É muito natural que uma comunidade tenha suas regras, seus conceitos e sua marca própria. Através destes ingredientes de linguagem a comunicação se estabelece mais facilmente. É assim que nasce o padrão, ou seja, um modelo que diga algo sobre a essência de um grupo. Na comunidade espírita não é diferente. Temos uma identidade construída historicamente e pela qual são identificados seus seguidores. Em nosso caso, como a Doutrina Espírita é a nossa essência inspiradora, o foco básico de nossos padrões converge principalmente para referências de conduta. O jeito de vestir, o tipo de alimentação, o modo de falar, de agir, de pensar e de viver se tornam os alvos de nossos padrões. Dependendo deles, criamos modelos pelos quais somos aceitos ou não no grupo chamado movimento espírita.
Todavia, os modelos em quaisquer áreas do desenvolvimento humano estão passando por rápidas e acentuadas modificações e aperfeiçoamentos. Façamos uma comparação para o objetivo desse artigo. O que faz o nosso corpo quando é atacado por um vírus agressor? Ele se organiza com todas as suas defesas no intuito de se preparar diante daquele ataque. Depois, quando aquele agressor já não é tão forte, o organismo já lhe absorve com menos esforço. Estamos vendo surgir aceleradamente uma geração de espíritas fora do padrão nos últimos 20 anos. Médiuns fora do padrão, palestristas fora do padrão, linguagem fora do padrão, comportamento fora do padrão. Como se fossem um corpo estranho, o organismo espírita reage às suas características e peculiaridades. Mas assim como o corpo físico que terá ensejo de provar sua saúde diante do inesperado, a comunidade espírita está aprimorando sua resistência, sua autenticidade e sua capacidade moralizante para entender e se adaptar às mudanças que são inevitáveis.
Mais que nunca nossa comunidade passa por um testemunho de amor aos diferentes e suas diferenças. E o que está no cerne desse exame de atitude? Aferir se somos capazes de amar os que não pensam como nós. Eis um dos mais desafiadores ensinos de Jesus. Ele mesmo pronunciou, em Mateus, capítulo 5, versículos 45 e 46: “Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?”
Diante da incontrolável tendência da diversidade que renova os costumes e as ideias na sociedade, torna-se muito oportuno examinar nossos referenciais e igualmente nossas ações: Será que nossos padrões guardam fidelidade ao que propõe nossa Doutrina? Será que os modelos aceitos são coerentes com ponto capital do Espiritismo que diz respeito às conquistas interiores? Será que os padrões adotados pela comunidade estão legitimamente afinados com valores morais, a lei de amor e a paz na alma? Ou são apenas mais alguns códigos religiosos que nos incapacitam para a libertação da consciência como já aconteceu ao longo dos milênios? Que vale mais a pena: ser espírita de padrões ou ser espírita em harmonia com a Vida e com sua consciência? Será que o comportamento das gerações antecedentes vão atender às exigências das novas gerações?
Essas perguntas surgem porque temos observado uma valorização exacerbada a ideias, crenças e condutas adotadas em nossos ambientes doutrinários nem sempre essenciais em se tratando de paz e equilíbrio pessoal. Muitos adeptos do Espiritismo adotam tais posturas como verdades inquestionáveis e abdicam da mais sadia proposta da Doutrina que é a construção de uma fé como resultado de raciocínios lúcidos. Entretanto, uma larga parcela de espíritas clama por referências novas. As necessidades das gerações atuais suplicam respostas. Diante desse quadro social, como avaliar as inovações, as novidades, as formas diferentes de realizar o bem à luz do Espiritismo? Como escandalosamente fora dos padrões?
Os padrões em muitos casos são ancoras de segurança para não avançarmos a limites que ainda não somos capazes de suportar, todavia, quando nos agarramos demasiadamente a eles furtamos de nós próprios a aquisição de habilidades para singrar os mares da vida em busca de novas perspectivas de viver e se realizar, aprender e crescer. Quando apegamos a modelos em excesso, inevitavelmente adoecemos. E essa doença chama-se julgamento. A fixação prolongada em conceitos que paralisam e que se transformam em preconceitos, e esses se transformam em antifraternidade através de condutas que são incoerentes com aquilo que pregamos e acreditamos.
Quando estacionamos em paradigmas sem abertura para o progresso, atolamo-nos na zona de conforto que nos impedirá de perceber que, entre as ancoras de segurança e o mar alto da diversidade, existe um abismo de concepções e verdades que precisam ser conhecidas ou pelo menos aceitas. A ausência dessa coragem de avançar leva-nos a acreditar que tudo que saia dos limites de nossas boias seja profano, obsessivo e nocivo ao crescimento espiritual.
Chega o momento de fazermos algumas perguntas: os padrões que adotamos estão realmente nos ajudando a sermos pessoas melhores? Somos mais autênticos ao adotá-los? Eles estão servindo para promover uma vida mais feliz ou apenas para camuflar nossos conflitos angustiosos? Será que nossos padrões não estão nos alienando da nossa realidade moral?
Não guardo mais dúvida sobre a superficiliadade ou mesmo a toxidade de muitos desses padrões. Como seres humanos falíveis que somos, gestamos muitas referencias frágeis para consolidar a identidade espírita em nosso modo de pensar a vida e de vivê-la. E um dos subprodutos mais tóxicos desse quadro é exatamente a conduta enferma de exclusão dos diferentes.
Enquanto isso, ficam outras questões: e os espíritas fora do padrão, estão sintonizados com algo melhor para o futuro de nossa causa e de seu bem pessoal? Seus novos padrões serão benéficos à grande questão essencial da nossa paz?
E assim lá vamos nós, de mudança em mudança avançando cada vez mais. Em meio ao turbilhão de transformações sobra somente uma certeza que pacífica um pouco a minha alma: eu tenho uma consciência e só vou responder por ela. Isso é muito bom de pensar e sentir. E você o que pensa desse tema?
Todavia, os modelos em quaisquer áreas do desenvolvimento humano estão passando por rápidas e acentuadas modificações e aperfeiçoamentos. Façamos uma comparação para o objetivo desse artigo. O que faz o nosso corpo quando é atacado por um vírus agressor? Ele se organiza com todas as suas defesas no intuito de se preparar diante daquele ataque. Depois, quando aquele agressor já não é tão forte, o organismo já lhe absorve com menos esforço. Estamos vendo surgir aceleradamente uma geração de espíritas fora do padrão nos últimos 20 anos. Médiuns fora do padrão, palestristas fora do padrão, linguagem fora do padrão, comportamento fora do padrão. Como se fossem um corpo estranho, o organismo espírita reage às suas características e peculiaridades. Mas assim como o corpo físico que terá ensejo de provar sua saúde diante do inesperado, a comunidade espírita está aprimorando sua resistência, sua autenticidade e sua capacidade moralizante para entender e se adaptar às mudanças que são inevitáveis.
Mais que nunca nossa comunidade passa por um testemunho de amor aos diferentes e suas diferenças. E o que está no cerne desse exame de atitude? Aferir se somos capazes de amar os que não pensam como nós. Eis um dos mais desafiadores ensinos de Jesus. Ele mesmo pronunciou, em Mateus, capítulo 5, versículos 45 e 46: “Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?”
Diante da incontrolável tendência da diversidade que renova os costumes e as ideias na sociedade, torna-se muito oportuno examinar nossos referenciais e igualmente nossas ações: Será que nossos padrões guardam fidelidade ao que propõe nossa Doutrina? Será que os modelos aceitos são coerentes com ponto capital do Espiritismo que diz respeito às conquistas interiores? Será que os padrões adotados pela comunidade estão legitimamente afinados com valores morais, a lei de amor e a paz na alma? Ou são apenas mais alguns códigos religiosos que nos incapacitam para a libertação da consciência como já aconteceu ao longo dos milênios? Que vale mais a pena: ser espírita de padrões ou ser espírita em harmonia com a Vida e com sua consciência? Será que o comportamento das gerações antecedentes vão atender às exigências das novas gerações?
Essas perguntas surgem porque temos observado uma valorização exacerbada a ideias, crenças e condutas adotadas em nossos ambientes doutrinários nem sempre essenciais em se tratando de paz e equilíbrio pessoal. Muitos adeptos do Espiritismo adotam tais posturas como verdades inquestionáveis e abdicam da mais sadia proposta da Doutrina que é a construção de uma fé como resultado de raciocínios lúcidos. Entretanto, uma larga parcela de espíritas clama por referências novas. As necessidades das gerações atuais suplicam respostas. Diante desse quadro social, como avaliar as inovações, as novidades, as formas diferentes de realizar o bem à luz do Espiritismo? Como escandalosamente fora dos padrões?
Os padrões em muitos casos são ancoras de segurança para não avançarmos a limites que ainda não somos capazes de suportar, todavia, quando nos agarramos demasiadamente a eles furtamos de nós próprios a aquisição de habilidades para singrar os mares da vida em busca de novas perspectivas de viver e se realizar, aprender e crescer. Quando apegamos a modelos em excesso, inevitavelmente adoecemos. E essa doença chama-se julgamento. A fixação prolongada em conceitos que paralisam e que se transformam em preconceitos, e esses se transformam em antifraternidade através de condutas que são incoerentes com aquilo que pregamos e acreditamos.
Quando estacionamos em paradigmas sem abertura para o progresso, atolamo-nos na zona de conforto que nos impedirá de perceber que, entre as ancoras de segurança e o mar alto da diversidade, existe um abismo de concepções e verdades que precisam ser conhecidas ou pelo menos aceitas. A ausência dessa coragem de avançar leva-nos a acreditar que tudo que saia dos limites de nossas boias seja profano, obsessivo e nocivo ao crescimento espiritual.
Chega o momento de fazermos algumas perguntas: os padrões que adotamos estão realmente nos ajudando a sermos pessoas melhores? Somos mais autênticos ao adotá-los? Eles estão servindo para promover uma vida mais feliz ou apenas para camuflar nossos conflitos angustiosos? Será que nossos padrões não estão nos alienando da nossa realidade moral?
Não guardo mais dúvida sobre a superficiliadade ou mesmo a toxidade de muitos desses padrões. Como seres humanos falíveis que somos, gestamos muitas referencias frágeis para consolidar a identidade espírita em nosso modo de pensar a vida e de vivê-la. E um dos subprodutos mais tóxicos desse quadro é exatamente a conduta enferma de exclusão dos diferentes.
Enquanto isso, ficam outras questões: e os espíritas fora do padrão, estão sintonizados com algo melhor para o futuro de nossa causa e de seu bem pessoal? Seus novos padrões serão benéficos à grande questão essencial da nossa paz?
E assim lá vamos nós, de mudança em mudança avançando cada vez mais. Em meio ao turbilhão de transformações sobra somente uma certeza que pacífica um pouco a minha alma: eu tenho uma consciência e só vou responder por ela. Isso é muito bom de pensar e sentir. E você o que pensa desse tema?
WO
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