segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

B - FELICIDADE



178- A felicidade, sob certo sentido, é o oposto do sofrimento. É feliz quem não sofre, pois a felicidade é o estado de espírito daquele que está satisfeito com o que é e com o que tem. Tão simples quanto real.

179- Nota-se, então, a grande importância de aplacar o sofrimento, visto que ele é o redutor das possibilidades do ser humano ser feliz.

180- É bem verdade que a felicidade completa não é do mundo material, nem está ao fácil alcance proposto pelo desejo do homem.

181- Caminha o Espírito para a perfeição. Pode, ainda, passar por inúmeros estágios, muitas reencarnações, com venturas e desventuras, levando o tempo que for necessário, mas segue sua trilha nessa direção.

182- Ser e estar feliz é, portanto, uma capacidade que todo encarnado tem, mas que a maioria recusa exercitar ou desenvolver. Prefere ver-se mártir do destino e, de algum modo, julgar que não é feliz e só poderia ou poderá sê-lo no contexto materialista. Raros são aqueles que brindam o espírito com a alegria de viver, simplesmente porque estão tendo uma oportunidade de progresso, o que é o mais importante.

183- Fator fundamental para o ser humano pender para o lado da felicidade é cultivar o otimismo, um modo especial de encarar e enfrentar as contingências da vida material. Sê-lo é algo que também a maioria não visualizou ainda como um benefício; e muitos interpretam como comodismo ou tibieza.

184- Detalhe essencial à busca da felicidade é não condicioná-la aos atos de terceiros. Cada um age de um modo, conduzido por sua personalidade e por seu lastro espiritual de séculos, o que significa que as atitudes de um não devem servir de base absoluta à felicidade do outro.
185 - Logicamente, atos negativos de alguns podem causar dissabores em terceiros, mas tal situação não lhes deveria afetar a felicidade, visto que revezes fazem parte da vida e merecem ser assimilados como tais.
186 - Tudo não passa de vivência, demonstrando ao ser humano que estar no mundo físico é uma necessidade inafastável, precisando essa passagem ser bem aceita, sem a revolta contra o certo e indeclinável. Rejeitar as provas da existência corpórea, tornando-se infeliz, é o mesmo que se recusar a respirar, alegando ser prescindível fazê-lo.
Cairbar Schutel 

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