: os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios. Paulo, por exemplo, declara desterrado do reino de Deus os impudicos, idólatras, adúlteros. Recorda a Timóteo na carta que lhe dirige que a lei não foi feita para o justo mas sim para os malvados e rebeldes, os ímpios e pecadores , os imorais e profanos.

A partir de 1930, travou-se uma luta entre a medicina e a psicologia, no sentido de se definir o vício como doença. A medicina contrapõe-se à tese de que o vício é um estado condicionado, que pode ser descondicionado pelas técnicas psicológicas.

Presentemente, ainda nos debatemos com os vícios, principalmente aqueles que dão guarida ao narcotráfico.

4. O PONTO DE VISTA DA FILOSOFIA

4.1. PLATÃO

Para Platão – na sua teoria das formas –, havia um mundo perfeito, o das formas e um mundo ilusório, o terreno. Para ele, somente o bem é real; o mal é ilusório. Nesse caso, o vício, entendido como mal, não tem consistência própria. Ele é simplesmente a ausência da virtude.

4.2. ARISTÓTELES

Para Aristóteles, as virtudes e os vícios são definidos em função da mediedade. A virtude é a média justa e os vícios são excessos, tanto para mais como para menos. A virtude é uma conduta ou sentimento moderado e o vício uma conduta deficiente. A virtude é o hábito racional da conduta; o vício um hábito irracional. Os vícios são os extremos opostos cujo meio termo é a virtude. Por exemplo, a abstinência e a intemperança diante da moderação, a covardia e a temeridade diante da coragem.

4.3. SPINOZA

Para Spinoza, a virtude é a causa principal de nossos pensamentos, sentimentos e ações. O vício, por sua vez, é submissão às paixões. Para ele, o vício é deixar-se governar pelas causas externas, submeter-se, tornar-se submisso. A virtude é tornar-se senhor das paixões, a causa das próprias ações. O vício não é um mal, mas fraqueza. Nesse caso, o ser virtuoso pode transformar as suas tristezas em alegrias, os seus fracassos em êxitos e assim por diante.

5. VÍCIOS SOCIAIS

5.1. O QUE SÃO OS VÍCIOS SOCIAIS

Os vícios sociais são: alcoolismo, gula, tabagismo, toxicomania etc. Neles há uma inclinação exagerada para o consumo da droga, do álcool ou da heroína. Usa-se, também o termo dependência. Dentre os vícios sociais, o mais letal é o tabagismo, por sua condição de ser livre e ocasionar muitos transtornos pessoais, familiares e governamentais, pois causa dependência e afeta os pulmões. lembremo-nos dos inúmeros casos de enfisema pulmonar.

5.2. AS CARACTERÍSTICAS DO VICIADO EM DROGAS

A Organização Mundial da Saúde (1981) propôs as seguintes:

— compulsão subjetiva a ingerir droga;
— desejo de suspender o consumo embora a ingestão continue;
— padrão estereotipado, inflexível, de ingestão;
— adaptação dos sistemas nervosos afetados pela droga, levando à tolerância dos seus efeitos e sintomas de supressão quando a droga é suspensa;
— prioridade do comportamento de busca da droga sobre todas as outras atividades;
— rápido restabelecimento da síndrome quando se quebra um período de abstinência. (Outhwaite, 1996)
5.3. PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO ALCOOLISMO

1) Caso tomemos bebidas alcoólicas, útil se torna fazer o teste Cage, iniciais das palavras cut-down (diminuir), annoyed (aborrecido), guilty (culpado) e eye-opener (olho aberto). O resultado não é conclusivo, mas serve para indicar grau de dependência com relação à bebida. Assim, quando acharmos que deveríamos parar de beber, porque bebemos demais, quando ficarmos chateados porque alguém achou que bebemos muito, quando nos sentimos culpados pela maneira de beber, ou quando bebemos logo que levantamos, devemos considerar-nos dependentes do álcool, que precisa de tratamento.

2) A medicina terrestre tem feito esforços para resolver o problema. Nos Estados Unidos, em 1984, descobriu-se a ReVia, nome comercial da Naltrexone, remédio que deveria ser usado por pessoas viciadas em heroína e que se mostrou eficaz no combate ao alcoolismo. Os pesquisadores acreditam que o medicamento deve se ligar a receptores específicos (chamados de receptores opióides) no cérebro. Essa ligação atuaria no mecanismo "craving" (compulsão, desejo incontrolável) de beber. Remédio ainda pouco eficaz, porque só atua nos momentos de crise aguda.

6. ESPIRITISMO

6.1. INDIFERENÇA MORAL

Toda a resistência orgulhosa deverá ceder, cedo ou tarde. Cada época é marcada pelos vícios e pelas virtudes. Nossa virtude é o desenvolvimento intelectual; nosso vício é a indiferença moral. Assim, é conveniente que cada um de nós vá paulatinamente submetendo-se à Lei do Progresso. Não esperemos que os Espíritos venham imolar-nos para que avancemos mais rapidamente na prática do bem e do amor ao próximo. (Kardec, cap. 9, item 8)

6.2. EGOÍSMO, O MAIS RADICAL DOS VÍCIOS

De acordo com a Doutrina Espírita, o egoísmo é o mais radical dos vícios. Dele deriva o mal. É sobre ele que o ser humano deve envidar todos os esforços. O egoísmo é a verdadeira chaga da sociedade. "Quem nesta vida quiser se aproximar da perfeição moral deve extirpar do seu coração todo sentimento de egoísmo, porque é incompatível com a justiça, o amor e a caridade: ele neutraliza todas as outras qualidades". (Kardec, 1995, pergunta 913)

6.3. VÍCIO E LIBERDADE

A Psicologia informa-nos sobre a facilidade de adquirir o vício e a dificuldade de largá-lo. Basta darmos o primeiro passo, que outros passos o seguirão. Se nos faltarem orientações morais e religiosas, podemos sucumbir aos diversos vícios que corroem a humanidade e impõem à sociedade pesados custos, quer seja de ordem médica, quer seja de ordem jurídica, em que o Estado, que usa o nosso dinheiro, é obrigado a gastar mais recursos com a construção de novos hospitais e prisões.

O vício, seja de que espécie for, é uma ação contrária à do bem. De acordo com a lei natural, toda ação que é contrária à do bem deve ser refeita para atingir o seu fim, que é o progresso do Espírito. Nesse caso, a prática do bem amplia a liberdade e o vício a restringe. O tempo gasto na reparação de uma má ação é o que se perde no progresso moral e espiritual.

7. CONCLUSÃO

Em se tratando dos vícios, combatamos a causa pela causa e não pelos efeitos. Somente quando tomamos consciência do móvel que produz a ação é que podemos ter segurança na eliminação do efeito. Na realidade, não somos nós que deixamos os vícios; são eles que, desprovidos da nossa atração, deixam-nos.

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

OUTHWAITE. W. e BOTTOMORE, T. Dicionário do Pensamento Social do Século XX. Rio de Janeiro, Zahar, 1996.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
São Paulo, maio de 2010.

Perguntas e Respostas

Apresentação em PowerPoint

Texto Condensado em: http://sbgespiritismo.blogspot.com/2010/05/vicios-e-espiritismo.html

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por Sérgio Biagi Gregório

VÍCIOS

O Hábito de fumar

    Um irmão que fumava 100 cigarros por dia, pediu um conselho ao Espírito de Emmanuel sobre o hábito pernicioso a que se entregava, e o mentor espiritual atendeu-o, exclamando :
   - Melhoremos a nós mesmos, meu filho.
Disse o consulente, - eu – desejava um conselho mais direto.
   - Fume menos....
   - Ora essa! O que desejo é uma resposta positiva...
Emmanuel, então, endereçou-lhe as seguintes palavras:
   - Meu amigo, entre fumar e não fumar, é melhor não fumar. Entretanto, se você pretende fazer alguma coisa pior, continue fumando...

A ação negativa do cigarro sobre o perispírito do fumante prossegue após a morte do corpo físico? Até quando?
 
Chico Xavier:
- O problema da dependência continua até que a impregnação dos agentes tóxicos no perispírito ceda lugar à normalidade, o que, na maioria das vezes, tem a duração do tempo correspondente ao tempo que o hábito perdurou na existência física do fumante. Quando a vontade do interessado não está suficientemente forte para afastar de si o costume inconveniente, o tratamento dele, no Mundo Espiritual, ainda exige quotas diárias de substâncias (sucedâneos) dos cigarros comuns, com ingredientes iguais(análogos) aos cigarros terrestres, cuja administração ao paciente diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer dependência do fumo.
As sensações do fumante inveterado, no Mais Além, são naturalmente as da angustiosa sede de recursos tóxicos a que se habituou no Plano Físico, de tal modo obsecante que as melhores lições e surpresas da Vida Maior lhe passam quase que inteiramente desapercebidas, até que se lhe normalizem as percepções.
O assunto, no entanto, no capítulo da saúde corpórea, deveria ser estudado na Terra mais atenciosamente.

Virtudes e Vícios
Ensinam os Espíritos Superiores que toda virtude tem seu próprio mérito e que cada uma demonstra em seu possuidor algum progresso espiritual (O Livro dos Espíritos, questão 893).
A vivencia do amor, em suas múltiplas formas, indica em cada individualidade a compreensão da lei natural escrita em sua consciência.
O esquecimento e o desprezo da lei divina, ou natural, pelo homem, levam-o aos maus instintos e aos vícios.
Dai a necessidade de os homens, de todas as épocas, serem lembrados do dever de viverem de acordo com a lei do Criador Supremo.
Os missionários de todos os tempos foram e são os encarregados de ensinar e lembrar as leis de Deus, todas objetivando o progresso individual e coletivo da Humanidade.
Por isso, antigos sistemas filosóficos, religiões tradicionais ou mais recentes não são desprezíveis, já que neles existem germes das grandes verdades.
Embora as religiões pareçam inconciliáveis entre si, todas possuem um núcleo comum, uma unidade substancial, eis que todas se referem a Deus, o Criador do Universo, embora sob varias denominações. Juvanir Bo(rges de Souza - Reformador 2002)





Álcool: Bengala do Fraco



        Crescem a cada dia os dependentes de bebidas alcoólicas. As crianças nem precisam comprá-las, pois as adegas dos pais dão perfeitamente para sustentar seus vícios, pois mais parecem lojas de bebidas, onde os empregados da
casa também são consumidores de álcool.

        O alcoolismo está tão intenso no Brasil que ninguém pode imaginar. É doloroso que ditos grandes homens vivam alcoolizados, quando bem sabemos que um cérebro movido a álcool pouca capacidade possui.

        Todos os vícios são como parasitas.

        Chegam para se colar na gente, mas se o espírito desejar, ele é ele, ser pensante, chama eterna, luz bendita da vida; portanto, como pode ser prisioneiro de algo que não possui inteligência? O álcool é o álcool, a droga é a droga.

        O homem, entretanto, tem um espírito, que está vestido do perispírito, e ainda possui outro corpo, chamado duplo etérico, além do corpo físico.

        Nesse último corpo existe um cérebro que pesa cerca de 1.200 gramas e é formado de dois hemisférios: direito e esquerdo, e cada hemisfério dividido em quatro lóbulos: frontal, parietal, temporal e occipital. Nele está a sede das actividades intelectuais e sensoriais. Portanto, sendo o homem um ser inteligente, não pode se deixar dominar pelo vício.

        A bebida, a droga ou a comida não possuem força. Agora, o homem é possuidor dela desde que a busque em si próprio, no seu interior. Dessa forma tornar-se-á um deus e vencerá as coisas perecíveis. Está nas nossas mãos fortalecermos os nossos espíritos.

Luiz Sérgio  "Lírios colhidos"






 

ESTEJA ATENTO AO EXEMPLO QUE VOCÊ ESTÁ DANDO
Um rapaz, que estava dirigindo alcoolizado, ultrapassou um sinal fechado e colidiu com um poste, o que ocasionou a sua morte. Seu pai, muito triste e, ao mesmo tempo revoltado, disse a esposa que iria descobrir o local em que seu filho estivera embriagando-se na noite do acidente, pois queria processar o dono do estabelecimento.
Ao abrir o armário para pegar o seu casaco, deparou-se com o bilhete do filho: “Pai, peguei algumas bebidas da sua adega para comemorar a vitória do nosso time. Espero que o senhor não fique bravo comigo. Até mais tarde.”
O exemplo vale mais que as palavras.

Virtudes e vícios - slides

http://pt.slideshare.net/gracinha45/virtudes-e-vicios

VÍCIO E DEFEITOS



            A Doutrina Espírita tem a grande missão de transformar o homem. Fazendo-o caminhar para a felicidade.
            Mas para isso é necessário que pratiquemos aquilo que o espiritismo ensina, e não somente se intitular espírita ou cristão.
            E para a transformação precisamos trabalhar dentro de nós a eliminação de nossos vícios e defeitos, e saber a diferença que há entre eles é importante para saber como lidar com cada um deles.

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Vicio é um habito nocivo adquirido muito provavelmente nesta vida, e por isso mesmo mais fácil de ser eliminado.
Os vícios nos dão prazeres passageiros, e somente com a consciência de que precisamos nos livrar dele é que poderemos conseguir bons resultados. Por isso a necessidade constante de saber que ele nos faz mal.
            Aí então devemos alimentar constantemente o desejo de parar com o vício, iniciando um trabalho mental de que precisamos ter hábitos diferentes. Aos poucos vamos diminuindo a prática do vício.

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Defeito é um resquício de nossa animalidade, está enraizado profundamente em nosso ser, e por isso são bem mais difíceis de serem trabalhado visando uma diminuição, já que a eliminação total não é possível ainda nesta vida.
            Querer mudar é o primeiro passo. Em seguida é necessário muita boa vontade, esforçar-se para se manter no caminho e perseverar sempre, mesmo nos momentos de dificuldades.
            A melhor maneira é usar a virtude contrária ao defeito na vivência do nosso dia a dia:
            Assim para a IRA, devemos praticar a BRANDURA.
            Para o ORGULHO, devemos praticar a HUMILDADE.
            Para a AVAREZA, devemos praticar a CARIDADE.
            Para o EGOISMO, devemos praticar o TRABALHO ao próximo.
            E assim por diante....

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Para colhermos resultados necessitamos da vontade, no entanto, quase sempre não passam de impulsos passageiros, fracos e indecisos, e nos primeiros obstáculos, abandonamos a luta esquecendo que as quedas fazem parte do nosso aprimoramento são elas que fortalecem a nossa vontade ensinando-nos a ter persistência e paciência.
            Nesse processo não se pode querer colher resultados rapidamente, aquilo que temos há séculos impregnados no espírito não vai ser eliminado assim de um dia para o outro. Por isso a necessidade da perseverança sempre, somente o tempo e a vontade firme nos trará resultados.
Não se alcança o cume de um monte com o olhar, e sim com os pés... É necessário então caminhar, lutar, progredir, para assim, merecer cada conquista através de seu próprio esforço.
Todo ser humano traz dentro de si o desejo de buscar horizontes, de superar limitações, pois foi criado para a perfeição. É a Lei Divina do Progresso, estimulando a criatura a seguir adiante para a sua gloriosa destinação.

DROGAS E VÍCIOS OBSESSIVOS

DROGAS E VÍCIOS OBSESSIVOS


Muitas são as entidades que se manifestam durante as reuniões mediúnicas ainda presas ao seu vício e ao desencarne prematuro, sejam os mesmos provocados pelo uso de drogas ou de vícios abusivos de bebidas alcoólicas, fumo, sexo, gula etc.

Muitos espíritos continuam perseguindo e vampirizando seres encarnados, viciosos e invigilantes, através da empatia entre eles. O diálogo com estes espíritos é difícil porque eles sempre têm suas justificativas para odiarem e perseguirem viciados ou aqueles que foram seus desafetos no passado e estão de conformidade com a lei que diz: “semelhante atrai semelhante”. O tratamento espiritual do viciado está baseado no arrependimento e mudança de comportamento, tanto do espírito desencarnado como do encarnado. Não adianta um espírito obsessor se afastar do obsediado se não houver modificação de seu comportamento. Será sempre substituído por outro e assim sucessivamente...

Lembremos que todo vício deve ser acompanhado de um tratamento psicológico ou psiquiátrico e de uma evangelhoterapia, para que o reequilíbrio e a auto-estima sejam alcançados. O diagnóstico, o tratamento médico ou alternativo (terapia ocupacional, acupuntura, homeopatia etc.) e o espiritual (diálogo, oração e o passe magnético/espiritual), devem caminhar juntos, um dando apoio ao outro.

Observamos também que o vício obsessivo e suas consequências físicas e morais, encontram na mediunidade uma porta aberta para a influência de entidades viciosas, e muitos irmãos chegam a casa espírita pensando que estão loucos, esquizofrênicos ou epiléticos; outros são espíritas que perderam o controle de sua mediunidade, estando obsediados ou fascinados, necessitando de um amparo especial para o seu reequilíbrio.

 O tratamento espiritual do viciado está baseado no arrependimento e mudança de comportamento, tanto do espírito desencarnado como do encarnado
Conforme publicação da revista Época, um jovem de classe média alta foi preso como traficante pela policia federal num condomínio de luxo do Rio. Seu pai, revoltado com a prisão, declarou para a imprensa que seu filho era um bom menino e consumidor de maconha com permissão médica, porque sofre de dislexia e fobia; no entanto ele foi visto num ponto do morro, não muito distante de sua casa, portando um fuzil e traficando cocaína. Este é um bom exemplo de um jovem que extrapolou o vício da bebida e das drogas toleradas, como a maconha, para o uso e tráfico pesado de drogas como o crack e cocaína. Este jovem é fruto de uma sociedade consumidora, protegido por um pai alienado e conivente com o vício e a violência do filho. Muitos jovens são frequentadores de boates e baladas da noite, cujos ambientes favorecem a presença de entidades viciosas, além de serem presas fáceis das drogas e vícios morais, podendo, assim, serem facilmente induzidos ao alcoolismo, à agressividade, à depressão, à morte prematura, através do suicídio, ao coma alcoólico, à overdose e ao crime para sustentarem seu vício.

O tratamento do viciado crônico deve ser conduzido, através de uma desintoxicação química e de um tratamento espiritual, às oficinas com diálogos fraternos para ambos os espíritos, encarnados e desencarnados. Muitos jovens procuram o Centro Espírita desesperados e com uma vontade incontrolável de se suicidar, precisando de amparo e ajuda, porém, muitas vezes, falhamos nesta tarefa. É necessário termos grupos preparados para amparar, tratar e encaminhar estes irmãos necessitados. Segundo um trabalho sobre a “Intervenção religiosa na recuperação de dependentes de drogas”, às quais foram conduzidas 85 entrevistas com ex-usuários de drogas (evangélicos, católicos e espíritas), o que os manteve na abstinência de drogas foi mais do que a fé religiosa; foi o acolhimento e o apoio do grupo à reestruturação de suas vidas.

Outro interessante trabalho científico sobre “O adolescente e o uso de drogas”, informa que a adolescência é um momento especial da vida em que o jovem não aceita orientações de adultos e, naturalmente, se afasta da família aproximando-se de seu grupo de iguais. Se este grupo estiver usando drogas ele é pressionado para também usar. Cerca de 80% dos jovens relacionados ao uso de drogas foram tratados em ambulatório, aplicando-se modelos variados, podendo ser feito com internação parcial (hospital-dia) ou integral, utilizando-se a psicanálise, terapia cognitivo-comportamental e outras técnicas associadas.

O trabalho é fundamentado no diagnóstico, classificação e tratamento, conforme a organização mundial de saúde (WHO, CID-10), referente ao capítulo sobre transtornos mentais e comportamento, decorrente do uso de substâncias psicoativas (F10 a 19). A pesquisa demonstrou que, qualquer que seja o modelo teórico, o tratamento para a clientela deve ser reaplicado, pois os resultados não são muito animadores. A conclusão deste trabalho demonstrou que os adolescentes de risco apresentaram algumas características que podem auxiliar no trabalho preventivo para amenizar este problema, tais como: acompanhar as alterações de comportamento, adequar a legislação, melhorar a atitude da família junto ao viciado e ao uso precoce de drogas.

 O tabaco mata 5 milhões, o álcool 2,5 milhões, e as drogas ilícitas matam 200 mil pessoas por ano

Concluindo, reafirmamos a necessidade do apoio a estes jovens, esclarecendo, recomendando o tratamento médico associado ao espiritual, como também sua reforma comportamental. Entretanto, enfatizamos que é indispensável a ajuda da família e de grupos de apoio, religiosos ou leigos, como os AA (alcoólicos anônimos), NA (narcóticos anônimos) e o GAS (grupo de ajuda a sobriedade). Gostaríamos também de alertar que o vício iniciado pelas drogas, ditas licitas/toleradas, como o álcool, fumo, solventes é o caminho para as ilícitas como a maconha e as mais pesadas, como cocaína, crack, heroína, LSD e Êcstase. Muitos atingiram o fundo do poço através do uso de drogas mais baratas como crack, cola de sapateiro e álcool puro, muito comum entre crianças e mendigos de rua, e que provocam danos irreparáveis no organismo (debilidade, alucinações, taquicardia, cirrose hepática etc.). O vício de bebidas alcoólicas, fumo, maconha (baseado) e o químico é muito comum entre adolescentes desestruturados, depressivos e psicopatas; é uma porta aberta para graves consequências morais e comprometimento cármico, assim como à violência, ao abuso sexual, à prostituição e à pedofilia.

O relatório Mundial de drogas da UNODC de 2008 mostra que aproximadamente 5% da população mundial é viciada ou usou drogas ilícitas nos últimos 12 meses, ou seja, 26 milhões de pessoas (entre 12 e 64 anos), destes, 5 milhões (0,6%) são dependentes químicos. O tabaco mata 5 milhões, o álcool 2,5 milhões, e as drogas ilícitas matam 200 mil pessoas por ano.

Amigos e companheiros de jornada espírita: vamos combater a legalização de drogas e vícios, e lutar contra a impunidade de traficantes e viciados inconsequentes (criminosos do trânsito, agressores etc.). Vamos ajudar, amparando e esclarecendo os viciados arrependidos, diminuindo, assim, o sofrimento de nossos irmãos encarnados e desencarnados, através de uma luta incessante contra as aberrações viciosas e dependência química, tão comum entre jovens ainda indecisos, rebeldes e vacilantes na fé.
Henri B. F. Barreto
 Fonte: Revista Internacional de Espiritismo (maio 2009)

Vícios x Virtudes : em qual se concentrar?

Vícios x Virtudes : em qual se concentrar?


Muitos são os vícios que acometem o espírito e se manifestam durante a encarnação.

Os vícios que vamos falar são baseados nos conhecidos sete pecados capitais sob a ótica da Doutrina Espírita.

Cada vício está ligado às vicissitudes do corpo e do espírito e para cada um existe uma virtude de elevação espiritual.

Podemos dizer que três estão mais ligados ao espírito (soberba, ira, inveja) e quatro ao corpo (luxúria, gula, avareza e preguiça), apesar disso todos são desvios comportamentais.

Chamam-se capitais porque a cabeça (mente) é a fonte de todos os pecados.

Os pecados capitais são uma classificação dos vícios humanos mais óbvios e que estão em desacordo com as leis divinas, principalmente a de amor.

Ao amor, que é o sentimento mais puro e nobre da natureza humana.

E a Deus, que é fonte inesgotável de graças e bênçãos.

1º vício: Soberba
também chamado vaidade, orgulho ou arrogância

Ambição desmedida por poder, fortuna e honrarias.

Manifestação arrogante de um orgulho ilegítimo.

Autoestima excessiva, autossuficiência, sentimento exacerbado de dignidade pessoal.

A pessoa soberba pensa que sabe tudo, que é superior aos demais, que está sempre certa e que tem sempre razão, é cheio de si e trata a todos com desprezo.

Humildade
(virtude em contrapartida à soberba)

Comportamento de total respeito ao próximo.

Virtude da pessoa que tem consciência e possui uma convicção de quem ela é, da sua capacidade, da sua força ou fraqueza e sua inferioridade.

Reconhece seus limites, mas não sofre por isso.

Se esforça e trabalha para ser melhor e procura seu aperfeiçoamento físico, moral e espiritual.

2º vício: Avareza
também chamado ganância

Cobiça dos bens materiais e culto ao dinheiro.

A avareza utiliza egos externos para alimentar o seu próprio ego.

Desejo desordenado dos bens deste mundo que existem para suprir as necessidades de cada pessoa.

Em vez de senhores das coisas, transformam-se em escravos delas.

A avareza é a síndrome de acumular, juntar, empilhar coisas.

Leva a fraudes, roubos, mesquinharia e ambição.

Generosidade
(virtude em contrapartida à Avareza)

É o despojamento quanto aos bens materiais, compartilhando-os com aqueles que necessitam.

Dar sem esperar receber (material ou espiritualmente), uma notabilidade de pensamentos ou ações.

Desprendimento, doação, solidariedade, altruísmo.

Grandeza em cultivar a capacidade de compartilhar com o próximo.

3º vício: Luxúria
também chamado sensualidade ou lascívia

A luxúria consiste basicamente na obsessão em deixar-se dominar pelos prazeres carnais, em satisfazer os próprios instintos sem refletir nas consequências de seus atos.

Com a corrupção de costumes, o indivíduo não se importa consigo mesmo nem com o sentimento de ninguém.

Castidade
(virtude em contrapartida à Luxúria)

A castidade representa uma virtude reguladora da natural inclinação para os prazeres sexuais com relação à moral.

Expressa a renúncia consciente e vigilante dos desejos do corpo, ou seja, priorização de fins mais elevados.

A castidade consiste no treino necessário para que o corpo seja sempre expressão e instrumento do amor generoso da alma.

4º vício: Ira
também chamado raiva, fúria, violência, vingança ou cólera

A ira é a perda do controle e do uso da racionalidade.

É uma explosão forte de um sentimento ruim, proveniente de uma contrariedade, de uma desilusão, de um acontecimento inesperado e ruim ou de uma culpa.

Todos estes sentimentos provocam a violência, seja contra o próximo a si mesmo, por isso denotam a ira.

Em um ataque de ira, pode-se cometer erros gravíssimos tamanho seu poder de estimular os ímpetos maléficos de uma pessoa.

Paciência
(virtude em contrapartida à Ira)

Serenidade, paz.

Harmonia interior para não perder a calma diante das adversidades.

Resistência às influências externas e moderação da própria vontade.

Consiste basicamente de tolerância a erros ou fatos indesejados.

É a capacidade de suportar incômodos e dificuldades de toda ordem, de qualquer hora ou em qualquer lugar.

5º vício: Gula

Busca de um prazer desordenado na comida, bebida, fumo, álcool, tranquilizantes, medicamentos, drogas ilícitas.

É forte no homem o instinto da alimentação, mesmo porque é uma questão de sobrevivência.

O comer e o beber exagerados, desequilibram a vida e prejudicam a própria saúde.

O uso de medicamentos e tranquilizantes sem prescrição médica ou além da quantidade prescrita também desequilibram a vida e a saúde.

Temperança
(virtude em contrapartida à Gula)

Autocontrole, moderação, equilíbrio.

Consiste em conservar o corpo, a paz interior, a saúde com uma alimentação balanceada livre de substâncias que envenenam o organismo.

Postura harmoniosa diante dos prazeres, controlando o apetite por comida e bebida.

6º vício: Inveja

Vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pela incompetência de alcançá-la ou por incapacidade e limitação física e/ou intelectual.

A inveja provoca o ódio, a calúnia e a difamação, o que pode causar grave ansiedade e dano à reputação do próximo.

Além disso, desperta o desejo de impedir que o outro possua o “objeto” da inveja, é portanto, manifestação do egoísmo.

Caridade
(virtude em contrapartida à Inveja)

É a virtude do amor ao próximo, da compaixão, amizade e simpatia.

É a bondade suprema para consigo mesmo, para com os outros, para com o Ser Infinito. Benevolência.

A Caridade enobrece o caráter e a alma, gera paz e beneficia os menos favorecidos.

7º vício: Preguiça
também chamado ociosidade ou acídia

A preguiça é caracterizada pela pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza.

Pode ser considerada de causa orgânica ou psíquica, que leva a pessoa à inatividade acentuada.

Aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico, frequentemente associado ao ócio, vadiagem.

Diligência
(virtude em contrapartida à Preguiça)

Diligência significa decisão, objetividade, zelo, cuidado, prontidão e atenção.

Consiste na adoção de procedimentos cuidadosos para a execução de uma atividade ou tarefa, com zelo, carinho, alegria e prontidão a fim de realizá-la da melhor forma possível.

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Qualquer vício está ligado de forma direta ou indireta a outros vícios que são o primeiro passo para a auto-obsessão, causa das doenças do corpo e dos conflitos do espírito para consigo mesmo e com as outras pessoas do seu círculo de convivência.

Ao invés de lutar contra um vício, é mais construtivo concentrar-se na virtude que lhe é oposta, trazendo maiores benefícios à saúde da alma, do corpo, passos importantes para a evolução do espírito rumo à felicidade verdadeira.

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Esta publicação foi baseada na apresentação "Pecados Capitais" de Gotas de Crystal com adaptações no texto conforme o entendimento da Doutrina Espírita.

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Abraços fraternos.

As virtudes - Slides FEB

http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2013/01/Mod-3-Rot-8-As-virtudes-segundo-o-Espiritismo.pdf

As virtudes e os vícios - LE

http://livrodosespiritos.wordpress.com/leis-morais/cap-12-perfeicao-moral/i-as-virtudes-e-os-vicios/

Vícios: instrumentos das trevas

 Vícios: instrumentos das trevas


“Nunca te permitas a assimilação do vício, na suposição de que dele te libertarás quando queiras, pois que se os viciados pudessem querer não estariam sob essa violenta dominação.” 1


Vício: “s.m. deformidade, imperfeição, defeito físico ou moral.” (Caldas Aulete). Já o Aurélio, o define também como “(...) inclinação para o mal (Nesta acepção, opõe-se a virtude)”.

Os vícios podem ser físicos ou morais. Entre os primeiros estão: fumar, beber, usar drogas, a gula, o jogo, o sexo. Entre os segundos, egoísmo, orgulho, vaidade, inveja, ciúme, avareza, ódio, personalismo, maledicência, intolerância, impaciência, negligência, ociosidade.

Muitos, tidos por virtudes, são tolerados e estimulados pela sociedade, tal o atraso moral em que nos encontramos. No livro “Cartas e Crônicas” (capítulo 18), o Espírito Irmão X, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, fala-nos da bebida como VENENO LIVRE. A cobra é perseguida por todos os meios, mas o álcool...2

Aos domingos e feriados, ou em certas horas da noite, não conseguimos adquirir leite ou medicamentos, por não encontrarmos padarias e farmácias abertas, mas um bar... sempre o achamos rapidamente.

Estes fatos corriqueiros dizem da miséria moral de nossa sociedade dita “civilizada”.

Outro exemplo gritante: para o carnaval há recursos imensos (até governamentais, das três esferas), enquanto que para habitações, escolas e hospitais escasseiam as verbas...

Muitos passam fome, por não encontrarem quem lhes dê trabalho ou alimentos. Mas, para que outros tantos saciem suas paixões pelos vícios, há sempre quem lhes favoreça a aquisição da bebida, do fumo, do tóxico. Para o mal, há conivente condescendência. E quem não aceita o trago, o cigarro, é malvisto e ironizado, como se anormais fossem os abstêmios, os que cultivam hábitos saudáveis, numa incrível inversão de valores.

O papel do materialismo nos vícios

Daí a superlotação nas penitenciárias, nos sanatórios, nos hospitais... Além da agressão ao próprio corpo, ensejam os acidentes no trabalho, no trânsito; as enfermidades crônicas; os maus exemplos; as humilhações e sofrimentos atrozes; a desonra; o embrutecimento; as privações próprias e de familiares; a desestruturação dos lares; o abandono do lar, dos filhos; a perda do emprego, se empregado; a dificuldade em obter outro trabalho; as sequelas para os descendentes (sobretudo no caso das mães); o elevado custo para a sociedade; os roubos e os assassinatos...

É um rosário interminável de angústias. Sem falar no crime organizado, nas quadrilhas que se entredevoram e nos negócios escusos que movimentam bilhões pelo mundo afora, pois o mal é universal e o homem é o mesmo em toda a parte.

A dolorosa enumeração contém razões suficientes para que se eduque o homem, para libertá-lo de todos os vícios que o escravizam à dor, à penúria material e moral. E ninguém o fará por nós. É tarefa da sociedade como um todo. Mas aos pais e aos educadores cabe a parcela maior, pois a eles compete moldar-lhes o caráter.

O materialismo favorece a disseminação dos vícios, quer pela ignorância das responsabilidades pessoais e coletivas que geram, quer pelo atraso moral das criaturas. As consequências daí advindas recaem sobre a sociedade como um todo, por muitas gerações, cobrando elevados custos, sejam financeiros, sejam de dores morais inenarráveis, não só para as vítimas, mas para familiares e amigos.

Muitos deles levam à prisão, à sarjeta, à morte prematura, à perda da dignidade, às tragédias. Mas todos, sem exceção, conduzem suas vítimas à infelicidade, à doença, ao sofrimento, à angústia, à amargura. E, quase sempre, aos familiares, eis que alguns seguem os maus exemplos observados. Há, no caso, um processo de deseducação, ainda que inconsciente. O egoísmo de quem busca saciar suas paixões não o deixa perceber os danos que causa aos circunstantes.

Quando o exemplo vem dos pais

Há pais que dão bebidas aos filhos, muitos deles alcoólatras em outras vidas e que retornaram ao campo físico em busca de regeneração... e são empurrados para a queda, ainda na infância, e, o que é mais grave, pelas mãos daqueles que se propuseram recebê-los no lar, para reeducá-los. E há pais que os põem a acender cigarros, viciando-os pouco a pouco. Além do mau exemplo, o incentivo ao erro.

Os obsessores, que os querem perder, para mantê-los sob o domínio do mal, contam, nesses casos, com a colaboração de pais ignorantes ou invigilantes.

Os pais, nesses casos, assumem responsabilidades gravíssimas e pagarão imensa cota de dores por essas falhas clamorosas. Para outros, a escravização ao vício supera o amor aos próprios filhos: sabemos de pais que os privam de alimentos, para comprar o cigarro ou a aguardente. E há outros que vendem os alimentos que lhes são doados por instituições beneficentes, para obterem o recurso que lhes satisfaçam os desejos malsãos.

Soubemos de um caso em que os rebentos dormiam no chão úmido, porque a cama fora alienada, para saciar a torpeza dos pais. Quantos móveis ganhassem, quantos vendiam, para o mesmo fim. E as crianças, no chão molhado, sujeitas às enfermidades e ao ataque de vermes e de outros insetos.

Os Espíritos nos advertem e orientam em muitas obras, nas quais se narra o trabalho de socorro que desenvolvem em favor dos sofredores. Algumas passagens:

HEREDITARIEDADE:

“O dipsômano não adquire o hábito desregrado dos pais, mas sim, quase sempre, ele mesmo já se confiava ao vício do álcool, antes de renascer. E há beberrões desencarnados que se aderem àqueles que se fazem instrumentos deles próprios.”


RECUPERAÇÃO:

Na questão 909 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec propõe aos Espíritos: “Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? – Sim, e, frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!” (Grifamos).

E na questão 913: “(...) Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe egoísmo. Por mais que luteis contra eles, não chegareis a extirpá-los enquanto não os atacardes pela raiz, enquanto não lhes houverdes destruído a causa. Que todos os vossos esforços tendam para esse fim, porque nele se encontra a verdadeira chaga da sociedade.” 4

André Luiz informa-nos que “(...) o álcool (...) embriaga e aniquila os centros da vida física.” 5 E acrescenta que a Natureza esvaziará o cálice das ilusões das criaturas, pois há mil processos de reajuste para todos: a aflição, o desencanto, o cansaço, o tédio, o sofrimento, o cárcere e outros.

Quando não surtem efeitos, há “a prisão regeneradora”: “Há dolorosas reencarnações que significam tremenda luta expiatória para as almas necrosadas no vício. Temos, por exemplo, o mongolismo, a hidrocefalia, a paralisia, a cegueira, a epilepsia secundária, o idiotismo, o aleijão de nascença e muitos outros recursos, angustiosos embora, mas necessários, e que podem funcionar, em benefício da mente desequilibrada, desde o berço, em plena fase infantil. Na maioria das vezes, semelhantes processos de cura prodigalizam bons resultados pelas provações obrigatórias que oferecem (...)”

  VÍCIOS E OBSESSÃO: 

Desencarnados, escravos dos mais variados tóxicos, saciam seus desejos através dos encarnados, vampirizando-os, quando estes acham que estão a beber, a fumar, ou a usar drogas só para si. Fazem-no para multidões invisíveis aos nossos olhos: “Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes. Alguns sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar (...) Outras aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes.” 6 

FUGA:  

Falando de Espíritos desencarnados perturbadores que vampirizam as criaturas invigilantes que se entregam às mais extravagantes paixões e viciações, André Luiz registra o que diz o mentor Calderaro: “Quanto a estes infortunados, que fazer senão recomendá-los ao Divino Poder? Tentam igualmente a fuga impossível de si mesmos. Alucinados, apenas adiam o terrível minuto de autorreconhecimento, que chega sempre, quando menos esperam, através dos mil processos da dor, esgotados os recursos do amor divino, que o Supremo Pai nos oferece a todos. A mente deles também está apegada aos instintos primitivos, e, frágeis e hesitantes, receiam a responsabilidade do trabalho da regeneração.” 7

“Diante dos próprios conflitos, não tente beber ou dopar-se, buscando fugir da própria mente, porque de toda ausência indébita você voltará aos estragos ou necessidades que haja criado no mundo íntimo, a fim de saná-los.” 8 (Destacamos.) 

A oração e sua importância  

O consumo de drogas assume proporções gigantescas, nos dias atuais. O vício grassa tanto em países ricos quanto nos pobres; no meio das mais diversas camadas sociais. Parece não haver fronteiras para o mal, que mobiliza recursos vultosos, em todo o mundo. A insensatez e a ousadia de traficantes não têm limites. Diariamente jornais e noticiários da televisão focalizam suas ações e as da polícia. E a essa tragédia humana, veio somar-se a Aids. 

Só a conscientização, sobretudo dos jovens, pode libertá-los desse flagelo, mal aparentemente indomável.

A oração é outro meio eficaz, embora lento – na avaliação de nosso imediatismo – para a cura de todos os vícios. Não só beneficia as vítimas, como fortalece as famílias, seja concedendo-lhes paciência, seja inspirando-as nos caminhos a seguir, no dia-a-dia, para que se tornem arrimo dos caídos, a elas vinculados.

No livro “Vozes do Grande Além”, no capítulo intitulado Alcoólatra, um Espírito compara o alcoolismo a um incêndio devastador e dá seu depoimento das tragédias que vivenciou, dos sofrimentos que experimenta na própria recuperação, e fala das preces, recursos extraordinários que lhe permitiram despertar para a vida: 

“(...) até que mãos fraternas me trouxeram à bênção da oração (...) (...) pelos talentos da prece, aplacaram-me a sede, ofertando-me água pura (...)”. 

E diz ainda:

“(...) ofereço-vos o triste exemplo de meu caso particular para escarmento daqueles que começam de copinho a copinho, no aperitivo inocente, na hora de recreio ou na noite festiva, descendo desprevenidos para o desequilíbrio e para a morte (...)” 9 

O Evangelho no Lar é outro recurso valioso 

O estudo do Evangelho no Lar é recurso importante nessa campanha em favor da liberdade espiritual, pelos reconhecidos benefícios que dele resultam para Espíritos dos dois planos da vida. A ele se deve somar outras ações que objetivem recuperar os caídos.

A ação educativa e moralizadora que a Doutrina Espírita pode exercer sobre as famílias, máxime sobre a juventude, é instrumento libertador que está nas mãos do Movimento Espírita. E o Centro Espírita, como célula viva desse movimento, detém a parcela maior dessas responsabilidades. E a nós, que muito temos sido beneficiados por essa Doutrina de Amor, cabe-nos atitude vigilante de esclarecimento permanente à comunidade, sobretudo da mocidade, além de apoiar as famílias que já sofram os efeitos maléficos de todas as drogas.

Essa tragédia que ora envolve parcela elevada dos Espíritos vinculados à Terra é fruto da poluição invisível aos olhos desatentos, provocada por mentes enfermas de encarnados e desencarnados, a prender em seus horríveis tentáculos criaturas invigilantes, inconscientes dos efeitos perversos de suas ações, sobretudo do elevado preço a pagar, no longo caminho da volta ao reequilíbrio, que um dia, cedo ou tarde, a custo de muitas lágrimas, terão todos que percorrer. 

 

Referências bibliográficas:  

1. Repositório de Sabedoria, do livro Após a Tempestade, Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco, 57, 1ª ed. Livraria Espírita Alvorada, Salvador, 1980.

2. Cartas e Crônicas, Irmão X/Francisco C. Xavier, 7ª ed. FEB, Rio, 1988.

3. Entre a Terra e o Céu, André Luiz/Francisco C. Xavier, pág. 78, 6ª ed. FEB, Rio, 1978.

4. O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, 50ª ed. FEB, Rio, 1980;

5. Missionários da Luz, André Luiz/Francisco C. Xavier, pág. 102, 12 ed. FEB, Rio, 1979.

6. Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz/Francisco C. Xavier, págs. 139/40 e 138, 9ª ed., FEB, Rio, 1979.

7. No Mundo Maior, André Luiz/Francisco C. Xavier, pág. 195, 8ª ed. FEB, Rio, 1979.

8. Coragem, André Luiz/Francisco C. Xavier, pág. 52, 19ª ed. CEC, Uberaba, 1990.

9. Vozes do Grande Além, Diversos Espíritos/Francisco C.Xavier, pág. 125, 2ª ed. FEB, Rio, 1974


                 José Gebaldo de Sousa


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A questão dos vícios

A questão dos vícios

"Os espíritos inferiores não podem ajudar-te no mal, senão quando tu desejas o mal".
— O Livro dos Espíritos, Allan Kardec

Podemos entender por vício toda dependência química ou psíquica geradora de solicitudes insustentáveis capazes de levar o dependente a repetir, incessantemente, a ação temporariamente saciadora dessa aflição.

Podemos avaliar as causas originadoras do vício em função de dois ângulos distintos:

a partir do próprio indivíduo;
a partir do meio.

Analisando as causas de um vício a partir do próprio indivíduo

O vício, geralmente, decorre de uma ação repetitiva, nem sempre proporcionadora de prazer imediato mas que, ao longo do tempo, torna-se objeto de necessidade exarcebada, inconveniente e prejudicial ao indivíduo.

Podemos reconhecer como vícios, também, nossa incontenção às próprias imperfeições morais em situações de provocação. Assim, cede o corrupto à oferta do suborno, o rancoroso à possibilidade do revide e por aí vai.

Um vício pode ser visto como uma forma equivocada de compensar, superficialmente, algo que deveria estar sendo preenchido interiormente, no íntimo da pessoa.

Seja como for, as raízes dessas disfunções estão no passado, quer seja hereditariamente, quer seja espiritualmente, em decorrência de experiências infelizes, remanescentes de pregressas existências.

Analisando as causas de um vício a partir do meio

É sabido que o meio exerce forte influência sobre a necessidade gregária do ser humano, sobretudo quando jovem. A adolescência, período de auto-afirmação e conseqüente expectativa de aprovação ao grupo, favorece ao autoconsentimento de certos "testes" de aprovação tribal. "Para ser bem aceito na turma é necessário que eu também fume", ou ainda: "é necessário que o meu jeito seja igual ao jeito do pessoal".

A doutrina espírita adverte sobre uma outra influência oculta: a influência espiritual. Ou seja, o meio espiritual que respiramos pode contribuir para o surgimento de um determinado vício.

Allan Kardec enfatiza a influência exercida pelos espíritos sobre o nosso pensamento e as nossas ações. Esclarece ainda que os espíritos inferiores vêm ao nosso auxílio no mal, quando temos a vontade de o cometer.

Caminhos de libertação

A libertação de todo mal tem início a partir da decisão própria do drogadito em opor resistência à situação a que se encontra enleado.

É necessário esforço sincero e consciência clara ante as dificuldades para percorrer o longo caminho de volta. Arregimentar coragem para submeter-se ao processo de purificação físico-psíquico, desprendimento e humildade para receber o socorro necessário de familiares, amigos, grupos de apoio, profissionais qualificados (quando o caso atinge estados críticos)

A Doutrina Espírita, nesses casos, oferece possibilidades singulares, de eficiência incalculável, através de esclarecimentos consistentes sobre os mecanismos da lei cósmica e também através de consolações e alento libertador, aplicações de fluidoterapia, conscientização da eficácia da prece e da alteração da tônica das cogitações mentais.

O papel da família

A família cumpre papel de relevância, uma vez que os dois pratos da balança divina são compostos pela justiça e pela misericórdia do Criador.

Nesses casos, quase sempre aquele ente envolvido na problemática das drogas, causador de toda espécie de transtornos e prejuízos, é um espírito credor daquele grupo familiar específico. Alma retardatária, vem cobrar antigas sequelas morais sofridas em conivências pretéritas de delitos e viciações comuns entre os membros envolvidos.

O apoio incondicional, a resignação ativa, o ideal de espiritualização e libertação do grupo, a reavaliação dos atuais procedimentos espirituais da família e efetiva delineação espiritual são medidas fundamentais no transcorrer do processo libertador, uma vez que, nos perfeitos desígnios da Providência Divina, não existe mal que dure para sempre e que dele não se retire um bem e um sentido de elevação na trajetória sem limites do Espírito imortal.

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Os vícios e as paixões - Slides FEB

http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2013/01/Mod-3-Rot-2-Os-vicios-e-as-paixoes.pdf

Os vícios - Baldin

Os vícios

José Henrique Baldin

Normalmente os vícios são considerados pelas pessoas como motivos de prazer, alegria e desejo. Mas a realidade esconde sua real função. As propagandas de televisão associam ao hábito de beber e fumar, como uma aventura maravilhosa, com homens e mulheres bonitas se divertindo e sorrindo.

O cigarro possui 7000 produtos químicos, dentre eles alguns até radioativos. Fazem câncer de pulmão, pressão alta, derrame, infarto do miocárdio, entre outras. As bebidas alcoólicas não ficam atrás. Trazem cirrose hepática, problemas no fígado, pâncreas etc., além de outras formas indiretas como direção perigosa ao volante, desatenção no trabalho e no lar.

Você sabia que o cigarro e as bebidas alcoólicas são chamados de "drogas legais" pelo Governo? Sim, drogas, porque elas causam dependência, um vício do qual dificilmente nos libertaremos, pois causa uma verdadeira obsessão. Alguns dizem que tomam uma cerveja por dia nas refeições, mas se ficam um dia sem beber, ficam irritados e insatisfeitos. Isso não é um vício?

Se a ciência condena o seu uso, pelos fatos citados acima, porque razão estas drogas são consideradas "legais" pelo Governo? Porque elas trazem muito dinheiro aos cofres públicos por causa dos altos impostos taxados. Os governantes preferem fechar os olhos ao vício. Vamos raciocinar. Será que o dinheiro ganho pelos impostos destes produtos compensa em relação ao que o Governo gasta para manter os atendimentos médicos dos viciados?

Nós espíritas sérios que não fumamos e bebemos, somos chamados de "crentes", "fanáticos" e afirmam que uma cerveja num bate papo com os amigos descontrai e traz alegria e motivação e não fazem mal nenhum. Afirmam que Jesus disse: "Não é o que entra pela boca que faz mal, mas o que sai..". Jesus falava por parábolas e quem estuda a Bíblia sabe que o sentido das palavras de Jesus era bem outro. Ele falava do mal que causamos aos outros por causa da dureza de nossos corações.

No Movimento Espírita, muitos centros permitem que freqüentadores e trabalhadores fumem dentro das casas espíritas, os dirigentes alegam que é faltar com a caridade proibir as pessoas de fumar e que o Espiritismo não proíbe nada. Quanto a proibição é verdade, mas também não é faltar com a caridade para os não fumantes ficar ao lado com as pessoas fumantes? Há casas também que realizam eventos, como almoços beneficentes e que aproveitam e vendem bebidas alcoólicas. Mais uma incoerência sem tamanho.

A Doutrina Espírita nos ensina que a nossa razão deve estar sempre atenta para julgar o certo do errado, para melhorarmos moralmente. As bebidas alcoólicas fazem o inverso. Cada mililitro de álcool afeta o nosso sistema nervoso central e anestesia a nossa razão. E tem mais, se os Espíritos influenciam em nossos pensamentos mais do que supomos, tanto que as vezes são eles que nos dirigem, imagine se perdermos parcialmente ou totalmente a razão através do alcoolismo? Que atos podemos praticar para com o próximo?

Os vícios também são considerados como obsessão, pois a vontade do indivíduo se junta a vontade dos Espíritos desencarnados ainda ligados aos vícios materiais. É claro que eles não podem beber ou fumar diretamente, mas absorvem a energia dos viciados encarnados. Daí o motivo da dificuldade em se largar os vícios.

Os vícios também trazem o suicídio de forma "indireta". Temos que zelar pelo corpo físico que nos foi concedido por Deus para evoluirmos, e temos que aproveitá-lo ao máximo, pois sabe-se lá quando teremos outra chance de reencarnar. Restará nos lamentarmos no mundo espiritual a oportunidade perdida e esperar por uma nova oportunidade.

Procuremos pois nos libertar destes vícios o quanto é tempo.

E-mail: jhbaldin@convex.com.br
Texto publicado no site NovaVoz - Grupo Espírita Bezerra de Menezes
em 0904/99
São José do Rio Preto - SP