- uma análise baseada nas curas de Jesus -
Andrei Moreira *
A cura na visão da OMS
A saúde, na definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) está definida como um “estado de completo bem estar físico, psíquico e social e não meramente a ausência de doenças”. Essa definição, embora bastante ousada e vanguardista, data de 1949 e representa o ideal que todos nós perseguimos, mas que não conseguimos alcançar. Não conseguimos porque diante dos inúmeros desafios na vida, raros são aqueles que conseguem manter o equilíbrio em todas as áreas, quanto mais o completo bem estar, como pretende a OMS. A prática de saúde atual, a despeito de todos os avanços científicos, apresenta-se fragmentada e focada na super-especialização e no tecnicismo, e está muito longe de fornecer ao indivíduo recursos de auto-conhecimento, instrução e auto-amor que o capacite a sedimentar a busca pela saúde de forma eficaz e permanente,
A cura na visão espírita
Na visão espírita, a saúde é entendida sob o prisma da imortalidade da alma e as experiências de vida como construções pessoais, intransferíveis. Emmanuel nos afirma que “Saúde é a harmonia da alma”, dando-nos a orientação precisa para compreender que o foco de atenção é o espírito imortal, viajante da eternidade, construtor de seu destino e mantenedor dos estados íntimos que constituem a saúde e a doença.
Harmonia significa sintonia com seu momento de vida, seu estágio de amadurecimento, suas necessidades psicológicas, sociais e biológicas, bem como integração com o meio e interação consciente e útil com a sociedade e o universo. Harmonia não depende de ausência de doenças, podendo se manifestar mesmo na presença destas. Chico Xavier trazia o corpo coberto de enfermidades e o coração pacificado em Deus, harmonizado com sua proposta e sua missão. Já Hitler, pegando os extremos como exemplo, trazia o corpo aparentemente saudável e a alma desarmonizada, desconectada com o seu papel no universo e em seu momento evolutivo. Harmonia representa o resultado do plantio, a resposta da vida à busca consciente por sentido e significado mais profundos, por entendimento de si mesmo e seu papel no atual contexto encarnatório, mas, sobretudo, a conseqüência natural das ações no bem particular e coletivo.
Joseph Gleber, no livro O Homem Sadio, nos propõe que ‘Saúde é a real conexão criatura-criador e a doença o contrário momentâneo de tal fato’, rementendo-nos a reflexão à relação do ser com o Pai, com a fonte de sabedoria e supremo amor. O apóstolo João nos informa que “aquele que não ama não conhece a Deus porque Deus é amor” (I João 4:8). Jesus, a manifestação direta do Pai, o “melhor e maior modelo dado por Deus aos homens (LE q625), nos advertiu que sadio, portanto, é aquele que ama, independente de sua crença, de sua posição social, econômica, política ou religiosa, visto que o amor é a síntese da ética cósmica, a própria expressão do criador, no qual “vivemos, existimos e nos movemos”, conforme asseverou Paulo de Tarso (Atos 17:28).
A cura, na visão espírita, é resultado de um movimento pessoal, de um encontro do ser consigo mesmo e com o Deus que habita em si. Ela é fruto do despertar gradual que o espírito realiza enquanto caminha em direção à morada do Pai (sua intimidade), retornando ao seio daquele que é todo justiça, poder e bondade. É resultado da harmonia que é conseqüente ao esforço de auto-superação e desenvolvimento das potencialidades amorosas da alma, virtudes divinas existentes em gérmen na intimidade humana.
A cura segundo Jesus
“E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias no meio do povo...” (Mateus 4: 23). Se analisarmos a postura terapêutica do Cristo e suas curas, encontraremos farto material simbólico e arquetípico a nos direcionar o pensamento e o sentimento para a consciência de nosso papel co-criador e auto-curativo. Analisaremos cinco curas, de forma integrada, propondo uma visão possível dentre as inúmeras sugeridas pela ação crística.
Narra-nos o evangelista Marcos (Marcos 10: 46-52), que Jesus passava pela cidade de Jericó, acompanhado por grande multidão, quando um cego que mendigava à beira o caminho, de nome Bartimeu, o filho de Timeu, ouvindo que a turba se aproximava e que o messias nazareno se encontrava dentre eles, começou a clamar: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim. E clamava em altos brados e de tal forma que os que acompanhavam Jesus o advertiram para que não molestasse o mestre. Ele, tocado em suas fibras mais íntimas, sentindo certamente que seu momento de despertar espiritual era chegado, clama sem cessar até que o mestre, parando, manda que ele venha ter com ele. Interessante a postura de Jesus, que não vai até o cego, não se compadece do mendigo à maneira habitual, acreditando-lhe necessitado eterno. Ele ordena que ele, mesmo cego, levante-se e vá ter com ele, que se encontra no meio da multidão. Narra-nos o evangelista que Bartimeu, lançando de si a capa (tudo aquilo que encobria seu ser), levanta e vai ter com Jesus. O filho de Timeu, esquecendo-se de suas ilusórias limitações, levanta-se, mostra-se tal qual é, resgatando sua espontaneidade e naturalidade ao influxo da palavra do mestre e busca Jesus. Importante observação para todos aqueles que vivem a vida à semelhança do mendigo de Jericó, à espera da migalha alheia na forma de afeto, atenção, consideração e valor pessoal, sem conhecer as próprias capacidades e belezas, sem encarar a sua possibilidade de enfrentar a multidão dos seus desafios pessoais com otimismo e confiança em si mesmo e na vida. Tomar a iniciativa de buscar a Jesus é imprescindível atitude no caminho de reequilíbrio, pois o Cristo representa as leis divinas, a moral e a ética cósmica, transpessoal, capaz de nortear, como uma bússola segura, a nau que ameaça soçobrar nos mares da existência em busca de porto firme... Quando Bartimeu alcança Jesus, o divino pedagogo, conhecedor profundo da alma humana lhe questiona: que queres que te faça? Certamente que o Cristo, enviado celeste, sabia o que tinha para oferecer, mas àquele que busca a cura torna-se essencial a consciência do processo. Bartimeu tinha desejos, expectativas, visões que foram validadas pelo Mestre quando lhe questionou a que veio e o que desejava dele. E o filho de Timeu, tocado em sua alma pela sabedoria e maturidade lhe respondeu: Senhor, que eu veja... que eu possa enxergar os caminhos da vida por onde minhas pernas haverão de trilhar, por onde haverei de buscar a minha felicidade e a minha alegria, a realização de minha alma... Que eu veja os roteiros de luz que tu tens para me indicar a fim de que possa restabelecer a minha auto-estima e sedimentar a minha confiança na rocha firme das convicções profundas que me direcionem para a auto-sustentação e auto-gerência com dignidade e eficácia na busca pela felicidade... E as vistas de Bartimeu se abrem por ordem de Jesus, que afirma-lhe que a sua fé o havia salvado, o seu amadurecimento o havia libertado. Jesus representa o eterno amor de Deus disponibilizado para as criaturas, incondicionalmente, à espera de que estas possam usufruir desse estímulo e sustento divino na conquista de si mesmos.
Mas Jesus continua sua caminhada e vamos encontrá-lo agora na varanda do templo de Jerusalém, à beira do tanque de Betesda, ou piscina das ovelhas, como era conhecido aquele tanque cujas propriedades da água, acreditava-se, eram milagrosas. De tempos em tempos um anjo viria do alto a balançar as águas e o primeiro que lá dentro se atirasse seria curado de suas enfermidades. E essa crença era de tal forma arraigada naquele povo, que uma multidão se acotovelava naquelas paragens à espera de um milagre. Assim também a humanidade atual, que acredita que as respostas para seus dramas e a cura para as doenças do corpo e da alma virão exclusivamente de fora, da ciência, da psicologia ou da religião, e aguardam imóveis a solução miraculosa que as liberte de seu sofrimento e de seu vazio interior. Narra-nos o evangelista João (João 5: 1 – 15) que naquele local estava um homem que há 38 anos jazia enfermo, deitado sobre um catre, aguardando a cura de sua enfermidade. Jesus, em nova postura terapêutica, não aguarda seu pedido, não o conclama a vir até ele, mas reconhecendo a circunstância educativa em que o homem se inseria, vai até ele e chama-lhe pelo nome dizendo: queres ficar são? O paralítico, ainda mergulhado na parcial ilusão de sua dependência, mas certamente já amadurecido pelos anos de enfermidade e reflexão, responde a Jesus que esse era seu desejo, mas tão logo o anjo balançava as águas da piscina, outro se atirava à sua frente e ele não conseguia a cura almejada. Vigora ainda hoje na humanidade a crença de que a cura, a felicidade e a realização são frutos de disputa e que uma vez o outro tendo conquistado-a não há espaço para conquistas semelhantes ou mesmo que as haja, a disputa, a inveja e a comparação destróem as melhores aspirações... Jesus, ignorando a ilusão na alma do doente lhe chama à ordem e ao equilíbrio determinando, com seu magnetismo vigoroso, que ele se levantasse, tomasse a sua cama e andasse. A paralisia é curada e o homem tem seus membros, dantes atrofiados, rejuvenescidos e agora vigorosos para caminhar pela vida com liberdade e consciência de seu papel e dever perante si mesmo, o outro e Deus. Na seqüência da narrativa, Jesus encontra-lhe no templo, local dedicado à adoração ao Pai e o Cristo, percebendo-lhe em adoração íntima e verdadeira, presenteia-o e a nós todos com a lição magistral: “eis que já estás são (pois que reconectado ao criador); não tornes a pecar para que não te suceda algo pior”. O pecado, quando exprimido por Jesus, segundo estudiosos, tinha sentido bem diferente do que entendemos hoje. A palavra hebraica que o originou, traduzida para o grego, segundo o teólogo Jean Yves Leloup, dizia-se Hamartia, que ‘em sentido literal significa: perder o eixo, o centro, visar ao largo, ao lado, estar fora do alvo”. Assim como ele advertiu a mulher considerada adúltera (João 8:3-11), mostrando-lhe a ausência de julgamento exterior e integrando-a na posse consciente de sua experiência de vida, para que fosse e não pecasse mais, ele advertiu ao ex-paralítico da piscina e a todos nós, para que diante dos insucessos de nossos caminhos evolutivos, não nos deixássemos dominar pela culpa, orgulho e desânimo, recomeçando sempre a busca pela cura de nossas almas e o encontro da paz. Ao ex-paralítico Jesus pareceu querer dizer que agora que suas pernas estavam reabilitadas e seu coração entregue ao Senhor, que ele redimensionasse seus objetivos, propósitos e instrumentos para alcançar os alvos destinados pelo seu interesse e coração, na conquista da felicidade permanente em sua alma. Sem culpas, sem medos, sem amarras, mas com coragem, que, literalmente, significa agir com o coração. Percebemos aqui que o olhar restabelecido no cego de Jericó tem a continuidade nas pernas revitalizadas na piscina de Betesda. Mas Jesus prossegue e não pára por aí...
Em Lucas 17:11-19 vamos encontrar o mestre diante de dez leprosos, os portadores antigos do mal de Hansen da atualidade, infecção bacteriana pelo bacilo de Koch que naquela época era desconhecida. Essa doença caracteriza-se por afetar, predominantemente, o sistema nervoso e tegumentar (a pele e camadas mais superficiais), gerando lesões de grande impacto e sofrimento, nas fases mais avançadas da doença. Sem acesso à real compreensão da moléstia, os portadores da Lepra eram discriminados e estigmatizados pela sociedade, que os considerava impuros e os proscrevia em sociedades isoladas da comunidade majoritária, nos chamados vales dos leprosos, onde sofriam na solidão e no quase total abandono o avanço da doença. Aqueles doentes observavam Jesus de longe, sem coragem de se aproximarem, seguindo os preceitos sociais da época. O Cristo, em nova postura terapêutica, vendo-os se compadece e manda que eles se dirijam ao sacerdote e a ele se apresentem. Mandava a lei mosaica que quando um leproso fosse curado pelo poder divino, que ele devia se apresentar ao sacerdote para que fosse considerado purificado e pudesse se reinserir na sociedade de origem. Enquanto se dirigiam para o templo, ficaram curados e se maravilharam disso. Dos dez, apenas um retornou a agradecer ao senhor e a bendizer-lhe a intervenção divina. Jesus, vendo-o, questionou: não foram dez os curados? Onde estão os outros nove? E sem aguardar resposta disse: vá, a tua fé te curou. Embora a intervenção do alto se dê indistintamente, poucos são aqueles que cogitam de cura real e aproveitam das divinas concessões para purificar a alma nos caminhos da vida. O amor de Deus, disponível a justos e injustos, testemunha aquilo que Jesus afirmou, ao repetir as palavras do profeta Oséias: “misericórdia quero, e não sacrifício” (Oséias 6:6 e Mateus 9:13). A Hanseníase, nesse contexto, simboliza tudo aquilo que isola e afasta o homem do convívio sadio com os seus, com a sociedade de que faz parte, no cumprimento de seu papel e sua missão. A pele é símbolo da troca, do afeto. É o que nos limita e nos separa do outro, mas também é a fonte da sensibilidade e da percepção a interação com o meio, bem como o sistema nervoso representa a fonte de orientação e ação, o guia e controlador do corpo. Nessa interpretação, os hansenianos simbolizam a doença da separatividade, do isolamento, do preconceito e discriminação, em todas as formas que ela se apresente. Curando-os, Jesus convida a toda a sociedade a se reinserir no seu papel co-criador, a curar as relações que são a fonte da vida e se restabelecer na expressão da sensibilidade e do afeto inerentes às almas que se conectam com a fonte de compaixão, ternura e misericórdia que emana do Pai. Diante do olhar curado de Bartimeu, para enxergar a vida, das pernas restabelecidas do paralitico da piscina de Betesda para caminhar pela vida, Jesus nos direciona os passos convidando o candidato à cura real do espírito a assumir seu papel social como um digno representante de Deus, como um ser consciente que implementa ações transformadoras pelo afeto, que foca nas relações investido de alteridade verdadeira e que busca a sua realização na capacidade de interagir ofertando o seu melhor.
Jesus prossegue o seu caminho e agora vamos percebê-lo na região de Gadara (Mateus 8: 28-34), a encontrar os enfermos que estavam possessos e viviam nos sepulcros, tomados por uma legião de espíritos que com eles se afinizava e entrava em sintonia. Jesus, em postura terapêutica singular, não lhes dá conversa, não perdendo tempo com o mal temporário e apesar de seus protestos liberta os enfermos que haviam cedido a sua vontade à dominação da vontade alheia, pela concordância e aceitação dos pensamentos, ações e sentimentos inspirados, deixando à legião de espíritos transviados no mal a companhia da manada de porcos, símbolo da queda moral, que, perturbada pela vibração adoecida daqueles seres, se agita, precipitando-se no mar. A possessão, representando o estágio máximo do fenômeno obsessivo, simboliza a letargia espiritual, a rebeldia e a dor de estar apartado do bem e da paz. Chama-nos Jesus a atenção para a conseqüência do afastamento do bem e a intensidade de desequilíbrio a que se arroja o ser quando se desvia do amor e dos esforços por conquistá-lo. O mal, sem ter existência real, assim como a sombra, desaparece ao raiar o dia na alma do filho de Deus que deseja reencontrar-se e assumir seu destino com consciência e integridade. A liberdade relativa dada por Deus aos homens limita-se na escolha dos mecanismos de amor e de amar, visto que só há liberdade verdadeira para o bem. Quando nos transviamos na maldade ou na crueldade para conosco mesmo ou para com nosso semelhante, a vida aciona mecanismos automáticos de retorno ao equilíbrio, fazendo a separação do joio e do trigo, ainda que por meio da dor. Jesus simboliza nessa passagem, a intervenção misericordiosa de Deus pondo termo ao conluio de mentes e vontades adoecidas devido ao afastamento do bem. Libertando os endemoniados gadarenos, o Cristo convida a humanidade esclarecida a exercer a sua liberdade para o usufruto dos dons divinos, no exercício da criatividade elevada para o belo e para o bem, a serviço da educação espiritual do ser humano. O olhar de Bartimeu que enxerga os caminhos, que caminha nas pernas do paralítico da piscina de Betesda, a caminho da inserção social necessária e profícua, é agora individualizada na edificação da identidade sagrada e única do filho de Deus que desperta para seguir louvando ao senhor em seus testemunhos diários.
Finalmente, o evangelista nos apresenta a cena em que o Mestre, em dia de sábado, encontra-se no templo a louvar a Deus e desejoso de dar uma lição importante à hipocrisia religiosa dominante naquela época e em todas as épocas, cura o jovem que tinha a mão mirrada dizendo: abra-te, e ela se abriu (Lucas 6: 6 – 11). Feliz é a alma que se encontra no reconhecimento da grandeza do senhor e se identifica com ela, louvando a Deus em toda parte. Mas Jesus testemunha que mais feliz ainda são aqueles que, adorando ao senhor, não se circunscrevem à adoração dos lábios e das atitudes inúteis, fazendo da sua comunhão com o Pai um exercício de fé, vitalidade e amor prático a serviço do semelhante, a serviço do alívio da dor humana e do cultivo do otimismo e da esperança nos corações necessitados. Abrindo a mão do jovem no templo, o senhor sintetiza a proposta de cura do evangelho sugerindo-nos que o adorador de Deus abre as mãos na direção do seu irmão, estabelecendo ligações, conectando as almas e sentindo a todos como família irmanada em Deus, nosso Pai.
Conclusão
Enxergar, caminhar, interagir e integrar, individualizar e finalmente servir, eis a síntese luminosa da proposta de cura da alma expressa no evangelho para o filho pródigo que retorna à casa paterna, em busca de aconchego, trabalho e consideração. “Vai, a tua fé te curou”, representa o coroamento de um trabalho longo de auto-burilamento, auto-consciência e superação pessoal na direção do alvo sagrado da renovação de alma para a felicidade almejada. O amparo divino não escasseia em nenhum tempo e em nenhuma época, sendo abundante fonte de nutrição e consolo, estímulo e sustento na caminhada de todo filho de Deus. Ecoa em nossos ouvidos a mensagem do Cristo aos apóstolos, diante das dificuldades e limitações da jornada a afirmar: “eis que estarei até o fim convosco”; “Aquele que perseverar até o fim será salvo”, dando-nos a exata noção da responsabilidade que nos é devida e da misericórdia que nos é concedida diuturnamente.
A visão de saúde da Organização Mundial de Saúde e a proposta espírita se interlaçam na busca pela harmonia da alma e o equilíbrio dinâmico do bem estar holístico. O Espiritismo, enquanto ciência do espírito, nos convida à individualização com Jesus, na renovação do homem velho em homem novo, vitalizado pela revelação da boa nova e as vibrações do amor. Como conseqüência desse movimento de cura interior nasce o homem de bem, que vencendo as suas dores interiores, parceiras ainda presentes no atual estágio de saúde possível ao homem da Terra, mostra-se comprometido com o coletivo, com a utilidade geral, consciente de si mesmo e conectado à fonte suprema, bebendo da fonte sagrada da inspiração superior e atento ao questionamento do mestre aos discípulos despertos para as verdades superiores da vida: e Tu, (diante da cura que construístes e conquistaste) que fazeis de especial (Mateus 5:47) ?
* Médico generalista integrante de uma equipe do PSF em BH/MG
Presidente da Associação Médico-Espírita de MG
ammsouza@hotmail.com – www.amemg.com.br
Fontes
1) A Bíblia Sagrada – tradução de João Ferreira de Almeida
2) O Consolador – Emmanuel/Francisco Cândido Xavier, Ed. Feb
3) O Homem Sadio, uma nova visão – autores diversos, psicografia de Alcione Albuquerque e Roberto Lúcio Vieira de Souza, Ed. Fonte Viva
4) O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
5) O Romance de Maria Madalena – Jean Yves Leloup, Ed. Vozes
6) Preamble to the Constitution of the World Health Organization as adopted by the International Health Conference, New York, 19-22 June, 1946; signed on 22 July 1946 by the representatives of 61 States (Official Records of the World Health Organization, no. 2, p. 100) and entered into force on 7 April 1948.
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