NÃO SEPAREIS O QUE DEUS JUNTOU
Indissolubilidade do casamento
Procuramos trazer a
posição de espíritos superiores e grandes pensadores espíritas, mais do que
nossa própria opinião a respeito de um tema que nos toca tão de perto. Assim:
Livro dos
Espíritos, questão 695:
Será
contrário à Lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois
seres? É
um progresso na marcha da Humanidade.
Casamento - de ordem
divina é a união dos sexos > reprodução;
Imutável só o que vem de
Deus. Condições que regulam a união > são humanas >> variam segundo os
costumes e as necessidades locais.
Emmanuel, no livro Vida e Sexo, em psicografia do Chico:
O casamento
implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra,
no campo da assistência mútua. Essa união reflete as Leis Divinas que permitem
seja dado um esposo para uma esposa, um companheiro para uma companheira, na
criação e desenvolvimento dos valores para a vida.
Dolorosa, sem
dúvida, a união considerada menos feliz. Claro que não existe obrigatoriedade
para que alguém suporte, a contragosto, a truculência ou o peso de alguém,
ponderando-se que todo espírito é livre no pensamento para definir-se, quanto
às próprias resoluções. Que haja, porém, equilíbrio
suficiente nos casais jungidos pelo compromisso afetivo, para que não percam a oportunidade de
construir a verdadeira libertação.
Nas ligações terrenas – alegrias
e provações. Recebemos, quase sempre, no companheiro(a)
da vida íntima, os reflexos de nós próprios. Podem surgir colheitas de momentos
anteriores a perturbar a relação.
Benedita Fernandes, através do Divaldo, escreve em SOS Familia:
O lar
estruturado no amor e no respeito aos direitos de seus membros é a mola
propulsionadora do progresso geral e da felicidade de cada um, como de todos em
conjunto. Para esse desiderato são fixados compromissos de união antes do
berço, estabelecendo-se diretrizes para a família, cujos membros se voltam a
reunir com finalidades especificas de recuperação espiritual e de renascimento
intelecto-moral, no rumo da perfeição relativa que todos alcançarão. Esta é a finalidade primeira da
reencarnação.
Joanna de Angelis, também em SOS Família escreve:
Há sinais de
alarme que podem informar a situação de dificuldade numa união conjugal:
- silêncios injustificáveis
quando os esposos estão juntos;
- tédio inexplicável ante a
presença do companheiro ou companheira;
- ira disfarçada quando o
consorte ou a consorte emite uma opinião;
- saturação dos temas
habituais, versados em casa, fugindo para intermináveis leituras de jornais ou
inacabáveis novelas de televisão;
- irritabilidade contumaz
sempre que se avizinha do lar;
- desinteresse pelos
problemas do outro;
- falta de intercâmbio de
opiniões; atritos contínuos que ateiam fagulhas de irascibilidade, capazes de
provocar incêndios em forma de agressão desta ou daquela maneira ...
1 - O que seria, verdadeiramente, o casamento, segundo a Doutrina
Espírita?
União
2 pessoas = parceria > reencontram > se auxiliarem mutuamente >
progredir.
Deve
e precisa ser baseado no amor, respeito, afinidade, amizade, compromisso, carinho
mútuo, concentração do casal para a formação do lar, educação, tolerância,
compreensão, pequenos gestos diários de amor > levar uma vida conjunta.
Compromisso
de crescimento na espiritualidade (espiritual, moral e intelectual) amparando um
ao outro.
2 - Quais os requisitos necessários para que uma relação se
configure efetivamente como um casamento?
Compromisso
mútuo, envolvimento, objetivos afins de vida.
Respeitar,
não só na fidelidade, mas sim os ideais que ambos tenham para o crescimento
individual.
3 - Quais as responsabilidades que um casamento implica aos
cônjuges, tanto material, quanto moral e espiritualmente?
Equilíbrio
– físico, moral, espiritual > mais tranqüilidade nas provações
Fé
e equilíbrio espiritual > Vencemos problemas materiais, concertamos erros >
Resultado do esquecimento da moral de Jesus.
4 - Qual a finalidade do casamento?
Além
da "união dos sexos para operar a renovação dos seres que morrem", é
um crescimento a dois, reajustando os erros do passado.
EM
TODAS AS RELAÇÕES EXISTEM ERROS DO PASSADO A CORRIGIR?
Segundo
Martins Peralva, no livro Estudando a Mediunidade, os casamentos se classificam
em:
·
Acidentais: encontro de almas menos elevadas espiritualmente, por efeito
de atração momentânea, sem qualquer ascendente espiritual; pessoas se vêem, se
conhecem, se aproximam > livre arbítrio; VOCÊ É RESPONSÁVEL PELAS PESSOAS
QUE CATIVA.
·
Provacionais: reencontro de almas, para reajuste necessários à evolução de
ambos; a maioria dos casamentos obedece a esta classificação. A compreensão
evangélica, a boa vontade, a tolerância e a humildade são virtudes que
funcionam como amortecedores.
·
Sacrificiais: reencontro de alma iluminada com alma inferiorizada, com o
objetivo de redimi-la; pode ser o homem ou a mulher o sacrificado.
·
Afins: reencontro de corações amigos, para consolidação de afetos.
·
Transcendentes: almas engrandecidas no Bem e que se buscam para realizações
imortais.
O casamento tem reunido os mais variados tipos evolutivos,
demonstrando que a união na Terra, funciona como meio de consolidação de laços
de pura afinidade espiritual e, em sua maioria, como instrumento de reajuste.
PREFIRO
PENSAR COMO OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO.
Joanna de Angelis, ainda fala em SOS Família:
É natural que
ocorram desacertos. Ao invés, porém, de separação, reajustamento. A questão não é de uma nova busca, mas de
um redescobrimento do que já possui.
Antes da decisão precipitada, ceder cada
um no que lhe concerne, em benefício dos dois. Se o companheiro se desloca,
lentamente da família, refaça a esposa o lar, tentando nova fórmula de
reconquista e tranqüilidade; se a companheira se afasta, afetuosamente, pela
irritação ou pelo ciúmes, tolere o esposo, conferindo-lhe confiança e renovação
de idéias
Richard Simonetti no livro Pisando na bola:
1- Como ser feliz no casamento?
Sendo feliz antes dele. A felicidade é
uma realização pessoal.
Richard Simonetti ainda falando sobre casamento:
1-
Todo Espírito que reencarna obedece a um planejamento espiritual?
Genericamente, sim. Reencarnação
> programa de Deus para nossa evolução; Carne > escoadouro de impurezas
espirituais; Por que estamos aqui? > Aprimorar virtudes.
2-
As particularidades da existência humana profissão, casamento, duração, prole,
posição social são programadas?
Sim, geralmente de forma sumária. Planejamento implica em
compromisso, algo que somente Espíritos amadurecidos têm condições para assumir
e cumprir.
3-
Isso significa que podemos, por exemplo, ter casamentos não programados?
Acidentais > Ocorrem com freqüência > obedecem exclusivamente
à atração sexual ou ao interesse pecuniário > somos responsáveis pelas
mudanças de planos e pelas conseqüências que delas houver.
4-
Lares tumultuados, onde há muitas brigas e desentendimentos, são fruto de
uniões fortuitas ou resultam do reencontro planejado de inimigos do passado?
São fruto da falta de educação. Em qualquer situação, Espíritos
educados respeitam-se, conservando o equilíbrio e a serenidade.
5-
Casamentos não programados antes da reencarnação estão destinados ao fracasso?
Fracassam quando cônjuges não cumprem os deveres inerentes à vida
em comum.
6-
Então, mesmo os casamentos sem ascendentes espirituais podem dar certo?
Evidentemente. Senão, jamais teria êxito um segundo ou terceiro casamento
> normalmente ninguém reencarna com programação para mais de uma união.
7-
Não seriam os múltiplos casamentos tentativas que o indivíduo faz, à procura do
par ideal?
Semelhantes experiências exprimem falta de juízo. Casamento não é
sapato que experimentamos até encontrar um que se ajuste ao formato de nosso
pé. Segundo Jesus, o fracasso do casamento ocorre pela dureza de nossos
corações.
No Evangelho segundo o espiritismo, vemos:
1- Será então supérflua a lei civil e
dever-se-á volver aos casamentos segundo a Natureza?
Não. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das
famílias, de acordo com as exigências da civilização.
No livro Reencarnação: Tudo o que
você precisa Saber
2
– Eventual segundo casamento ou subseqüentes também obedecem a um planejamento?
Quando parceiros se separam de forma irreversível (conflitos
insuperáveis), é justo recompor sua vida
afetiva. Se há seriedade na intenção
os mentores espirituais podem ajudá-los nesse propósito, orientando nova união.
3
– Se ocorre uma seqüência de desacertos haverá sempre novos planejamentos?
Os mentores procuram ajudar-nos, mas não cooperam com desatinos. Sucessão
de uniões indica incapacidade de assumir compromissos. Nestes casos, se afastam
para aprendermos com os próprios erros.
4
– O ideal, portanto, seria "suportar" o cônjuge para merecer o apoio
da espiritualidade?
Grande equívoco. As pessoas "suportam" o cônjuge por amor
aos filhos ou respeito à religião, esquecendo-se de que estão juntos para se
harmonizarem, aprendendo a conviver fraternalmente.
Estória
da senhora que suportava o marido. Após muitos anos de casamento em que o
marido vivia aprontando, discutindo, bebendo, a senhora desencarnou. Na pátria
espiritual ao encontrar com o seu mentor ele lhe pergunta: Como foi a
encarnação? Você não via? diz ela. Ele estava sempre bebendo e eu tendo que
suportar as suas ressacas. Muitas vezes saia a noite e eu tinha que suportar a
sua infidelidade. Ele era áspero comigo e eu tinha que suportar o seu
mau-humor. O mentor ficou ouvindo suas lamentações. Quando ela parou o mentor
lhe fez uma pergunta: Minha irmã, Jesus nos disse amai-vos uns aos outros ou
suportai-vos uns aos outros? Amai-vos, disse ela. Pois é, como você não
aprendeu a amar, precisará de nova encarnação com o nosso irmão para aprender a
amá-lo. Se já tivesse feito isto ao invés de apenas suportá-lo por
conveniências, não precisaria voltar a esta prova.
O divórcio
O divórcio é lei humana
que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é
contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só
é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina na sua origem.
Joanna de Angelis, do livro SOS família, Divaldo P. Franco.
PERÍODOS
DIFÍCEIS OCORREM EM TODO E QUALQUER EMPREENDIMENTO HUMANO. Na dissolução dos
vínculos matrimoniais, o que padeça a prole, será considerado como
responsabilidade dos genitores, que se somassem esforços poderiam ter
contribuído com proficiência, através da renuncia pessoal, para a dita dos
filhos .
Se te encontra
na difícil conjuntura de uma decisão que implique em problema para os teu
filhos, pára e medita. Necessitam de ti, mas também do outro membro-base da
família. Não te precipites, através de soluções que ás vezes complicam as
situações. Dá tempo a que a outra parte desperte, concedendo-lhe ensejo para o reajustamento.
De tua parte permanece no posto. Não sejas tu quem tome a decisão. A humildade
e a perseverança no dever conseguem modificar comportamentos, reacendendo a
chama do entendimento e do amor, momentaneamente apagada. Não te apegues ao
outro, porém, até a consumação da desgraça. Se alguém não mais deseja, espontaneamente
seguir contigo, não te transformes em algema ou prisão.
Quando se
modifica uma circunstancia ou muda uma situação ,não infiras disso que a vida
,a felicidade se acabaram. Prossegue animado de que aquilo que hoje não tens
será fortuna amanhã em tua vida . Se estiveres a sós e não dispuseres de forças
,concede-te-te outra oportunidade que enobrecerás pelo amor e pela dedicação . Se
te encontrares ao lado de um cônjuge dificil ama-o assim mesmo,sem deserção,fazendo
dele a alma amiga com quem estás incurso pelo pretérito,para a construção de um
porvir ditoso que a ambos dará a paz ,facultando ,desse modo,a outros espiritos
que se revincularão pela carne,a ocasião excelente para a redenção.
No
Evangelho seg. o espiritismo, cap. XXII
Na união dos sexos, além da lei material, há outra lei divina,
imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis
Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da
alma, a fim de que a afeição mútua do casal fosse transmitida aos filhos e que
fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los
progredir. Se nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor não é tida
em consideração, a afeição destes dois seres pode ser rompida. O de que se
cogita, não é da satisfação do coração e sim dos interesses materiais. Quando
isto acontece, enquanto é conveniente, os interesse materiais estão
satisfeitos, diz-se que os esposos igualmente estão e muito felizes hão de ser.
Se a lei do amor não preside à união resulta, freqüentemente, que separa-se
por si mesmos os que à força se uniu. Quando Jesus disse: "Não
separeis o que Deus uniu", deve-se entender com referência à união segundo
a lei imutável de Deus e não segundo a lei mutável dos homens.
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