“Se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão.
(…)
A ansiedade tentará violentar corações generosos, porque as estradas terrenas desdobram muitos ângulos obscuros e problemas de solução difícil; entretanto, não nos esqueçamos da receita de Pedro.
Lança as inquietudes sobre as tuas esperanças em Nosso Pai Celestial, porque o Divino Amor cogita do bem-estar de todos nós.
Justo é desejar, firmemente, a vitória da luz, buscar a paz com perseverança, disciplinar-se para a união com os planos superiores, insistir por sintonizar-se com as esferas mais altas. Não olvides, porém, que a ansiedade precede sempre a ação de cair”.
Emmanuel
Segundo o Minidicionário Sacconi de Língua Portuguesa, ansiedade significa “inquietação ou dor do espírito causada por impaciência ou incerteza; agonia, aflição” (grifo nosso). A ansiedade, tema sobre o qual conversaremos brevemente hoje, é um estado mental tão pernicioso que imediatamente repercute sobre o corpo, acarretando uma série de sintomas físicos.
Ao sermos acometidos por crises de ansiedade, devemos indagar qual a sua origem. Normalmente advêm de incertezas quanto ao futuro, geradas algum ato que praticamos no passado, fazendo-nos carregar um fardo, mais ou menos pesado, de remorso e culpa. Quando for esse o caso, lembremo-nos da valiosa lição de Maria Dolores (trecho de mensagem psicografada por Chico Xavier):
“Da própria queda no erro,
Levanta-te e segue à frente,
Servindo incessantemente,
Tudo podes refazer;
Não te detenhas na angústia,
Ante o mal, prossegue e olvida,
As próprias nódoas da vida
A vida pede esquecer.”
E da lição de luz de Joanna de Ângelis (em obra psicografada por Divaldo Franco):
“Há determinadas provações que são inevitáveis, por procederem de desmandos de outras existências. Podem, entretanto, através de construções mentais e humanas edificantes, ser alteradas, atenuadas e até liberadas, pois que atos saudáveis granjeiam mérito para superar aqueles que são danosos.”
Podemos depreender desses ensinamentos que a saída para o tormentoso estado de ansiedade é o trabalho. Se a crise advém de remorso e culpa, trabalhemos no bem para que possamos reparar o mal que tenhamos feito. Se o caso for de dúvidas quanto a questões sobre as quais nada podemos fazer, recordemos o que nos diz André Luiz (em obra psicografada por Chico Xavier):
“Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a vida resolva o seu problema, ainda hoje, sem qualquer esforço de sua parte.
(…)
Antes das suas dificuldades de agora, você já faceou inúmeras outras e já se livrou de todas elas, com o auxílio invisível de Deus.”
amanha-sera-um-novo-diaAssim, podemos verificar que a fórmula simples, fé + trabalho, é altamente eficaz para o alívio de nossas ansiedades. Manter mente e mãos ocupadas e crer na misericórdia e no perdão do Altíssimo constituem remédios ao alcance de todos, e nos permitem seguir em frente com saúde, mesmo em tempos de crise.
É importante (e urgente, dada a situação do mundo nos dias atuais) que reflitamos sobre a inquietação e, assim que a constatarmos em nossa paisagem mental, trabalhemos para eliminá-la o mais breve possível, antes que se torne um estado patológico, quando somente poderá ser tratada com o auxílio de profissionais de saúde
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