Culpa e Consciência
"A culpa surge como forma de catarse necessária
para a libertação de conflitos. Encontra-se
insculpida nos alicerces do espírito
e manifesta-se em expressão consciente ou
através de complexos mecanismos de auto-
punição inconsciente.
Suas raízes podem estar fixadas no pretérito -
erros e crimes ocultos que não foram justiçados
- ou em passado próximo, nas ações da
extravagância e da delinquência.
Geradora de graves distúrbios, a culpa deve ser
liberada a fim de que os seus danos
desapareçam.
A existência terrena é toda uma oportunidade
para enriquecimento contínuo. Cada instante é
ensejo de nova ação propiciadora de
crescimento, de conhecimento, de conquista.
Saber utilizá-lo é desafio para a criatura que
anela pela evolução espiritual.
Águas passadas não movem moinhos - afirma o
brocardo popular, com sabedoria -.
As lembranças negativas entorpecem o
entusiasmo para as ações edificantes, únicas
portadoras de esperança para a liberação da
culpa.
Desse modo, quem se detém nas sombrias
paisagens da culpa ainda não descobriu a
consciência da própria responsabilidade perante
a vida, negando-se à benção da libertação.
Sai da forma do arrependimento e age de
maneira correta, edificante.
Reabilita-te do erro através de ações novas que
representam o teu atual estado de alma.
A soma das tuas ações positivas quitará o débito
moral que contraíste perante a Divina
Consciência, porquanto o importante não é a
quem se faz o bem ou o mal, e sim, a ação em si
mesma em relação à harmonia universal.
A culpa deve ser superada mediante ações
positivas, reabilitadoras, que resultarão dos
pensamentos íntimos enobrecedores."
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos de Meditação
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