terça-feira, 17 de julho de 2012

O REMORSO



O remorso é o primeiro passo para a reparação da falta. Se sentimos remorso é porque reconhecemos o nosso erro, nosso mau procedimento com relação a um semelhante.

Logo, o remorso exige uma complementação: uma ação em sentido contrário àquela que nos levou a senti-lo, a fim de nos liberarmos desse sentimento de culpa.

Acontece, todavia, que muita gente ainda acha que o simples fato de sentir remorso já a libera de reparar a falta.

Ou, como certas pessoas que confessam seus erros (isto é, reconhecem que são erros) mas continuam cometendo as mesmas faltas.

Na realidade, neste caso não houve remorso, isto é, o indivíduo confessou apenas por uma questão de convencionalismo social mas não chegou a sentir a extensão do mal praticado.

Todo mal exige reparação.

Apenas para ilustrar, vamos supor que um pintor de paredes estivesse tranqüilamente no alto da escada, pintando o beiral de um sobrado.

Um indivíduo passa pela calçada e resolve derrubar a escada do pintor. Este, rapidamente, agarra-se a uma viga do beiral para não cair ao solo.

O indivíduo que lhe tirou ""escada anda uns vinte metros; volta-se para trás e, vendo o pintor dependurado, arrepende-se do ato que cometeu.

De nada valerá o arrependimento se não voltar atrás e recolocar a escada novamente sob os pés do pintor.

Na vida real, quantas vezes "tiramos a escada de sob os pés dos nossos semelhantes".

Existe até a expressão "puxar o tapete de fulano", para ilustrar certos comportamentos onde prejudicamos nosso próximo.

Ora, não basta nos dirigirmos a Deus dizendo-nos amargamente arrependidos por tais procedimentos; é preciso reparar o mal cometido.

É preciso repor a escada embaixo dos pés daqueles a quem tentamos derrubar.

Só assim nos quitamos com a nossa própria consciência e conseguiremos leveza espiritual suficiente para nos elevarmos.

O remorso é um peso para a alma, que nos prende a planos inferiores. Devemos aproveitá-lo de forma positiva, reparando a falta que o provocou.

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