terça-feira, 22 de maio de 2012
Construção da Individuação
O pastor que resagata a ovelha perdida, torna-se mais vigilante em relação à mesma, assim como às demais, evitando-se excesso de confiança, porque, à medida que o rebanho avança, existem desvios e abismos perigosos...
Ante a ovelha que foge, a atitude do pastor é o socorro maternal, nada obstante, às vezes, o animal rebelde liberta-se dos braços protetores e novamente desaparece, optando pelo desvão no qual se oculta...Em tal situação, em seu benefício o pegureiro assume o seu animus e, vigoroso, aplica-lhe o cajado ou atiça-lhe o cão, encaminhando-o de volta ao aprisco.
É, portanto, inadiável o dever de prosseguir-se no compromisso relevante sobre qualquer custo, seja qual for a circunstãncia em que se apresente.
A insistência de que se dá provas, quando se optando pela situação doentia, pelas sinuosidades do comportamento sem responsabilidade, propele a consciência - o pastor vigilante - a impor sofrimentos que se encarregam de apontar o rumo correto, de encontrar-se o que se está extraviando ou foi deixado na retaguarda...
O ocidental acostumou-se com os limites da emoção e adaptou-se aos prazeres da sensação de tal modo, que tudo aquilo que o convida a inversão desse comportamento parece-lhe de dificil aplicação e, por tal razão, evita viver a proposta de olhar para si mesmo, para dentro, de autopenetrar-se para descobrir os incomparáveis tesouros da alegria íntima, da vivência elevada, sem cansaço, sem ansiedades nem expectativas. Esse esforço é realizado somente quando não tem outra alternativa e quando apresenta cansaço em torno do conhecido gozo dos sentidos.
É necessário passar por todas essas experiências, experimentar dificuldades e acertos, sofrer perseguições e ser eleito porque tudo isso faz parte da constituição arquetipica da evolução, e ninguém pode vivenciar um estágio sem passar pelo outro.
( do livro: Em Busca da Verdade- Joanna de Ângelis )
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