segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Muitos os chamados, poucos os escolhidos
Publicado por C.E. Seareiros de Jesus / Nenhum comentário
POR KESI ADRIA
Jesus conversava com os homens através de parábolas, uma forma de ensinar contando histórias, respeitando o tempo de cada um para o entendimento dos ensinamentos sobre nós – humanos – e a vida. A parábola “Trabalhadores da Última Hora” nos é um convite a perceber como devemos aproveitar a vida atual para nosso desenvolvimento moral e espiritual.
Nesta história contada por Jesus, havia um homem rico, dono de uma vinha, que pela manhã saiu às ruas em busca de trabalhadores. Para cada contratado, prometia pagar um tostão. Assim foi o dia inteiro, correndo aqui e ali em busca de homens que quisessem trabalhar na vinha. Ao final do período, começando pelos últimos que chegaram, pagou tostão a tostão, conforme o combinado.
Aqueles que iniciaram a labuta pela manhã e fizeram o trabalho incansável o dia todo foram os últimos a receber e ganharam a mesma quantia dos demais. O fato incomodou e causou revolta a esses trabalhadores, que acharam a atitude do dono da vinha como injusta, mesmo ele tendo acertado o valor que tinha sido combinado.
Vamos trazer esta parábola para a nossa realidade, fazer com que os trabalhadores sejamos nós, habitantes do planeta Terra, pessoas encarnadas. E o reino dos céus seria o senhor das vinhas. Nós apenas imaginamos como ele seja, não o compreendemos e pouco entendemos como se procede ao código de justiça divina.
Viemos para esta vida porque fomos chamados a vencer novas etapas das nossas limitações, dos nossos defeitos e falhas. Nós viemos para vencer nossas tendências ruins, para cultuar virtudes sublimes adormecidas e que podem nos aproximar do chamado “reino dos céus”. Por mais que este reino seja um enigma, o buscamos o tempo todo, porque entendemos – ainda que de forma inconsciente – que nele seremos felizes, puros, teremos paz e felicidade plena.
Os “trabalhadores da última hora” podem ser cada um de nós. Na vida trabalhamos, lutamos, vivemos, reclamamos, sonhamos e assim vai num ciclo interminável. Muitas vezes somos bonificados rapidamente pelos nossos esforços, em outros momentos, nem tanto. Tudo depende do nosso merecimento e de estarmos preparados para o “pagamento”, porém nem sempre temos consciência para reconhecer isso.
Ao recordar a história da Humanidade, podemos constatar que muitos trabalhadores surgiram para trazer a Boa Nova, as mensagens e exemplos que enobrecem o ser humano. Entre eles, desde lá trás, estão Moisés, João Batista, Jesus e seus apóstolos, Allan Kardec, Bezerra de Menezes, Chico Xavier e outros tantos que vieram para criar ações que promoveram contribuições à Humanidade.
Mania de reclamar
A parábola fala dos trabalhadores que reclamam do salário justo e esse tipo de situação muito tem a ver com nossa vida. Salário é recompensa. A pergunta é: que recompensa nós queremos para esta vida? Há quem diga que é saúde, outro não vacila em afirmar que é dinheiro, na lista ainda aparecem bom emprego, amigos de verdade, reconhecimento profissional, filhos e assim vai, a lista é grande.
Se a cada um é dado conforme as suas obras, o que teremos de fazer para que as coisas melhorem para nós? Trazendo esta reflexão para os ensinamentos espíritas, o salário espiritual que receberemos será de acordo com o mérito do nosso trabalho. Mais que labutar pelas necessidades físicas inerentes à condição atual, precisamos trabalhar e muito para atender as necessidades espirituais que nos acompanham dia a dia. Ser solidário, fraterno, tolerante, desprendido, paciente, ficar um pouco consigo mesmo, dedicar um tempo para estudar a doutrina espírita, doar outro tempo para uma causa justa…; enfim, fazer coisas edificantes é um alimento espiritual nutritivo, que nos faz sentir a presença de Deus.
“Há muitos os chamados e poucos os escolhidos”, disse Jesus. Realmente, Cristo nos fez um alerta e um convite ao mesmo tempo. Pediu para que fizéssemos da vida encarnada uma oportunidade ímpar. Veja a condição do nosso planeta. A Terra é habitada por milhares de pessoas, porém quantos de nós teremos caminhado uns passinhos à frente rumo à perfeição ao desencarnar?
Não tem como ser promovido no trabalho sem fazer a diferença, sem inovar e trazer resultados, sem fazer bem para aquilo que foi contratado. Não tem como passar de ano na escola da vida sem se tornar um especialista e provar que aprendeu. Não saberemos como é o reino dos céus sem sermos melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo. Precisamos cultivar o otimismo, a crença no melhor, cultivar bons pensamentos e virtudes edificantes. Queira ser melhor e comece a se preparar hoje.
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