segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Educar


Educar

Benedito da Gama Monteiro

“Educar?... seria muito mais!... Seria, desenvolver a capacidade de se autoinformar, comparar, criticar, escolher, autocriticar e criar... Com bom senso e lógica, no sentido filosófico, sócio-antropológico e psicológico e não só simplesmente, aceitar informações limitadas!

Muitas vezes... Dirigidas aos interesses particulares, preconcebidos no sentido... De nos conduzir, como se fôssemos “Carneirinhos idiotas”.

Ou seja, a Educação deve visar um processo permanentemente contínuo dia a dia e por toda a vida.

... A Educação acompanha toda a vida.... “(Inspiração Espiritual)

· Emmanuel (Espírito) aconselha (1): “Educa e transformarás a irracionalidade em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude.”.

Como devemos educar um sentimento, um afeto, uma emoção que não pode ser cultivada? Divaldo Pereira Franco orienta (2): “Pelo exercício mental. Se a razão diz que esse sentimento é pernicioso ou, pelo menos, é perturbador ou inútil, aplicar a razão à emoção e canalizar as forças para os sentimentos superiores que defluem das emoções elevadas. Não há uma técnica específica, senão aquela que é resultado da disciplina.

Não se considerar que se tem o direito a viver as experiências perturbadoras somente porque hoje estão em moda. Tampouco pensar: como os outros se permitem uma vida irregular, por que não a própria pessoa?

A Doutrina (Espírita) nos ensina, que tudo quanto não edifica, perturba. Com essa visão racional, aplica-se o crivo da edificação dos desejos e dos hábitos a tudo quanto pode levar o ser a encarceramento na área das paixões dissolventes.

Primeiro, exercitando a mente e colocando-a nas emoções superiores, porque onde estejam as aspirações aí estará o sentimento. Nas palavras de Jesus:- Aonde esteja o sentimento, o desejo, aí estará o coração.

Depois, mediante exercício de consciência lúcida.”.

Em nosso livro (3) colocamos que “Nas múltiplas encarnações, o espírito vai acumulando uma bagagem de conhecimento e aprimoramento moral-intelectual, em função do tempo, dedicação e interesse utilizados no seu aprendizado, o que caracterizará o grau evolutivo alcançado, revelando inclinações boas ou más, vícios, defeitos, virtudes, etc. ...”. Daí a importância de se voltar as atenções para a infância porque como diz o adágio popular “O cipó se torce quando é novo” e o próprio Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, sobre a necessidade e utilidade do Espírito “nascer de novo”- como também recomendou Jesus, ensina (4):”A infância ainda tem outra utilidade. Os espíritos só entram na vida corporal para se aperfeiçoarem, para se melhorarem. A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir. Nessa fase é que se lhes pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores. Tal o dever que Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão que dar contas.”.

Artigo publicado em Manaus: no Jornal do Comércio, edição de 19.05.99, Quarta-feira, Pág.B8 – Geral; e no Jornal Luzeiro, nº 002, de Maio de 1999.

Bibliografia:

Xavier, Francisco Cândido, “Pérolas do Além”, Pág. 14, 3ª Edição, Editora FEB, 1972;
Franco, Divaldo Pereira, “Palavras de luz”, Pág. 109/110, 1ª Edição, Editora Federação Espírita do Estado da Bahia, 1993;
Monteiro, Benedito da Gama, “Elucidações Doutrinárias”, Pág.10, 1ª Edição, AB&C empreendimentos Ltda., 1998 ;
Kardec, Allan, “O Livro dos Espíritos”,. Pergunta 385, 74ª Edição, FEB, 1994.

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