segunda-feira, 29 de abril de 2013
Não Coloqueis a Candeia Debaixo do Alqueire
Não Coloqueis a Candeia Debaixo do Alqueire
Cap. XXIV, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec
Ninguém acende uma candeia(lâmpada) para pô-la debaixo do alqueire(caneca de medida), a fim de que ilumine a todos os que estão na casa. Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; - pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente.
Aquele que me confessar e me reconhecer diante dos homens, eu também o reconhecerei e confessarei diante de meu Pai que está nos céus; e aquele que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus. Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem também dele se envergonhará, quando vier na sua glória e na de seu Pai e dos santos anjos. (Mateus, 5:15; 13: 10-15; 10: 5-7; 9: 10-12; 10: 32-33; Lucas, 8:16-17; 9:26)
Ninguém, depois de acender uma candeia, a põe em lugar oculto, nem debaixo do alqueire, mas no velador, para que os que entram vejam a luz. A candeia do corpo são os olhos. Quando, pois, os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, quando forem maus, o teu corpo será tenebroso. Vê, então, que a luz que há em ti não sejam trevas. Se, pois, o teu corpo estiver iluminado, sem ter parte alguma em trevas, será inteiramente luminoso, como quando a candeia te alumia com o seu resplendor.(Lucas, 11; 33-36)
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.(Mateus, 5, 14-16)
Inicialmente, Kardec explica que “dá-se com os homens, em geral, o que se dá em particular com os indivíduos. As gerações têm sua infância, sua juventude e sua maturidade. Cada coisa tem de vir na época própria; a semente lançada à terra, fora da estação, não germina. Mas, o que a prudência manda calar, momentaneamente, cedo ou tarde será descoberto, porque, chegados a certo grau de desenvolvimento, os homens procuram por si mesmos a luz viva; pesa-lhes a obscuridade. Tendo –lhes Deus outorgado a inteligência para compreenderem e se guiarem por entre as coisas da Terra e do céu, eles tratam de raciocinar sobre sua fé. É então que não se deve por a candeia debaixo do alqueire, visto que, sem a luz da razão, desfalece a fé. O Espiritismo, hoje, projeta luz sobre uma imensidade de pontos obscuros; não a lança, porém, inconsideradamente. Com admirável prudência se conduzem os Espíritos, ao darem suas instruções.
A coragem das opiniões próprias sempre foi tida em grande estima entre os homens, porque há mérito em afrontar os perigos, as perseguições, as contradições e até os simples sarcasmos, aos quais se expõe, quase sempre, aquele que não teme proclamar abertamente ideias que não são as de toda gente. Aqui, como em tudo, o merecimento é proporcionado às circunstancias e à importância do resultado. Há sempre fraqueza em recuar alguém diante das consequências que lhe acarreta a sua opinião e em renegá-la; mas, há casos em que isso constitui covardia tão grande, quanto fugir no momento do combate. Por outras palavras: aqueles que se houverem arreceado de se confessarem discípulos da verdade não são dignos de se verem admitidos no reino da verdade. Perderão as vantagens da fé que alimentem, porque se trata de uma fé egoísta que eles guardam para si, ocultando-a para que não lhes traga prejuízo neste mundo, ao passo que aqueles que, pondo a verdade acima de seus interesses materiais, a proclamam abertamente, trabalham pelo seu próprio futuro e pelo dos outros. Assim será com os adeptos do Espiritismo. Pois que a doutrina que professam mais não é do que o desenvolvimento e a aplicação da do Evangelho, também a eles se dirigem as palavras do Cristo. Eles semeiam na Terra o que colherão na vida espiritual. Colherão lá os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza”.
Diante de tantas orientações, desde Jesus, há mais de dois mil anos, chamando-nos a atenção para resplandecermos a nossa própria luz, como para iluminarmos também os que estão à nossa volta, pois, devido aos diferentes níveis evolutivos, aqui em nosso planeta temos bilhões de criaturas necessitadas de esclarecimentos a cerca da própria condição, chegando até nossos dias com o advento do Espíritismo. Quem toma conhecimento da Doutrina Espírita, estudando-a, passa a perceber a sua maravilhosa abrangência em todos os aspectos de nossas vidas. Questões fundamentais sobre o porquê da vida, de onde viemos, para onde iremos, felicidade ou infelicidade, defeitos físicos e mentais, doenças, morte, riqueza e pobreza, etc. São inúmeras questões que o Espiritismo tem a chave do esclarecimento, com uma visão racional sobre tudo o que nos envolve. Jamais seremos os mesmos depois de tomarmos conhecimento sobre esta doutrina altamente consoladora. Eis aí a nossa responsabilidade, lembrando o ensino do Meigo Galileu, ao dizer que, “mais será pedido a quem mais for dado”. E o fato abaixo narrado pelo Espírito Hilário Silva sobre o papel do Espiritismo para afastar-nos de erros gravíssimos, de atitudes infelizes, é altamente marcante, chegando ao ponto de o próprio Allan Kardec reanimar-se com tamanho poder de transformar as criaturas. Por isso, nós Espíritas, que já assimilamos a Doutrina dos Espíritos Superiores, temos muito a fazer com esta riqueza que temos em nossas mãos. Temos que trabalhar mais, fazer mais, atender mais, consolar mais. As próprias Casas Espíritas têm que abrir mais as suas portas. Não podem ficar dias e dias fechadas como temos observado aqui em nosso Estado. Elas têm que ser abertas diariamente, como um posto de socorro aos encarnados e desencarnados que estão em desespero. Palestras e passes podem e devem ser realizados todos os dias. Quem precisa trabalhar de dia, pode colaborar à noite. Mas, e os que não precisam trabalhar ou os que já estão aposentados? Lamentavelmente, muitos Centros Espíritas limitam-se a uma ou duas reuniões públicas por semana. É um desperdício de espaço e de tempo. Quantas criaturas não são atendidas ou não são esclarecidas pela nossa negligência? Quantos crimes são cometidos contra si e contra os outros por pessoas que poderiam ter sido ajudadas pelo Espiritismo?
E os meios de comunicação? Por que os Espíritas são tão acanhados em divulgar o Espiritismo através do rádio e da televisão? Falta união entre nós Espíritas, principalmente aqui no Sul do Brasil, bem como desapego dos bens materiais, em especial dos recursos amoedados que teimamos em guardar e que nunca vamos usar... Ao retornarmos ao Mundo Maior, com as mãos praticamente vazias de boas obras, lamentaremos tardiamente o não emprego destes recursos em prol desta Doutrina altamente consoladora e esclarecedora. Então, passaremos um longo tempo meditando e preparando uma nova reencarnação, que demorará e, quem sabe, não tenhamos as mesmas condições anteriores, o que aumentará o nosso sofrimento.
Conta-nos o Espírito Hilário Silva que, “Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado. Fazia frio. Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos. A pressão aumentava... Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa. Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail – a doce Gaby – a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada. O Professor abriu o embrulho, encontrando uma carta singela. E leu:
Sr. Allan Kardec:
Respeitoso abraço. Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso. Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital. Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal. Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia. Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo. Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade...
A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano. Faltava ao trabalho, e meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa. Minhas forças fugiam. Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio. “Seria fácil, não sei nadar”, pensava. Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie. Olhei em torno, contemplando a corrente... E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-me aos pés. Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera. Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso:
“Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito. A. Laurent”.
Estupefato, li a obra – O Livro dos Espíritos – ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver.
Ainda constavam da mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente.
O Codificador desempacotou, então, um exemplar de O Livro dos Espíritos ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme:
"Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. Joseph Perrier".
Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro...
Conchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança.
Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas...
Diante de seu espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo.
Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos...
O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...”
(O Espírito da Verdade-Espírito Hilário Silva-Médius C. Xavier/W. Vieira)
Não se deve colocar a luz em baixo da mesa ou da cama. A luz tem como finalidade auxiliar as criaturas a encontrar os seus caminhos. Saberão escolher melhor, ter discernimento do por que estão passando por dificuldades, por que estão sofrendo.
Como que a Justiça Divina pode ser conciliada com a Bondade Divina, já que para muitas pessoas é difícil compatibilizar estas duas coisas, ou seja, quando a dor visita o indivíduo, que sempre foi bom, caridoso, cumpridor dos seus deveres e, que, pela lógica humana não mereceria padecer nenhuma das dificuldades que o faça chorar está, infelizmente, permeado por elas.
Enfermo, desempregado, infeliz na afetividade, abandonado, traído, esquecido, enganado. Esta aparente contradição ataca as forças de uma pessoa. É a forma mais simples de dinamitar nelas a sua vontade de viver, fazendo-as padecer sem que elas saibam por quê. Ou pelo menos sem que elas entendam.
Como que se pode ter um Deus tão bom, que deixa um filho aparentemente bom, passar tanto mal.
Daí, entendendo as leis do Universo, que nos fazem compreender o caminho e conciliar estas coisas, aparentemente inconciliáveis, isto é, Bondade de Deus com o sofrimento das criaturas. Aquela que estava no limite da rebeldia, de se tornar um malfeitor, um criminoso, um suicida, ao compreender isto se torna outra pessoa.
Curiosa Experiência
Relata o Espírito Humberto de Campos, que João Massena, Espírito extremamente dedicado aos enfermos, desde alguns anos após a desencarnação, dirigia um grupo de companheiros em grande cidade, esmerando-se na plantação das ideias libertadoras do Espiritismo. Respeitado e querido, entre aqueles que lhe recebiam a generosidade, ampliava constantemente a própria área de ação. Invocado carinhosamente, aqui e ali, prestava serviços preciosos, angariando tesouros de cooperação e simpatia. Aplicava o Evangelho com raro senso de oportunidade, sustentava infelizes, protegia desesperados, em favor dos doentes, especializando-se, sobretudo, no socorro aos processos obsessivos. Massena apoiava o grupo de amigos encarnados e o grupo apoiava Massena, com tal segurança de entendimento e trabalho, que prodígios se realizavam constantemente. As tarefas continuavam sempre animadoras, quando surgiu para João certo caso aflitivo. Jovem destinada a importantes edificações mediúnicas jazia em casa, trancada entre quatro paredes e vigiada por Espíritos impassíveis, interessados em cobrar-lhe algumas dívidas do passado culposo. Benfeitores da Vida Maior amparavam-na; entretanto, ela mesma se mostrava atraída para eles, os perseguidores que lhe tramavam a perda.
Prestigiado pelos Poderes Superiores, Massena estudou a melhor maneira de acordá-la para as responsabilidades de que se achava investida e percebeu que, para isso, bastaria aparecesse alguém capaz de lhe excitar a memória para o retorno ao equilíbrio, alguém que falasse a ela com respeito à fé raciocinada, à crença lógica, à imortalidade da alma e à vida espiritual.
A jovem, contudo, sob a provação da riqueza amoedada, sofria a desvantagem de não precisar sair do estreito recinto doméstico e, à face disso, encontrava maior empeço para largar a si própria. A pouco e pouco, dominada por entidades vampirizadoras, entregou-se ao vício do álcool e, quase que anulada que lhe foi a resistência, permitiu que essas mesmas criaturas perturbadas lhe assoprassem a sugestão de um crime a ser perpetrado na pessoa de um parente próximo. Conquanto reagisse, a pobrezinha estava quase cedendo à insanidade, à delinquência. João, aflito, reconheceu o estado de alarma. A moça, no entanto, não se ausentava de casa, não recebia visitas, não recorria a leituras e ignorava o poder da prece. Mentalmente intoxicada, tomava rumo sinistro, quando Massena descobriu algo. A infortunada menina gostava de televisão, que se lhe fizera o único meio de contacto com o mundo exterior. Por que não auxiliá-la através de semelhante recurso? O abnegado amigo espiritual pôs-se em campo e, repartindo apelos mentais, em setores diversos, conseguiu articular providências, até que um amigo lhe aceitou a inspiração e veio ao grupo com um projeto entusiástico. Esse “projeto entusiástico” não era outra coisa senão o interesse de Massena no salvamento da jovem. E o visitante, sob o influxo dele, fêz-se veemente no tranquilo cenáculo, convidando o conjunto a aproveitar uma oportunidade que obtivera em determinado canal. Conseguira vinte minutos para assunto Espírita numa TV respeitável. O grupo representar-se-ia por alguns dos componentes mais categorizados daí a quatro dias – uma sexta-feira às dez da noite – para comentar ligeiros aspectos de mediunidade e Doutrina Espírita. O ofertante, após anotações de jubiloso otimismo, concluiu explicando que necessitava de ajustes urgentes. Queria, de imediato, o nome do companheiro decidido a falar, antes de atender a instruções de autoridades e estabelecer minudências. Os nove companheiros, ali reunidos, não sintonizavam, porém, naquela onda de expectação fervorosa. Lara, o diretor de maior responsabilidade, ponderou:
- Ora! ora! O Espiritismo não precisa de televisão. Temos as nossas casas de ensino... Entretanto, coloco o assunto ao critério dos irmãos...
O recém chegado, expressando-se por si e pelo Benfeitor Espiritual que o envolvia em pensamentos de esperança, ripostou:
- Sem dúvida, o Templo Espírita é o lar da palavra doutrinária, mas isso não nos impede de comentar os princípios Espíritas, em benefício da Humanidade, seja no rádio ou na imprensa, na rua ou no salão. Se fôssemos falar a cerca do bem apenas nos institutos de fé religiosa, deixaríamos ao mal campo livre, terrivelmente livre...
O judicioso apontamento, contudo, não vingou. Delcides, comentarista inteligente da equipe, aduziu: - Sou contra. Eu não iria à televisão, de modo algum. Considero isso pura vaidade. Antônio Pinho, orador competente, anuiu: - De minha parte, não tenho coragem de me entregar a semelhante exibição...
Meira, verbo seguro e visão firme, comentou, seco: - Nem eu.
E os demais cinco ajuntaram: - Decididamente, ir à televisão falar de Espiritismo não está certo...
- Penso de igual modo. Quem quiser aprender Doutrina Espírita, venha às reuniões...
- Eu também não poderia concordar...
- Não sou de teatro...
- O assunto está fora de cogitação...
Encerrou-se o entendimento e o ofertante afastou-se, desapontado.
Curiosos, visitamos a jovem obsidiada, justamente na data para a qual Massena lhe previa o suspirado auxílio. Eram dez horas da noite, na sexta-feira referida, e fomos achá-la sentada à frente do vídeo.
Os minutos que seriam reservados aos comentários em torno do Espiritismo estavam sendo aplicados num festivo programa de exaltação ao uísque e, perplexos, fitamos o simpático sorriso da tele-atriz que convidava:
- Beba a nova marca! Uma delícia!... (Cartas e Crônicas-Espírito Humberto de Campos - Médium C. Xavier)
O Brilho do Bem
"Vós sois a luz do Mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e ilumina todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos Céus." (Mateus, 5:14-16.)
Jesus compara seus seguidores à luz que afugenta as trevas. O Cristianismo, com seus valores morais elevados, com seu empenho pela construção do Reino de Deus, fatalmente se destacaria na História, da mesma forma que seria impossível deixar de ver uma cidade edificada sobre a montanha.
Se está claro, nota-se perfeitamente o contorno de seus edifícios; se escurece, suas luzes destacam-se.
Individualizando a figura do cristão, Jesus oferece a sugestiva imagem da candeia. Alqueire era uma espécie de vaso usado para medir líquidos ou cereais. Ninguém acende uma candeia para colocá-la prisioneira sob o alqueire. A luz deve estar no velador, suporte colocado no alto para que ilumine o ambiente. Em linguagem atual: não se liga uma lâmpada dentro de recipiente fechado. Para cumprir sua função ela deve estar livre.
O mesmo acontece com o Evangelho. É a luz que ilumina, que dá significado à Vida e a valoriza, mas, se procurarmos em suas lições apenas conforto e bem-estar para nós, sem compreender seu apelo maior, convocando-nos à Fraternidade, então sua claridade ficará aprisionada no vaso do egoísmo e de nada valerá, pois, apesar de detê-la, continuaremos na escuridão de nossas mazelas.
Ao recomendar "brilhe vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus", Jesus ensina que o luzir do Evangelho em nós está condicionado à prática do Bem. Por isso, o verdadeiro cristão é alguém cujo comportamento é invariavelmente edificante; que estimula à virtude, cultivando seus valores e que converte irresistivelmente ao Evangelho com a força do exemplo.
A esse propósito, lembramos a extraordinária figura de Alcíone, do livro "Renúncia", autoria de Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier. Atingindo estágios angelicais de evolução, eximira-se de voltar à Terra, mas voltou, por iniciativa própria, a fim de ajudar um grupo de tutelados seus. Sua presença em nosso mundo, embora no anonimato de condição humilde, tornou-se tão marcante que todos quantos com ela conviveram foram invariavelmente influenciados por ela.
E como Alcíone realizava semelhante prodígio? Fazendo prevalecer sua autoridade de Anjo? Impondo sua vontade? Não! Discípula fiel do Cristo, ela simplesmente observava o Evangelho em sua expressão mais pura, não se limitando a perdoar os ofensores, mas achando uma desculpa para eles; não se limitando a tolerar as imperfeições alheias, mas ajudando as pessoas a superá-las com a serenidade de uma paciência sem limites; não apenas cumprindo os deveres de filha, religiosa, serviçal, mas comportando-se com valores de renúncia, dedicação e heroísmo, que fizeram dela uma inesquecível figura de mulher.
Um pequeno episódio nos oferece a medida de seu caráter. Alcíone trabalhava como governanta em rica mansão. Era muito estimada polo dono da casa, Cirilo, a filha Beatriz e eu sogro Jacques, mas detestada por Susana, a patroa, enciumada de sua benquerença. E não se cansava de fustigá-la, impondo-lhe tarefas rudes, desvinculadas de suas atribuições, com o propósito de levá-la a deixar aquela casa, já que não podia tomar a iniciativa de despedi-la, com o que seus familiares não concordariam. Certo dia chama a governanta:
Alcíone, a lavadeira está doente e deverás substituí-la.
Sim, senhora.
E lá vai Alcíone cumprir a tarefa alheia às suas responsabilidades. A menina Beatriz, vendo-a no tanque, revolta-se. Chama o pai e acusa a mãe de explorar a serva. O marido irrita-se, recrimina a esposa com aspereza. Susana agita-se. Nervosa, debulha-se em lágrimas. O ambiente torna-se tenso. Então, Alcíone, que tudo observava, dirige-se ao patrão.
Senhor Cirilo, desculpe-me entrar na conversa, mas pode crer que a senhorita Beatriz está enganada. Dona Susana não me impôs a substituição da lavadeira. Fui eu mesma que ofereci minha colaboração. Não se preocupe. Estou acostumada com esse serviço.
As palavras de Alcíone, pronunciadas com evidente inflexão de sinceridade e boa vontade, desanuviam o ambiente. Pai e filha tranquilizam-se. O gesto da serva, somado a outros iguais em circunstâncias semelhantes, acaba por sensibilizar Susana, que se torna sua amiga.
Assim é o cristão autêntico. Onde ele está a Vida sempre se faz plena de claridades, pois refletem-se nele as luzes do Céu, marcadas por uma dedicação sem limites à causa do Bem.
Paz a todos
Richard Simonetti - Livro A Voz do Monte
Vós sois a luz do mundo - Felipe
Você nasceu para brilhar! Você não nasceu pra viver escondido dentro de si mesmo, como um caracol assustado. Você tem qualidades que vem desenvolvendo há séculos; são seus pontos fortes, são os aspectos em que você mais se aproxima da perfeição.
Por que motivo você deixaria de compartilhar com o mundo o que você tem de bom dentro de você? Por mais humildes que sejamos, sempre temos algo a acrescentar, sempre podemos contribuir com alguma coisa única, que só nós temos. Afinal, somos seres individuais.
Sei de pessoas que confundem a humildade pregada pelo Espiritismo com o sacrifício de seus talentos, de seu saber, de sua alegria.
“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”
Nós somos a luz do mundo, disse Jesus. E não devemos esconder a nossa luz, pelo contrário; devemos fazer com que a nossa luz brilhe e resplandeça, à vista de todos, pra que todos a vejam. Nossa luz são nossos valores internos, são o pouco que conseguimos expressar de Deus, que habita em cada um de nós.
Ao fazermos brilhar a nossa luz, ao expor o que temos de melhor, estamos demonstrando na prática a nossa gratidão a Deus. Quando você dá um presente a alguém, você espera que este alguém use o presente que você deu. Pois nós também devemos usar os presentes que recebemos de Deus. Nossos talentos, nossas capacidades, são dádivas que devemos honrar utilizando-as em benefício dos outros.
Não fomos criados para sermos seres apagados e escondidos. Não importa se temos muitas coisas a reajustar com o passado, não importam as dificuldades que criamos para nós mesmos nesta ou em outras reencarnações. Em qualquer circunstância podemos dar o melhor de nós, sempre podemos fazer melhor.
Você não vai se livrar dos problemas, você não pode apagar o passado. Os erros que você cometeu são fatos estabelecidos. O que você plantou, tem que colher. Mas isso não o impede, de maneira alguma, de fazer brilhar os seus talentos, de superar a si mesmo cada vez mais, de surpreender aos outros e a si mesmo com o seu crescimento espiritual.
Está certo que habitamos um planeta de provas, que temos muito o que aprender, que somos muito pequenos espiritualmente. Mas temos um potencial infinito de crescimento. Somos herdeiros de Deus e somos co-criadores com Ele.
Busque dentro de si mesmo o seu melhor. Lembre-se de que um dia você foi uma criança. Uma criança com alegrias espontâneas, com prazeres simples, com gosto pela vida. Você não deixou de ser aquela criança que você foi. Você apenas cresceu. Mas a criança ainda vive dentro de você, com a sua simplicidade e confiança na Vida.
Mostre-se, viva, sorria, brilhe e faça brilhar!
http://www.espiritoimortal.com.br/
A Força do Exemplo - Richard Simonetti
Richard Simonetti
Vós sois a luz do Mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte. Nem se acende uma candeia* para colocá-la debaixo do alqueire*, mas no velador*, a iluminar todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos Céus (Mateus, 5:14-16).
– Tenho sério problema com minha esposa. Acha que Espiritismo é coisa do diabo.
– Ela conhece a Doutrina?
– Que nada! Nem se dá ao trabalho de folhear jornais e livros que levo para casa.
– Sugeriu que participe de uma reunião doutrinária para superar a impressão negativa?
– Não admite sequer falar a respeito e acha ruim quando saio. Sou obrigado a dar uma “engrossada” para que respeite meus compromissos.
– Experimente instituir o Culto do Evangelho no Lar. É valiosa oportunidade de trocar idéias em torno das lições de Jesus, harmonizando o ambiente doméstico.
– Conheço minha mulher. Acabaríamos em pancadaria verbal.
– E o relacionamento entre vocês?
– Ela é feminista de carteirinha. Vive a proclamar igualdade de direitos, esperando que eu assuma encargos domésticos. Comigo não! Mulher tem que ser submissa ao marido. Por isso brigamos muito.
– Experimente exercitar cooperação, compreensão e tolerância, como ensina o Espiritismo.
– Aí será demais! Se demonstrar fraqueza ela toma conta.
– É mais provável que com seu exemplo a esposa se convença de que Espiritismo é algo muito bom. Faz de você um verdadeiro cristão. Pense nisso…
* Candeia: Lâmpada rudimentar alimentada por óleo.
* Alqueire: Antigo recipiente que funcionava como medida para secos e molhados.
* Velador: Suporte para fixação da candeia. Candelabro.
EM TRINTA SEGUNDOS: RELIGIÃO
– Qual a melhor religião?
– Qual a melhor comida?
– Depende do paladar.
– Assim é a religião.
– Todas são boas?
– Sim, questão de opção.
– Então cada qual escolhe a que lhe agrade…
– Perfeito, desde que haja religiosidade.
– O que é isso?
– Vivenciar os princípios religiosos.
– De que forma?
– Aprendendo a servir.
– O que tem a religião a ver com isso?
– A religião é o caminho; servir é o caminhar.
sábado, 27 de abril de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Espiritizar, Qualificar, Humanizar.
Espiritizar, Qualificar, Humanizar.
“Joanna de Ângelis, fazendo uma análise da nossa Casa, o Centro Espírita Caminho da Redenção, faz três anos, propôs-nos novas diretrizes para o Centro Espírita onde mourejamos. Essas diretrizes ela apresentou em três verbos: Espiritizar, Qualificar, Humanizar.
Pode parecer um absurdo espiritizar o Centro Espírita e um tanto paradoxal. No entanto, há Centro Espírita que só tem o rótulo mas não tem espiritismo. Vamos por partes, porque é muito delicado.
Fui convidado a proferir uma conferência em um Centro Espírita no sul do país. Normalmente, quando recebo convite, não atendo, porque pode ser entusiasmo da pessoa.
No segundo convite eu digo: “para o ano, volte a escrever.” Isso é para ver se a pessoa está mesmo interessada. Para o ano a pessoa volta a escrever e eu digo: “para o ano, na programação, nós vamos agendar.”
E, naquela Casa, fui postergando por um período de seis a oito anos, por falta de tempo, até que o presidente insistiu tanto que fiquei constrangido e dei um jeito.
Disse-lhe, na carta: “mande-me as datas que lhe são ideais e eu escolherei aquela compatível com minha programação.” Estabelecemos a data e por seis meses correspondemos-nos e tudo foi muito bem.
No dia marcado cheguei à cidade e fui a uma bela instituição. Edifício monumental. Uma grande sala. Quando cheguei à porta, fui recebido por uma comissão muito gentil e estabeleceu-se o seguinte diálogo:
- Senhor Divaldo, o Presidente pede desculpas por não ter podido vir receber o Senhor.
Eu disse: “é muito natural, não há problema.”
- Aqui está o Vice-Presidente, o Secretário, o Tesoureiro, e nós desejamos recebê-lo, porque o nosso Presidente está, no prédio vizinho, fazendo cromoterapia.
- “Eu não sabia que ele era cromoterapeuta,” falei. “Ele é profissional, naturalmente?”
- “Não! Ele é espírita”, responderam-me.
- Deixe-me ver: ele é o Presidente do Centro e é o presidente da cromoterapia? Ele me convidou para vir aqui durante oito anos. Marcou a data e foi fazer a cromoterapia!
- É porque a cromoterapia é muito importante. Está salvando milhares de vida.
- Que graça! Eu sempre pensei que o Espiritismo está salvando milhões de vidas.
Será esta a imagem de um Centro Espírita? Em absoluto. O Centro Espírita não tem que se envolver com nenhuma terapia alternativa. É até um desrespeito, porque o cromoterapeuta é alguém que estudou. Ele tem sua clínica e o Centro Espírita não se pode transformar numa clínica alternativa.
É lugar de transformação moral do indivíduo, onde se viaja ao cerne do problema para arrancá-lo. Se transformarmos um Centro Espírita em uma clínica, para lá vão pessoas aturdidas. Qualquer coisa esdrúxula que anunciemos no jornal haverá uma massa incontável que adere por necessidade de pedir socorro. Mas o Espiritismo não ilude, não mente e nem posterga a ação, porque ele é herança de Jesus. E Jesus, com todo o amor, dizia a verdade. Seja o nosso falar: sim, sim, não, não, conforme Ele o fazia. Não iremos dizer de forma grotesca ou agressiva, mas iremos dizer de uma forma verdadeira. É melhor, às vezes, perder o amigo agora porque não conivimos e o termos depois, do que o apoiarmos e o perdermos em definitivo, quando ele notar a nossa fraude.
Espiritizar
Então, Joanna de Ângelis manda Espiritizar.
Tenho ouvido oradores em casas Espíritas apresentarem temas maravilhosos, mas que não são nada espíritas. Temas que podem narrar no Rotary, na Maçonaria, no Lions, numa reunião social. Na Casa Espírita pode-se abordar qualquer tema, à luz do Espiritismo. Fazer as conotações espíritas.
Se aconteceu uma tragédia na cidade vamos examiná-la, à luz do Espiritismo. Está no momento da clonagem. Vamos falar sobre clonagem, à luz da Doutrina Espírita. Está nos noticiários a corrupção. Vamos falar sobre a corrupção e a terapia Espírita.
Infelizmente não está ocorrendo isso. Convida-se, às vezes, oradores admiráveis, fascinantes, porém, totalmente deslocados. Palestras que se pode ouvir em qualquer lugar.
Na Casa Espírita vão as pessoas atormentadas, buscando consolação, com a alma despedaçada pela morte de seres queridos e, se ouvem uma coisa que nada tem a ver com a proposta da Doutrina Espírita, saem desoladas. Agindo assim, estaremos fraudando a proposta do Espiritismo.
Temos visto congressos espíritas - não é crítica, é análise – em que se aborda Terapia pela dança. É uma maravilha. Mas não num congresso espírita. Vamos fazer isso num congresso de Yoga, que respeitamos muito, ou num congresso de psicoterapia e então coloquemos música, metais, cristais, mas não num congresso espírita.
Ah! É porque nossos irmãos estão doentes, justificam. Nesse caso, falemos das causas das doenças. Das causas anteriores das aflições. Das causas atuais das aflições.
A terapia da dança podemos encontrar em qualquer setor do mundo social, respeitável e nobre. Mas quando vamos à Casa Espírita, esperamos encontrar a proposta espírita.
O Centro Espírita tem que ser o lugar de Doutrina Espírita.
Daí o Centro Espírita tem que ser espiritizado. É a proposta de Joanna de Ângelis.
Qualificar
A segunda vertente de sua proposta é Qualificar.
Vivemos hoje a época da qualidade total. Qualificação é indispensável. Nós, às vezes vamos à Casa Espírita com nossos hábitos ancestrais, o que é natural. Mas o fato de entrarmos na Casa Espírita não muda nossa existência. Levamos a nossa qualificação muitas vezes empírica, singela, e vamos exercer certas funções para as quais não estamos qualificados.
Vemos, por exemplo, um literato, que não entende absolutamente de contabilidade, sendo o tesoureiro do Centro. Vamos ver o indivíduo aplicando a terapia dos passes, mas que, de maneira nenhuma se preparou para isso. Vamos ver no atendimento fraterno uma pessoa que tem muito bom coração mas não tem o menor tato psicológico.
Temos que qualificar-nos.
O que é qualificar? É adquirir características essenciais, típicas das finalidades que vamos exercer na vida prática.
Se eu, por exemplo, quero dedicar-me ao atendimento fraterno, devo fazer um curso. Por isso, os Centros Espíritas devem estar vinculados ao chamado movimento organizado, porque as nossas Casas Federativas dispõem de equipes para nos esclarecer, para nos informar, para ministrar cursos.
Quando vemos, por exemplo, a Federação Espírita do Paraná (FEP), oferecer-nos o jornal Mundo Espírita por um preço irrisório, que muitos ainda não pagam, chegar às nossas mãos todo o mês, com pontualidade, trazendo-nos mensagens libertadoras de consciência, comovo-me com esse trabalho.
Se ligarmos o rádio, aí está um programa de orientação espírita, o Momento Espírita, já transmitido por uma cadeia de rádios em várias cidades do País. Seria interessante se cada um dos senhores, nas suas cidades, entrassem em contato com a FEP e, ao invés de fazer programa de rádio sem nenhuma habilidade, sem qualificação, colocassem o programa que é transmitido em Curitiba, que é de excelente qualidade, narrado por pessoa qualificada, desde a voz, uma voz agradável, muito bem empostada. É uma mensagem muito bem trabalhada, apresentando várias conotações para o enriquecimento das pessoas espíritas e não espíritas.
Muitas pessoas confundem qualificação com elitismo. E as pessoas dizem: “está elitizando!”.
Minha mãe era analfabeta e eu dialogava com ela. Qualificamo-la. Ela tornou-se uma excelente bordadeira, uma excelente cozinheira. Conheço tanta gente instruída que não sabe enfiar a linha na agulha e que não sabe pregar um botão.
Daí, meus amigos, qualificar não é elitizar, não é intelectualizar. É equipar de recursos para fazer bem aquilo que gostaria de fazer. Evitar o aventureirismo.
Humanizar
Humanizar é fazer com que nós, de vez em quando, tornemos à nossa simplicidade, ao nosso bom humor, ao nosso lado humano. A vida nos impõe rotinas e, quando menos esperamos, estamos fazendo aquilo rotineiramente, sem emoção. Nós nos transformamos em máquinas.
Visitei uma instituição e uma senhora me disse assim:
“Ah! Irmão Divaldo, não agüento mais. Estou cansada de fazer caridade. Eu não agüento mais, é tanto pobre.
Eu disse: “minha filha, então deixe”.
Ela: “O Senhor está me mandando deixar de fazer a caridade?”
Eu disse: “Não, eu estou mandando você descansar, porque a caridade está lhe fazendo mal. Já imaginou a caridade fazer mal a quem a faz? Algo não está funcionando! Ou você está exibindo-se sem o sentido de caridade, me perdoe a franqueza, pois quero lhe ajudar, ou você está saturada. Faça uma pausa”.
Ela: “O que será dos pobres?”
Eu: “Minha filha, eles são filhos de Deus. Antes de você chegar Deus já tomava conta. Você está só dando uma mãozinha para você, não para eles, porque, afinal, isso aqui nem é caridade, é paternalismo. Você está mantendo muita gente na miséria, que já podia estar libertada, porque você me disse que já atendeu a avó, a filha e agora está atendendo a neta.
Como é que você conseguiu manter na miséria três gerações? Que a avó e a filha fossem pobres necessitadas, é aceitável, mas a neta já teríamos que libertar da miséria de qualquer jeito. Colocando-a na escola, equipando-a, arranjando-lhe trabalho. Isso não é caridade. Está lá no Evangelho: “Transformai as vossas esmolas em salário”.
Então, repouse um pouco. É uma rotina. Você quer abarcar um número de pessoas que você não pode abraçar. Diminua. Faça com qualidade e procure fazer em profundidade. Faça o bem.
Nós não podemos salvar o mundo e perder a nossa alma. A tese é de Jesus Cristo: “Que vos adianta salvar o mundo e perder-se a si mesmo!” Nós não estamos aqui para salvar o mundo. Estamos aqui para salvar-nos e ajudar o mundo para que cada um nele se salve.
Então, humanizar é neste sentido. É esta proposta de voltarmos a ser gente. Não ficarmos nos considerando muito importantes. O Presidente do Centro, o dono do Centro, o super-médium, a pessoa mais formidável do século. Voltarmos às nossas origens. A simplicidade de coração, a afabilidade, a doçura (textos do Evangelho Segundo o Espiritismo), a cordialidade, o bom trato.
Se o doente é insistente, se o pobre é impertinente, nós estamos ali porque queremos. Não foi o pobre que pediu para nós irmos lá. Nós é que nos oferecemos. Então temos a escusa de estarmos cansados, de estarmos irritados. “Eu também tenho problemas”.
Então vá resolver seus problemas. Não os traga para a Casa Espírita. E notem que esta tríade está perfeitamente de acordo com o pensamento kardequiano: trabalho, solidariedade e tolerância.
Qual é o trabalho? ESPIRITIZAR-SE. O trabalho de adquirir o conhecimento espírita, de perseverar no estudo. Minha mãe era analfabeta. Eu lia para ela, estudava, comentava. Ela acompanhava. Aprendeu a Doutrina Espírita dentro dos seus limites.
Solidariedade. QUALIFICAR-SE, para servir melhor, para ser mais solidário.
Tolerância: ser mais HUMANO. Quando somos mais humanos, somos tolerantes. E esta tríade não é propriamente de Allan Kardec. Ele a tirou de Pestalozzi, seu professor, que tinha como base educacional três palavras: trabalho, solidariedade e perseverança. Allan Kardec, que foi seu discípulo, tomou a tríade e adaptou-a, substituindo perseverança por tolerância.
Assim, o Centro Espírita é a nossa oficina. Quando nós entramos na Casa Espírita devemos sentir os eflúvios do amor, da fraternidade. Não é o lugar dos conflitos, das picuinhas, das nossa dificuldades, das nossas diferenças, que nós as temos, mas das nossas identidades, das nossas compreensões, do nosso esforço para sermos melhor.
Daí a nova proposta do Centro Espírita: voltar às bases do pensamento de Allan Kardec. Reviver o trabalho, a solidariedade e a tolerância. Sermos realmente irmãos.
Esta é a nossa família ampliada. Se entre aqueles com os quais compartimos idéias, que são perfeitamente consentâneas com as nossas, nós temos dificuldades de relacionamento, como é que iremos nos relacionar com o mundo agressivo, com a sociedade que não nos aceita, com aqueles que nos hostilizam, com aqueles que nos perseguem?
O Centro Espírita é o lugar onde nós treinamos as virtudes básicas: a fé, a esperança e a caridade. ( Por Divaldo Pereira Franco)
O Entusiasmo Apagado
Em fins de 1927, o “Centro Espírita Luiz Gonzaga”, então sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fêz Presidente da instituição, estava bem freqüentado.
Muita gente.
Muitos candidatos ao serviço da mediunidade.
Muitas promessas.
José era irmão do Chico e na residência dele realizavam-se as sessões públicas nas noites de segundas e sextas-feiras.
Em cada reunião, ouviam-se exclamações como esta:
— Quero ser médium psicógrafo!...
— Quero desenvolver-me na incorporação!...
— Precisamos trabalhar muito...
— Não será interessante fundar um abrigo ou um hospital?
O entusiasmo era grande quando, em outubro do mesmo ano, chegou a Pedro Leopoldo, Dona Rita Silva, sofredora mãe com quatro filhas obsidiadas.
Vinham ela e o irmão Saul, tio das doentes, da região de Pirapora, zona do Rio São Francisco, no norte mineiro.
As moças, em plena alienação mental, inspiravam compaixão. Tinham crises de loucura completa. Mordiam-se umas às outras. Gritavam blasfêmias.
Uma delas chegara acorrentada, tal a violência da perturbação de que era vítima.
O Espírito de Dona Maria João de Deus explicou pela mão do Chico:
— Meus amigos, temos desejado o trabalho e o trabalho nos foi enviado por Jesus. Nossas irmãs doentes devem ser amparadas aqui no Centro. A fraternidade é a luz do Espiritismo.
Procuremos servir com Jesus.
Isso aconteceu numa noite de segunda-feira.
Quando chegou a reunião da sexta, José e Chico Xavier estavam em companhia das obsidiadas sem mais ninguém.
Soluções para o entusiasmo
Soluções para o entusiasmo
Orson Peter Carrara
de Matão, SP
Já se disse que falta entusiasmo nos Centros Espíritas ou no Movimento Espírita. Isto não é regra, pois existem exemplos de grande dedicação à Doutrina, mas há um sim uma grave questão a ser resolvida para aproximar e unir mais os espíritas.
Temos uma Doutrina extraordinária nas mãos que nos felicita com seus ensinamentos, nos estimula ao progresso, está sempre conosco. Nossas Casas Espíritas significam verdadeiro oásis de paz ao coração, extensão de nossa casa e autêntico aconchego de nossas aspirações à felicidade.
Elaboramos uma lista com alguns itens como soluções para brotar o entusiasmo no coração do espírita, na Casa Espírita e no próprio Movimento, vencendo os obstáculos sempre apresentados:
Estude a Doutrina: Eleja o estudo como atividade prioritária;
Valorize os amigos: Torne os companheiros do Centro seus verdadeiros amigos. Valorize-os;
Realize eventos: Saia da rotina. Promova eventos doutrinários com qualidade;
Valorize a Imprensa Espírita: Assine e distribua jornais e revistas, estimule assinaturas; Comente o conteúdo das publicações;
Frutos do Movimento: Divulgue, mostre o que o Movimento produz;
Confraternize: Aproxime-se dos espíritas. Promova almoços e passeios;
Proximidade: Aproxime as pessoas dos expositores, proporcione-lhes estes encontros;
Participe: Participe de eventos, palestras, encontros. Não perca esta chance;
Crianças e jovens: Integre-os ativamente ao Movimento;
Livros: Faça sorteios, doe livros, comente com o público, mostre os livros.
E mais:
a) Solte a informação (não a bloqueie ou engavete);
b) Facilite um clima de confiança;
c) Convide pessoalmente, por fone ou carta, os companheiros a participarem
E finalmente, esqueça ciúmes ou rivalidades. Todos tem valor e não são obrigados a pensar pela cabeça de um só. Todos temos algo a oferecer. Imposição e rigor excessivo colocam tudo a perder.
Engaje-se nas atividades e sentiremos o entusiasmo também presente no coração.
(Jornal Verdade e Luz Nº 186 de Julho de 2001)
COMO VAI O SEU ENTUSIASMO?
COMO VAI O SEU ENTUSIASMO?
"[...] Deixe de lado todo o negativismo. Deixa de lado o ceticismo. Abandone a descrença e seja entusiasmado com sua vida e principalmente entusiasmado com você. Você verá a diferença. [...]"
"A palavra entusiasmo vem do grego e significa ter um Deus dentro de si. Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada era aquela que era possuída por um dos deuses e, por causa disso, poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem.
Assim, se você fosse entusiasmado por Ceres (deusa da agricultura), você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita, e assim por diante. Segundo os gregos, só pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano. Era preciso, portanto, entusiasmar-se.
Assim, o entusiasmo é diferente do otimismo. Otimismo significa eu acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez até torcer para que ela dê certo. Muita gente confunde otimismo com entusiasmo. No mundo de hoje, na empresa de hoje, é preciso ser entusiasmado.
A pessoa entusiasmada é aquela que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo. Entusiasmada é a pessoa que acredita em si. Acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade.
E só há uma maneira de ser entusiasmado. É agir entusiasticamente! Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos entusiasmarmos, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma, pois sempre teremos razões para não nos entusiasmarmos.
Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso. Conheço pessoas que ficam esperando as condições melhorarem, a vida melhorar, o sucesso chegar, para depois se entusiasmarem. A verdade é que jamais se entusiasmarão com coisa alguma. O entusiasmo é que traz a nova visão da vida.
Gostaria de perguntar a você e a seu pessoal como vai o seu entusiasmo.Como vai seu entusiasmo pelo Brasil, por sua empresa, por seu emprego, por sua família, por seus filhos, pelo sucesso de seus amigos? Se você é daqueles que acham impossível entusiasmar-se com as condições atuais, acredite - jamais sairá dessa situação.
É preciso acreditar em você. Acreditar na sua capacidade de vencer, de construir o sucesso, de transformar a realidade.
Deixe de lado todo o negativismo. Deixa de lado o ceticismo. Abandone a descrença e seja entusiasmado com sua vida e principalmente entusiasmado com você. Você verá a diferença." ■
(Enviado por João Cezar Rocha Pirola)
* * *
ENTUSIASMO
ENTUSIASMO II
Entusiasmo espiritual, eis um dos mecanismos pedagógicos para os enfrentamentos e a superação das aflições.
Entusiasmo é o estímulo jubiloso para a criatura encontrar-se em perfeita sintonia com a Essência Divina, tornando-se-lhe indispensável aplicar os recursos de que dispõe a sua exteriorização.
A destruição é necessária para que haja a renovação.
A morte é trânsito para a vida.
O que ora se destrói, logo se converte em ressurgimento rico de vida.
Em todas as épocas, esses fenômenos geológicos e climáticos têm ocorrido para a adaptação do mundo terrestre ao programa que lhe está destinado, como sendo mundo de regeneração.
Nessa perspectiva, ainda por muito tempo ocorrerão tais calamidades que, de alguma forma, em atingindo a criatura humana, contribuirão para o seu desenvolvimento intelecto-moral.
Há uma ordem transcendental que escapa à observação imediata do transeunte físico, porquanto o mesmo sucede no planeta moral.
Desperta para a realidade e deixa-te permear pelo entusiasmo do amor e da caridade, alterando o país dos sentimentos ultrapassados.
Não te permitas o desencanto em relação à vida, Enem te precipites nos abismos das fugas psicológicas, porque a encontrarás onde quer que vás, talvez mais complicada do que deparas neste momento.
Adota a conduta reta, educa-te mediante as lições iluminativas do evangelho de Jesus, despertando para novos comportamentos.
És autor do teu futuro, que escreves com as tuas ações atuais, assim como delineaste ontem as ocorrências de hoje.
Não te permitas o anestésico da ilusão, sempre temporária, porque desertarás inevitavelmente.
As Soberanas Leis estabeleceram códigos de equilíbrio e de sabedoria que se encontram ao alcance de todos aqueles que se resolvem pela aquisição da plenitude.
Descobri-las no cotidiano constitui a grande conquista para vivenciá-las com entusiasmo e perfeita integração.
Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
“Entusiasmo e Amor pela Divulgação do Espiritismo”
“Entusiasmo e Amor pela Divulgação do Espiritismo”
Nesta entrevista concedida ao site do Instituto Beneficente Chico Xavier , Orson Peter Carrara; palestrante, escritor, articulista e editor de livros Espírita, nos conta um pouco sobre seus livros, seu trabalho de divulgação da Doutrina Espírita, e de seus projetos atuais que são: o Programa de Rádio “Alegria de Viver” e o lançamento de seu programa “Prossiga” que será veiculado pela Rede Mundo Maior.
1- Você é palestrante, escritor, articulista e editor de livros espíritas. Como concilia tudo isso?Sou aposentado, isso facilita tudo. Ao lado do tempo livre, tenho ainda enorme entusiasmo em tudo que se refira à divulgação do Espiritismo.
2- Quantos livros você já publicou e quais são?
São 13 livros, a saber:
CAUSA E CASA ESPÍRITA – 1999
ESPIRITOS – QUEM SÃO? ONDE ESTÃO? – 2007
MÉDIUNS – QUEM SÃO? COMO AGEM? 2008
ONTEM E HOJE COM KARDEC, – 2008, c?Rogério Coelho
REENCARNAÇÃO – O QUE É? COMO FUNCIONA? – 2009
ARENA DE CONFLITOS – 2009 – em parceria com Wellington Balbo
POR QUE ADOCEMOS? – 2010
MORTE – PARA ONDE VAMOS? QUEM VAI NOS RECEBER? – 2010
A ALMA DO ESPIRITISMO – 2011
TENSÃO EMOCIONAL – 2011
DOIS GIGNATES DO ESPIRITISMO – 2012
BÁLSAMO ESPIRITUAL – no prelo
DEUS? ELE EXISTE MESMO? QUAIS SÃO SUAS LEIS? – no prelo
3- Seu livro “Tensão Emocional” foi um grande sucesso de vendas. A que você credito isto?À realidade humana. O tema chama a atenção e o potencial de Emmanuel que escreveu a mensagem que originou o livro é extraordinária.
4- Você lançou recentemente o livro “Dois Gigantes do Espiritismo”. Como surgiu a ideia de escrever este livro?Do desejo de homenagear dois grandes nomes do Espiritismo: Cairbar Schutel e Yvonne Pereira, a quem dedicamos grande gratidão. Não fizemos um livro biográfico, mas um livro que desperte a atenção das gerações mais jovens, tanto de idade, quanto de espiritismo, para o legado dos citados autores.
5- Como foi para você escrever sobre dois vultos do Espiritismo que foram Yvonne Pereira do Amaral e Cairbar Schutel?Foi de grande felicidade, pois seus exemplos são marcantes na humildade, na dedicação, na fidelidade doutrinária e no amor ao próximo.
6- Em seu trabalho como editor, você tem contato com muitos Clubes de Livros Espíritas por todo o Brasil. Como você entende o crescimento dos livros espíritas atualmente?Natural que haja crescimento, considerando a grandeza do Espiritismo e a extensão territorial do país. O conteúdo espírita é altamente inspirador, daí a multiplicação de escritores. Vejo isso com naturalidade.
7- Você realizou em 2011 na cidade de Matão, o 1º Encontro Cairbar Schutel com grande sucesso de público. Qual foi o objetivo da criação do Evento?Não fui eu que realizei. É realização conjunta de um grupo de amigos. Objetivo foi motivar o estudo e a união dos espíritas. O evento foi de grande sucesso e estamos com expectativa bastante motivadora para o evento de 2012. Aliás que sugerir aos leitores que acessem www.usematao.com.br e Cliquem EAC 2012 onde está toda a programação do evento, entre outras informações. As inscrições são exclusivamente pela internet e tem vagas limitadas.
8- Você pode nos contar um pouco sobre a segunda edição deste encontro que acontecerá em Matão nos dias 22 e 23 de Setembro de 2012?O programa está repleto e cheio de surpresas. No site citado na questão anterior está o programa formal, mas nos dois dias do evento reservamos muitas outras atrações motivadoras.
9- Quantas pessoas vocês estão esperando para o Encontro Cairbar Schutel e quais as novidades para este ano?A expectativa é de 500 pessoas, capacidade do local. Entre as novidades estão a possibilidade de participação de jovens e crianças, entre outras novidades que somente serão apresentadas no evento.
10- Em 2011 você iniciou um programa chamado “Alegria de Viver” em parceria com a Rádio Saudade FM de Matão. Pode nos contar um pouco sobre este projeto?Era um sonho antigo, que demorou a concretizar-se, por receio meu mesmo. Mas a edição do programa foi de excelente repercussão. Estou muito feliz com o programa. São dois minutos diários, de segunda a sexta, de imensa alegria. Ideia origjnal foi mesmo de espalhar alegria e esperança.
11- Você estará lançando o programa “Prossiga!”, pela Rede Mundo Maior, nos conte sobre este projeto e quando será o seu lançamento.Sim., será programa de 5 minutos, com textos e questões motivadoras e á luz do Espiritismo. Ainda não há data prevista de estreia, mas foram gravados 40 programas.
12- Quais são seus projetos para o futuro?Continuar a trabalhar pela divulgação espírita e melhorar a mim mesmo.
13- Deixe uma mensagem para o leitor de nosso site.Desejo convidar o leitor a continuar estudando o Espiritismo e participando de seu movimento. Quem se isola, perde a oportunidade do aprendizado. É exatamente trabalhando que nos motivamos.
Por: Rita Ramos Cordeiro
DESCUBRA O ENTUSIASMO NA VIDA
DESCUBRA O ENTUSIASMO NA VIDA
Entusiasmo é acreditar na nossa capacidade de fazer as coisas acontecerem, de darem certo, de transformar a natureza e as pessoas.
Não espere ter as condições ideais para se entusiasmar.
Nós é que temos que transformar a nossa vida numa Vida Entusiástica.
Não é a realidade da vida que tem que nos entusiasmar, nós é que temos que entusiasmar a realidade da nossa vida! Nós é que temos que entusiasmar nossas idéias…
“DICAS PARA SE VIVER ENTUSIASTICAMENTE”
1- Afaste-se das pessoas e dos fatos negadores e negativos. Se você se deixar envolver por um ambiente negativo, você vai se transformar numa pessoa negativa.
2- Acredite nos seus “insights” positivos. Os vencedores são aqueles que acreditam nas suas idéias.
3 – Não reclame constantemente. Quando a gente reclama muito, se habitua a reclamar cada vez mais e acaba se transformando numa pessoa azeda. É insuportável conviver com pessoas que só vivem se queixando!
4- Cultive a alegria e o bom humor… Aprenda a sorrir! Terapia do Riso : Habituar-se a sorrir, a achar graça de si mesmo. O sorriso tem um efeito poderoso em nossa vida; as pessoas que zombam dos próprios erros, são mais felizes e mais fortes.
5- Ilumine seu ambiente de trabalho e da sua casa. A escuridão traz a depressão! O ambiente determina a condição funcional em que as pessoas agem e fazem as coisas ocorrerem.
6- Seja alguém disposto a colaborar com os outros. Sempre ache uma maneira de participar! Traga as pessoas mais próximo de você. Participe, converse com as pessoas com as quais convive. interesse-se pelas pessoas à sua volta!
7 – Surpreenda as pessoas com “momentos mágicos”. Contagie os outros… Faça com que ao entrar num ambiente, as pessoas se contagiem com a aura de entusiasmo que envolve você!
8 – Faça tudo com sentimento de perfeição. Faça as coisas com vontade de fazer! Não faça nada pela metade! Faça as coisas com desejo de acertar e de criar o mais correto possível! Ande bem vestido, limpo e perfumado. Tenha orgulho da sua imagem. Gostar de si próprio, mantendo a auto-estima, é fundamental para o Entusiasmo.
10 – Aja prontamente. Faça agora! “DO IT NOW” Não postergue, não deixe para amanhã. Quando tiver alguma coisa para fazer, faça imediatamente. Sentiu que é o momento certo?
- Aja! ! !
“ENTUSIASMO SIGNIFICA TER DEUS DENTRO DE SI.”
Descubra o entusiasmo na Vida! Seja capaz de transformar as coisas e fazê-las acontecer. Não espere as condições ideais, faça o Entusiasmo ocorrer pela crença de que você é capaz de realizações eficazes e de… VENCER OBSTÁCULOS ! ! !
Desconheço a Autoria - Recebido por email.
ENTUSIASMO…
ENTUSIASMO…
É maravilhoso, Senhor, acordar de manhã com os olhos brilhantes de alegria
por todas as atividades que estão à nossa espera.
É maravilhoso estar apaixonada de alguma forma, seja pela vida, seja por alguém,
seja por um projeto ou por um ideal.
Quando o entusiasmo permeia as nossas ações, aquilo que plantamos viça!
Aquilo que mentalizamos toma forma! Aquilo que planejamos se realiza com êxito!
É maravilhoso, Senhor, perceber que o entusiasmo e a alegria caminham juntos e
são contagiantes, uma vez que alegram e motivam também aqueles que nos circundam.
Senhor, que sempre possamos ter metas e ideais que nos motivem.
Mesmo quando já estivermos velhinhos, que nunca nos falte uma razão para estarmos
radiantes, motivados e luminosos…
(Fátima Irene P.)
O Poder do Entusiasmo
Entusiasmo é acreditar na nossa capacidade de fazer as coisas acontecerem, de darem certo, de transformar a natureza e as pessoas.
Não espere ter as condições ideais para se entusiasmar.
Nós é que temos que transformar a nossa vida numa Vida Entusiástica.
Não é a realidade da vida que tem que nos entusiasmar,
nós é que temos que entusiasmar a realidade da nossa vida!
Nós é que temos que entusiasmar nossas idéias...
"DICAS PARA SE VIVER ENTUSIASTICAMENTE"
1- Afaste-se das pessoas e dos fatos negadores e negativos.
Se você se deixar envolver por um ambiente negativo, você vai se transformar numa pessoa negativa.
2- Acredite nos seus "insights" positivos.
Os vencedores são aqueles que acreditam nas suas idéias.
3 - Não reclame constantemente.
Quando a gente reclama muito, se habitua a reclamar cada vez mais e acaba se transformando numa pessoa azeda.
É insuportável conviver com pessoas que só vivem se queixando!
4- Cultive a alegria e o bom humor... Aprenda a sorrir!
Terapia do Riso :
Habituar-se a sorrir, a achar graça de si mesmo.
O sorriso tem um efeito poderoso em nossa vida; as pessoas que zombam dos próprios erros, são mais felizes e mais fortes.
5- Ilumine seu ambiente de trabalho e da sua casa. A escuridão traz a depressão!
O ambiente determina a condição funcional em que as pessoas agem e fazem as coisas ocorrerem.
6- Seja alguém disposto a colaborar com os outros.
Sempre ache uma maneira de participar!
Traga as pessoas mais próximo de você.
Participe, converse com as pessoas com as quais convive, interesse-se pelas pessoas à sua volta!
7 - Surpreenda as pessoas com "momentos mágicos".
Contagie os outros... Faça com que ao entrar num ambiente, as pessoas se contagiem com a aura de entusiasmo que envolve você!
8 - Faça tudo com sentimento de perfeição.
Faça as coisas com vontade de fazer! Não faça nada pela metade!
Faça as coisas com desejo de acertar e de criar o mais correto possível!
9- Ande bem vestido, limpo e perfumado.
Tenha orgulho da sua imagem.
Gostar de si próprio, mantendo a auto-estima, é fundamental para o Entusiasmo.
10 - Aja prontamente. Faça agora!
"DO IT NOW"
Não postergue, não deixe para amanhã.
Quando tiver alguma coisa para fazer, faça imediatamente.
Sentiu que é o momento certo?
- Aja! ! !
"ENTUSIASMO SIGNIFICA TER DEUS DENTRO DE SI."
Feliz Ano Novo!
WOLLER
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A VIDA E O ENTUSIASMO
A VIDA E O ENTUSIASMO
Você chega em casa e pega alguns jornai. Liga a TV sem som e coloca um disco. Usa o controle remoto para mudar de canal enquanto tenta lê e presta atenção na música.
Os jornais não trazem nenhuma novidade, a programação da TV é repetitiva e você já ouviu este disco muitas vezes.
Uma desculpa passa pela sua cabeça: "A vida é isto mesmo".
Não, a vida é deslumbrar-se com o milagre dos dias.
Pense onde você deixou o seu entusiasmo. Vá atrás dele, antes que seja tarde. O Amor nunca impediu ninguém de seguir seus sonhos.
Paulo Coelho
Vós sois o sal da terra e a luz do mundo
Vós sois o sal da terra e a luz do mundo
INTRODUÇÃO
Jesus como todos sabemos foi o espírito de maior envergadura moral a encarnar em nosso planeta. Veio com sua sabedoria, inteligência, bondade e amor incondicional despertar-nos para a realização de nossa evolução, mostrando-nos principalmente através de seu exemplo (Ele mesmo revelou-se como sendo o caminho) aquilo que necessitamos fazer para alcançarmos a verdadeira felicidade, que conforme dita pelo cardeal Morlot no Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap.V-20) – “não é deste mundo”. Não que a Terra não vá se tornar um mundo feliz, pois isto faz parte da evolução, mas é que no estágio atual em que nossa humanidade se encontra isso não é possível, pois baseamos ainda nossos objetivos e metas para a felicidade sobre valores transitórios como juventude, riqueza, poder, beleza, bens materiais etc.
Jesus já há 2.000 anos atrás expressava-se através de uma forma de comunicação muito moderna em que passava uma idéia, intenção e conteúdo, tanto nas parábolas, nos sermões, nas curas, nos diálogos ou atos. E foi justamente em um destes sermões que ele nos transmitiu sua elevada moral de amor ao próximo, queda de orgulho, de vaidade, de egoísmo dando-nos esperança, coragem, fé e alegria de viver.
Este sermão impressionou e continua impressionando filósofos, pensadores e líderes religiosos até hoje. Exemplo disso foi o que Mahatma Gandhi disse certa vez: “Ainda que todos os escritos do mundo fossem destruídos e só restasse o sermão do Monte a humanidade teria à sua disposição um conjunto de ensinamentos que a levaria à felicidade e à libertação definitiva”. E é justamente neste tratado de ética e moral elevados que buscamos o tema de nosso estudo de hoje:
VÓS SOIS O SAL DA TERRA E A LUZ DO MUNDO
Para melhor compreendermos a grandiosidade destas palavras, vamos prestar atenção ao início do sermão da montanha (bem aventuranças): Mateus V – 13 a 16.
Qual teria sido o objetivo de Jesus afirmando (nada foi dito por Jesus, mas sim afirmado) sermos a luz do mundo?
Primeiramente recorramos ao dicionário para entendermos melhor o que significa a palavra luz: Palavra que se origina do latim “luce” e que em física quer dizer radiação eletromagnética capaz de provocar sensação visual num observador normal. Em sentido figurado significa aquilo ou aquele que esclarece, ilumina ou guia. Esclarecimento, elucidação, certeza, verdade.
E o que tem isso a ver com nossos dias atuais?
Atravessamos um período de transição tal qual previsto por Jesus, João e outros profetas que também falaram sobre o fim dos tempos. Daqui há 4 dias um símbolo deste processo de degradação estará completando 1 ano. O 11 de setembro de 2001 foi um marco das disputas religiosas por fiéis, da obstinação pelo poder, da rivalidade de idéias. Neste mesmo processo, temos a globalização fazendo suas vítimas por aí, a poluição, o efeito estufa, o desmatamento predatório, a matança contumaz de animais, o retorno de enfermidades consideradas extintas, o ser humano que se debate entre as drogas e a prostituição, continentes inteiros à beira da morte e a mercê das doenças sexualmente transmissíveis e da fome, as guerras, a aflição, a violência de qualquer nível, a mediocridade dos programas de “lazer” impostos pela mídia, o egoísmo, ódio, inveja, intolerância e por aí vai. Tudo isso está aí presente em nossas vidas para mostrar-nos que realmente vivemos este período de trevas previsto. E poderíamos continuar a enumerar outros fatos cotidianos deste nosso mundo de provas e expiações, mas o que isso mudaria ou acrescentaria à evolução de nós espíritos que somos – não transitórios – mas eternos? E como tal precisamos igualmente de valores eternos que nos alimente e nos sustente.
Que tipo de energia estamos alimentando a egrégora do nosso ambiente quando nos prendemos a estes pensamentos e comentários? É por isso que Jesus nos alertou para a necessidade de vigiarmos nosso pensamento. Está na hora de revertermos esta situação e falarmos dos bons exemplos, como os médicos e enfermeiras que trabalham diuturnamente nos hospitais de periferia, doando de seus minguados salários o dinheiro necessário à reposição de material faltante, quando não à ajuda aos pobres que os procuram; falemos dos paramédicos que atendem, madrugada afora, à imprevidência e ao descuido nas estradas e nas ruas das grandes metrópoles; falemos dos operários e das mulheres que sustentam seus lares e famílias; dos que cuidam dos órfãos e dos velhos; dos que arriscam suas vidas em defesa do outro, dos que mantém a ordem; dos que minimizam a miséria, a fome e a delinqüência; daqueles que trabalham, anônimos, para manter o conforto que usufruímos em nosso lar; das ONGs que se dedicam à preservação da Vida na terra, no ar, nas águas, velando pela Natureza e pelo meio ambiente. Assim fazendo vamos aos poucos tirando a candeia debaixo do alqueire. Se somos a Luz do Mundo, vamos agir como tal. Alerta-nos a espiritualidade sobre a necessidade do conhecimento (luz) e do trabalho (sal) no bem. Emanuel recomenda-nos não nos determos em conflitos ou perquirições sem proveito, visto que a luz não argumenta mas sim esclarece e socorre, ajuda e ilumina.
Voltando a pergunta anterior, o que tem isso a ver conosco? Quando Jesus afirma sermos o Sal da Terra e que se o sal perder o seu sabor não servirá para nada, exceto ser jogado fora e pisado pelos homens, nos adverte para a necessidade do trabalho (diferente de emprego). Trabalho aqui deve ser entendido como necessidade de nos instruirmos das verdades apresentadas no Evangelho, do esforço para nos transformarmos, da ação que fazemos em benefício do próximo sem esperarmos recompensas e da prática do perdão incondicional.
Aliás, semana passada assisti uma parte de um programa evangélico na TV onde uma pessoa que telefonou para o programa conta diversos problemas pelo qual passava e dizia não entender o porquê de tudo isso estar acontecendo com ela, logo ela que era tão boa para os outros e tinha tanta fé em Deus. Contou que procurou diversos lugares para cura e entre eles foi a uma casa onde a colocaram para recitar mantras enquanto caminhava ao redor de uma pirâmide para que o mal se dissipasse etc. Após ouvir atentamente o pastor que apresentava o programa fez com que ela reafirmasse a estória algumas vezes, enfatizando que nada tinha adiantado até agora e lhe disse o seguinte: - Irmã, nada disto adianta se você não está conectada a Deus. A própria caridade que você fez, esperando bençãos em troca não tem qualquer valor para Deus. Irmã, para que você alcance a graça e saia desta situação em que se encontra tem que limpar seu coração da mágoa e do ressentimento, que são sentimentos ligados às trevas. Liberte seu coração da necessidade da troca e deixe a caridade fluir espontaneamente, pois esta é a que conta para Deus e liberta do mal.”
CONCLUSÃO
Nós espíritas temos a presunção (natural no ser humano) de acharmos que por entendermos um pouco sobre a pluralidade dos mundos e das existências (reencarnação), lei de causa e efeito, obsessão etc estamos espiritualmente mais elevados e somos mais merecedores da bondade de Deus do que nossos irmãos que não tem ou são de outras religiões. E por isso quando fiz a minha pesquisa sobre este tema encontrei diversos autores chamando a atenção de nós espíritas sobre a responsabilidade que temos por causa deste conhecimento adquirido através da codificação que veio rasgar o véu da ignorância ainda predominante sobre o Evangelho. Particularmente compreendo os espíritas ao contrário: somos aqueles espíritos recalcitrantes nos mesmos erros durante séculos em virtude de ainda não termos compreendido e menos ainda vivenciado os ensinamentos do Mestre.
Conhecimento é luz sem dúvida e deve ser compartilhado, mas devemos ter muito cuidado para que esta luz clareie sem ofuscar. Em muitas circunstâncias a luz de uma vela tem maior utilidade que a luz de um holofote. Jesus também nos ensinou que não jogássemos pérolas aos porcos e com certeza quando disse a seus discípulos Vós Sois a Luz do Mundo, não se referiu somente a luz fria do conhecimento (do qual somos muito orgulhosos), mas também a luz que aquece, que consola, que trabalha com determinação no bem, que transmite carinho, amor e se compraz com a felicidade do próximo, sem nada aguardar em troca.
Para sermos a Luz do Mundo devemos estar ligados na fonte divina do amor que é Deus, procurando imitar ao máximo o amigo e mestre Jesus, orientador espiritual de todos nós.
Eis aí a nossa responsabilidade. Muita Paz!
Palestra proferida por Gian Mendelski em 02/07/2002
O conhecimento auxilia por fora, só o amor socorre por dentro.
Calderaro a André Luiz - no livro No Mundo Maior.
Paz a todos: Equipe Espiritualidade em Debate
Vós sois a luz
Narrativa Evangélica:
14.Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15.Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16.Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
Comentários do GEET:
Estes versículos complementam o anterior. A luz é mais sutil que o sal e se expande para o infinito. Graças a luz e que podemos ver, inclusive o caminho a seguir. Sem luz ficamos nas trevas imobilizados. Aqueles que, por meio de seu livre arbítrio, descobriram e desenvolveram a luz em si mesmo, devem resplandecer esta luz no mundo para serem exemplos a serem seguidos.
Mas deve-se tomar cuidado com dosagem da luz, pois luz demais pode ofuscar a visão. Todo conhecimento deve ser dado no momento oportuno. O exemplo no bem deve ser sempre praticado, porém nem todos estão preparados para entender e aceitar todos os conhecimentos. Muitos não estão preparados para compreender por exemplo, o livre arbítrio que nos torna construtores do nosso próprio futuro, não há salvação e sim evolução e libertação. Daí a ética do versículo, nossa responsabilidade com nossas ações. Todos os homens, filhos de Deus, tem a luz em essência, tem a capacidade de enxergar luz do outro e resplandecer a própria, bastando que elas se dediquem no estudo e na prática das Leis Divinas. Precisamos compreender a sabedoria de Jesus quando afirma que devemos glorificar não o realizador das boas obras, mas ao Pai, ao Creador que dele faz parte. Seria omissão não compartilhar com o próximo a luz que já conseguimos conquistar, mas devemos evitar a presunção e a vaidade, filhas do orgulho, maior obstáculo da evolução. Tal é a orientação ética de Jesus.
Mensagem Espiritual:
Boa noite, queridos amigos! Que alegria retornarmos nesse convívio memorável.
Vocês não imaginam a quantidade de espíritos que estão participando desse nosso debate maravilhoso em torno dos ensinamentos do Mestre, porque de nosso lado de cá é muito maior o número daqueles que se interessam pela verdadeira renovação e transformação para o melhor.
Amigos, irmãos, na noite de hoje, no estudo de tão belas palavras, “vós sois a luz do mundo”, gostaríamos de apresentar a nossa contribuição. A Luz, nos ensinamentos do Mestre, não é simplesmente o conhecimento, mas é, fundamentalmente em essência, o amor em ação, a caridade. O amor é o ensinamento maior que veio nos ensinar o Mestre. Aquele que desenvolveu o amor-caridade em si é a Luz do mundo. Porque o amor é o único sentimento capaz de dissolver os ódios, de dissolver o remorso, de desenvolver o perdão, de acabar com as disputas, as discórdias dos seres , de eliminar a solidão, a depressão, o egoísmo e o orgulho. É o sentimento capaz de fazer o homem bom, de transformar o planeta de provas e expiações, em planete de regeneração.
O amor é o sentimento que aguarda em estado latente o desenvolvimento. É a ele que Jesus evoca. O amor que cada um possui e que está lá aguardando a nossa coragem; a coragem de fazê-lo pegar fogo, de expandi-lo dentro de nós, de fazê-lo resplandecer, bastante forte, para alcançar o outro, para transformar a realidade, para construirmos a paz de que Jesus nos falou.
Que a paz do Mestre esteja com vocês!
Espírito protetor e amigo.
“Vós sois a luz do mundo.”
“Sois a Luz!”
“Vós sois a luz do mundo.”(Jesus.Mateus,cap.5)
Quando o Cristo designou os seus discípulos, como sendo a luz do mundo, assinalou-lhes tremenda responsabilidade na Terra. A missão da luz é clarear caminhos, varrer sombras e salvar vidas, missão essa que se desenvolve, invariavelmente, á custa do combustível que lhe serve de base.Esse trabalho é de todos que estão ligados, sintonizados com o Bem.
A Doutrina Espírita é a mensagem do Cristo; que liberta, esclarece, educa e transforma. A educação é essa luz poderosa que ilumina almas.É alavanca que corrige atitudes, emerge qualidades e canaliza energia. É a educação a mola propulsora que prepara a sociedade renovada, regida por leis evoluídas e sábias.
O progresso social é fruto da renovação moral do homem. É preciso trabalhar no sentido de conscientizar o homem desde a infância, da grande verdade: a imortalidade da alma e sua ascensão para a Luz. Para tal não basta só a aquisição de intelectualidade é necessário a aprendizagem do amor , do sentimento, educando e aprimorando as emoções, auxiliando a conquista da moral elevada ,para que haja constante renovação espiritual no ser humano. Daí a necessidade da Educação da criança e do adolescente. Quem educa, evangeliza.
A quem esta educação é legada? Aos pais, educadores, evangelizadores. Muda o século, o milênio muda, mas o homem continua cheio de imperfeições, embora a natureza tem a sua personalidade que nem sempre a gente deseja, mas e daí? Fazer o que? Acabar com a esperança?O desejo que se tem é o uso da Sabedoria. Toda atividade humana é marcada por um ato de planejamento.”Jesus” planejou a sua equipe de trabalho?
- Com certeza. Evangelizou na adversidade, investiu no amor, conquistou as diferenças.” A evangelização é empresa de amor.”(Chico Xavier)
E o seu compromisso de Evangelizador? Qual é?
Vamos elucidar alguns desses comprometimentos; desempenhar a tarefa de incentivar a reflexão, através de estudos na busca do conhecimento, a responsabilidade com a casa espírita, a qualificação e a motivação nas ações que participa.”
O coração infanto-juvenil é abençoado solo onde,se deve albergar a sementeira de vida eterna nele ensementando os postulados libertadores do Espiritismo.”(Vianna de Carvalho)
Se nos compenetramos, pois, da lição do Cristo, interessados em acompanha-lo, é indispensável a nossa disposição de doar as nossas forças na atividade incessante do Bem, para que a Boa Nova brilhe na senda de redenção para todos. O cristão sem espírito de sacrifício é lâmpada morta no santuário do Evangelho.
“Vós sóis a luz do mundo”exortou-nos o Mestre-e a luz não argumenta,mas sim esclarece e socorre, ajuda e ilumina. Recorda que todos nos achamos em processo de educação e reeducação,diante do Divino Mestre.
Maria Luzia Almeida Rosa.
Brilhe a vossa luz…, vós sois a luz do mundo…
Brilhe a vossa luz…, vós sois a luz do mundo…
Já dissemos alhures que, conforme nosso entendimento, a maior missão de Jesus foi a de educar nossos Espíritos e Ele foi sem dúvida o maior educador de todos os tempos.
Ele nos lembrou que somos também filhos de Deus e que o Pai ao nos criar o fez a partir Dele mesmo o que quer dizer que todos somos deuses ou possuímos em nós o Reino do Altíssimo.
Trabalhar estes valores e despertar este potencial divino era o seu objetivo, isto é o que devemos entender por educar o Espírito e para tal Ele tinha autoridade.
É-me dado todo o poder no céu e na terra.1
Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.2
E sintetizando todo este processo nos afirmou:
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens…3
Vós sois a luz do mundo…4
Este mecanismo de despertamento destes valores se dá pela transformação moral o que em outras palavras podemos dizer autoiluminação, e o seu exercício deve ser diante dos homens através do serviço prestado a estes. Se no início ainda não fazemos por amor, devemos pelo menos, disciplinadamente, tornar-nos úteis.
Maria, que era um Espírito santificado através de suas existências milenares que provavelmente aconteceram em outro orbe, sabia de tudo isto e com grande consciência fez-se serva do Senhor. E para cumprir seu excelente papel de educadora daquele que seria o Mestre por excelência, desde criança deve ter auxiliado seu filho no despertamento desta necessidade, a de servir à humanidade sem dela nada esperar.
Servir sem ser servido, amar sem ser amado, devem ter sido o conteúdo das primeiras histórias contadas pela Mãe Santíssima a seu menino.
Muitos podem nos perguntar, como podemos saber que Maria contava histórias a seu filho? O Evangelho nada fala a este respeito.
É mais uma conclusão a que chegamos analisando Jesus. Ele foi o maior contador de histórias que temos notícia, ele era excelente observador de todas as coisas, das situações, da natureza. É lógico que ele tinha registrado em si mesmo todas as virtudes, entretanto, não é menos lógico que sua mãe despertava nele desde criança estes valores através de uma educação apropriada ao que ele iria necessitar no futuro. Não foi à toa que ela é que foi a agraciada com esta nobre missão.
Entre todos o Espíritos que já estiveram fisicamente em nosso orbe Jesus foi o que mais serviu, ensinando-nos a assim fazer com alegria. Ele teve o exemplo em sua própria casa, Maria se declarou serva do Senhor e nos primeiros movimentos do Magnificat disse:
Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus em meu Salvador, porque olhou para a humilde posição de sua serva.5
A visão de Jesus sobre Deus é ampla, Maria não O encarcerou na realidade de sua cultura: minha alma engrandece o Senhor. Ou seja, ela vê Nele muito mais do que a sua religião ensinava… Para a Mãe de Jesus, Deus não estava preso às paredes de um templo, nem operava em favor das criaturas de uma religião apenas, Ele era o Senhor Universal. Ela se alegrava em servir a Deus em sacrificar-se em Seu nome: meu espírito exulta em Deus, isto é comungava com Ele em plena harmonia, integrando-se Nele, realizando a Sua vontade, isto era o mais importante e a fonte de sua alimentação espiritual.
Paulo de Tarso deve ter se maravilhado com esta visão da Mãe de nosso Senhor, não foi por outro motivo que desejou escrever um Evangelho a partir de sua ótica, expressando todo seu sentimento. E na impossibilidade de assim fazer, delegou a seu amigo de maior confiança, Lucas, de deixar registrado para todos nós aquele que seria referenciado por muitos como sendo “O Evangelho de Maria”.
A nossa espiritualidade não é autêntica, nós oramos e estudamos, procuramos fazer o Bem, mas tudo com hora marcada, só entre os afins, em nosso círculo de fé. No dia a dia, na vida comum, somos muito diferentes do que pregamos em nossas casas espíritas ou nos templos a que nos afeiçoamos. Maria engrandecia o Senhor, se alegrava da presença Dele em sua vida, ela estava sempre em comunhão com o Divino.
Quem vive assim, como Maria, automaticamente está educando seus filhos ou seus alunos, educar é ser coerente com o que se prega. Só podemos levar alguém para o caminho de Deus se nós estivermos nele.
Maria servia a Deus, mas servia com tal integridade, que podemos compreender que transcendia ao simples ato de servir. Maria vivia Deus.
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Bibliografia
A Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Ed. Paulinas, 1992.
BibleWorks For Windows, Versão 7.0.012g. BibleWorks, 2006.
CURY, Augusto. Maria, a Maior Educadora da História. São Paulo: Ed. Planeta do Brasil, 2007.
KARDEC, Allan. “Ensaio Sobre a Interpretação da Doutrina dos Anjos Decaídos.” Revista Espírita, 1862: Janeiro.
---------- O Evangelho Segundo o Espiritismo. 104ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991.
---------- O Livro dos Espíritos. 50ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1980.
PASTORINO, Carlos Torres. Sabedoria do Evangelho Vol. 8. Rio de Janeiro: Sabedoria, 1967.
PEREIRA, Yvone do Amaral. Memórias de um Suicida. Rio de Janeiro: FEB, 1955.
ROGONATTI, Eliseu. O Evangelho dos Humildes. 14ª ed., São Paulo, Pensamento, 2001
XAVIER, Francisco C./André Luiz. Ação e Reação. 6ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1978.
XAVIER, Francisco C./Emmanuel (Espírito). Levantar e Seguir. São Bernardo do Campo: GEEM, 1992.
----------O Consolador, 16ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1993.
----------Paulo e Estevão, 41ª Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004.
XAVIER, Francisco C./Espíritos diversos. Momentos de Ouro. São Bernardo do Campo: GEEM, 1977.
XAVIER, Francisco C./Humberto de Campos (Espírito). Crônicas de Além Túmulo. Rio de Janeiro: FEB, 1937.
---------- Boa Nova, 14ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1982.
XAVIER, Francisco C./Irmão X (Espírito). Lázaro Redivivo. Rio de Janeiro: FEB, 1945.
Inicie bem o seu dia em http://evangelhodiaadiacomemmanuel.blogspot.com/
1 Mateus, 28: 18
2 João, 13: 3
3 Mateus, 5: 16
4 Mateus, 15: 14
5 Lucas, 1: 46 a 48
Autor: Claudio Fajardo de Castro (Juiz de Fora/MG)
e-mail: fajardo1960@gmail.
Valorize-se para crescer
Valorize-se para crescer
Cada dia que a gente vive na Terra é um dia significativo demais para nós. Embora seja muito difícil viver no mundo - difícil, não por causa do mundo, mas por causa da gente - somos os únicos seres racionais que respiramos, sobre o planeta. Desse modo, todo tipo de confusões é gerado por nós, os seres inteligentes da criação de Deus.
Os animais seguem seu ciclo naturalmente. O que eles fazem está dentro da Lei do determinismo, do instinto. Os animais não erram jamais. Um predador, quando destrói o outro, o faz para comer e não apenas pelo prazer de destruir.
Quando olhamos as estações do ano, vemos como são regulares. Em todos os anos, as coisas se comportam do mesmo jeito. No inverno é frio, o verão é quente, o outono de folhas amareladas e muito fruto e, naturalmente, a primavera de flores.
O sol nasce sempre no mesmo lugar e se depõe sempre no mesmo lugar. O luar realiza o mesmo trabalho, a mesma qualidade de luar. Desde que os primeiros homens aportaram ao mundo, o luar é o luar. É uma chuva de prata sobre a Terra. E o sol a pino no meio dia é uma gargalhada de pingentes de ouro que a Divindade derrama sobre o mundo.
Então, se faz necessário que aprendamos a crescer para sermos dignos de todas essas bênçãos que Deus nos concede a cada dia. É importante que a gente cresça, é necessário que a gente cresça, é indispensável esse crescimento.
Não podemos esquecer que foi Jesus Cristo que nos disse que era importante que fôssemos perfeitos quão perfeito é o nosso Pai Celestial. Isso é um desafio. Naturalmente que não seremos perfeitos como Deus é perfeito. Mas, quando Jesus Cristo nos disse isto, é que Deus é a referência, a Ideia Divina é a referência para que marchemos para lá, através dos ensinamentos de Cristo.
Foi Ele também que nos disse:
Eu sou o Caminho, eu sou a Verdade, eu sou a Vida e ninguém chegará ao Pai se não for por mim.
Logo, essa direção que Ele nos aponta, esse sentido Divino que Ele nos dá, deverá ser percorrido através dos Seus ensinamentos. Então, para que se realize o nosso crescimento, será necessário que cada qual de nós se valorize.
E como é que a gente se valoriza? É muito interessante pensar nisso, porque há pessoas, variadíssimas pessoas no mundo, que têm um senso de autorrespeito muito comprometido. Dizemos que são pessoas que têm a autoestima muito baixa. A estima por si mesmo é muito baixa nesse ou naquele indivíduo.E quando a nossa autoestima é baixa, a gente começa a se desvalorizar, começamos a nos implodir, passamos a nos destruir a nós mesmos.
Quem sou eu? Eu não sou capaz disso não. Eu nunca vou aprender isso. Isso eu nunca serei capaz de fazer. Eu não sei isso. Quanta gente vive assim, se lamuriando, se lamuriando, se destruindo. Não é a vida que determinou isso para ela, não foi Deus que determinou isso para ela, é ela mesma que se vai destruindo.A autoestima baixa.
Será importante que aprendamos a desenvolver por nós mesmos, a fim de crescermos, essa autoestima alta, esse autorrespeito brilhante, nutrido, capaz de nos fazer dizer, por exemplo, ao invés de, diante de uma dificuldade:
Nunca vou aprender isto! dizermos: Eu ainda vou aprender isto!
Ao invés de dizer:
Eu nunca serei capaz de dizer isto! Eu ainda farei isto. - Logo mais eu vou aprender isto. Eu ainda não sei, ainda não sei!
E, dessa maneira, nos lembramos de Jesus outra vez, nosso Modelo e nosso Guia como Ele é. Disse Jesus e o Evangelista Marcos escreveu:
Tudo é possível àquele que crê.
Isso porque quando nós cremos que as coisas vão acontecer, passamos a trabalhar com tal entusiasmo, com impulso interno, que fazemos com que as coisas aconteçam.
E Jesus Cristo nos diz ainda:
Tudo aquilo que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vos atenderá.
Pedir ao Pai não significa que Ele nos dará de graça, significa que vamos correr atrás, vamos buscar. Em nome do nosso crescimento é preciso que a gente se valorize.
* * *
Todas as vezes que estivermos pensando em nossa valorização, não poderemos ser pessimistas, imaginando-nos sempre pessoas incapazes. Temos que fazer o contrário. Somos filhos de Deus, carregamos essa marca da Divindade. Tudo é possível àquele que crê que pode fazer. Tudo é possível a nós, desde que o queiramos.
Vós sois deuses... Vós sois o sal da Terra... Vós sois a luz do mundo...
Tantas coisas temos ouvido de Jesus Cristo, nesses dois milênios que nos separam de Sua estada na Terra, que nos faz ter esse brio próprio, que não tem nada a ver com orgulho nem vaidade. É esse autorrespeito, essa capacidade de buscar em nós e ao nosso derredor, aquilo que nos faça crescer, aquilo que seja fruto de nossa autovalorização.
Estudar, por exemplo. Não adianta ficarmos dizendo: Isto não entra na minha cabeça! Eu não tenho cabeça para isto! Porque apenas vamos fixando negatividades. Apenas vamos confirmando a nossa tese de incapacidades.
É importante que digamos: Eu ainda vou aprender isto, mesmo que demore. Um dia, eu chegarei lá! Eu serei apto a fazer isto. Vou aplicar-me para fazer isto!
Sempre as expressões afirmativas. Exatamente por causa dessas expressões afirmativas, nós iremos conquistando as coisas gradativamente e aí seremos pessoas capazes de se valorizar no trabalho profissional.
Nunca nos conformemos em fazer o trabalho sob nossos cuidados da mesma forma, da mesma maneira medíocre. Estaremos sempre desejosos de nos aperfeiçoar, de fazer de uma maneira diferente, de embelezar mais o nosso trabalho, de torná-lo um trabalho feito melhor, mais rapidamente, de forma eficiente para que ele seja eficaz. Então, nós vamos crescendo.
Aquela pessoa que aprendeu a cozinhar muito lentamente, muito vagarosamente, ora salgava a comida, ora deixava dura, vai se desenvolvendo de tal maneira que se torna uma pessoa apreciada por todos aqueles que gostam dos seus pratos, dos seus preparos.
Aqueles que aprenderam a cantar, a princípio desafinados, desentoados, mas vão se aprimorando, vão fazendo aulas, vão fazendo cursos, vão treinando e se tornam verdadeiras cotovias.
Aqueles que começaram a jogar futebol como pernas de pau, como dizemos popularmente, aqueles que não sabiam de que lado estava o seu gol, vão observando, vão olhando, vão aprendendo, vão treinando e daí a pouco são uns verdadeiros craques.
Em todas as coisas que façamos, poderemos sempre nos aprimorar, sempre melhorar. Podemos nos aprimorar como amigos, como familiares, como marido e mulher. Aquela coisa de ser sempre do mesmo jeito, como a gente casou, e dizendo sempre do mesmo jeito as coisas... nós vamos aprendendo a dizer a mesma coisa de forma mais bonita, usar palavras mais bem postas, usar expressões mais elegantes.
Vamos aprendendo a nos desenvolver, a falar melhor. Não se justifica que, no mundo de hoje, em pleno século XXI, cometamos os mesmos erros em nosso idioma, com tantos livros na banca de jornal, com tantas bibliotecas ao nosso dispor. Ainda que o nosso país tenha poucas bibliotecas, mas teremos uma biblioteca na nossa cidade, no nosso bairro, em algum lugar. Apanharemos emprestado com um amigo, com um professor nosso, com alguém que nos possa emprestar, mas vamos aprimorando.
Os nossos conhecimentos de História, História do Brasil. Como é que foi que tudo começou aqui?
Cada vez que a gente vai se aprimorando, vamos crescendo. A gente vai crescendo E é tão importante que vamos aprendendo com isso a gostar mais de nós. Vamos conseguindo nos amar melhor, nos amar mais e, desse modo, a vida vai tendo um outro sabor para nós, outro sentido para nós.
Aprenderemos a nos desenvolver como religiosos. Deixaremos de ser essas pessoas piegas, repetindo chavões e aprenderemos que Deus não está apenas nos textos dos livros. Deus tem que estar na nossa vida.
Aprenderemos que a palavra de Deus não é simplesmente a palavra que está escrita na Bíblia. A palavra de Deus é toda palavra boa, toda palavra que vem para construir o bem, para reerguer a alma, para nos fazer felizes. Dita por uma criança, por um velho, por um jovem, por um professor, dita por um orador, dita por um religioso.Toda expressão boa representa a Lei de Deus. É a palavra de Deus.
Vamos amadurecendo os nossos conceitos, vamos aprendendo a nos valorizar, a não jogar pérolas aos porcos. Se as pessoas estão zombando de nós ou da nossa crença, ou do nosso modo de pensar, nós as respeitamos. E para demonstrar que as respeitamos, nos respeitamos a nós mesmos com a autoestima alta.
Porque só será possível que amemos o próximo, quando aprendermos a amar a nós mesmos, como propôs Jesus de Nazaré:
Amai o vosso próximo como amai a vós mesmos.
E a partir disso, vamos verificar que a nossa vida será valorizadíssima. Cresceremos ao infinito, sob a luz do nosso Mestre Jesus.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 102, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em agosto de 2007. Exibido na CNT, Canal 6, Curitiba e Canal 7, Londrina, no dia 23 de março de 2008.
Disponível no DVD Vida e Valores, v. 3, ed. Fep.
Em 04.01.2010.
VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO
VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO
Artigo extraído do livro "O Sermão da Montanha" - FEB - 7ª Edição - 6/1989.
Naquela manhã, em que o povo se reunira para ouvir o Divino Mestre, os raios solares, surgindo no horizonte, iam inundando as bandas orientais com o resplendor de sua luz.
A superfície tranqüila do lago próximo refletia o rosicler das nuvens matutinas; pássaros trinavam docemente, esvoaçando entre as árvores; folhas e flores, abrindo-se, viçosas, pareciam sorrir à bênção de um novo dia.
Jesus fitou o Sol nascente, pousou depois o olhar sobre os discípulos que tinha perto de si e disse-lhes:
- “Vós sois a luz do mundo”.
O seu pensamento íntimo, nesse instante, devia ser: “Assim como o Sol, dissipando as trevas noturnas, desperta o mundo para a vida e sazona os produtos da terra, cada um de vós tem por mister difundir a Boa Nova que venho anunciar aos que se acham obumbrados pela ignorância e pelo erro, de modo a preparar-lhes os corações para que dêem frutos de mansidão e de fraternidade”.
Como às cidades e aldeias edificadas nos montes ao redor repontavam na claridade da manhã, o Mestre, apontando-as, observou:
- “Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte”. E aduziu: “Nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas sobre o velador, a fim de que ela dê luz a todos os que estão na casa. Assim, brilhe a vossa luz diante dos homens; que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. (Mateus, 5:14-16).
Magnífica lição!
Os seguidores do Cristo, por serem “a luz do mundo”, devem constituir-se em veículo da revelação divina a todos os povos e nações. Cada discípulo do Mestre, individualmente, deve ser um facho de luz a iluminar os homens no caminho para o céu, sendo necessário que, por seu intermédio, resplandeça a bondade e a misericórdia do Pai, pois é desígnio da Providência que a Humanidade receba as Suas bênçãos através de instrumentos humanos.
A missão que o Cristo confiou aos seus seguidores deve estender-se a todas as criaturas, de qualquer longitude ou latitude da Terra. Contrariando os preconceitos da época, quando os israelitas orgulhavam-se de ser “a porção escolhida por Deus dentre os povos” e consideravam os demais como “estrangeiros” imundos e desprezíveis, Jesus ensina que todos pertencemos a uma só família humana e não traça qualquer limite à nossa “casa”.
Suas palavras: “vós sois a luz do mundo” – “brilhe a vossa luz diante dos homens”, de sentido nitidamente universalista, nada têm de comum com o amor-próprio, o preconceito de nacionalidade e o separatismo intransigente, pregado pelos rabinos judeus; eliminam todo e qualquer prejuízo de raça, de casta, ou de quejandos, pois para Deus não há escolhidos e enjeitados, há apenas almas a serem aquecidas pelo Amor e iluminadas pelo conhecimento da Verdade.
Os raios do Sol alcançam todos os recantos do globo, tanto no hemisfério oriental como no ocidental; a luz do Evangelho, igualmente, deve penetrar todas as almas sobre a Terra, a fim de que participem, sem exclusão de uma só, da glória do Senhor.
Mas... Não basta ensinar aos homens as excelências da doutrina cristã. É preciso – diz o Cristo – que “eles vejam as vossas boas obras”, tornando patente que cada discípulo deve contribuir com o seu contingente pessoal de amor aos semelhantes, para que desta forma sejam levados a “glorificar o Pai Celestial”.
Se cada cristão, nestes vinte séculos de Cristianismo, houvesse atendido à determinação do Mestre, cumprindo fielmente a sua missão, bem outra seria hoje a situação mundial. Não se teriam erguido “cortinas de Ferro”, nem qualquer outra espécie de parede de separação, dividindo os homens em facções que se odeiam e se hostilizam com guerras frias e quentes, impedindo que se estabeleça entre nós o “reino de Deus”, ou seja, um mundo de paz, de justiça, e de alegria inalterável, de felicidade perfeita.
Oxalá muitos ainda consigam, neste ciclo que se fecha, vencer as trevas do egoísmo que lhes envolvem os corações e se transformem em agentes vivos da luz divina que dimana do Cristo!
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