terça-feira, 2 de julho de 2013

Pedidos Inconscientes

Pedidos Inconscientes


Jesus nos assegurou: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á; porque aquele que pede, recebe; o que busca, encontra; e ao que bate, se abre” (Mt. 7:7-8).
O ser humano pede, busca e bate. E o Universo em sua plena e total realidade — visível e invisível; material e espiritual — lhe atende. Todavia, gravem bem este ponto: muitas pessoas recebem respostas a pedidos que não se lembram de haver feito. Mas se a resposta veio, é prova de que o pedido foi formulado: o fruto é da mesma natureza da semente.

Como se explica que a maioria das pessoas esteja recebendo limitações econômicas, enfermidades, tristezas, inarmonias, se oram pedindo prosperidade, saúde, alegria, concórdia?

Começa aqui uma importante meditação: as pessoas não vigiam os seus pensamentos e emoções. Continuamente geram e alimentam pensamentos e emoções negativas durante o dia: são sementes que inadvertidamente estão lançando ao Universo, suscitando-lhe respostas iguais, porque os semelhantes se atraem. É ação de causa e efeito ou, se quiserem, a lei de Newton: “Uma ação gera uma reação diretamente oposta e correspondente”.

É assim que a humanidade tem produzido os seus próprios males. O Universo é governado por leis. Mas o homem recebeu a mente para aprender essas leis e agir em conformidade com elas. Se teima em viver na ignorância delas, infelicita-se, mesmo que seja uma pessoa culta.

Disse o Mestre: “Os homens darão conta de toda palavra frívola que proferirem, porque, por suas palavras serão justificados e por suas palavras serão condenados” (Mt. 12:36,37).

A Lei é esta: Causa e Efeito. Se pensamos no mal, atraímos o mal; se nutrimos ódio atraímos o ódio. Mas se pensamos em harmonia, em saúde, em abundância e agradecemos antecipadamente, com sinceridade ao Deus amoroso e sábio que sempre nos provê o melhor, é isso o que recebemos!

Paremos de pedir, de buscar e de bater à porta dos males deste mundo. Sempre que nos descuidamos e pensamos neles e os tememos, eles vêm, porque os chamamos, porque acreditamos neles, porque os tememos! Sabemos que isto acontece porque desde crianças recebemos idéias equivocadas. Tornou-se mecânico. Mas agora, adultos, esclarecidos, devemos decididamente pôr termo a esse engano.

Nós não somos os pensamentos e as emoções. Por isso é que podemos e devemos transformá-los para melhor, a pouco e pouco. Ponhamos definitivamente de lado o pensar e sentir que somos azarados, feios, inferiores aos outros, enfermiços e fracos, etc.. Esses estados só nos podem prejudicar. Não servem absolutamente para nada de bom. Por que Mantê-los, então?

No Livro de Jó, lemos: “O que eu temia me veio; o que eu receava, me aconteceu”. Jó teve consciência disso. Mas a maioria não percebe o que pensa e teme e atrai. Por isso acusa circunstâncias, pessoas e até a Deus. As situações e pessoas aparentemente nos podem limitar e afligir, mas na realidade o que conta são as nossas reações a elas. Não podemos mudar a vida e as pessoas, mas podemos mudar o nosso modo de encarar e reagir a elas: de modo mais inteligente, equilibrado e compreensivo. Isso nos permitirá dominar a vida em vez de sermos dominados por ela. Ser-nos-á Mestra, em vez de verduga.

Ensina Jesus: “Assim como o homem pensa em seu coração, assim ele é”. E: “a boca fala do que está cheio o coração”. Isto quer dizer que exteriorizamos o que pensamos e sentimos. E se não for positivo, influirá negativamente em nossas atividades e relacionamentos. Aquilo que mantemos em nossos pensamentos e emoções, edificam o “lar psicológico” em que vivemos. Ora, não importa a vida que tivemos, os desafios por que passamos: esqueçamos tudo isso e procuremos, hoje, formar um templo de harmonia, de júbilo, de progresso e de saúde, com novos e melhores pensamentos e emoções!

O ser humano deve aprender a ser feliz, tomando cada vez mais consciência do que sente e pensa; deve aprender a ser sábio e amoroso, pensando segundo a verdade dos Mestres e amando como Eles amaram, dentro, é claro, da prudência e não-resistência que a vida aí fora nos exige.

Diz o Senhor pela boca de Isaías: “Assim como a chuva desce para regar a terra e fazê-la produzir pão ao que come, assim será a palavra que sair de minha boca: ela não me voltará vazia. Antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei”(Isaías 55:10-11). Devemos ter este propósito: de automaestria, de governo consciente do que falamos, para modelarmos emoções, palavras e atos que sejam para o nosso bem e o dos nossos semelhantes.

Então, em que devemos pensar? Como devemos pensar? Deixamos S. Paulo responder-nos, com beleza e simplicidade: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe os vossos pensamentos. E o Deus da paz será convosco”! (Filip. 4:8-9). v

Extraído do “Manual de Cura”, livreto de orientação aos participantes da Corrente de Oração UNIDADE.
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Por isso vos digo: Todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão. (Marcos, 11:24)

Seria ilógico concluir-se, desta máxima: “Aquilo que pedirdes pela prece vos será dado”, que basta pedir para obter é injusto acusar a Providência se ela não atender a todos os pedidos que lhe fazem, porque ela sabe melhor do que nós o que nos convém. Assim procede o pai prudente, que recusa ao filho o que lhe será prejudicial. O homem, geralmente, só vê o presente; mas, se o sofrimento é útil para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa o doente sofrer a operação que deve curá-lo.

O que Deus lhe concederá, se pedir com confiança, é a coragem, a paciência e a resignação. E o que ainda lhe concederá, são os meios de se livrar das dificuldades, com a ajuda das idéias que lhe serão sugeridas pelos Bons Espíritos, de maneira que lhe restará o mérito da ação. Deus assiste aos que se ajudam a si mesmos, segundo a máxima: “Ajuda-te que o céu te ajudará”, e não aos que tudo esperam do socorro alheio, sem usar as próprias faculdades. Mas, na maioria das vezes, preferimos ser socorridos por um milagre, sem nada fazermos.

Allan Kardec no livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” - cap. XXVII, item 5 e 7.
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Elevando o seu espírito magnânimo ao Pai Celestial e colocando o seu amor acima de todas as coisas, Jesus nos ensinou a orar:

—“Pai Nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.”

E, ponderando que a redenção da criatura nunca se poderá efetuar sem a misericórdia do Criador, considerada a imensa bagagem das imperfeições humanas, continuou:

—“Venha a nós o teu reino.”

Dando a entender que a vontade de Deus, amorosa e justa, deve cumprir-se em todas as circunstâncias, acrescentou:

—“Seja feita a tua vontade, assim na Terra como nos céus.”

Esclarecendo que todas as possibilidades de saúde, trabalho e experiência chegam invariavelmente, para os homens, da fonte sagrada da proteção divina, prosseguiu:

—“O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.”

Mostrando que as criaturas estão sempre sob a ação da lei de compensações e que cada uma precisa desvencilhar-se das penosas algemas obscuro pela exemplificação sublime do amor, acentuou:

—“Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.”

Conhecedor, porém, das fragilidades humanas, para estabelecer o princípio da luta eterna dos cristãos contra o mal, terminou a sua oração, dizendo com simplicidade:

—“Não nos deixes cair em tentação e livra-nos de todo o mal, porque teus são o reino, o poder e glória para sempre. Assim seja.”

Humberto de Campos in Boa Nova — Editora: FEB          

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