segunda-feira, 4 de junho de 2012

ESPÍRITOS FELIZES - "O Céu e o Inferno"



Uma das coisas mais difíceis para nós é entendermos o que significa a palavra felicidade na sua amplitude absoluta. Se observarmos em qualquer livraria ou se colocarmos o título “Felicidade” na rede de busca da internet haveremos de obter mais de 10.0000 de títulos.

O materialismo exacerbado com o qual convivemos diariamente faz com que muitas vezes duvidemos desta felicidade citada em tantos livros.

Mas nós, espíritas, sabemos que nosso planeta Terra é um mundo de provas e expiações em processo de transição para um mundo regenerado.


E quando falamos de mundos, no E.S.E. cap. III encontramos a explicação para a parábola de Jesus “Há muitas moradas na casa de meu pai” que nos esclarece a progressão dos mundos desde os Inferiores até os das esferas Superiores, que seriam os mundos felizes.

E é justamente a população de cada mundo/planeta que o faz mais o menos feliz. Entendemos, portanto para que a Terra melhore os homens, que nela habitam, precisam melhorar também.

O sábio Mahatma Gandhi com sua célebre frase “Que nos tornemos a mudança que buscamos no mundo” nos chama atenção e lança um “balde de água fria” para que acordemos quando nos pegamos reclamando disto ou daquilo sem estarmos fazendo nada para melhorarmos o meio em que vivemos. E quantos são os que vivem a reclamar de sua condição sem olhar o próximo, sem olhar para irmãos em situações menos favorecidas quando poderiam estar dando uma mão, um amparo... quiçá uma palavra de amor!

Mas nós somente olhamos o nosso próprio meio, o nosso próprio nariz... Se estou com problemas não ajudo a ninguém... E quando, neste planeta de provas e expiações, eu estarei isento de uma ou outra dificuldade se são os meus desafios que me fazem crescer como ‘ser’ quando supero de forma saudável e harmônica?

Parafraseando nosso Mestre Jesus “É preciso ter Olhos de ver, Ouvidos de escutar e boca para lançar perfume ao vento...”.

Há quantos séculos Jesus já pregava ser o Amor ao Próximo o grande alvará para mundos melhores e felizes?

“Há muitas moradas na casa de meu pai...”.

Que eu faça de minha atual morada a melhor possível!

Que eu plante flores em meio a espinhos...

Que eu não somente tire de meu caminho todas as pedras que conseguir como também ajude meu irmão em sua jornada...

Que eu pare de lamentar e me coloque a disposição de meu Deus e Criador que deseja que eu seja feliz e me dá inúmeras oportunidades para que eu vença.

Mas aonde eu coloco minha meta de “Ser Feliz”? Será que ainda não estou por demais apegada à matéria, meu egoísmo não me permite estender a mão?

Quando Kardec no cap. XV coloca a Parábola de Jesus “Fora da Caridade não há salvação” ele nos lembra as diversas formas de praticar o amor de Jesus... Palavras, gestos, doçura, afabilidade, coerência, justiça e todas as inúmeras virtudes que sabemos fazer parte de um homem de bem.

Felicidade Espiritual

Muito diferente do que entendemos como ser “Felicidade”, o espírito quando liberto da carne que o revestia quando encarnado experimentará sensações jamais conhecidas entre os homens da Terra.

Enquanto homens buscam na matéria a ilusão da efêmera felicidade amigos espirituais desencarnados nos apontam caminhos certeiros que recalcitramos em buscar.

E qual resultado senão dor e ranger de dentes... Quando o ideal cristão seria seguir os passos de nosso amado Rabi da Galiléia que tanto amou e é amado até nossos dias.

Por inúmeras passagens evangélicas Jesus nos alertaria quando o “Vigiai e orar” porque sabia previamente de nossas fraquezas próprias da carne!

Obtenção de Coisas Materiais

O Espiritismo nos educa no sentido de não estar errado desejarmos melhorar a nossa condição material...

...a cada qual segundo seu esforço e mérito!

Entretanto, no L.E. – Cap. IX Lei de Igualdade Allan Kardec recebe informações de que entre todas as provas que os homens haverão de enfrentar a Prova da Riqueza material é a mais difícil justamente porque os homens da Terra, ainda arraigados em suas funestas vontades, buscam satisfazer, de forma egoísta, todos os seus desejos.

Nós, como já temos um pouco mais de conhecimento, e estamos aqui dispostos a evoluir não podemos deixar os apelos materiais nos afastar das verdades espirituais!

Lembremo-nos, todos os dias, somos espíritos envoltos de uma roupagem densa e rude e somos diariamente submetidos a provas que nós próprios escolhemos passar a fim de evoluirmos como espíritos e quando mais resignados das dificuldades e complacentes formos com os nossos semelhantes mais facilmente conseguiremos atingir as cumeadas da felicidade.

Quando deixarmos estas vestes temporárias, estaremos seguindo para nossa verdadeira morada onde a riqueza material não tem a menor valia.

Os Livros da Codificação

No mês passado foi o mês do aniversário de A.K. o grande codificador desta doutrina e o reverenciamos com os estudos de todos os cinco livros da D.E. entre eles “O Céu e o Inferno”, objeto de nosso estudo.
Enquanto o L.E. nos apresentou a parte Filosófica, O L.M. a parte científica o E.S.E. a parte Moral de Jesus nos remetendo a uma idéia de religiosidade o Livro “O Céu e o Inferno” vem trazer inúmeras impressões de espíritos que desencarnaram e vem relatar a fim de nos educar e explicar o que nos aguarda no outro plano.

É um livro intenso, pois observamos que a Lei da Ação e Reação, que o Espiritismo tanto fala, toma forma evidente no pós morte.

E é justamente neste livro, através de manifestações mediúnicas, que espíritos de diversas classes evolutivas se comunicam nos abrindo a razão para o, até então, desconhecido.

Dentro os depoimentos que haveremos de estudar estaria o de um Médico Russo, o de uma Condessa e o de um espírito samaritano.


O Médico Russo

O senhor P era um médico de Moscou, com qualidades morais evidentes.

Diálogo:

- Estais aqui?

R. sim, no dia da minha morte, vos persegui com a minha presença, mas resististes a todas as minhas tentativas para vos fazer escrever. Ouvira as vossas palavras sobre mim; isso me levou a vos conhecer, e então tive o desejo de conversar convosco, para vos ser útil.

- Porque, vós que éreis tão bom, tanto sofrestes?

R. Foi uma bondade do Senhor que quis, por aí, me fazer sentir duplamente o preço da minha libertação, e fazer-me avançar o mais possível nesse mundo.

- O pensamento da morte vos foi causa de terror?

R. Não, eu tinha muita fé para isso.

- A separação foi dolorosa?

R. Não. O que chamais de último momento nada é; não senti senão um estalido muito curto, e logo depois me achei muito feliz por estar livre de meu corpo.

- O que aconteceu então?

R. Tive a felicidade de ver uma quantidade de amigos virem ao meu encontro e me desejar boas vindas, notadamente aqueles que tive a satisfação de ajudar.

(Lembramos aqui de nosso querido Bezerra de Menezes, que recebeu o título de “Médico dos pobres” que quando desencarnou fora recebido por uma multidão de espíritos que ele havia ajudado quando na Terra)

- Que região habitais? Estais num planeta?

R. Tudo o que não é um planeta, é o que chamais de espaço; é ali que estou. Mas quantos degraus nessa imensidade da qual o homem não se faz uma idéia! Quantos degraus nessa escada de Jacó, que vai da Terra ao céu.

(Quando citamos a parábola “Há muitas moradas na casa de meu pai” também estamos nos referindo as várias escalas evolutivas do “ser” que vai desde espíritos inferiores até os mais altos graus de superioridade... os chamados Espíritos Felizes)

- Em que consiste a vossa felicidade?

R. Isso é mais difícil de vos fazer compreender. A felicidade, da qual gozo, é um contentamento extremo de mim mesmo; (...) mas um contentamento afogado, por assim dizer, no amor de Deus.

(A sensação de plenitude e grandeza e a certeza de que evoluímos infinitamente após os sofrimentos terrenos faz com que o espírito sinta o éter do amor vibrando em seus fluídos)

A Condessa Paula

Jovem, bela, rica, desencarnou aos 36 anos. A sua beneficência era inesgotável, mas não punha à público. Ajudava aos pobres, socorria com a delicadeza que eleva o moral ao invés de abaixá-lo. Sua posição e as altas funções de seu marido a permitiriam abusar, mas , ao contrário, ela economizava cada vintém para ajudar ao próximo menos favorecido, era bondosa e delicada com os empregados e todos a amavam muito.

Um de seus familiares, após 12 anos de seu desencarne, abraçou o espiritismo e recebeu resposta a diversas perguntas que lhe foram dirigidas:

“Tendes razão, meu amigo, em pensar que sou feliz; eu o sou, com efeito, além de tudo o que se possa exprimir e, todavia, estou longe ainda do último grau. Entretanto, estou entre os felizes da Terra, porque não me lembro de ter provado a tristeza real, Juventude, saúde, fortuna, homenagens, eu tinha tudo o que constitui a felicidade entre vós; mas o que é essa felicidade perto daquela que se saboreia aqui? Tal maravilhosos é o mundo onde estou, meu amigo, e onde chegareis infalivelmente seguindo o caminho reto”

(O diálogo se estende bastante mas este trecho já nos ensina que para atingirmos mundos felizes, teremos de agir no bem e no amor... Outro ensinamento desta passagem é que tal Condessa recebeu uma das mais difíceis provas, segundo nos avisa amigos espirituais, pois nos remeteria às vontades funestas e materialistas...

Quando a condessa procurou dar o máximo possível de ajuda aos menos favorecidos... recebendo a recompensa no além túmulo)

Jean Reynaud
(Comunicação espontânea de um bom espírito)

- Quando vivo professavas o Espiritismo?

R. Entre professar e praticar há uma grande diferença, Muitas pessoas professam uma doutrina que não praticam; eu praticava e não professava.

(Vejam que maravilhosa esta declaração! Quantas vezes temos muitas dificuldades em realmente praticar as leis morais de Cristo? E mais ainda quantos são os que batem no peito, dizem-se sabedores das escrituras, mas quando no seu íntimo têm um vazio avassalador?)

Nos livros de André Luiz temos inúmeros ensinamentos quanto a pessoas que vivem uma falsa aparência que é evidenciada logo após o desencarne. Para Deus nada passa e quando retornarmos à Pátria espiritual nosso espírito é o que é...

No livro libertação há uma passagem durante um julgamento nas “Zonas enfermiças” quando o governador das Trevas “Gregório” aponta para uma senhora linda sobre o que fez enquanto esteve na terra... a mulher imediatamente se transforma em loba... Isto através das idéias mentais que nela habitavam...

Lembrando que quando estivermos no plano maior nós próprios, através de nossos bons pensamentos, seremos levados para situações mais harmônicas. Julgamento é individual e da consciência... Não existe um julgamento físico, em lugar circunscrito... Nós é que somos levados a caminhos mais ou menos tortuosos - de acordo com nosso padrão vibratório.

Quem teve oportunidade de ver o filme “Nosso Lar” ou mesmo que leu o livro conseguirá identificar muito bem isto que estamos comentando...

...André tem a permissão de visitar sua esposa, após 10 anos de seu desencarne, e quando chega e a vê com nosso companheiro – por instantes – é tomado por raiva e imediatamente é re-lançado ao umbral... Mas como André Luiz já havia aprendido algumas lições de amor, logo ele consegue inverter seus pensamentos ao bem e retorna para a residência material onde viveu tantos anos e acaba ajudando o marido da esposa a recuperar-se de uma séria doença fluidificando a água – Isto ele aprendeu nas Câmeras de retificação.

No livro “Votei” o espírito Irmão Jaccob relata todas as suas impressões do além túmulo e ainda nos alerta quanto ás nossas ações. Ele fora considerado um grande militante do espiritismo e quando desencarnou tivera dificuldades de encontrar a luz... A Inveja, o ciúmes e a vaidade é bastante evidenciada em todo o livro nos abrindo os olhos a estas mazelas tão comuns e difíceis de nos serem extirpadas.

Ainda falando do Céu e o Inferno ressaltamos que Allan Kardec reafirma o caráter científico do Espiritismo e avalia como ciência de observação, a nova doutrina, enfrentando o problema das penas e recompensas futuras à luz da História.

Outros relatos prosseguem confirmando as respostas obtidas por Allan Kardec nas questões 149 a 165 do Livro dos Espíritos, que em síntese ensinam:

 O retorno ao mundo dos espíritos, pátria de origem ocorre no instante da morte;

 No chamado outro mundo, cada um conserva plenamente sua individualidade;

 Não é dolorosa a separação da alma e do corpo

 O tempo de duração do estado de perturbação, depende da elevação de cada um.

Em suma,

A morte não doe...

O que morre é o corpo

O espírito continua...

Com todas as suas qualidades que adquiriu na experiência terrena...

Será sempre o principal responsável por estar em uma condição melhor ou pior...

PORTANTO

Vamos ouvir com ouvidos de ouvir o que Jesus já nos deixou de legado e Amemos a todos sem distinção, com perdão, com compaixão, com verdade e pureza de coração...

...não deixe para amanhã o que pode começar hoje.

AME



Muito obrigada por sua atenção.

Paz e Luz a todos!

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