segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Conhece-te a Ti Mesmo - Paulo Cesar Fernandes

No portal de uma nova era, o autoconhecimento é elemento premente no nosso quotidiano. Através dele poderemos encarar as dificuldades da vida com mais envergadura moral, e maior firmeza de convicções. Está muito claro para mim. Aquele que se conhece, sabe suas virtudes e defeitos; e mais ainda, compreende que assim como nós, todos são portadores de lados escuros e lados claros, esse chegará inevitavelmente a uma postura mais complacente ante as dificuldades apresentadas pelos demais. A intransigência, mal do século, que ganha corpo dia a dia nas lides espíritas, tende a desvanecer; na medida em que o homem, e fundamentalmente o homem identificado com os princípios espíritas, se volte no sentido do autoconhecimento. Que caminhos levam a esse conhecimento? A leitura dos livros espíritas tão somente? Nada disso. Toda e qualquer leitura que nos traga uma reflexão existencial, e nos mostre a vida como algo pleno de valores éticos a serem cultivados. A reflexão sobre a Ética, que alguns companheiros vem empreendendo, pode ser o começo de um empreendimento de grande monta a se espalhar vagarosa, mas firmemente num sentido novo, tanto pessoal, como social. As fábulas por exemplo, algo desconsiderado por algumas gerações, em sua linguagem figurada e simples, trazem ensinamentos e idéias adaptáveis a qualquer idade; idéias que se farão presentes na personalidade reencarnante, bem como no transcurso de toda uma existência. Úteis a todas as idades, desde que o espírito se predisponha ao aprendizado. E mais que isso, a rever e repensar atitudes. Assim, nomes como Esopo, LaFontaine, e outros podem ser presenças importantes na formação cultural e ética de qualquer geração. Linguagem difícil, podem afirmar alguns. Difícil aos que têm preguiça de sair da inércia e da letargia. Devemos lembrar que nenhum sábio se fez sábio de uma hora para outra e abrindo mão de horas de esforço no domínio dos conhecimentos novos que se lhes apresentavam. Assim, diante da civilização com a qual nos defrontamos; um grande desafio se nos apresenta: nos valer de tudo quanto a humanidade já conquistou nas diversas áreas do conhecimento, inclusive os da psique; e mergulharmos nos rumos do autoconhecimento. Essa atitude, deve ser crítica e ao mesmo tempo complacente. Crítica para descobrirmos as dificuldades que ainda temos, cada qual. Complacente para não nos acharmos piores do que somos, diminuindo nossa auto-estima. A partir disso surgirá, paulatinamente um novo “EU”. Nova ótica tomará conta de nós; a ótica de ver o mundo com bons olhos, não olhos inocentes, mas bons olhos. Compreendendo o mundo tal qual é; mas se preparando seriamente para o mundo que será.
NOTA : Textos recebidos do Grupo "A Era do Espírito". Para visitar o site do grupo na web, acesse: http://br.groups.yahoo.com/group/aeradoespirito

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