quarta-feira, 3 de julho de 2013

Neuroses

“O Ser real é constituído de corpo, mente e espírito. Dessa forma, uma abordagem psicológica para ser verdadeiramente eficaz deve ter uma visão holística do ser, tratando de seu corpo (físico e periespirítico), de sua mente (consciente, inconsciente e subconsciente) e de seu espírito imortal que traz consigo uma bagagem de experiências anteriores à presente existência e está caminhando para a perfeição Divina.” Joanna de Ângelis

Joanna de Angelis diz que a psicanálise pareceria haver detectado as causas dos transtornos neuróticos, mas que estas ainda constituem efeitos das existências pretéritas, onde estão as verdadeiras razões profundas que impelem o Espírito à reencarnação, produzindo as circunstâncias perinatais que se definirão durante o seu desenvolvimento existencial.

Desde o momento da concepção, o Espírito passa a imprimir nas moléculas do DNA suas necessidades e heranças, estimulando os existentes códigos genéticos a desenvolver os recursos propiciatórios à evolução, sejam de natureza orgânica, emocional ou psíquica.

As propostas de renovação moral, de ação dignificadora, dos propósitos elevados de amar, do esforço para remover os obstáculos morais negativos que se apresentam como ressentimento, desprezo, ódio, insatisfação constituem o mais ambicioso e legítimo processo de autoliberação.

A psicoterapia espírita remonta aos acontecimentos que precedem a atual existência, despertando as fixações encravadas no inconsciente atual, e passando a arquivar novos programas, cujos conteúdos emergirão à consciência oportunamente, liberando-a dos estados perturbadores.

Naturalmente, sofrendo as consequências dos atos insanos que lhe pesam na economia moral, o ser, agindo de forma edificante, alterando os hábitos mentais e tornando-os enobrecidos, granjeia méritos que anulam os compromissos prejudiciais, assim autoajudando-se e recuperando-se do interior para o exterior.


Segundo Carneiro de Campos, o neurótico é um espírito calceta, em inadiável processo purificador, reencarnado para compensar ou recambiado à reencarnação por necessidade premente de esquecer delitos e logo repará-los.

A sua psicosfera impõe, nos implementos orgânicos, distonias e desarmonias que se refletirão mais tarde em forma de alienação, como decorrência do seu estado inferior, como Espírito desajustado.

As constrições de ordem moral e econômica engendram as desarticulações neuróticas, porque conseguem limitar as aspirações do Espírito fraco, que não consegue sobrepor-se a essas conjunturas.

Há de se levar em conta, também, a presença de parasitose espiritual. Não se exteriorizam as síndromes da neurose de início senão quando ocorre a dominação obsessiva.

As técnicas da análise, a terapia medicamentosa conseguem, não raro, enquanto favorecem o equilíbrio por um lado, danificar os tecidos mais sutis da organização psicológica, produzindo distonias de outra natureza que se irão manifestar de forma desastrosa no futuro, caso esses processos não recebam a contribuição espiritualista relevante.

O neurótico é alguém rebelado contra si mesmo, insatisfeito no inconsciente e contra os outros revoltado.

Disciplinado, porém, pela moral cristã, adquire recursos para o autocontrole que irá funcionar no seu aparelho nervoso com auxílios que bloqueiam as reações do inconsciente, remanescentes das vidas passadas, impedindo que aquelas reações o arrojem no resvaladouro da neurose, pela desorganização das funções conscientes.

Respeito ao dever, culto ao trabalho, edificação pelo pensamento, exercício de ações nobilitantes produzem no homem salutar metodologia de vida que o impede de tombar, que o levanta da queda, que o sustenta na caminhada.

Conscientizar, responsabilizar, iluminar a mente humana, eis como apresentar-se eficiente método para estancar a avassaladora onda da neurose atual que, encontrando vazia de reservas morais a criatura humana, torna o homem servo do desequilíbrio dominador.

Retirado dos livros "Luzes do Alvorecer" e "Sementes de Vida Eterna", psicografados por Divaldo Franco

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