Quando agimos erroneamente é porque não sabemos como fazer melhor. Ninguém, de forma deliberada, tem o desejo de ser infeliz; portanto, ninguém escolhe o pior. Os feitos e as atitudes peculiares de cada pessoa estão ligadas a seu desenvolvimento físico, mental, social e moral. Nossa maturidade espiritual é adquirida através das experiências evolutivas no decorrer de todos os tempos, seja na atualidade, seja no pretérito distante.
Tudo o que fazemos está relacionado com nossa idade astral. Inquestionavelmente, fazemos agora o que de melhor poderíamos fazer, porque estamos agindo e pensando conforme nossas convicções interiores; aliás, ela (a idade astral) é gradativa pois está vinculada às nossas percepções evolutivas.
As pessoas que agem com austeridade em determinada circunstância acreditam que aquela é a melhor opção a tomar. Porém, quando o amadurecimento conduzi-las a ter uma melhor noção a respeito dos relacionamentos humanos, elas assimilarão novas maneiras de se comportar a passarão a agir de forma coerente com seu novo entendimento. a concepção de bem se amplia de acordo com nosso desenvolvimento espiritual.
A proposta cristão "pagar o mal com o bem" sugere: castigar por castigar não transforma a pessoa para o bem, mas somente o amor é capaz de sublimar e educar as almas.
A pena de morte é uma rigidez dos costumes humanos. Propõe matar o corpo físico como punição pelas faltas cometidas, com o esquecimento, porém, de que somente transfere a problemática para outras faixas da vida e cria revolta e desarmonia no ser em correção.
A dor apenas terá função dentro dos imperativos da vida, enquanto os homens não aceitarem que somente o amor muda e renova as pessoas.
O projeto da Vida Maior é conscientizar-nos, não sentenciar.
Nosso planeta está repleto de pessoas intelectualizadas e influentes, mas nem por isso sábias e habilitadas para todas as coisas. Por mais inteligente que seja o ser humano, sempre haverá um universo de coisas que ele desconhece.
Muitas pessoas matam, roubam, abandonam pessoas queridas e mentem sem vacilação alguma, mas será que sabem perfeitamente que isso não é certo?
Estar no intelecto não é a mesma coisa que estar na profundeza da alma. Ter informações e receber orientações não é a mesma coisa que integralizar o ensinamento, ou mesmo, saber por inteiro.
"... O homem julga necessária uma coisa, sempre que não descobre outra melhor. À proporção que se instrui, vai compreendendo melhormente o que é justo e o que é injusto e repudia os excessos cometidos, nos tempos de ignorância, em nome da justiça".
Os erros são quase que inevitáveis para quem quer avançar e crescer. São acidentes de percurso, contingências do processo que todos estamos destinados a vivenciar.
Em vez de repelirmos nosso erros, deveríamos analisá-los atentamente como se fosse verdadeiros objetos de arte, evitando, assim, futuros comprometimentos.
Deus permite que o erro integre o nosso caminho. Aliás, ele faz parte das nossas condições evolutivas, para que possamos aprender e assimilar as experiências da vida. Os erros são ocorrências consideradas admissíveis pela legislação do Criador.
Deus não condena ou castiga ninguém, mas o oposto: instituiu leis harmoniosas e justas que nos conduzirão fatalmente à felicidade plena, apesar de nossas faltas e desacertos.
Por que então usar a rigidez perante os acontecimentos da vida?
Hammed - As dores da alma
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