terça-feira, 18 de setembro de 2012

A educação dos sentimentos




Toda edificação necessita de bases sólidas para não ruir.

A Reforma Íntima, tão difundida pelo Espiritismo, simbolicamente é uma edificação que tem o objetivo de acelerar o aprimoramento e o progresso do espírito. Por sua vez a educação dos sentimentos é uma dessas bases sólidas, a qual enxerga e vislumbra a potencialidade do ser humano em se melhorar e dessa forma progredir, objetivo maior para se atingir a tão sonhada evolução espiritual, principalmente quando se está encarnado (vivo).
A palavra “educação” vem do latim “educare” ou “educere” e significa o ato de educar ou o conjunto de normas pedagógicas aplicadas ao desenvolvimento de um modo geral.
A palavra “sentimento” se entende como a ação ou efeito de sentir, ou ainda a faculdade ou capacidade de sentir, de receber impressões mentais, tal como as paixões, o pesar, a mágoa, o desgosto, mas também o lado positivo como o amor, a amizade, o patriotismo, etc.
Como dito, ações ou efeitos, positivos ou negativos, devem ser trabalhados com o intuito de propiciar melhores condições para se conseguir um objetivo, no caso a evolução espiritual.
A educação dos sentimentos seria então a junção da aplicabilidade de métodos, normas ou regras com a capacidade de “filtrar” os nossos sentimentos como as emoções, as paixões e os vícios, mas também com a observância da valorização das virtudes.
Perceba que de propósito foi escolhida uma palavra que de forma literal pudesse exprimir a função essencial de eliminar as impurezas.
Por falar nisso, como anda o “filtro” dos seus sentimentos?
Já que foi falado em educação, então necessário se faz mencionar algo sobre a pedagogia ou o cognitivismo (conhecimento).
Por falar em pedagogia, Hippolite Leon Denizard Rivail, eminente pedagogo francês (1857) nos esclarece que: “A educação, se for bem compreendida, será a chave do progresso moral. Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres como se conhece a de manejar as inteligências, conseguir-se-á corrigi-los, do mesmo modo que se aprumam plantas novas. Essa arte, porém, exige muito tato, muita experiência e profunda observação”.
Não por acaso, este pedagogo adotou o nome de Allan Kardec com o intuito de separar a obra relacionada à pedagogia daquele que viria a ser o Codificador do Espiritismo ou Paracleto, o Consolador prometido por Jesus, o Cristo. No caso acima, trecho da resposta à pergunta 917 da obra básica “O Livro dos Espíritos”.
Para o Espiritismo promover a educação e transmitir os conhecimentos edificantes, como também ensejar as condições para que o encarnado possa evoluir espiritualmente gera os princípios da educação dos sentimentos, visando assim a Reforma Íntima.
Isso urge e é necessário, pois muitas pessoas ainda estão presas ao orgulho que equivocadamente nos faz sentir melhores do que realmente somos; à intolerância que é inimiga do perdão; à vaidade que decorre do orgulho; à inveja que reflete o quanto somos pequenos perante Deus; ao ciúme que é irmão da inveja; à avareza que diz respeito ao apego ao materialismo; ao ódio que é a manifestação contrária ao amor, portanto contrário ao Criador, pois como diz o povo: Deus é amor; ao personalismo que se apoia no egoísmo; à impaciência que é a prova do nervosismo; e a tantos outros sentimentos menos edificantes que podem e devem ser eliminados com o intuito de evoluir espiritualmente e filosoficamente.
Eduardo Medeiros, 26/05/2012.




Este arquivo foi atualizado em 27.08.2012

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