quinta-feira, 30 de maio de 2013

Dai de graça o que de graça recebestes

Dai de graça o que de graça recebestes - 19/03/2011 - Edu Medeiros - Um Amigo do Bem

Será realmente possível vender ou mesmo cobrar monetariamente pelo uso de algo que nos foi dado de graça sem afetar a nossa moral, a nossa ética ou a nossa capacidade de praticar a caridade?
A resposta é NÃO e foi dada por Jesus Cristo, conforme consta no Novo Testamento - Mateus – Cap. X, versículo 8: “Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.”.
Por mais que possa parecer inadmissível, há pessoas que cobram ao praticarem a mediunidade, se bem que em muitos casos a cobrança existe pelo fato de se encomendar “um trabalho espiritual” visando o mal do próximo, fato que gerará graves consequências na “Lei Divina de Causas e Efeitos”, como também existem pessoas que cobram por uma simples cirurgia mediúnica, uma limpeza espiritual através da infusão de ervas ou banhos específicos, uma imposição de mãos (mais conhecido como passe mediúnico), uma fluidificação de água, uma comunicação com o mundo dos desencarnados ou ainda uma sessão de desobsessão que é equivalente a uma sessão de descarrego para os evangélicos ou um exorcismo para os católicos.
Como está escrito no capítulo XXVI do Evangelho Segundo o Espiritismo é preciso curar as doenças para dar gratuitamente alívio aos que sofrem, assim como é necessário dialogar com os espíritos endurecidos para ajudar gratuitamente a propagação da fé, pois Deus concede benefícios e atua com misericórdia sem custo financeiro, donde nenhuma criatura imperfeita está apta a colocar preço à sua Bondade, Justiça ou Clemência.
De que forma então é possível identificar um local em que há a prática da caridade através da mediunidade e que verdadeiramente esteja difundindo as palavras de Cristo? A resposta passa necessariamente pela NÃO COBRANÇA de quaisquer valores, ou seja, sempre que tivermos que pagar algum valor, mesmo que não seja moeda corrente (dinheiro), com certeza as pessoas que dirigem o local não estão aliadas com bons espíritos. Caso a gente procure um local desses, perceberá que um problema que parecia simples de resolver pode se transformar em uma tremenda perturbação espiritual, como por exemplo, o popularmente conhecido “encosto”, pois os espíritos levianos estão sempre prontos para responder a tudo que se lhes pergunte, sem se preocuparem com a verdade. A primeira condição para se assegurar a benevolência dos bons espíritos é a humildade, o devotamento, a abnegação, e o mais completo desinteresse moral e material.
A mediunidade é uma missão à qual, se for o caso, deve ser dedicado o tempo de que se possa dispor materialmente. Os espíritos levam em conta o devotamento e o sacrifício do médium.
A mediunidade não é a mesma coisa que a capacidade adquirida pelo estudo e trabalho, ou seja, é uma missão e “MISSÃO DADA É MISSÃO CUMPRIDA”, como dizem os militares, grupo do qual este colunista faz parte.
Não é uma arte, nem uma habilidade e, por isso, não pode tornar-se uma profissão: não existe senão com o consentimento dos espíritos; e se estes se ausentarem, não há mais mediunidade.
Não há um só médium no mundo que possa garantir a obtenção de um fenômeno espiritual no momento que ele quiser, ou seja, “o telefone só toca de lá para cá”.
Explorar a mediunidade é algo abominável, pois a mesma é divina, e deve ser praticada RELIGIOSAMENTE, especialmente a de CURA, onde o médium curador transmite o fluido salutar dos bons espíritos, não possuindo o direito de vendê-lo, pois aquele que não tem do que sobreviver deve procurar em outras fontes, menos na MEDIUNIDADE.
Edu Medeiros - Um Amigo do Bem, 19/03/2011.
Artigo publicado no Jornal JC Regional de Pirassununga/SP - Edição de 19/03/2011.

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