quinta-feira, 17 de julho de 2014

Mágoa


Se a mágoa lhe bate à porta, entorpecendo-lhe a cabeça ou paralisando-lhe os braços, fuja dessa intoxicação mental enquanto pode.
Se você está doente, atenda ao corpo enfermiço, na convicção de que
não é com lágrimas que você recupera um relógio defeituoso.
Se você errou, busque reconsiderar a própria falta, reajustando o caminho sem vaidade, reconhecendo que você não é o primeiro e nem será o último a encontrar-se numa conta desajustada que roga corrigenda.
Se você caiu em tentação, levante-se e prossiga adiante, na tarefa
que a vida lhe assinalou, na certeza de que ninguém resgata
dívida ao preço de queixa inútil.
Se amigos desertaram, pense na árvore que necessita de poda,
a fim de renovar a própria existência.
Se você possui na família um ninho de aflições, é forçoso anotar que
o benefício da educação pede a base da escola.
Se sofrer prejuízos materiais, recorde que, em muitas ocasiões,
a perda do anel é a defesa do braço.
Se alguém ofendeu a sua dignidade, olvide ressentimentos, ponderando que a criatura de bom senso, jamais enfeitaria a própria
apresentação com uma lata de lixo.
Se a impaciência marca seus gestos habituais, acalme-se, observando que os pequeninos desequilíbrios integram as grandes perturbações.
Seja qual for o seu problema, lembre-se de que toda mágoa é sombra destrutiva e de que sombra alguma consegue permanecer no coração
que se acolhe ao trabalho, procurando servir.

André Luiz
in: Ideal Espírita

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