segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

3ª. AULA O FUMO



I - PEDAGOGIA SITUADA
Como caracterizam-se nossos tempos com relação ao vício do fumo?
Quais os apelos que a televisão oferece com relação ao fumo? Como caracterizam-se as propagandas de cigarro?
Qual a postura de nossa sociedade em relação ao fumo em lugares públicos? Está na moda fumar?
Nossa época não oferece arrimos seguros para o coração do homem. Vivemos em uma sociedade consumista, onde os valores reais são substituídos pela emoção, pelo prazer da moda, pela afirmação social. Em sua insatisfação interior o homem procura sentido para o que lhe parece confuso. Experimenta caminhos, mas nem sempre encontra; perde-se no vício, na não realização pessoal, na auto-afirmação social.
II - CAUSAS DO VíCIO DO FUMO
1. Fumar consiste em um hábito puramente imitativo; não tem qualquer justificação racional.
2. Na falta de respostas ao Eu, busca-se um prazer diferente para preencher o vazio interior.
3. Busca de auto-afirmação social, prestígio perante os homens.
4. Falta de segurança em si mesmo, e tantas outras causas.
III - POR QUE PARAR DE FUMAR?
A) PARA PREVENIR ENFERMIDADES
Sabemos que a cada oito fumantes, um sofre de câncer.
Cada cigarro encurta a vida em quatorze minutos.
( .. ) começo por demonstrar a necessidade de cuidar do corpo, que, segundo as alternativas de saúde e doença, influi sobre a alma de maneira muito importante, pois temos de considerá-la como prisioneira da carne. Para que esta prisioneira possa viver; movimentar-se, e até mesmo conceber a ilusão da liberdade, o corpo deve estar são, disposto e vigoroso. (ESE, Cap. XVII, item 11).
A1) O zelo e o respeito ao organismo, que nos legado é na presente existência, devem nos levar a compreender que não temos o direito de comprometê-lo com a carga de toxinas que o fumo acrescenta. Sob esse aspecto, a Doutrina Espírita considera o fumo como uma forma de suicídio indireto, assim como todo tipo de excesso que, indubitavelmente, acarreta conseqüências maléficas ao corpo físico e ao perispírito.
A2) O fumo não só registra impurezas no perispírito - que são visíveis aos médiuns videntes - como também amortece as vibrações mais delicadas, bloqueando-as, tornando o homem até certo ponto insensível aos envolvimentos espirituais de entidades amigas e protetoras.
A3) É importante ainda considerar que, dentro de um propósito transformista, que a vivência doutrinária nos evidencia, é indispensável àqueles que pretendem dedicar-se ao trabalho de Assistência Espiritual deve abandonar o fumo, pois que eles (os trabalhadores) são veículos de energias vitalizantes, transmitidas no serviço de passes.
A4) O fumante, além de tudo, alimenta o vício de entidades que a ele se apegam para usufruir das mesmas inalações inebriantes. Permanece por vezes sob domínio de entidades que se comprazem do mesmo mal.
Apesar de todos esses constrangimentos, importa-nos considerar que o vício não exclui a possibilidade de se possuir grandes virtudes. É assim que afirma O Livro dos Espíritos:
Quando o homem está mergulhado, de qualquer maneira, na atmosfera do VíCIO, o mal não se torna para ele um arrastamento quase irresistível?
- Arrastamento, sim, irresistível, não. Porque no meio dessa atmosfera de vícios encontra-se, as vezes, grandes virtudes.
São Espíritos que tiveram a força de resistir, e que, tiveram ao mesmo tempo, a missão de exercer uma boa influência sobre os seus semelhantes. (L.E, 645)
O fato de fumar não deslustra virtudes nem impede grande mérito nas realizações e conquistas. Por vezes, entre fumantes, encontramos Espíritos de grande elevação. Todavia, toda dependência impede ao homem a alegria maior de sentir-se um ser livre. Toda dependência de algo exterior a si impede-nos manifestar a qualidade infinita de nossas potencialidades.
B) SER LIVRE
Em verdade, em verdade, vos digo, todo o homem que se entrega ao pecado é seu escravo. (Jo., 8:34)
Por "pecado" entende-se aqui todo desvio da lei natural que traça os limites para o homem. "Pecar" é transgredir, agredir sua própria natureza. Ser escravo, efetivamente, consiste em viver dependente de algo exterior a si mesmo.
Como definir o limite em que as paixões deixam de ser boas ou más?
- As paixões são como um cavalo que é útil quando governado e perigoso quando governa ( .. ) (L.E, 908)
Quando dependo de algum impulso, ou se vivo subordinação a algo, sou algo distinto de mim mesmo. Sou diferente de mim mesmo, pois vivo do outro, dependo do outro, do cigarro, no caso. Por vezes achamos que o cigarro consiste em um remédio para nossa insegurança, ao passo que a verdadeira segurança consiste em não depender de nada que nos advenha do exterior. Ser escravo, portanto, é construir grilhões: os grilhões físicos, e os grilhões psicológicos. No primeiro caso a chave está nas mãos do carcereiro, porém, no segundo caso a chave está nas mãos do próprio prisioneiro. Busquemos, pois, romper essas cadeias interiores para que possamos aqui e agora superar nossas tendências seculares. Sejamos livres, para podermos gozar de plenitude da alegria espiritual. Que possamos ser livres ao vincular o sentido de nossa existência à alegria de dar de si, e não à dependência alienante de algo exterior a si.
IV - COMO PARAR DE FUMAR?
Há vários métodos que ensinam como parar de fumar, porém, todos partem de um pressuposto: A VONTADE.
O homem poderia sempre vencer as suas más tendências pelos seus próprios esforços?
- Sim, E as vezes com pouco Esforço," o que lhe falta é a vontade. Ah, como são poucos os que se esforçam! (L.E, 909)
Não existem paixões de tal maneira vivas e irresistíveis que a vontade seja impotente para as superar?
- Há muitas pessoas que dizem: "Eu quero!" mas a vontade está somente em seus lábios. Elas querem mas estão muito satisfeitas de que assim não seja. Quando o homem julga que não pode superar suas paixões é que seu Espirito nelas se compraz, como conseqüência de sua própria inferioridade (..) (L.E, 911)
A vontade pode ser forte, mas também pode ser fraca. Depende da determinação, no grau de força que imprimimos aos nossos pensamentos e nossas ações. Resistir aumenta a autoconfiança, fortalece nossas potencialidades. Auto-libertar-se, porém, é romper os obstáculos que impedem a manifestação, a expressão dos mananciais divinos em nós. A felicidade não se deixa agarrar a nada, ela é em si mesma.

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