A FORÇA DE VONTADE O PODER DA VONTADE, NA VISÃO ESPÍRITA DE LÉON DENIS, filósofo e Apóstolo do Espiritismo
"As causas da felicidade não se acham em lugares determinados no espaço; estão em nós, nas profundezas misteriosas da alma, o que é confirmado por todas as grandes doutrinas. "O reino dos céus está dentro de vós", disse o Cristo. O mesmo pensamento está por outra forma expresso nos Vedas: "Tu trazes em ti um amigo sublime que não conheces". A sabedoria persa não é menos afirmativa: " Vós viveis no meio de armazéns cheios de riquezas e morreis de fome à porta." ( Suffis Ferdousis ) É na vida íntima, no desabrochar de nossas potências, de nossas faculdades, de nossas virtudes, que está o manancial das felicidades futuras. Gastamos a vida em coisas banais, improfícuas: percorremos o caminho da existência sem nada saber de nós mesmos, das riquezas psíquicas, cuja valorização nos proporcionaria gozos inumeráveis. Por que meio poremos em movimento as potências internas e as orientaremos para um ideal elevado? Pela vontade! Os usos persistentes, tenazes, desta faculdade soberana permitir-nos-á modificar a nossa natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria, a doença e a morte. É pela vontade que dirigimos os nossos pensamentos para um alvo determinado. É preciso saber concentrar, por o pensamento acorde com o pensamento divino. Então a alma humana é fecundada pelo Espírito divino, que a envolve e a penetra, tornando-a a realizar nobres tarefas, preparando-a para a vida do Espaço, cujos esplendores ela, enfraquecidamente, começa a entrever desde este mundo. Aprendamos, pois, a servir-nos de nossa vontade e, por ela, a unir nossos pesnamentos a tudo o que é grande, à harmonia universal, cujas vibrações enchem o espaço e embalam os mundos. A vontade é a maior de todas as potências; é, em sua ação, comparável ao imã, A vontade de viver, de desenvolver em nós a vida, atrai-nos novos recursos vitais; tal é o segredo da lei de evolução. O princípio da evolução não está na matéria, está na vontade, cuja ação tanto se estende na ordem invisível das coisas como à ordem visível e material. O princípio superior, o motor da existência, é a vontade. O que importa, acima de tudo, é compreender que podemos realizar tudo no domínio psíquico...quando se exerce de maneira constante, em vista de alcançar um desígnio conforme ao Direito e à Justiça. É o que se dá com a vontade...que mina devagar e silenciosamente todos os obstáculos. A vontade, a confiança e o otimismo são forças preservadoras, outros tantos baluartes opostos em nós a toda causa de desassossego, de perturbação, interna e externa. Bastam, às vezes, por si sós, para desviar o mal; ao passo que o desânimo, o medo e o mau-humor nos desarmam e entregam a ele sem defesa. O simples fato de olharmos de frente para o que chamamos o mal, o perigo, a dor, a resolução de afrontarmos, de os vencermos, diminuen-lhes a importância e o efeito. O pessimismo, torna fraco; o otimismo torna forte. Demais, foi esse - em todos os tempos e com formas diversas - o princípio da saúde física e moral. Cada alma é um foco de vibrações que a vontade põe em movimento. Querer é poder. O poder da vontade é ilimitado...tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente..., quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei Divina. E é nisso que se verifica a palavra celeste: " A Fé transporta montanhas " Minha vontade chama-me: " Para frente, sempre para frente, cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina." Sabei que todo homem pode ser bom e feliz; para vir a sê-lo basta que o queira com energia e constância. Dirigi incessantemente vosso pensamento para esta verdade: - que podeis vir a ser o quiserdes. E sabei querer ser cada vez maiores e melhores. Tal é a noção do progresso eterno e meio de realizá-lo; tal é o segredo da força mental, da qual emanam todos as forças magnéticas e físicas. Quando tiverdes conquistado este domínio sobre vós mesmos, não mais tereis o que temer os retardamentos nem as quedas, nem as doenças, nem a morte; tereis feito de vosso "eu" inferior e frágil uma alta e poderosa individualidade!" ( texto extraído do livro "O Problema do Ser, do Destino e da Dor", de Léon Denis, editora da FEB )como ganhar dinheiro na internet
sexta-feira, 10 de junho de 2016
A vontade dirigida
O psiquiatra recebeu em seu consultório um paciente com depressão aguda.
Segundo a família, ele estava naquele estado há mais de 5 anos e já havia tentado suicídio várias vezes.
Agora estava ali, diante do médico, em busca de um remédio que o curasse de forma instantânea.
O médico, acostumado a todo tipo de paciente, olhou-o no rosto e falou com firmeza: “Tenho duas notícias para lhe dar. Uma delas é que ainda não existe um remédio para a sua doença.”
O paciente contorceu-se na cadeira, e perguntou um tanto irritado: “e a outra notícia?”
“Bem, a outra notícia é que a sua cura depende da sua vontade”.
“Como assim, Doutor? Eu não tenho vontade para nada. Não tenho vontade de trabalhar, nem de comer, nem de falar com pessoas. A vida não tem mais sentido para mim.”
O psiquiatra, que o observava com atenção, lhe falou com voz muito firme: “você está cheio de vontade.”
Aí o paciente não se conteve, deu um murro sobre a mesa e retrucou nervoso: “o senhor está brincando comigo? Eu já lhe disse que não tenho vontade, Doutor.”
Sem se alterar, o médico voltou a afirmar: “o senhor tem muita vontade, sim. Tem vontade de não trabalhar, de não comer, de dormir, de não falar com ninguém, e vontade de se isolar do mundo.”
“Mas a vida não tem sentido para mim”. Tornou a dizer o paciente.
O médico, conhecedor das causas que levam a pessoa a esse estado de ânimo, disse-lhe: “você está é com raiva do mundo e por isso deseja matar-se, para punir aqueles que o infelicitaram e que não consegue perdoar.”
Nesse momento o homem quase teve um surto. Levantou-se e gritou, enlouquecido: “Eu nunca vou perdoá-los! Meu patrão me despediu, acabou com a minha vida, meus irmãos me roubaram a herança e...”
E desfilou uma lista de nomes de pessoas que odiava com toda força de seu ser.
Então o psiquiatra voltou a dizer: “somente quando você perdoar conseguirá se livrar desse ácido que o corrói e o está matando, dia após dia.”
E aquele homem enorme, falou entre dentes: “eu nunca vou perdoá-los”.
O médico aproveitou a oportunidade para reafirmar ao seu paciente que ele estava cheio de vontade, mas dirigida para a própria infelicidade.
Vale a pena meditar sobre a direção que estamos dando a nossa vontade.
Até quando dizemos que não temos vontade, estamos usando nossa vontade para não sentir vontade.
Se dizemos que não sentimos vontade de viver, podemos afirmar que, na verdade, estamos com vontade de não viver.
Estamos com vontade de fugir do mundo, com vontade de dormir, de ficar num quarto fechado, com vontade de morrer...
Mas a vontade está ativa. Somente está sendo dirigida para onde nossa razão desejar.
Se você ainda não havia pensado por esse ângulo, pense agora.
Lembre-se de que a vontade é uma força neutra que existe em nós, capaz de definir nossas ações. Basta que saibamos dirigir essa força de acordo com nossa escolha.
Se escolhemos ter vontade de morrer, podemos direcionar essa força para a vontade de viver. A força não se altera, mas alteramos a direção.
Se escolhemos ter vontade firme de não perdoar, de manter o desejo de vingança, podemos dirigir essa força para a indulgência, para o perdão.
O que geralmente acontece, é que sentimos prazer mantendo esse estado de coisas. Sentimos prazer em chamar a atenção dos outros, fazendo-nos de vítimas.
Essa autopiedade é extremamente perigosa, pois pode nos levar a situações de maior infelicidade ainda.
Por todas essas razões, vale a pena direcionar a nossa vontade com lucidez.
Com o desejo sincero de construir a nossa felicidade efetiva, sem o prazer mórbido de infelicitar aqueles que nos infelicitam.
Pense nisso, mas pense agora.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em palestra do Dr. José Roberto Martinez, no Teatro da FEP, em 03/04/2005.
Segundo a família, ele estava naquele estado há mais de 5 anos e já havia tentado suicídio várias vezes.
Agora estava ali, diante do médico, em busca de um remédio que o curasse de forma instantânea.
O médico, acostumado a todo tipo de paciente, olhou-o no rosto e falou com firmeza: “Tenho duas notícias para lhe dar. Uma delas é que ainda não existe um remédio para a sua doença.”
O paciente contorceu-se na cadeira, e perguntou um tanto irritado: “e a outra notícia?”
“Bem, a outra notícia é que a sua cura depende da sua vontade”.
“Como assim, Doutor? Eu não tenho vontade para nada. Não tenho vontade de trabalhar, nem de comer, nem de falar com pessoas. A vida não tem mais sentido para mim.”
O psiquiatra, que o observava com atenção, lhe falou com voz muito firme: “você está cheio de vontade.”
Aí o paciente não se conteve, deu um murro sobre a mesa e retrucou nervoso: “o senhor está brincando comigo? Eu já lhe disse que não tenho vontade, Doutor.”
Sem se alterar, o médico voltou a afirmar: “o senhor tem muita vontade, sim. Tem vontade de não trabalhar, de não comer, de dormir, de não falar com ninguém, e vontade de se isolar do mundo.”
“Mas a vida não tem sentido para mim”. Tornou a dizer o paciente.
O médico, conhecedor das causas que levam a pessoa a esse estado de ânimo, disse-lhe: “você está é com raiva do mundo e por isso deseja matar-se, para punir aqueles que o infelicitaram e que não consegue perdoar.”
Nesse momento o homem quase teve um surto. Levantou-se e gritou, enlouquecido: “Eu nunca vou perdoá-los! Meu patrão me despediu, acabou com a minha vida, meus irmãos me roubaram a herança e...”
E desfilou uma lista de nomes de pessoas que odiava com toda força de seu ser.
Então o psiquiatra voltou a dizer: “somente quando você perdoar conseguirá se livrar desse ácido que o corrói e o está matando, dia após dia.”
E aquele homem enorme, falou entre dentes: “eu nunca vou perdoá-los”.
O médico aproveitou a oportunidade para reafirmar ao seu paciente que ele estava cheio de vontade, mas dirigida para a própria infelicidade.
Vale a pena meditar sobre a direção que estamos dando a nossa vontade.
Até quando dizemos que não temos vontade, estamos usando nossa vontade para não sentir vontade.
Se dizemos que não sentimos vontade de viver, podemos afirmar que, na verdade, estamos com vontade de não viver.
Estamos com vontade de fugir do mundo, com vontade de dormir, de ficar num quarto fechado, com vontade de morrer...
Mas a vontade está ativa. Somente está sendo dirigida para onde nossa razão desejar.
Se você ainda não havia pensado por esse ângulo, pense agora.
Lembre-se de que a vontade é uma força neutra que existe em nós, capaz de definir nossas ações. Basta que saibamos dirigir essa força de acordo com nossa escolha.
Se escolhemos ter vontade de morrer, podemos direcionar essa força para a vontade de viver. A força não se altera, mas alteramos a direção.
Se escolhemos ter vontade firme de não perdoar, de manter o desejo de vingança, podemos dirigir essa força para a indulgência, para o perdão.
O que geralmente acontece, é que sentimos prazer mantendo esse estado de coisas. Sentimos prazer em chamar a atenção dos outros, fazendo-nos de vítimas.
Essa autopiedade é extremamente perigosa, pois pode nos levar a situações de maior infelicidade ainda.
Por todas essas razões, vale a pena direcionar a nossa vontade com lucidez.
Com o desejo sincero de construir a nossa felicidade efetiva, sem o prazer mórbido de infelicitar aqueles que nos infelicitam.
Pense nisso, mas pense agora.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em palestra do Dr. José Roberto Martinez, no Teatro da FEP, em 03/04/2005.
Vontade
A vontade é a maior de todas as potencialidades da alma.
Sua ação é comparável a de um imã.
A vontade de viver desenvolve em nós a vida.
Atrai-nos novos recursos vitais.
A vontade de evoluir oportuniza-nos chances de crescimento e de progresso.
O uso persistente e tenaz dessa faculdade soberana permite-nos modificar nossa natureza, vencer todos os obstáculos.
É pela vontade que dirigimos nossos pensamentos para alvos determinados.
Na maior parte dos homens os pensamentos flutuam sem cessar.
Essa mobilidade constante impossibilita a ação eficaz da vontade.
É necessário saber concentrar-se, sintonizando com as esferas superiores e com as nobres aspirações.
A vontade pode agir tanto durante o sono quanto durante a vigília.
Isso porque a alma valorosa que, determinada, busca alcançar um objetivo na vida procura-o com tenacidade em todos os momentos da vida.
Funciona como uma correnteza poderosa e constante que mina devagar e silenciosamente todos os obstáculos que se apresentem.
Se o homem conhecesse a extensão dos recursos que nele germinam, ficaria deslumbrado.
Não mais temeria o futuro, tampouco se julgaria fraco.
Compreenderia sua força e acreditaria na possibilidade de ele próprio alterar seu presente e seu futuro.
O poder da vontade é ilimitado.
O homem consciente de si mesmo e de seus recursos latentes sente crescer suas forças na razão de seus esforços.
Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se.
É consolador e belo poder dizer: “Sou uma inteligência e uma vontade livres. Edifico lentamente minha individualidade e minha liberdade.
Conheço a grandeza e a força que existem em mim.
Hei de amparar-me nelas e elevar-me acima de todas as dificuldades.
Vencerei até mesmo o mal que existe em mim.
Hei de me desapegar de tudo que me acorrenta às coisas grosseiras e levantar vôo para realidades mais felizes.
Para frente, sempre para frente.
Tenho um guia seguro que é a compreensão das leis da vida.
Aprendi a conhecer-me, a crer em mim e a crer em Deus.
Hei de me conservar firme na vontade inabalável de enobrecer-me e elevar-me.
Atrairei, com o auxílio de minha inteligência, riquezas morais e construirei para mim uma personalidade melhor.”
É chegada a hora de despertar do pesado sono que nos envolve.
É necessário rasgar o véu da ignorância que nos prejudica o entendimento.
Cabe-nos aprender a conhecer a nós próprios e as nossas potencialidades.
Compete-nos utilizá-las.
Não nos entreguemos ao desespero.
Não nos julguemos fracos.
Basta-nos querer para sentirmos o despertar de forças até então desconhecidas.
Creiamos em nossos destinos imortais.
Creiamos em Deus.
Lembremo-nos: podemos ser o que efetivamente quisermos.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na terceira parte, item XX, do livro “O problema do ser, do destino e da dor”, de Léon Denis.
O poder da vontade
ÉDO MARIANI
edo@edomariani.com.br
Matão, SP (Brasil)
O poder da vontade
Acabamos de reler o opúsculo intitulado “FERNÃO CAPELO GAIVOTA”, de autoria de Richard Bach, e mais uma vez constatamos o poder da vontade na conquista daquilo que almejamos alcançar no nosso crescimento espiritual para o que é necessário disposição de “garra” constante e firme.
Esta pequena obra nos apresenta uma mensagem de otimismo, mostrando que aqui nos encontramos não só para desfrutarmos dos deleites acanhados da existência, mas para lutarmos conscientes na busca dos nossos destinos espirituais, os quais dependem somente de nós mesmos.
Afirma o autor: “A maior parte das gaivotas não se preocupa em aprender mais do que o simples fato dos voos – como ir da costa à comida e voltar. Para a maioria, o importante não é voar, mas comer. Para esta gaivota, contudo, o importante não era comer, mas voar”.
Aprendemos, com essa afirmação, que aprender a voar significa o esforço de cada um para, através do poder da vontade, adquirir nossa libertação das vulgaridades da vida material, efêmera, fugaz e passageira.
Fernão aprendeu que quanto mais alto voava mais se aproximava do ar mais rarefeito e conseguiu assim transpor os limites da sua acanhada existência de voar apenas para comer, e pensava consigo: “Como vale a pena agora viver! Em vez da monótona labuta de procurar peixe junto dos barcos de pesca, temos uma razão para estarmos vivos! Podemos subtrair-nos da ignorância, podemos encontrar-nos com criaturas excelentes, inteligentes e hábeis. Podemos ser livres! Podemos aprender a voar!”.
Assim acontece também com os homens. Enquanto vivermos apenas para os prazeres do baixo ventre, seremos como as gaivotas que vivem somente para comer. A Lei de Evolução é infalível e constante. Exige de cada um o seu próprio desenvolvimento, quer seja do intelecto como também o do sentimento, pois foi por isso que o Espírito Verdade nos alertou com clareza que dois são os mandamentos espíritas: “Amai-vos e instruí-vos”.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. II, item 8, encontramos a seguinte advertência na mensagem de Uma Rainha de França: “Para preparar um lugar no Reino dos Céus é preciso abnegação, humildade, caridade em toda a sua perfeita prática; e benevolência para com todos... Os homens correm atrás dos bens terrenos; como se pudessem guardá-los para sempre, mas aqui não há mais ilusões, e eles logo se apercebem de que se apoderaram apenas de uma sombra, e negligenciaram os únicos bens sólidos e duráveis, os únicos que lhes seriam proveitosos na morada celeste, os únicos que poderiam dar entrada a essa morada”.
Para essa realização o Espiritismo nos oferece os ensinamentos e orientações necessárias para serem aplicados na busca do caminho do bem, mas, para transformá-los em aquisições reais dos poderes da alma, é necessário boa vontade, esse elixir poderoso, com o qual realizaremos aberturas espirituais imprescindíveis para conseguirmos.
Para crescermos espiritualmente, sofremos; e o maior martírio consiste na falta de vontade. Aí julgamos que somos incapazes para proceder às mudanças necessárias na superação dos prazeres fugitivos que nos proporcionam o modelo materialista de vida que a maioria da humanidade persiste em perseguir. Sacrifício, no caso, é a dedicação que despertará a coragem para as mudanças que se fizerem necessárias em nossas vidas.
Muitas vezes sonhamos com o ideal quando ainda somos apenas o real.
Quando nos apresentam as nossas imperfeições, antes de nos avaliarmos, preferimos a dor da negação.
Erramos sim, por sermos Espíritos em crescimento, imperfeitos, e não podemos, portanto, desanimar, julgando sermos incompetentes. Necessitamos aceitar os erros de forma natural e, munidos da boa vontade, que é a nossa alavanca do poder, nos reergueremos para recomeçar quantas vezes se tornarem necessárias.
Lembremo-nos da Parábola do Filho Pródigo e permaneçamos confiantes de que Jesus prometeu estar conosco até o fim dos séculos, isto é, até nos tornarmos puros e merecedores da verdadeira felicidade que consiste na paz da consciência pura.
edo@edomariani.com.br
Matão, SP (Brasil)
O poder da vontade
Acabamos de reler o opúsculo intitulado “FERNÃO CAPELO GAIVOTA”, de autoria de Richard Bach, e mais uma vez constatamos o poder da vontade na conquista daquilo que almejamos alcançar no nosso crescimento espiritual para o que é necessário disposição de “garra” constante e firme.
Esta pequena obra nos apresenta uma mensagem de otimismo, mostrando que aqui nos encontramos não só para desfrutarmos dos deleites acanhados da existência, mas para lutarmos conscientes na busca dos nossos destinos espirituais, os quais dependem somente de nós mesmos.
Afirma o autor: “A maior parte das gaivotas não se preocupa em aprender mais do que o simples fato dos voos – como ir da costa à comida e voltar. Para a maioria, o importante não é voar, mas comer. Para esta gaivota, contudo, o importante não era comer, mas voar”.
Aprendemos, com essa afirmação, que aprender a voar significa o esforço de cada um para, através do poder da vontade, adquirir nossa libertação das vulgaridades da vida material, efêmera, fugaz e passageira.
Fernão aprendeu que quanto mais alto voava mais se aproximava do ar mais rarefeito e conseguiu assim transpor os limites da sua acanhada existência de voar apenas para comer, e pensava consigo: “Como vale a pena agora viver! Em vez da monótona labuta de procurar peixe junto dos barcos de pesca, temos uma razão para estarmos vivos! Podemos subtrair-nos da ignorância, podemos encontrar-nos com criaturas excelentes, inteligentes e hábeis. Podemos ser livres! Podemos aprender a voar!”.
Assim acontece também com os homens. Enquanto vivermos apenas para os prazeres do baixo ventre, seremos como as gaivotas que vivem somente para comer. A Lei de Evolução é infalível e constante. Exige de cada um o seu próprio desenvolvimento, quer seja do intelecto como também o do sentimento, pois foi por isso que o Espírito Verdade nos alertou com clareza que dois são os mandamentos espíritas: “Amai-vos e instruí-vos”.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. II, item 8, encontramos a seguinte advertência na mensagem de Uma Rainha de França: “Para preparar um lugar no Reino dos Céus é preciso abnegação, humildade, caridade em toda a sua perfeita prática; e benevolência para com todos... Os homens correm atrás dos bens terrenos; como se pudessem guardá-los para sempre, mas aqui não há mais ilusões, e eles logo se apercebem de que se apoderaram apenas de uma sombra, e negligenciaram os únicos bens sólidos e duráveis, os únicos que lhes seriam proveitosos na morada celeste, os únicos que poderiam dar entrada a essa morada”.
Para essa realização o Espiritismo nos oferece os ensinamentos e orientações necessárias para serem aplicados na busca do caminho do bem, mas, para transformá-los em aquisições reais dos poderes da alma, é necessário boa vontade, esse elixir poderoso, com o qual realizaremos aberturas espirituais imprescindíveis para conseguirmos.
Para crescermos espiritualmente, sofremos; e o maior martírio consiste na falta de vontade. Aí julgamos que somos incapazes para proceder às mudanças necessárias na superação dos prazeres fugitivos que nos proporcionam o modelo materialista de vida que a maioria da humanidade persiste em perseguir. Sacrifício, no caso, é a dedicação que despertará a coragem para as mudanças que se fizerem necessárias em nossas vidas.
Muitas vezes sonhamos com o ideal quando ainda somos apenas o real.
Quando nos apresentam as nossas imperfeições, antes de nos avaliarmos, preferimos a dor da negação.
Erramos sim, por sermos Espíritos em crescimento, imperfeitos, e não podemos, portanto, desanimar, julgando sermos incompetentes. Necessitamos aceitar os erros de forma natural e, munidos da boa vontade, que é a nossa alavanca do poder, nos reergueremos para recomeçar quantas vezes se tornarem necessárias.
Lembremo-nos da Parábola do Filho Pródigo e permaneçamos confiantes de que Jesus prometeu estar conosco até o fim dos séculos, isto é, até nos tornarmos puros e merecedores da verdadeira felicidade que consiste na paz da consciência pura.
Vontade e evolução, em O Evangelho segundo o Espiritismo
Vontade e evolução, em O Evangelho segundo o Espiritismo
Disponível em: Português
Como potência da alma[1], força motriz inerente ao espírito, a vontade é categorizada por diversas formas em O Evangelho segundo o Espiritismo, podendo-se inferir do conjunto uma gravitação em torno da educação da vontade, visando ao aperfeiçoamento do espírito.
De um lado, é adjetivada como boa, surgindo boa vontade. De outro, é aposto o qualificativo má, formando-se má vontade. Estes dois modos da vontade associam-se com diversos outros temas constituidores do Espiritismo, como, por exemplo, a noção de verdade[2], graça divina e mérito evolutivo[3], criando-se um vínculo de indução entre boa vontade, verdade, graça divina e mérito evolutivo, bem como um vínculo de repulsão entre má vontade e estes conceitos. Como ilustração disso, a boa vontade é apresentada como a marca daquelas pessoas que se deixarão atrair pelo Espiritismo[4].
Em certos trechos, a boa e a má vontade comparecem lado a lado no texto, com efeito de contraposição explicativa, ressaltando, por exemplo, a boa vontade dos Espíritos em divulgar a doutrina espírita contraposta à má vontade dos encarnados em fazer conhecido o Espiritismo[5].
[1]“Se Deus lhe concedeu inteligência e discernimento, foi para deles se servir, assim como deu a vontade para querer e a atividade para ser ativo.” (27, 6, 300). Todas as citações referem-se a ALLAN KARDEC, O Evangelho segundo o Espiritismo. Taguatinga: Editora Auta de Souza, 2ª ed., abril de 2014, e grafadas assim: capítulo, item, página. Exemplo: 2, 3, 52, ou seja, capítulo 2, item 3, página 52. Os textos referentes à Introdução, serão grafados assim: Introdução, página.
[2]“Se, então, o Espiritismo é uma verdade, não teme a má vontade das pessoas, nem as revoluções morais, nem as comoções físicas do globo, porque nada disso pode atingir os Espíritos.” (Introdução, p. 21)
[3]“A graça é a força com a qual Deus favorece toda pessoa de boa vontade para se despojar do mal e praticar o bem.” (Introdução, 17, p. 40)
[4]a) “Ele foi a luz que dissipa as trevas, o clarim matinal que entoa o despertar: foi o iniciador do Espiritismo que, por sua vez, atrairá para si, não as pequenas crianças, mas as pessoas de boa vontade.” (8, 18, 126)
b)“A exemplo destes últimos, devem procurar, de início, adeptos entre as pessoas de boa vontade, aquelas que desejam a luz, nas quais se encontra um gérmen fecundo, cujo número é enorme, sem perderem seu tempo com os que recusam ver e ouvir e tanto mais resistem, por orgulho, quanto maior a importância que se pareça atribuir à sua conversão.” (24, 10, 284)
c)“Quanto àqueles que não os desejassem receber nem escutar, Jesus recomendou aos apóstolos maldizê-los, impor-se a eles, usar da violência e da coerção para convertê-los? Não! Ordenou que partissem pura e simplesmente para outro lugar à procura de pessoas de boa vontade.” (25, 11, 292)
[5]“Nem o apoio da imprensa os salvaria do naufrágio, ao passo que, mesmo privados desse apoio, não deixaram de avançar rapidamente, porque tiveram o apoio dos Espíritos, cuja boa vontade compensou, e muito, a má vontade das pessoas.”(Introdução, p. 24)
A vontade, como potência da alma, mostra um dinamismo próprio, intitulado esforço[1]. Tanto a vontade pode se fortalecer[2] quanto se debilitar[3] e, nos casos de obsessão, desaparecer por completo[4].
Pela vontade conseguimos impulsionar os fluidos mobilizados pela prece[5], estabelecendo uma corrente cuja energia é proporcional à do pensamento e da vontade[6],
A vontade pode ser inspirada pela prece[7].
Esforço e fortalecimento da vontade e precaução contra seu enfraquecimento significam estratégias educativas: a intensidade, a amplitude e a velocidade da reforma íntimasão diretamente proporcionais à maior ou menor boa vontade e esforço[8].
[1]“(...) em vez de se arrastar penosamente sobre o solo, desliza, por assim dizer, na superfície ou paira na atmosfera sem outro esforço que o da vontade”. (4, 9, 58)
[2]“Em lugar de acusar, de retomar seus bens, quem tudo lhe preparara, acuse o verdadeiro autor das suas misérias e, assim, arrependido e operoso, entregue-se, com coragem, ao trabalho; are o solo ingrato com o esforço da vontade; lavre-o até seu âmago, com auxílio do arrependimento e da esperança (...)” (18, 15, 242)
[3]“Acreditai em mim e resisti com energia a essas impressões que vos debilitam a vontade. As aspirações por uma vida melhor são inatas ao Espírito de todos, mas não as busqueis nesse mundo; e, hoje, quando Deus vos envia seus Espíritos para vos instruir sobre a felicidade que vos reserva, esperai pacientemente o anjo da libertação que deve vos auxiliar a romper os liames que retêm vosso Espírito em cativeiro.” (5, 25, 96)
[4]“Esse socorro torna-se imprescindível quando a obsessão degenera em subjugação e possessão, porque nesses casos o paciente, por vezes, perde a vontade e o livre-arbítrio.” (28, 81, 353)
[5]“Para compreendermos o que ocorre nessa circunstância, é necessário imaginar todos os seres, encarnados e desencarnados, imersos no fluido universal que ocupa o espaço, tal como o somos na atmosfera terrena. Esse fluido recebe um impulso da vontade.” (27, 10, 302)
[6]“A energia da corrente é proporcional à do pensamento e da vontade.” (27, 10, 302)
[7]“Se por nossas preces lhe inspiramos essa vontade; se o sustentamos e o encorajamos; se por nossos conselhos lhe damos as luzes que lhe faltam, em vez de suplicarmos a Deus que revogue sua lei, tornamo-nos instrumentos para a execução da sua lei de amor e caridade, da qual nos permite assim participar, para que possamos dar uma prova de caridade.” (27, 21, 308)
[8]“À medida que a alma devotada ao mau caminho progride na vida espiritual, esclarece-se e se despoja, gradualmente, das imperfeições, segundo a maior ou menor boa vontade que empregue em virtude do seu livre-arbítrio.” (8, 7, 121)
Referência ------------------------------------------------------------------------------------------
[1]“Se Deus lhe concedeu inteligência e discernimento, foi para deles se servir, assim como deu a vontade para querer e a atividade para ser ativo.” (27, 6, 300). Todas as citações referem-se a ALLAN KARDEC, O Evangelho segundo o Espiritismo. Taguatinga: Editora Auta de Souza, 2ª ed., abril de 2014, e grafadas assim: capítulo, item, página. Exemplo: 2, 3, 52, ou seja, capítulo 2, item 3, página 52. Os textos referentes à Introdução, serão grafados assim: Introdução, página.
[1]“Se, então, o Espiritismo é uma verdade, não teme a má vontade das pessoas, nem as revoluções morais, nem as comoções físicas do globo, porque nada disso pode atingir os Espíritos.” (Introdução, p. 21)
[1]“A graça é a força com a qual Deus favorece toda pessoa de boa vontade para se despojar do mal e praticar o bem.” (Introdução, 17, p. 40)
[1]a) “Ele foi a luz que dissipa as trevas, o clarim matinal que entoa o despertar: foi o iniciador do Espiritismo que, por sua vez, atrairá para si, não as pequenas crianças, mas as pessoas de boa vontade.” (8, 18, 126)
b)“A exemplo destes últimos, devem procurar, de início, adeptos entre as pessoas de boa vontade, aquelas que desejam a luz, nas quais se encontra um gérmen fecundo, cujo número é enorme, sem perderem seu tempo com os que recusam ver e ouvir e tanto mais resistem, por orgulho, quanto maior a importância que se pareça atribuir à sua conversão.” (24, 10, 284)
c)“Quanto àqueles que não os desejassem receber nem escutar, Jesus recomendou aos apóstolos maldizê-los, impor-se a eles, usar da violência e da coerção para convertê-los? Não! Ordenou que partissem pura e simplesmente para outro lugar à procura de pessoas de boa vontade.” (25, 11, 292)
[1]“Nem o apoio da imprensa os salvaria do naufrágio, ao passo que, mesmo privados desse apoio, não deixaram de avançar rapidamente, porque tiveram o apoio dos Espíritos, cuja boa vontade compensou, e muito, a má vontade das pessoas.”(Introdução, p. 24)
[1]“(...) em vez de se arrastar penosamente sobre o solo, desliza, por assim dizer, na superfície ou paira na atmosfera sem outro esforço que o da vontade”. (4, 9, 58)
[1]“Em lugar de acusar, de retomar seus bens, quem tudo lhe preparara, acuse o verdadeiro autor das suas misérias e, assim, arrependido e operoso, entregue-se, com coragem, ao trabalho; are o solo ingrato com o esforço da vontade; lavre-o até seu âmago, com auxílio do arrependimento e da esperança (...)” (18, 15, 242)
[1]“Acreditai em mim e resisti com energia a essas impressões que vos debilitam a vontade. As aspirações por uma vida melhor são inatas ao Espírito de todos, mas não as busqueis nesse mundo; e, hoje, quando Deus vos envia seus Espíritos para vos instruir sobre a felicidade que vos reserva, esperai pacientemente o anjo da libertação que deve vos auxiliar a romper os liames que retêm vosso Espírito em cativeiro.” (5, 25, 96)
[1]“Esse socorro torna-se imprescindível quando a obsessão degenera em subjugação e possessão, porque nesses casos o paciente, por vezes, perde a vontade e o livre-arbítrio.” (28, 81, 353)
[1]“Para compreendermos o que ocorre nessa circunstância, é necessário imaginar todos os seres, encarnados e desencarnados, imersos no fluido universal que ocupa o espaço, tal como o somos na atmosfera terrena. Esse fluido recebe um impulso da vontade.” (27, 10, 302)
[1]“A energia da corrente é proporcional à do pensamento e da vontade.” (27, 10, 302)
[1]“Se por nossas preces lhe inspiramos essa vontade; se o sustentamos e o encorajamos; se por nossos conselhos lhe damos as luzes que lhe faltam, em vez de suplicarmos a Deus que revogue sua lei, tornamo-nos instrumentos para a execução da sua lei de amor e caridade, da qual nos permite assim participar, para que possamos dar uma prova de caridade.” (27, 21, 308)
[1]“À medida que a alma devotada ao mau caminho progride na vida espiritual, esclarece-se e se despoja, gradualmente, das imperfeições, segundo a maior ou menor boa vontade que empregue em virtude do seu livre-arbítrio.” (8, 7, 121)
Disponível em: Português
Como potência da alma[1], força motriz inerente ao espírito, a vontade é categorizada por diversas formas em O Evangelho segundo o Espiritismo, podendo-se inferir do conjunto uma gravitação em torno da educação da vontade, visando ao aperfeiçoamento do espírito.
De um lado, é adjetivada como boa, surgindo boa vontade. De outro, é aposto o qualificativo má, formando-se má vontade. Estes dois modos da vontade associam-se com diversos outros temas constituidores do Espiritismo, como, por exemplo, a noção de verdade[2], graça divina e mérito evolutivo[3], criando-se um vínculo de indução entre boa vontade, verdade, graça divina e mérito evolutivo, bem como um vínculo de repulsão entre má vontade e estes conceitos. Como ilustração disso, a boa vontade é apresentada como a marca daquelas pessoas que se deixarão atrair pelo Espiritismo[4].
Em certos trechos, a boa e a má vontade comparecem lado a lado no texto, com efeito de contraposição explicativa, ressaltando, por exemplo, a boa vontade dos Espíritos em divulgar a doutrina espírita contraposta à má vontade dos encarnados em fazer conhecido o Espiritismo[5].
[1]“Se Deus lhe concedeu inteligência e discernimento, foi para deles se servir, assim como deu a vontade para querer e a atividade para ser ativo.” (27, 6, 300). Todas as citações referem-se a ALLAN KARDEC, O Evangelho segundo o Espiritismo. Taguatinga: Editora Auta de Souza, 2ª ed., abril de 2014, e grafadas assim: capítulo, item, página. Exemplo: 2, 3, 52, ou seja, capítulo 2, item 3, página 52. Os textos referentes à Introdução, serão grafados assim: Introdução, página.
[2]“Se, então, o Espiritismo é uma verdade, não teme a má vontade das pessoas, nem as revoluções morais, nem as comoções físicas do globo, porque nada disso pode atingir os Espíritos.” (Introdução, p. 21)
[3]“A graça é a força com a qual Deus favorece toda pessoa de boa vontade para se despojar do mal e praticar o bem.” (Introdução, 17, p. 40)
[4]a) “Ele foi a luz que dissipa as trevas, o clarim matinal que entoa o despertar: foi o iniciador do Espiritismo que, por sua vez, atrairá para si, não as pequenas crianças, mas as pessoas de boa vontade.” (8, 18, 126)
b)“A exemplo destes últimos, devem procurar, de início, adeptos entre as pessoas de boa vontade, aquelas que desejam a luz, nas quais se encontra um gérmen fecundo, cujo número é enorme, sem perderem seu tempo com os que recusam ver e ouvir e tanto mais resistem, por orgulho, quanto maior a importância que se pareça atribuir à sua conversão.” (24, 10, 284)
c)“Quanto àqueles que não os desejassem receber nem escutar, Jesus recomendou aos apóstolos maldizê-los, impor-se a eles, usar da violência e da coerção para convertê-los? Não! Ordenou que partissem pura e simplesmente para outro lugar à procura de pessoas de boa vontade.” (25, 11, 292)
[5]“Nem o apoio da imprensa os salvaria do naufrágio, ao passo que, mesmo privados desse apoio, não deixaram de avançar rapidamente, porque tiveram o apoio dos Espíritos, cuja boa vontade compensou, e muito, a má vontade das pessoas.”(Introdução, p. 24)
A vontade, como potência da alma, mostra um dinamismo próprio, intitulado esforço[1]. Tanto a vontade pode se fortalecer[2] quanto se debilitar[3] e, nos casos de obsessão, desaparecer por completo[4].
Pela vontade conseguimos impulsionar os fluidos mobilizados pela prece[5], estabelecendo uma corrente cuja energia é proporcional à do pensamento e da vontade[6],
A vontade pode ser inspirada pela prece[7].
Esforço e fortalecimento da vontade e precaução contra seu enfraquecimento significam estratégias educativas: a intensidade, a amplitude e a velocidade da reforma íntimasão diretamente proporcionais à maior ou menor boa vontade e esforço[8].
[1]“(...) em vez de se arrastar penosamente sobre o solo, desliza, por assim dizer, na superfície ou paira na atmosfera sem outro esforço que o da vontade”. (4, 9, 58)
[2]“Em lugar de acusar, de retomar seus bens, quem tudo lhe preparara, acuse o verdadeiro autor das suas misérias e, assim, arrependido e operoso, entregue-se, com coragem, ao trabalho; are o solo ingrato com o esforço da vontade; lavre-o até seu âmago, com auxílio do arrependimento e da esperança (...)” (18, 15, 242)
[3]“Acreditai em mim e resisti com energia a essas impressões que vos debilitam a vontade. As aspirações por uma vida melhor são inatas ao Espírito de todos, mas não as busqueis nesse mundo; e, hoje, quando Deus vos envia seus Espíritos para vos instruir sobre a felicidade que vos reserva, esperai pacientemente o anjo da libertação que deve vos auxiliar a romper os liames que retêm vosso Espírito em cativeiro.” (5, 25, 96)
[4]“Esse socorro torna-se imprescindível quando a obsessão degenera em subjugação e possessão, porque nesses casos o paciente, por vezes, perde a vontade e o livre-arbítrio.” (28, 81, 353)
[5]“Para compreendermos o que ocorre nessa circunstância, é necessário imaginar todos os seres, encarnados e desencarnados, imersos no fluido universal que ocupa o espaço, tal como o somos na atmosfera terrena. Esse fluido recebe um impulso da vontade.” (27, 10, 302)
[6]“A energia da corrente é proporcional à do pensamento e da vontade.” (27, 10, 302)
[7]“Se por nossas preces lhe inspiramos essa vontade; se o sustentamos e o encorajamos; se por nossos conselhos lhe damos as luzes que lhe faltam, em vez de suplicarmos a Deus que revogue sua lei, tornamo-nos instrumentos para a execução da sua lei de amor e caridade, da qual nos permite assim participar, para que possamos dar uma prova de caridade.” (27, 21, 308)
[8]“À medida que a alma devotada ao mau caminho progride na vida espiritual, esclarece-se e se despoja, gradualmente, das imperfeições, segundo a maior ou menor boa vontade que empregue em virtude do seu livre-arbítrio.” (8, 7, 121)
Referência ------------------------------------------------------------------------------------------
[1]“Se Deus lhe concedeu inteligência e discernimento, foi para deles se servir, assim como deu a vontade para querer e a atividade para ser ativo.” (27, 6, 300). Todas as citações referem-se a ALLAN KARDEC, O Evangelho segundo o Espiritismo. Taguatinga: Editora Auta de Souza, 2ª ed., abril de 2014, e grafadas assim: capítulo, item, página. Exemplo: 2, 3, 52, ou seja, capítulo 2, item 3, página 52. Os textos referentes à Introdução, serão grafados assim: Introdução, página.
[1]“Se, então, o Espiritismo é uma verdade, não teme a má vontade das pessoas, nem as revoluções morais, nem as comoções físicas do globo, porque nada disso pode atingir os Espíritos.” (Introdução, p. 21)
[1]“A graça é a força com a qual Deus favorece toda pessoa de boa vontade para se despojar do mal e praticar o bem.” (Introdução, 17, p. 40)
[1]a) “Ele foi a luz que dissipa as trevas, o clarim matinal que entoa o despertar: foi o iniciador do Espiritismo que, por sua vez, atrairá para si, não as pequenas crianças, mas as pessoas de boa vontade.” (8, 18, 126)
b)“A exemplo destes últimos, devem procurar, de início, adeptos entre as pessoas de boa vontade, aquelas que desejam a luz, nas quais se encontra um gérmen fecundo, cujo número é enorme, sem perderem seu tempo com os que recusam ver e ouvir e tanto mais resistem, por orgulho, quanto maior a importância que se pareça atribuir à sua conversão.” (24, 10, 284)
c)“Quanto àqueles que não os desejassem receber nem escutar, Jesus recomendou aos apóstolos maldizê-los, impor-se a eles, usar da violência e da coerção para convertê-los? Não! Ordenou que partissem pura e simplesmente para outro lugar à procura de pessoas de boa vontade.” (25, 11, 292)
[1]“Nem o apoio da imprensa os salvaria do naufrágio, ao passo que, mesmo privados desse apoio, não deixaram de avançar rapidamente, porque tiveram o apoio dos Espíritos, cuja boa vontade compensou, e muito, a má vontade das pessoas.”(Introdução, p. 24)
[1]“(...) em vez de se arrastar penosamente sobre o solo, desliza, por assim dizer, na superfície ou paira na atmosfera sem outro esforço que o da vontade”. (4, 9, 58)
[1]“Em lugar de acusar, de retomar seus bens, quem tudo lhe preparara, acuse o verdadeiro autor das suas misérias e, assim, arrependido e operoso, entregue-se, com coragem, ao trabalho; are o solo ingrato com o esforço da vontade; lavre-o até seu âmago, com auxílio do arrependimento e da esperança (...)” (18, 15, 242)
[1]“Acreditai em mim e resisti com energia a essas impressões que vos debilitam a vontade. As aspirações por uma vida melhor são inatas ao Espírito de todos, mas não as busqueis nesse mundo; e, hoje, quando Deus vos envia seus Espíritos para vos instruir sobre a felicidade que vos reserva, esperai pacientemente o anjo da libertação que deve vos auxiliar a romper os liames que retêm vosso Espírito em cativeiro.” (5, 25, 96)
[1]“Esse socorro torna-se imprescindível quando a obsessão degenera em subjugação e possessão, porque nesses casos o paciente, por vezes, perde a vontade e o livre-arbítrio.” (28, 81, 353)
[1]“Para compreendermos o que ocorre nessa circunstância, é necessário imaginar todos os seres, encarnados e desencarnados, imersos no fluido universal que ocupa o espaço, tal como o somos na atmosfera terrena. Esse fluido recebe um impulso da vontade.” (27, 10, 302)
[1]“A energia da corrente é proporcional à do pensamento e da vontade.” (27, 10, 302)
[1]“Se por nossas preces lhe inspiramos essa vontade; se o sustentamos e o encorajamos; se por nossos conselhos lhe damos as luzes que lhe faltam, em vez de suplicarmos a Deus que revogue sua lei, tornamo-nos instrumentos para a execução da sua lei de amor e caridade, da qual nos permite assim participar, para que possamos dar uma prova de caridade.” (27, 21, 308)
[1]“À medida que a alma devotada ao mau caminho progride na vida espiritual, esclarece-se e se despoja, gradualmente, das imperfeições, segundo a maior ou menor boa vontade que empregue em virtude do seu livre-arbítrio.” (8, 7, 121)
BOA VONTADE E SIMPATIA
BOA VONTADE E SIMPATIA
Redação do Momento Espíritahttp://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3741&stat=0
Um homem adquiriu uma fazenda, e dias depois encontrou-se com um de seus novos vizinhos.
O senhor comprou esta propriedade? – Perguntou-lhe o vizinho em tom quase agressivo.
Comprei-a sim, meu amigo!
Pois sinto lhe dizer que vai ter sérios aborrecimentos. Com as terras, comprou também uma questão nos tribunais.
Como assim? Não compreendo!
Vou explicar. Existe uma cerca, construída pelo proprietário anterior, fora da linha divisória. Não concordo com a posição dessa cerca. Desejo defender os meus direitos, e assim irei fazer!
Peço-lhe que não faça semelhante coisa – pediu o novo vizinho – acredito na sua palavra. Se a cerca não está no lugar devido, iremos e consertaremos tudo de comum acordo.
O senhor está falando sério? – Exclamou o antigo morador.
É claro que estou!
Pois se é assim – respondeu o reclamante – a cerca fica como está. O senhor é um homem honrado e digno. Faço mais questão de sua amizade do que de todos os alqueires de terra.
Assim, os dois vizinhos tornaram-se amigos inseparáveis.
* * *
Que virtude magnífica é a boa vontade!
Quantos conflitos poderão ser evitados, se nosso coração aprender a ouvir, a entender um pouco o outro.
Que virtude magnífica é a simpatia! Essa maneira alegre e respeitosa de receber as pessoas, quando podemos exercitar a gentileza, quando podemos exercitar o sorriso.
Tais virtudes estão dentro de uma maior, a mansidão.
A mansidão que não permite que a ira encontre guarida em nossa alma.
A mansidão que não se enfada por bagatelas, e nem toma como ofensa o que na realidade não é.
A mansidão que nos prepara para o perdão, evitando qualquer pensamento de vingança.
A mansidão que nos ensina a ser afáveis, gentis com todos, para que assim possamos colher bons frutos.
Aqueles que são simpáticos, aqueles que são gentis, naturalmente são mais amáveis, isto é, mais fáceis de serem amados.
Aqueles que procuram resolver as crises através do diálogo equilibrado, da boa vontade, facilmente escapam de criar para si inimigos, e assim vivem mais felizes.
Dessa forma, recebamos sempre com simpatia e boa vontade aqueles que se aproximam de nós.
* * *
Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra.
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
Jesus foi a lição maior de brandura, de mansuetude.
Seu bondoso coração encontrou resistências sem fim na alma dos homens da Terra. Foi injuriado, desrespeitado, agredido, mas conservou-se sempre pacífico e calmo.
Que seu exemplo possa inspirar a modificação de nossas vidas, direcionando-as para a conquista de mais essa virtude.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Boa vontade, do livro Lendas do céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Record
e no cap. XI, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 1.2.2013.
Redação do Momento Espíritahttp://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3741&stat=0
Um homem adquiriu uma fazenda, e dias depois encontrou-se com um de seus novos vizinhos.
O senhor comprou esta propriedade? – Perguntou-lhe o vizinho em tom quase agressivo.
Comprei-a sim, meu amigo!
Pois sinto lhe dizer que vai ter sérios aborrecimentos. Com as terras, comprou também uma questão nos tribunais.
Como assim? Não compreendo!
Vou explicar. Existe uma cerca, construída pelo proprietário anterior, fora da linha divisória. Não concordo com a posição dessa cerca. Desejo defender os meus direitos, e assim irei fazer!
Peço-lhe que não faça semelhante coisa – pediu o novo vizinho – acredito na sua palavra. Se a cerca não está no lugar devido, iremos e consertaremos tudo de comum acordo.
O senhor está falando sério? – Exclamou o antigo morador.
É claro que estou!
Pois se é assim – respondeu o reclamante – a cerca fica como está. O senhor é um homem honrado e digno. Faço mais questão de sua amizade do que de todos os alqueires de terra.
Assim, os dois vizinhos tornaram-se amigos inseparáveis.
* * *
Que virtude magnífica é a boa vontade!
Quantos conflitos poderão ser evitados, se nosso coração aprender a ouvir, a entender um pouco o outro.
Que virtude magnífica é a simpatia! Essa maneira alegre e respeitosa de receber as pessoas, quando podemos exercitar a gentileza, quando podemos exercitar o sorriso.
Tais virtudes estão dentro de uma maior, a mansidão.
A mansidão que não permite que a ira encontre guarida em nossa alma.
A mansidão que não se enfada por bagatelas, e nem toma como ofensa o que na realidade não é.
A mansidão que nos prepara para o perdão, evitando qualquer pensamento de vingança.
A mansidão que nos ensina a ser afáveis, gentis com todos, para que assim possamos colher bons frutos.
Aqueles que são simpáticos, aqueles que são gentis, naturalmente são mais amáveis, isto é, mais fáceis de serem amados.
Aqueles que procuram resolver as crises através do diálogo equilibrado, da boa vontade, facilmente escapam de criar para si inimigos, e assim vivem mais felizes.
Dessa forma, recebamos sempre com simpatia e boa vontade aqueles que se aproximam de nós.
* * *
Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra.
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
Jesus foi a lição maior de brandura, de mansuetude.
Seu bondoso coração encontrou resistências sem fim na alma dos homens da Terra. Foi injuriado, desrespeitado, agredido, mas conservou-se sempre pacífico e calmo.
Que seu exemplo possa inspirar a modificação de nossas vidas, direcionando-as para a conquista de mais essa virtude.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Boa vontade, do livro Lendas do céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Record
e no cap. XI, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 1.2.2013.
Vontade e Motivação
O Espiritismo traz a informação sobre a transformação do planeta, que deverá elevar-se da categoria de “provas e expiações” para a de “planeta de regeneração”.
Um planeta de provas e expiações não precisa ser descrito: basta viver no planeta azul e observar o que se passa à nossa volta.
Imaginar um planeta de regeneração, em geral é uma tarefa árdua. Em nossos estudos e conversas doutrinárias, observamos que é difícil imaginar a sociedade sem as chagas e injustiças que desestabilizam as relações sociais hoje.
Ao ouvir – e compreender ou concordar – sobre a transformação do planeta, duas reações são possíveis: sentimo-nos estimulados a progredir, a fim de fazer parte desse novo mundo feliz, ou então nos amedrontamos, com medo da punição de um mundo inferior. As duas reações podem nos levar ao progresso, mas a motivação é bem diferente.
Por isso, é importante observar qual tem sido nossa motivação ao longo de nossa trajetória evolutiva. Temos sido estimulados pela conquista da felicidade ou temos sido ameaçados pelas consequências infelizes de nossa escolha?
A motivação tem relação direta com nossas crenças, sejam elas reais ou não. No dia-a-dia, não perder a hora ou fazer um bom trabalho são objetivos que alcançamos com maior ou menor esforço, de acordo com os hábitos que já desenvolvemos.
Para a evolução espiritual, entretanto, que nossa mente tem dificuldade em apreender em sua totalidade, é preciso apoiar-se na crença que, quando raciocinada, produz a força interior para vencer os obstáculos.
A Doutrina Espírita oferece a base filosófica e propõe o cenário possível nos mundos felizes. Nossa certeza de que a evolução espiritual é inevitável, e de que nossa trajetória evolutiva depende da nossa vontade é indispensável neste momento. Essa é a contribuição do Espiritismo ao nosso progresso.
"(...) e a própria Terra sofrerá idêntica transformação. Tornar-se-á um paraíso, quando os homens se houverem tornado bons." (O Livro dos Espíritos – Resposta 185.)
Retirado do Jornal Vinde Luz – Grupo Espírita Vinha de Luz
Um planeta de provas e expiações não precisa ser descrito: basta viver no planeta azul e observar o que se passa à nossa volta.
Imaginar um planeta de regeneração, em geral é uma tarefa árdua. Em nossos estudos e conversas doutrinárias, observamos que é difícil imaginar a sociedade sem as chagas e injustiças que desestabilizam as relações sociais hoje.
Ao ouvir – e compreender ou concordar – sobre a transformação do planeta, duas reações são possíveis: sentimo-nos estimulados a progredir, a fim de fazer parte desse novo mundo feliz, ou então nos amedrontamos, com medo da punição de um mundo inferior. As duas reações podem nos levar ao progresso, mas a motivação é bem diferente.
Por isso, é importante observar qual tem sido nossa motivação ao longo de nossa trajetória evolutiva. Temos sido estimulados pela conquista da felicidade ou temos sido ameaçados pelas consequências infelizes de nossa escolha?
A motivação tem relação direta com nossas crenças, sejam elas reais ou não. No dia-a-dia, não perder a hora ou fazer um bom trabalho são objetivos que alcançamos com maior ou menor esforço, de acordo com os hábitos que já desenvolvemos.
Para a evolução espiritual, entretanto, que nossa mente tem dificuldade em apreender em sua totalidade, é preciso apoiar-se na crença que, quando raciocinada, produz a força interior para vencer os obstáculos.
A Doutrina Espírita oferece a base filosófica e propõe o cenário possível nos mundos felizes. Nossa certeza de que a evolução espiritual é inevitável, e de que nossa trajetória evolutiva depende da nossa vontade é indispensável neste momento. Essa é a contribuição do Espiritismo ao nosso progresso.
"(...) e a própria Terra sofrerá idêntica transformação. Tornar-se-á um paraíso, quando os homens se houverem tornado bons." (O Livro dos Espíritos – Resposta 185.)
Retirado do Jornal Vinde Luz – Grupo Espírita Vinha de Luz
O Poder da Vontade sobre as Paixões
O Poder da Vontade sobre as Paixões
(Extrato dos trabalhos da Sociedade Espírita de Paris)
Um rapaz de vinte e três anos, o Sr. A…, de Paris, que se iniciou no Espiritismo há apenas dois meses, captou o seu alcance com tal rapidez que, sem nada ter visto, o aceitou em todas as suas consequências morais. Dirão que isto não é de admirar da parte de um jovem, e não prova senão uma coisa: a leviandade e um entusiasmo irrefletido. Seja. Mas prossigamos. Esse moço irrefletido, como ele próprio reconhece, tinha um grande número de defeitos, dos quais o mais saliente era uma irresistível predisposição para a cólera, desde a infância. Pela menor contrariedade, pelas causas mais fúteis, quando entrava em casa e não encontrava imediatamente o que queria; se uma coisa não estivesse no seu lugar habitual; se o que tivesse pedido não estivesse pronto em um minuto, enfurecia-se e tudo quebrava. Era a tal ponto que um dia, num paroxismo de cólera, explodindo contra a mãe, disse-lhe: “Vai-te embora, ou eu te mato!” Depois, esgotado pela superexcitação, caía sem consciência. Acrescente-se que nem os conselhos dos pais, nem as exortações da religião tinham podido vencer esse caráter indomável, compensado, aliás, por uma grande inteligência, uma instrução cuidadosa e os mais nobres sentimentos.
Dir-se-á que é o efeito de um temperamento bilioso-sanguíneo-nervoso; resultado do organismo e, por conseguinte, arrastamento irresistível. Resulta desse sistema que se, em seus desvarios, tivesse cometido um assassinato, seria perfeitamente desculpável, porque teria resultado de um excesso de bile. Resulta ainda que, a menos que modificasse o temperamento, que mudasse o estado normal do fígado e dos nervos, esse rapaz estaria predestinado a todas as funestas consequências da cólera.
– Conheceis um remédio para tal estado patológico? – Não, nenhum, a não ser que, com o tempo, a idade possa atenuar a abundância de secreções mórbidas. – Pois bem! o que não pode a Ciência, o Espiritismo o faz, não pela ação do tempo e em consequência de um esforço contínuo, mas instantaneamente. Bastaram alguns dias para fazer desse jovem um ser meigo e paciente. A certeza adquirida da vida futura, o conhecimento do objetivo da vida terrestre, o sentimento da dignidade do homem, revelada pelo livre-arbítrio, que o coloca acima do animal, a responsabilidade daí decorrente, o pensamento de que a maior parte dos males terrenos são a consequência de nossos atos, todas essas ideias, hauridas num estudo sério do Espiritismo, produziram em seu cérebro uma súbita revolução; pareceu-lhe que um véu foi retirado de seus olhos; a vida se lhe apresentou sob outra face. Então, certo de que tinha em si um ser inteligente, independente da matéria, disse de si para si: “Este ser deve ter uma vontade, ao passo que a matéria não a tem; portanto, ele pode dominar a matéria.” Daí este outro raciocínio: “O resultado de minha cólera é inútil, já que não estou mais adiantado. Ela me produz mal e nenhum bem me dá em compensação; mais ainda: poderia impelir-me a atos repreensíveis, criminosos talvez.” – Ele quis vencer, e venceu. Desde então, mil ocasiões se apresentaram que, antes, o teriam enfurecido e ante as quais ele ficou impassível e indiferente, para grande estupefação de sua mãe. Sentia o sangue ferver e subir à cabeça, mas, por sua vontade, o fazia refluir, forçando-o a descer.
Um milagre não teria feito melhor. Mas o Espiritismo fez muitos outros, que nossa revista não bastaria para registrar, se quiséssemos relatar todos os que são do nosso conhecimento pessoal, atinentes a reformas morais dos mais inveterados hábitos. Citamos este como um exemplo notável do poder da vontade e, também, porque levanta um importante problema, que só o Espiritismo pode resolver.
O Sr. A… nos perguntava a respeito se seu Espírito era responsável por sua violência, ou se apenas sofria a influência da matéria. Eis a nossa resposta:
Vosso Espírito é de tal modo responsável que, quando o quisestes seriamente, controlastes o movimento sanguíneo. Assim, se o tivésseis querido antes, os acessos teriam cessado mais cedo e não teríeis ameaçado vossa mãe. Além disso, quem é que se encoleriza? O corpo ou o Espírito? Se os acessos viessem sem motivo, poder-se-ia crer que eram provocados pelo afluxo sanguíneo; mas, fútil ou não, tinham por causa uma contrariedade. Ora, evidentemente não era o corpo que estava contrariado, mas o Espírito, muito susceptível. Contrariado, o Espírito reagia sobre um sistema orgânico irritável, que não teria sido provocado se tivesse ficado em repouso. Façamos uma comparação. Tendes um cavalo fogoso; se souberdes governá-lo, ele se submete; se o maltratardes, ele se enfurece e vos derruba. De quem a falta: vossa ou do cavalo?
Para mim, é evidente que vosso Espírito é naturalmente irascível; mas como cada um traz consigo o seu pecado original, isto é, um resto das antigas inclinações, não é menos evidente que, em vossa precedente existência, tivésseis sido um homem de extrema violência, e que provavelmente tereis pago muito caro, talvez com a própria vida. Na erraticidade, vossas outras boas qualidades vos ajudaram a compreender vossos erros; tomastes a resolução de vos vencer e, para isto, lutar em uma nova existência. Mas se tivésseis escolhido um corpo débil e linfático, vosso Espírito, não encontrando nenhuma dificuldade, nada teria ganhado, o que para vós significaria ter de recomeçar. Eis por que escolhestes um corpo bilioso, a fim de ter o mérito da luta. Agora a vitória está alcançada. Vencestes o inimigo do vosso repouso e nada pode entravar o livre exercício de vossas boas qualidades. Quanto à facilidade com a qual aceitastes e compreendestes o Espiritismo, ela se explica pela mesma causa: éreis espírita há muito tempo; esta crença era inata em vós e o materialismo foi apenas o resultado da falsa direção dada às vossas ideias. Abafada inicialmente, a ideia espírita permaneceu em estado latente e bastou uma centelha para a despertar. Bendizei, pois, a Providência que permitiu que esta centelha chegasse em boa hora para deter uma inclinação que talvez vos tivesse causado amargos desgostos, ao passo que vos resta uma longa carreira a percorrer na estrada do bem.
Todas as filosofias se chocaram contra esses mistérios da vida humana, que pareciam insondáveis até que o Espiritismo lhes trouxe o seu facho. Em presença de tais fatos, ainda se pode perguntar para que serve ele? Estamos no direito de bem augurar o futuro moral da Humanidade quando ele for compreendido e praticado por todo o mundo.
Fonte: Allan Kardec. Revista Espírita, julho de 1863.
(Extrato dos trabalhos da Sociedade Espírita de Paris)
Um rapaz de vinte e três anos, o Sr. A…, de Paris, que se iniciou no Espiritismo há apenas dois meses, captou o seu alcance com tal rapidez que, sem nada ter visto, o aceitou em todas as suas consequências morais. Dirão que isto não é de admirar da parte de um jovem, e não prova senão uma coisa: a leviandade e um entusiasmo irrefletido. Seja. Mas prossigamos. Esse moço irrefletido, como ele próprio reconhece, tinha um grande número de defeitos, dos quais o mais saliente era uma irresistível predisposição para a cólera, desde a infância. Pela menor contrariedade, pelas causas mais fúteis, quando entrava em casa e não encontrava imediatamente o que queria; se uma coisa não estivesse no seu lugar habitual; se o que tivesse pedido não estivesse pronto em um minuto, enfurecia-se e tudo quebrava. Era a tal ponto que um dia, num paroxismo de cólera, explodindo contra a mãe, disse-lhe: “Vai-te embora, ou eu te mato!” Depois, esgotado pela superexcitação, caía sem consciência. Acrescente-se que nem os conselhos dos pais, nem as exortações da religião tinham podido vencer esse caráter indomável, compensado, aliás, por uma grande inteligência, uma instrução cuidadosa e os mais nobres sentimentos.
Dir-se-á que é o efeito de um temperamento bilioso-sanguíneo-nervoso; resultado do organismo e, por conseguinte, arrastamento irresistível. Resulta desse sistema que se, em seus desvarios, tivesse cometido um assassinato, seria perfeitamente desculpável, porque teria resultado de um excesso de bile. Resulta ainda que, a menos que modificasse o temperamento, que mudasse o estado normal do fígado e dos nervos, esse rapaz estaria predestinado a todas as funestas consequências da cólera.
– Conheceis um remédio para tal estado patológico? – Não, nenhum, a não ser que, com o tempo, a idade possa atenuar a abundância de secreções mórbidas. – Pois bem! o que não pode a Ciência, o Espiritismo o faz, não pela ação do tempo e em consequência de um esforço contínuo, mas instantaneamente. Bastaram alguns dias para fazer desse jovem um ser meigo e paciente. A certeza adquirida da vida futura, o conhecimento do objetivo da vida terrestre, o sentimento da dignidade do homem, revelada pelo livre-arbítrio, que o coloca acima do animal, a responsabilidade daí decorrente, o pensamento de que a maior parte dos males terrenos são a consequência de nossos atos, todas essas ideias, hauridas num estudo sério do Espiritismo, produziram em seu cérebro uma súbita revolução; pareceu-lhe que um véu foi retirado de seus olhos; a vida se lhe apresentou sob outra face. Então, certo de que tinha em si um ser inteligente, independente da matéria, disse de si para si: “Este ser deve ter uma vontade, ao passo que a matéria não a tem; portanto, ele pode dominar a matéria.” Daí este outro raciocínio: “O resultado de minha cólera é inútil, já que não estou mais adiantado. Ela me produz mal e nenhum bem me dá em compensação; mais ainda: poderia impelir-me a atos repreensíveis, criminosos talvez.” – Ele quis vencer, e venceu. Desde então, mil ocasiões se apresentaram que, antes, o teriam enfurecido e ante as quais ele ficou impassível e indiferente, para grande estupefação de sua mãe. Sentia o sangue ferver e subir à cabeça, mas, por sua vontade, o fazia refluir, forçando-o a descer.
Um milagre não teria feito melhor. Mas o Espiritismo fez muitos outros, que nossa revista não bastaria para registrar, se quiséssemos relatar todos os que são do nosso conhecimento pessoal, atinentes a reformas morais dos mais inveterados hábitos. Citamos este como um exemplo notável do poder da vontade e, também, porque levanta um importante problema, que só o Espiritismo pode resolver.
O Sr. A… nos perguntava a respeito se seu Espírito era responsável por sua violência, ou se apenas sofria a influência da matéria. Eis a nossa resposta:
Vosso Espírito é de tal modo responsável que, quando o quisestes seriamente, controlastes o movimento sanguíneo. Assim, se o tivésseis querido antes, os acessos teriam cessado mais cedo e não teríeis ameaçado vossa mãe. Além disso, quem é que se encoleriza? O corpo ou o Espírito? Se os acessos viessem sem motivo, poder-se-ia crer que eram provocados pelo afluxo sanguíneo; mas, fútil ou não, tinham por causa uma contrariedade. Ora, evidentemente não era o corpo que estava contrariado, mas o Espírito, muito susceptível. Contrariado, o Espírito reagia sobre um sistema orgânico irritável, que não teria sido provocado se tivesse ficado em repouso. Façamos uma comparação. Tendes um cavalo fogoso; se souberdes governá-lo, ele se submete; se o maltratardes, ele se enfurece e vos derruba. De quem a falta: vossa ou do cavalo?
Para mim, é evidente que vosso Espírito é naturalmente irascível; mas como cada um traz consigo o seu pecado original, isto é, um resto das antigas inclinações, não é menos evidente que, em vossa precedente existência, tivésseis sido um homem de extrema violência, e que provavelmente tereis pago muito caro, talvez com a própria vida. Na erraticidade, vossas outras boas qualidades vos ajudaram a compreender vossos erros; tomastes a resolução de vos vencer e, para isto, lutar em uma nova existência. Mas se tivésseis escolhido um corpo débil e linfático, vosso Espírito, não encontrando nenhuma dificuldade, nada teria ganhado, o que para vós significaria ter de recomeçar. Eis por que escolhestes um corpo bilioso, a fim de ter o mérito da luta. Agora a vitória está alcançada. Vencestes o inimigo do vosso repouso e nada pode entravar o livre exercício de vossas boas qualidades. Quanto à facilidade com a qual aceitastes e compreendestes o Espiritismo, ela se explica pela mesma causa: éreis espírita há muito tempo; esta crença era inata em vós e o materialismo foi apenas o resultado da falsa direção dada às vossas ideias. Abafada inicialmente, a ideia espírita permaneceu em estado latente e bastou uma centelha para a despertar. Bendizei, pois, a Providência que permitiu que esta centelha chegasse em boa hora para deter uma inclinação que talvez vos tivesse causado amargos desgostos, ao passo que vos resta uma longa carreira a percorrer na estrada do bem.
Todas as filosofias se chocaram contra esses mistérios da vida humana, que pareciam insondáveis até que o Espiritismo lhes trouxe o seu facho. Em presença de tais fatos, ainda se pode perguntar para que serve ele? Estamos no direito de bem augurar o futuro moral da Humanidade quando ele for compreendido e praticado por todo o mundo.
Fonte: Allan Kardec. Revista Espírita, julho de 1863.
Desejo e Vontade
Manuel Portásio Filho
Entre as grandes potências da alma, encontram-se a inteligência, a consciência, a memória, a mediunidade, a vontade... Todas são de extrema importância na administração da vida do ser. A vontade, no entanto, tem um papel proeminente no seu desenvolvimento. Ela se divide em querer e desejar. Emmanuel a coloca no governo de todos os meandros da ação mental, o que nos mostra o seu poder. Mas ele vai além quando diz que “só a vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito.” (Pensamento e Vida, cap. 2). Allan Kardec, em A Gênese, afirma que: “Os Espíritos agem sobre os fluidos espirituais... com o auxílio do pensamento e da vontade”, o que nos leva a concluir que o pensamento é o elemento selecionador, enquanto a vontade é o agente, o que determina o que fazer. Por isso, também diz Léon Denis que “cada alma é um foco de vibrações que a vontade põe em movimento (O Problema do Ser, do Destino e da Dor, cap. 20). O pensamento é pura vibração. Enfim, diz-se que “querer é poder!”. Nem tudo o que queremos nos é dado, porém, mas só aquilo de que necessitamos. É o nosso grau de evolução que o determina. André Luiz, todavia, lembra-nos que “todo desejo, na essência, é uma entidade tomando a forma correspondente” (Sinal Verde, cap. 24). Portanto, desejar tem seus “riscos”. Reflitamos nisso. Manuel Portásio Filho é Advogado, residente em Londres. É membro do The Solidarity Spiritist Group, Londres-UK. “A vontade bem direcionada é fator essencial para uma vida emocionalmente saudável e enriquecedora, portanto, anelada por todo indivíduo que pensa e luta para ser feliz.” Jornal de Estudos Psicológicos Ano II N° 8 Janeiro e Fevereiro 2010 The Spiritist Psychological Society Make Money Online : http://ow.ly/KNICZ
VONTADE
VONTADE
“Se as coisas são intangíveis...ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”
(Mário Quintana, poeta)
Há um ditado, muito usado em grupos de recuperação, que ensina: “Senhor dai-me resignação para aceitar o que não pode ser mudado, dai-me força para mudar o que pode ser modificado e, principalmente, sabedoria para diferenciar uma coisa da outra.”
O Espiritismo ajuda que desenvolvamos uma resignação racional para muitos fatos. Mas, ao contrário do que muitos pensam, não incentiva o comodismo. Ao revés, estuda as potências do espírito humano e facilita o desenvolvimento delas.
Ensina Léon Denis, na lapidar obra “Depois da Morte”: “Um louco pode procurar lutar contra a ordem imutável das coisas, mas o espírito sensato acha na provação os meios de retemperar, de fortificar as suas qualidades viris. A alma intrépida aceita os males do destino, mas, pelo pensamento, eleva-se acima deles e daí faz um degrau para atingir a virtude.”
Outro dia conversaremos sobre a resignação, tema que merece artigo completo. Hoje conversaremos sobre a vontade.
Ainda segundo o mestre francês, op. cit, “a vontade é o fundo sólido da alma.”
Basta estudarmos as façanhas da humanidade e logo identificaremos que as personalidades que revolucionaram suas épocas sempre se destacaram pela vontade granítica com que se entregavam a seus ideais e sonhos.
Muitas pessoas recuam diante das primeiras dificuldades. Adiam planos, fogem de mudanças, sobrepõem justificativas e sentadas à beira do caminho olham o tempo escoar, enquanto escolhem desculpas e culpados pelo infortúnio de suas opções. Às vezes, é verdade, o tamanho do desafio nos chama atenção. Alan Kardec nos primeiros contatos que teve com o espírito de Verdade, que o orientou durante a codificação espírita, perguntou: “Pela natureza da minha inteligência, terei aptidão para penetrar, tanto quanto ao homem for permitido fazê-lo, as grandes verdades acerca do nosso destino futuro? A resposta é firme: Sim, tens a aptidão necessária, mas o resultado dependerá da tua perseverança no trabalho.”
Victor Frankl, psiquiatra judeu sobrevivente de um campo de concentração, criou a logoterapia após a vivência aos maus tratos nazistas. Enquanto esteve preso, resolveu libertar-se de seus algozes. Apenas com sua força de vontade, alheou-se do sofrimento e não permitiu que lhe controlassem a mente. _Eles podem controlar o local, o que como, o ambiente e até meu corpo, mas não minha autoconsciência e vontade. Surgia a proatividade como hoje a conhecemos. Ser próativo é mais do que ter iniciativa. É não focar o problema, pois não é ele o que realmente importa e sim nossa atitude diante dele. Segundo ensinam os especialistas, existem as pessoas reativas e as próativas. As reativas apenas reagem a estímulos externos. Caso o tempo esteja bom, o carro funcionando, a esposa carinhosa e a saúde excelente, tudo anda, tudo segue seu curso. Mas se o dia é chuvoso, se o carro apresentou defeito ou se a esposa não acordou bem, já é o suficiente para nada mais prestar e a insatisfação tomar-lhe por completo. Tudo fica parado. As pessoas próativas trabalham com valores e não com fatores externos. Não é um imprevisto, um transtorno, uma contrariedade que a impedirá de produzir, de ajudar, de se melhorar. Ela interage com as circunstâncias externas e não é arrastado por elas, como acontece com as reativas.
Todas as pessoas passam fases difíceis na vida. Todas. Algumas interagem com as crises, abertas para aprender. Captam as mensagens implícitas, refletem, mudam pontos de entrave e seguem em frente mais fortalecidas. Outras cambaleiam de crise em crise, sem conseguir marchar rumo a seus ideais e sonhos, principalmente por estarem fechadas a captar as mensagens, de aprender com erros e, não raro, sucumbem pela débil vontade de ir à luta.
Não se consegue mudanças sem lutas e sem mudar.
Mudar não é perder a própria identidade. É livrar-se do lixo, dos pesos desnecessários, das inutilidades, dos perigosos apegos e excessos injustificáveis, do que te traz confusão, do que te arrasta ao caos, do que te faz adoecer e te deixa infeliz. Isso não compõe a identidade de ninguém. Pois não fomos criados para perdermos, para sermos menos, para habitarmos o fundo do poço. Viemos da Luz e ela é nosso destino.
Todos temos de atravessarmos tempestades, mas ninguém monta acampamento no caminho dos furacões.
É preciso, antes de tudo, não confundirmos efeito com causa.
Não se prenda, portanto, aos problemas. Retrocedas e encontres lá atrás as causas distantes. Se procurares direito, quase sempre encontrarás a ti mesmo.
Também não espere se sentir bem para agir. Muitas pessoas esperam a segunda-feira, o ano novo, o aumento de salário, o momento propício, esperam se sentirem bem para só então agirem.
Como bem diz o neurolingüista Lair Ribeiro: o passarinho não canta porque está feliz. Ele está feliz porque canta. A ação deve anteceder o sentimento. Movimente o universo e os efeitos virão.
Aproveite cada crise, pois, segundo a tradição chinesa, crise é oportunidade de crescimento.
Mas para que essas mudanças avancem é preciso conhecer a vontade como potência do espírito. Fénelon assinala: “Nada temos de nosso que a nossa vontade; tudo mais não é nosso. A doença leva a saúde e a vida; as riquezas nos são arrancadas pela violência; os talentos do espírito dependem da disposição do corpo. A única coisa que é verdadeiramente nossa é a vontade.” E Epiteto complementa com exatidão: “Não existem ladrões de vontade.”
Portanto, cumpre a cada um tomar as rédeas de seu destino e construí-lo, enfrentando com desassombro as vicissitudes e desafios da vida, sem transferências de responsabilidades. Nem tudo que desejamos poderemos alcançar e mudar. Muitas vezes a resignação é sábia, quiçá vital. Mas há muito que depende de nossas forças e do auxílio divino. Este nunca falha quando nos apresentamos humildes e merecedores do amparo. Jesus indicou o caminho (S. Mateus, 7:7 a 8): “Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á.”
Esta passagem está devidamente elucidada no Capítulo XXV, item 5, do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.”
Agora é com você.
“Se as coisas são intangíveis...ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”
(Mário Quintana, poeta)
Há um ditado, muito usado em grupos de recuperação, que ensina: “Senhor dai-me resignação para aceitar o que não pode ser mudado, dai-me força para mudar o que pode ser modificado e, principalmente, sabedoria para diferenciar uma coisa da outra.”
O Espiritismo ajuda que desenvolvamos uma resignação racional para muitos fatos. Mas, ao contrário do que muitos pensam, não incentiva o comodismo. Ao revés, estuda as potências do espírito humano e facilita o desenvolvimento delas.
Ensina Léon Denis, na lapidar obra “Depois da Morte”: “Um louco pode procurar lutar contra a ordem imutável das coisas, mas o espírito sensato acha na provação os meios de retemperar, de fortificar as suas qualidades viris. A alma intrépida aceita os males do destino, mas, pelo pensamento, eleva-se acima deles e daí faz um degrau para atingir a virtude.”
Outro dia conversaremos sobre a resignação, tema que merece artigo completo. Hoje conversaremos sobre a vontade.
Ainda segundo o mestre francês, op. cit, “a vontade é o fundo sólido da alma.”
Basta estudarmos as façanhas da humanidade e logo identificaremos que as personalidades que revolucionaram suas épocas sempre se destacaram pela vontade granítica com que se entregavam a seus ideais e sonhos.
Muitas pessoas recuam diante das primeiras dificuldades. Adiam planos, fogem de mudanças, sobrepõem justificativas e sentadas à beira do caminho olham o tempo escoar, enquanto escolhem desculpas e culpados pelo infortúnio de suas opções. Às vezes, é verdade, o tamanho do desafio nos chama atenção. Alan Kardec nos primeiros contatos que teve com o espírito de Verdade, que o orientou durante a codificação espírita, perguntou: “Pela natureza da minha inteligência, terei aptidão para penetrar, tanto quanto ao homem for permitido fazê-lo, as grandes verdades acerca do nosso destino futuro? A resposta é firme: Sim, tens a aptidão necessária, mas o resultado dependerá da tua perseverança no trabalho.”
Victor Frankl, psiquiatra judeu sobrevivente de um campo de concentração, criou a logoterapia após a vivência aos maus tratos nazistas. Enquanto esteve preso, resolveu libertar-se de seus algozes. Apenas com sua força de vontade, alheou-se do sofrimento e não permitiu que lhe controlassem a mente. _Eles podem controlar o local, o que como, o ambiente e até meu corpo, mas não minha autoconsciência e vontade. Surgia a proatividade como hoje a conhecemos. Ser próativo é mais do que ter iniciativa. É não focar o problema, pois não é ele o que realmente importa e sim nossa atitude diante dele. Segundo ensinam os especialistas, existem as pessoas reativas e as próativas. As reativas apenas reagem a estímulos externos. Caso o tempo esteja bom, o carro funcionando, a esposa carinhosa e a saúde excelente, tudo anda, tudo segue seu curso. Mas se o dia é chuvoso, se o carro apresentou defeito ou se a esposa não acordou bem, já é o suficiente para nada mais prestar e a insatisfação tomar-lhe por completo. Tudo fica parado. As pessoas próativas trabalham com valores e não com fatores externos. Não é um imprevisto, um transtorno, uma contrariedade que a impedirá de produzir, de ajudar, de se melhorar. Ela interage com as circunstâncias externas e não é arrastado por elas, como acontece com as reativas.
Todas as pessoas passam fases difíceis na vida. Todas. Algumas interagem com as crises, abertas para aprender. Captam as mensagens implícitas, refletem, mudam pontos de entrave e seguem em frente mais fortalecidas. Outras cambaleiam de crise em crise, sem conseguir marchar rumo a seus ideais e sonhos, principalmente por estarem fechadas a captar as mensagens, de aprender com erros e, não raro, sucumbem pela débil vontade de ir à luta.
Não se consegue mudanças sem lutas e sem mudar.
Mudar não é perder a própria identidade. É livrar-se do lixo, dos pesos desnecessários, das inutilidades, dos perigosos apegos e excessos injustificáveis, do que te traz confusão, do que te arrasta ao caos, do que te faz adoecer e te deixa infeliz. Isso não compõe a identidade de ninguém. Pois não fomos criados para perdermos, para sermos menos, para habitarmos o fundo do poço. Viemos da Luz e ela é nosso destino.
Todos temos de atravessarmos tempestades, mas ninguém monta acampamento no caminho dos furacões.
É preciso, antes de tudo, não confundirmos efeito com causa.
Não se prenda, portanto, aos problemas. Retrocedas e encontres lá atrás as causas distantes. Se procurares direito, quase sempre encontrarás a ti mesmo.
Também não espere se sentir bem para agir. Muitas pessoas esperam a segunda-feira, o ano novo, o aumento de salário, o momento propício, esperam se sentirem bem para só então agirem.
Como bem diz o neurolingüista Lair Ribeiro: o passarinho não canta porque está feliz. Ele está feliz porque canta. A ação deve anteceder o sentimento. Movimente o universo e os efeitos virão.
Aproveite cada crise, pois, segundo a tradição chinesa, crise é oportunidade de crescimento.
Mas para que essas mudanças avancem é preciso conhecer a vontade como potência do espírito. Fénelon assinala: “Nada temos de nosso que a nossa vontade; tudo mais não é nosso. A doença leva a saúde e a vida; as riquezas nos são arrancadas pela violência; os talentos do espírito dependem da disposição do corpo. A única coisa que é verdadeiramente nossa é a vontade.” E Epiteto complementa com exatidão: “Não existem ladrões de vontade.”
Portanto, cumpre a cada um tomar as rédeas de seu destino e construí-lo, enfrentando com desassombro as vicissitudes e desafios da vida, sem transferências de responsabilidades. Nem tudo que desejamos poderemos alcançar e mudar. Muitas vezes a resignação é sábia, quiçá vital. Mas há muito que depende de nossas forças e do auxílio divino. Este nunca falha quando nos apresentamos humildes e merecedores do amparo. Jesus indicou o caminho (S. Mateus, 7:7 a 8): “Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á.”
Esta passagem está devidamente elucidada no Capítulo XXV, item 5, do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.”
Agora é com você.
A Vontade
A Vontade
Palestra Virtual
Promovida pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br
Em conjunto com o Centro Espírita Maria Angélica
Palestrante: Dulce Alcione
Rio de Janeiro
29/09/2000
Organizadores da palestra:
Moderador: "Luno" (nick: [Moderador])
"Médium digitador": "jaja" (nick: Dulce_Alcione)
Oração Inicial:
<lflavio> Amigos, vamos acalmar nossos pensamentos e buscar a sintonia com a luz de Deus, nosso Pai e Jesus, Nosso Mestre querido, rogando que nos abençoe e nos inspire nesta noite de estudos. Vontade, força da alma, que muitos de nós não sabe direcionar, e estudos com este podem nos ajudar a alcançar nosso objetivo de melhorar.
Que os bons espíritos possam envolver nossa irmã Dulce no estudo da noite, e que possamos, dar por iniciado os trabalhos, em nome de Deus, nosso Pai. Que assim seja!
Apresentação do Palestrante:
<Dulce_Alcione> Queridos irmãos, é uma grande alegria estar de volta, nesta noite, para estabelecermos uma comunicação fraterna em torno de estudos da nossa tão esclarecedora doutrina.
Sou trabalhadora do Centro Espírita Maria Angélica, no Rio de Janeiro, onde estamos tendo a oportunidade de cada dia aprender e trabalhar pela misericórdia de Deus. (t)
Considerações Iniciais do Palestrante:
<Dulce_Alcione> Nosso estudo de hoje está baseado no livro "O Problema do Ser do Destino e da Dor", de Léon Denis, especificamente na terceira parte, cap. 20, que fala da vontade.
Diz um antropólogo brasileiro que a inteligência é o farol que ilumina o caminho, mas a vontade é que nos faz caminhar. Sabemos que sem vontade nos tornaremos inertes, ela é a motivadora do nosso desenvolvimento, do nosso caminhar para a perfeição e conseqüente felicidade. Todos nós buscamos ser felizes, mas não nos damos conta de que a felicidade está dentro de nós mesmos.
Sabemos que trazemos conosco todas as virtudes em gérmen, a espera que as desenvolvamos através da nossa vontade. Para ascendermos a planos superiores, só nos resta exercitarmos estas faculdades para encontrarmos paz e felicidade. O fato é que não é simples nem fácil exercitar essas potências, pois requer grande esforço, a começar do caminho que temos que traçar para o auto-conhecimento, pois somente nos conhecendo poderemos enxergar nossas fraquezas e, portanto, os pontos que deveremos combater. Para isso, devemos lembrar de Emmanuel, quando nos alerta quanto a necessidade da disciplina. (t)
Perguntas/Respostas:
<[Moderador]> [01] <Luno> Sabemos da influência que os desencarnados exercem sobre os encarnados. Esta influência poderia chegar ao ponto de paralisar nossa vontade?
<Dulce_Alcione> Toda ligação de encarnado com desencarnado ou de desencarnado com desencarnado se dá através do pensamento, ou seja, toda ligação é mental.
No momento em que nos deixamos levar ou envolver pelas situações menos felizes que nos levam ao desequilíbrio, entramos em sintonia com os irmãos que estejam afinizados conosco neste momento.
Sendo assim, de acordo com o grau de ligação que estabeleçamos, maior ou menor, poderemos permitir um grau de interferência tão grande que esses irmãos poderão nos dominar (possessão), paralisando, portanto, nossa vontade, enquanto houver a dominação. (t)
<[Moderador]> [02] <lflavio> A vontade pode ser disciplinada para que seja sempre direcionada para nosso crescimento espiritual?
<Dulce_Alcione> A vontade é a maior de todas as potências da alma. Léon Denis a compara ao ímã, atraindo todos os recursos vitais. Jesus realizou todos os chamados "milagres" através da sua vontade plenamente desenvolvida.
Tudo podemos através da vontade. Justamente o que ocorre é que ainda não sabemos direcioná-la para o nosso crescimento. Todos crescemos espiritualmente na medida em que aprendemos a disciplinar a nós mesmos. (t)
<[Moderador]> [03] <|Malfatti|> Quer dizer que só encontraremos a felicidade que já foi dito que não pertence a este mundo, se formos disciplinados e severos conosco e sofrermos primeiro, podando alguns prazeres?
<Dulce_Alcione> A felicidade não pertence ao mundo de provas e expiações, ou seja, em nosso atual estado ainda não sabemos o que é a felicidade. Na medida em que superarmos a nós mesmos: orgulho, vaidade, egoísmo, personalismo, aprendendo o amor ao próximo, iniciaremos o caminho para a felicidade.
O que hoje nos parece sofrimento está ligado ao nosso apego às coisas do mundo material, quando, em realidade, o desprendimento das coisas materiais a caminho de um crescimento espiritual é a maior e mais importante conquista do espírito. (t)
<[Moderador]> [04] <hujito> Muitas pessoas dizem: "A carne é fraca". Temos visto pessoas de elevada seriedade dizerem ser arrastadas de maneira continuada a cometer atos que dizem não são capazes de resistir. Sei que os Espíritos nos dizem que não há arrastamento irresistível, mas às vezes ele é realmente muito forte. Há alguma forma de disciplinar a vontade de maneira a torná-la mais forte contra nossos vícios?
<Dulce_Alcione> É pela vontade que dirigimos nosso pensamento. A variedade e constância dos nossos pensamentos definem as influências que teremos. De acordo com o tipo de desejo que temos, vamos atrair forças sinônimas que, junto com as nossas forças, entrarão em ação para a realização do desejo.
Se os pensamentos são mundanos, estão ligados a realizações menores e até infelizes. Se, entretanto, o desejo é sublime, atingirá as esferas superiores e contaremos com o amparo e a assistência dos bons espíritos que nos darão forças, bons conselhos e coragem.
Portanto, quando queremos vencer a algum desejo que não nos está fazendo bem, devemos, em primeiro lugar, recorrer à oração, não esquecendo de vigiar nossos pensamentos. (t)
<[Moderador]> [05] <Denise-29> Quando nossa vontade tem um objetivo justo, ou seja, para evoluir e não para atender alguns capricho, somos auxiliados ou assistidos por bons espíritos?
<Dulce_Alcione> Sim, sempre. Tudo o que desejamos de bom conta com o amparo divino.
Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais a nossa vontade terá força de ação no bem, pois estamos sintonizando com aquele cuja vontade criou tudo o que existe. (t)
<[Moderador]> [06] <hujito> Entre a Vontade e a Ação há às vezes grande distância. Muitas pessoas querem, mas não agem ainda, seja por medo, seja por impossibilidade exterior. Por exemplo, as mulheres do Afeganistão, naturalmente restritas pela opressão cultural. Sua vontade encontra-se "esmagada" contra sua cultura. Que fazer nesses casos? A Vontade tem o direito de quebrar as regras sociais de um país, mesmo que seja para o bem? A que limite?
<Dulce_Alcione> Devemos lembrar que ninguém pode revogar as leis de Deus, que são imutáveis e perfeitas. As leis humanas são mutáveis e imperfeitas.
Tudo o que se passa na Terra é fruto daquilo que plantamos e tudo o que acontece está dentro da faixa de possibilidades que Deus nos permite com o nosso livre-arbítrio.
Devemos lembrar que o caos não existe, Deus a tudo preside. Todo desejo de mudança sofre um processo mais ou menos lento.
Dado que todos estamos vinculados às leis de ação e reação, quando nos achamos em uma situação que nos constrange, ela é fruto da nossa necessidade de superar deficiências criadas por nós mesmos em outras oportunidades. Neste caso, deveremos treinar a perseverança, direcionando nossa vontade para a melhoria da situação que nos constrange.
Sabemos que, no momento em que não precisarmos mais passar pela prova, encontraremos caminhos que nos libertem. Deus é justo. (t)
<[Moderador]> [07] <hujito> Que devemos dizer para uma pessoa que, mesmo boa, encontra-se em uma depressão tão profunda que sua própria vontade de reagir não lhe dá forças? "Fortaleça sua vontade" é uma série de palavras verdadeiras, mas insuficientes - e até ingênuas - pelos casos que temos visto. Que tipo de reforço à vontade de viver podemos dar aos nossos necessitados, além de simples palavras?
<Dulce_Alcione> A depressão é uma das doenças mais constantes em nossos dias, portanto deve ser tratada tanto no âmbito médico quanto espiritual.
Jamais podemos abandonar o tratamento com um especialista. Sempre, entretanto, podemos ajudar àqueles que se encontrem enfermados. Podemos orar, sugerir tratamento espiritual relatando casos que saibamos terem tido grande melhora dentro da casa espírita.
Podemos envolver o depressivo em trabalhos no bem, ou seja, levando-o a direcionar seu pensamento em prol de irmãos necessitados. O trabalho no bem é um grande remédio. (t)
<[Moderador]> [08] <Irmao_Leao> Muitas vezes não praticamos certos atos reprováveis, mas existe em nós a vontade de fazê-los. E o que nos move a não agir conforme nossa vontade de seres imperfeitos é o nosso desejo de um dia não mais termos tal desejo reprovável e sermos cada vez menos perfeito. Isso é válido? Isso leva a melhorar?
<Dulce_Alcione> Perfeitamente. Este é o melhor caminho para a nossa evolução.
Como espíritos ainda imperfeitos, trazemos muitas mazelas. O primeiro passo de crescimento está em freiarmos nossos impulsos. Isso é justamente a disciplina de que fala Emmanuel. (t)
<[Moderador]> [09] <hujito> Os instintos - e impulsos - físicos podem ser considerados como "vontade do corpo" (por exemplo, sede, fome, sexo, etc)? Muitas pessoas estudam técnicas de disciplina do próprio corpo para suprimir-lhes as tendências exacerbadas - por exemplo tratamento de excesso de fome, etc. Poderíamos chamar esse tipo de tendência de "vontade primitiva"?
<Dulce_Alcione> Toda vontade provém do espírito. Quando reencarnamos, um de nossos objetivos é viver na matéria, sem viver pela matéria. Isso implica em educarmos nossas necessidades e desejos. O corpo tem necessidades que devem ser controladas pelo espírito que o dirige. (t)
<[Moderador]> [10] <hujito> Espíritos simples e ignorantes têm vontade ou somente instintos? Espíritos puros têm instintos ou somente vontade?
<Dulce_Alcione> Nas primeiras encarnações do espírito no mundo primitivo o que nos direciona é o determinismo acima do livre-arbítrio.
Na medida em que o homem vai desenvolvendo sua inteligência, adquire o uso do livre-arbítrio. Paralelamente, vai desenvolvendo a vontade cuja potência ao longo das encarnações irá direcionando-se para conquistas superiores.
O instinto é a inteligência sem raciocínio e é através dele que todos os seres provêem às suas necessidades. Muitas vezes, instinto e inteligência se confundem. As faculdades instintivas não diminuem à medida que crescem as faculdades intelectuais.
O instinto também pode conduzir ao bem, portanto ele é um grande atributo para nossa evolução. (t)
<[Moderador]> [11] <Irmao_Leao> O quanto a oração por uma pessoa pode mudar sua vontade de caminhar para a perfeição? O quanto a oração de alguém pode influenciar na vontade de outra pessoa (seja ela encarnada ou desencarnada)?
<Dulce_Alcione> Nenhum de nós pode interferir no caminho do outro. Se assim fosse, nenhum pai deixaria seu filho errar.
Entretanto, quando oramos com vontade, direcionamos fluidos benfazejos para quem oramos. Isso pode atingí-lo de tal maneira que o impressione positivamente. É preciso, então, que esta pessoa esteja receptiva a ajuda. Devemos lembrar que nenhuma oração se perde ou fica sem resposta. (t)
<[Moderador]> [12] <hujito> No Novo Testamento lemos em (Mt 8:1-3) "E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão. E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.". Que se pode dizer sobre o poder da Vontade de Jesus ("Quero!")?
<Dulce_Alcione> Jesus, como espírito puro, atuou manipulando todos os fluidos à sua volta, modificando a natureza dos mesmos. Sendo assim, a vontade de Jesus tudo podia sobre a Terra, por isso curou a quantos a Ele recorreram.
O poder da fé daqueles que o procuravam para a cura abria o caminho necessário para a ação da vontade de Jesus. (t)
<[Moderador]> [13] <hujito> Que acontece com a vontade de uma pessoa sob efeito de hipnose? Ela perde a própria vontade ou de certa forma esta ainda permanece?
<Dulce_Alcione> A vontade sempre permanece. O poder da hipnose está limitado às disposições morais da pessoa. (t)
Considerações Finais do Palestrante:
<Dulce_Alcione> É preciso ter metas definidas para podermos treinar nossa vontade. Devemos definir os pontos onde mais falhamos no dia-a-dia e traçar metas para superá-los. Assim, da próxima vez que formos surpreendidos pelo mesmo ponto, já teremos definido em nossa mente uma nova atitude para enfrentar o problema, dessa forma tudo passa a ser desafio.
Para vencer o mal que trazemos em nós, é necessário muito esforço e persistência. Como disse o apóstolo Paulo, "não se deixe vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem." (t)
Oração Final:
<Naema> Vamos, nessa noite tão proveitosa, fazer com que nossa vontade seja realizada. Vontade em melhorarmos, em sermos uma fonte de luz que irradie os maravilhosos conhecimentos que buscamos na Doutrina Espírita. Que possamos, a cada minuto, a cada dia, a cada existência desejarmos o bem de todos, construir um caminho de felicidade, onde todos encontrem amparo.
Que possamos ser amparados e aconselhados pelos espíritos que tanto nos querem bem. Que possamos seguir os exemplos de nosso querido Jesus e conseguirmos cumprir nossa trajetória de evolução. Assim seja!
Palestra Virtual
Promovida pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br
Em conjunto com o Centro Espírita Maria Angélica
Palestrante: Dulce Alcione
Rio de Janeiro
29/09/2000
Organizadores da palestra:
Moderador: "Luno" (nick: [Moderador])
"Médium digitador": "jaja" (nick: Dulce_Alcione)
Oração Inicial:
<lflavio> Amigos, vamos acalmar nossos pensamentos e buscar a sintonia com a luz de Deus, nosso Pai e Jesus, Nosso Mestre querido, rogando que nos abençoe e nos inspire nesta noite de estudos. Vontade, força da alma, que muitos de nós não sabe direcionar, e estudos com este podem nos ajudar a alcançar nosso objetivo de melhorar.
Que os bons espíritos possam envolver nossa irmã Dulce no estudo da noite, e que possamos, dar por iniciado os trabalhos, em nome de Deus, nosso Pai. Que assim seja!
Apresentação do Palestrante:
<Dulce_Alcione> Queridos irmãos, é uma grande alegria estar de volta, nesta noite, para estabelecermos uma comunicação fraterna em torno de estudos da nossa tão esclarecedora doutrina.
Sou trabalhadora do Centro Espírita Maria Angélica, no Rio de Janeiro, onde estamos tendo a oportunidade de cada dia aprender e trabalhar pela misericórdia de Deus. (t)
Considerações Iniciais do Palestrante:
<Dulce_Alcione> Nosso estudo de hoje está baseado no livro "O Problema do Ser do Destino e da Dor", de Léon Denis, especificamente na terceira parte, cap. 20, que fala da vontade.
Diz um antropólogo brasileiro que a inteligência é o farol que ilumina o caminho, mas a vontade é que nos faz caminhar. Sabemos que sem vontade nos tornaremos inertes, ela é a motivadora do nosso desenvolvimento, do nosso caminhar para a perfeição e conseqüente felicidade. Todos nós buscamos ser felizes, mas não nos damos conta de que a felicidade está dentro de nós mesmos.
Sabemos que trazemos conosco todas as virtudes em gérmen, a espera que as desenvolvamos através da nossa vontade. Para ascendermos a planos superiores, só nos resta exercitarmos estas faculdades para encontrarmos paz e felicidade. O fato é que não é simples nem fácil exercitar essas potências, pois requer grande esforço, a começar do caminho que temos que traçar para o auto-conhecimento, pois somente nos conhecendo poderemos enxergar nossas fraquezas e, portanto, os pontos que deveremos combater. Para isso, devemos lembrar de Emmanuel, quando nos alerta quanto a necessidade da disciplina. (t)
Perguntas/Respostas:
<[Moderador]> [01] <Luno> Sabemos da influência que os desencarnados exercem sobre os encarnados. Esta influência poderia chegar ao ponto de paralisar nossa vontade?
<Dulce_Alcione> Toda ligação de encarnado com desencarnado ou de desencarnado com desencarnado se dá através do pensamento, ou seja, toda ligação é mental.
No momento em que nos deixamos levar ou envolver pelas situações menos felizes que nos levam ao desequilíbrio, entramos em sintonia com os irmãos que estejam afinizados conosco neste momento.
Sendo assim, de acordo com o grau de ligação que estabeleçamos, maior ou menor, poderemos permitir um grau de interferência tão grande que esses irmãos poderão nos dominar (possessão), paralisando, portanto, nossa vontade, enquanto houver a dominação. (t)
<[Moderador]> [02] <lflavio> A vontade pode ser disciplinada para que seja sempre direcionada para nosso crescimento espiritual?
<Dulce_Alcione> A vontade é a maior de todas as potências da alma. Léon Denis a compara ao ímã, atraindo todos os recursos vitais. Jesus realizou todos os chamados "milagres" através da sua vontade plenamente desenvolvida.
Tudo podemos através da vontade. Justamente o que ocorre é que ainda não sabemos direcioná-la para o nosso crescimento. Todos crescemos espiritualmente na medida em que aprendemos a disciplinar a nós mesmos. (t)
<[Moderador]> [03] <|Malfatti|> Quer dizer que só encontraremos a felicidade que já foi dito que não pertence a este mundo, se formos disciplinados e severos conosco e sofrermos primeiro, podando alguns prazeres?
<Dulce_Alcione> A felicidade não pertence ao mundo de provas e expiações, ou seja, em nosso atual estado ainda não sabemos o que é a felicidade. Na medida em que superarmos a nós mesmos: orgulho, vaidade, egoísmo, personalismo, aprendendo o amor ao próximo, iniciaremos o caminho para a felicidade.
O que hoje nos parece sofrimento está ligado ao nosso apego às coisas do mundo material, quando, em realidade, o desprendimento das coisas materiais a caminho de um crescimento espiritual é a maior e mais importante conquista do espírito. (t)
<[Moderador]> [04] <hujito> Muitas pessoas dizem: "A carne é fraca". Temos visto pessoas de elevada seriedade dizerem ser arrastadas de maneira continuada a cometer atos que dizem não são capazes de resistir. Sei que os Espíritos nos dizem que não há arrastamento irresistível, mas às vezes ele é realmente muito forte. Há alguma forma de disciplinar a vontade de maneira a torná-la mais forte contra nossos vícios?
<Dulce_Alcione> É pela vontade que dirigimos nosso pensamento. A variedade e constância dos nossos pensamentos definem as influências que teremos. De acordo com o tipo de desejo que temos, vamos atrair forças sinônimas que, junto com as nossas forças, entrarão em ação para a realização do desejo.
Se os pensamentos são mundanos, estão ligados a realizações menores e até infelizes. Se, entretanto, o desejo é sublime, atingirá as esferas superiores e contaremos com o amparo e a assistência dos bons espíritos que nos darão forças, bons conselhos e coragem.
Portanto, quando queremos vencer a algum desejo que não nos está fazendo bem, devemos, em primeiro lugar, recorrer à oração, não esquecendo de vigiar nossos pensamentos. (t)
<[Moderador]> [05] <Denise-29> Quando nossa vontade tem um objetivo justo, ou seja, para evoluir e não para atender alguns capricho, somos auxiliados ou assistidos por bons espíritos?
<Dulce_Alcione> Sim, sempre. Tudo o que desejamos de bom conta com o amparo divino.
Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais a nossa vontade terá força de ação no bem, pois estamos sintonizando com aquele cuja vontade criou tudo o que existe. (t)
<[Moderador]> [06] <hujito> Entre a Vontade e a Ação há às vezes grande distância. Muitas pessoas querem, mas não agem ainda, seja por medo, seja por impossibilidade exterior. Por exemplo, as mulheres do Afeganistão, naturalmente restritas pela opressão cultural. Sua vontade encontra-se "esmagada" contra sua cultura. Que fazer nesses casos? A Vontade tem o direito de quebrar as regras sociais de um país, mesmo que seja para o bem? A que limite?
<Dulce_Alcione> Devemos lembrar que ninguém pode revogar as leis de Deus, que são imutáveis e perfeitas. As leis humanas são mutáveis e imperfeitas.
Tudo o que se passa na Terra é fruto daquilo que plantamos e tudo o que acontece está dentro da faixa de possibilidades que Deus nos permite com o nosso livre-arbítrio.
Devemos lembrar que o caos não existe, Deus a tudo preside. Todo desejo de mudança sofre um processo mais ou menos lento.
Dado que todos estamos vinculados às leis de ação e reação, quando nos achamos em uma situação que nos constrange, ela é fruto da nossa necessidade de superar deficiências criadas por nós mesmos em outras oportunidades. Neste caso, deveremos treinar a perseverança, direcionando nossa vontade para a melhoria da situação que nos constrange.
Sabemos que, no momento em que não precisarmos mais passar pela prova, encontraremos caminhos que nos libertem. Deus é justo. (t)
<[Moderador]> [07] <hujito> Que devemos dizer para uma pessoa que, mesmo boa, encontra-se em uma depressão tão profunda que sua própria vontade de reagir não lhe dá forças? "Fortaleça sua vontade" é uma série de palavras verdadeiras, mas insuficientes - e até ingênuas - pelos casos que temos visto. Que tipo de reforço à vontade de viver podemos dar aos nossos necessitados, além de simples palavras?
<Dulce_Alcione> A depressão é uma das doenças mais constantes em nossos dias, portanto deve ser tratada tanto no âmbito médico quanto espiritual.
Jamais podemos abandonar o tratamento com um especialista. Sempre, entretanto, podemos ajudar àqueles que se encontrem enfermados. Podemos orar, sugerir tratamento espiritual relatando casos que saibamos terem tido grande melhora dentro da casa espírita.
Podemos envolver o depressivo em trabalhos no bem, ou seja, levando-o a direcionar seu pensamento em prol de irmãos necessitados. O trabalho no bem é um grande remédio. (t)
<[Moderador]> [08] <Irmao_Leao> Muitas vezes não praticamos certos atos reprováveis, mas existe em nós a vontade de fazê-los. E o que nos move a não agir conforme nossa vontade de seres imperfeitos é o nosso desejo de um dia não mais termos tal desejo reprovável e sermos cada vez menos perfeito. Isso é válido? Isso leva a melhorar?
<Dulce_Alcione> Perfeitamente. Este é o melhor caminho para a nossa evolução.
Como espíritos ainda imperfeitos, trazemos muitas mazelas. O primeiro passo de crescimento está em freiarmos nossos impulsos. Isso é justamente a disciplina de que fala Emmanuel. (t)
<[Moderador]> [09] <hujito> Os instintos - e impulsos - físicos podem ser considerados como "vontade do corpo" (por exemplo, sede, fome, sexo, etc)? Muitas pessoas estudam técnicas de disciplina do próprio corpo para suprimir-lhes as tendências exacerbadas - por exemplo tratamento de excesso de fome, etc. Poderíamos chamar esse tipo de tendência de "vontade primitiva"?
<Dulce_Alcione> Toda vontade provém do espírito. Quando reencarnamos, um de nossos objetivos é viver na matéria, sem viver pela matéria. Isso implica em educarmos nossas necessidades e desejos. O corpo tem necessidades que devem ser controladas pelo espírito que o dirige. (t)
<[Moderador]> [10] <hujito> Espíritos simples e ignorantes têm vontade ou somente instintos? Espíritos puros têm instintos ou somente vontade?
<Dulce_Alcione> Nas primeiras encarnações do espírito no mundo primitivo o que nos direciona é o determinismo acima do livre-arbítrio.
Na medida em que o homem vai desenvolvendo sua inteligência, adquire o uso do livre-arbítrio. Paralelamente, vai desenvolvendo a vontade cuja potência ao longo das encarnações irá direcionando-se para conquistas superiores.
O instinto é a inteligência sem raciocínio e é através dele que todos os seres provêem às suas necessidades. Muitas vezes, instinto e inteligência se confundem. As faculdades instintivas não diminuem à medida que crescem as faculdades intelectuais.
O instinto também pode conduzir ao bem, portanto ele é um grande atributo para nossa evolução. (t)
<[Moderador]> [11] <Irmao_Leao> O quanto a oração por uma pessoa pode mudar sua vontade de caminhar para a perfeição? O quanto a oração de alguém pode influenciar na vontade de outra pessoa (seja ela encarnada ou desencarnada)?
<Dulce_Alcione> Nenhum de nós pode interferir no caminho do outro. Se assim fosse, nenhum pai deixaria seu filho errar.
Entretanto, quando oramos com vontade, direcionamos fluidos benfazejos para quem oramos. Isso pode atingí-lo de tal maneira que o impressione positivamente. É preciso, então, que esta pessoa esteja receptiva a ajuda. Devemos lembrar que nenhuma oração se perde ou fica sem resposta. (t)
<[Moderador]> [12] <hujito> No Novo Testamento lemos em (Mt 8:1-3) "E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão. E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.". Que se pode dizer sobre o poder da Vontade de Jesus ("Quero!")?
<Dulce_Alcione> Jesus, como espírito puro, atuou manipulando todos os fluidos à sua volta, modificando a natureza dos mesmos. Sendo assim, a vontade de Jesus tudo podia sobre a Terra, por isso curou a quantos a Ele recorreram.
O poder da fé daqueles que o procuravam para a cura abria o caminho necessário para a ação da vontade de Jesus. (t)
<[Moderador]> [13] <hujito> Que acontece com a vontade de uma pessoa sob efeito de hipnose? Ela perde a própria vontade ou de certa forma esta ainda permanece?
<Dulce_Alcione> A vontade sempre permanece. O poder da hipnose está limitado às disposições morais da pessoa. (t)
Considerações Finais do Palestrante:
<Dulce_Alcione> É preciso ter metas definidas para podermos treinar nossa vontade. Devemos definir os pontos onde mais falhamos no dia-a-dia e traçar metas para superá-los. Assim, da próxima vez que formos surpreendidos pelo mesmo ponto, já teremos definido em nossa mente uma nova atitude para enfrentar o problema, dessa forma tudo passa a ser desafio.
Para vencer o mal que trazemos em nós, é necessário muito esforço e persistência. Como disse o apóstolo Paulo, "não se deixe vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem." (t)
Oração Final:
<Naema> Vamos, nessa noite tão proveitosa, fazer com que nossa vontade seja realizada. Vontade em melhorarmos, em sermos uma fonte de luz que irradie os maravilhosos conhecimentos que buscamos na Doutrina Espírita. Que possamos, a cada minuto, a cada dia, a cada existência desejarmos o bem de todos, construir um caminho de felicidade, onde todos encontrem amparo.
Que possamos ser amparados e aconselhados pelos espíritos que tanto nos querem bem. Que possamos seguir os exemplos de nosso querido Jesus e conseguirmos cumprir nossa trajetória de evolução. Assim seja!
A Força do Desejo – na Psicanálise e no Espiritismo
A Força do Desejo – na Psicanálise e no Espiritismo
Homem de costas com interrogações na frenteDesejo, para a criança é tomar um sorvete, ou brincar com o amiguinho, ou na era de hoje, se distrair com celular ou tablet na internet.
Para o ser comum o desejo acaba num outro desejo, ou seja, é incessante. Quando vem um desejo, logo é substituído por outro. Solteiro, deseja se casar; casado, anseia retomar a liberdade de solteiro; separado, reaparece o desejo de novo enlace; compra uma roupa, e logo a moda o faz trocar por outra; consegue a custo o automóvel dos sonhos, e mal coloca os pneus no asfalto, é invadido pela ideia de troca-lo após assistir a propaganda do carro do ano.
E por ai vai… É a inquietação do ser humano. Não é à toa que Freud definiu na Interpretação dos Sonhos que: “desejo é o impulso de recuperar a perda da primeira experiência de satisfação”.
De modo simplista, podemos dizer que para a Psicanálise o desejo não se realiza, considerando o homem como um ser em busca de uma incessante demanda (objeto do desejo), cuja satisfação não acaba quando alcança, pois logo vai à busca de nova satisfação (novo desejo).
Lacan define que o desejo é o desejo do outro. O desejo dirige-se sempre a outro desejo. Ele não esta relacionado diretamente ao objeto que o satisfaz, e por isso o desejo não se esgota. Não é nada fácil compreender esta afirmação psicanalítica em poucas linhas. Dentre os desejos mais reconhecidos, de sexo e fome, tomaremos como exemplo a fome.
Acreditamos que estejamos ansiosos por uma razão desconhecida. Somos acometidos com sintoma de fome, cuja sensação de satisfação se daria, segundo aquele momento, comendo algo doce. Logo tomamos um sorvete de chocolate, que mal termina, e já nos vem o anseio deseducado de comer um gostoso bolo de chocolate. Lá vamos nós tratarmos de satisfazer este novo desejo através de um novo objeto; não foi desta vez que o bolo (que não estava tão gostoso assim) cumpriu sua função de nos saciar, e novamente somos apanhados com novo alvo: “imagine se isso fosse uma barra chocolate”.
Notamos o percurso do desejo iniciado pela falta de algo interior até a barra de chocolate, que depois de triturá-la, provavelmente voltaremos para o inicio do trajeto.
Santo Agostinho foi o primeiro a distinguir três tipos de desejos: desejo de conhecimento, desejo sensual em sentido mais amplo, e desejo de dominar. André Luiz afirma que o “Desejo é a realização antecipada”, para quem a sentença “procura e achará”, equivale a dizer: “encontrarás o que desejas”.
Graças ao intercâmbio de fontes de sabedoria da Doutrina Espírita, como André Luiz, pela abençoada missão de Chico Xavier, e tantos outros Mestres do Amor, é sempre salutar reconhecer a distinção entre o desejo e a vontade. Emmanuel é claro quanto a potencia da Vontade frente ao Desejo, ressalta que é na vontade que controlamos e comandamos os problemas do destino. Sem ela, diz o Benfeitor, o Desejo pode se enganar trazendo séculos de aflição e reparação. E sentencia: Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito. (Emmanuel / F.C. Xavier, Pensamento e Vida).
Apresentamos assim a Vontade, a “mãe” que transfere sabedoria ao “filho” Desejo. Este filho que se apresenta como um túnel mal iluminado, que recebe a luz da mãe vontade – a consciência. A direção é definida pelo Criador, enquanto a rota depende de nós.
Assim, nesta busca incessante entorno da vitória do bem, na viagem de lazer (desejo) ora apararemos um matagal para abrirmos o caminho (vontade), ora trocaremos os pneus de nosso carro (vontade) para prosseguirmos nosso passeio de recreação (desejo), até que numa dessas viagens, a fusão destes conceitos ocorrerá de tal forma natural, que já não saberemos distinguir entre desejo e vontade, pois ambos andaram unidos como siameses. O desejo será naturalmente submisso à vontade, como as folhas à raiz.
Na questão 911 do O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta se não haverá paixões tão vivas e irresistíveis, que a vontade seja impotente para dominá-las – em resposta, os Espíritos asseveram que vencê-las é uma vitória do Espírito sobre a matéria.
O Codificador como seguidor fiel de Jesus que nos fortaleceu ao afirmar “podeis fazer isso e muito mais”, nos orientou: “Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea.”.
Assim, sabemos que somos responsáveis pelas escolhas de nossos desejos, uma vez que somos os autores de sua elaboração consciente ou inconscientemente, ou seja, quer seja ele regido pelo princípio do prazer (rota de vantagens) ou princípio da realidade (rota apropriada). Portanto, cabe a nós darmos o sentido e direção às nossas existências no campo físico e extrafísico.
Como relembramos queridos leitores, o caminho já nos foi indicado pelo Doutor mór das almas: “Conhecereis a verdade e ela te libertará”, ensinando que o caminho da libertação está em seguir a vontade. E esta se faz através do autodescobrimento, cujo primeiro passo é examinar as possibilidades com decisão e enfrentá-las sem mecanismos de desculpas, segundo alerta Joanna de Ângelis, (O homem Integral- Joanna de Ângelis).
A par do que refletimos sobre o conceito de desejo e vontade a luz da psicanalise e espiritismo, temos a dizer que indefere qual das duas palavras o leitor utiliza no seu no seu dia-a-dia, uma vez que não teremos outra saída para lidar com as “pegadinhas” inconstantes e constantes dos desejos, senão firmarmos conosco mesmo um propósito interior de responsabilidade. O que quer dizer: enfrentar o objeto (escolha) adequado e não abraçar apenas o confortável, – eis o caminho seguro para minimizar as sensações de angustias que perseguem nosso atual estágio.
Em outras palavras a psicanálise de Lacan faz coro: “somos responsáveis pelos nossos desejos, por isso também pode nos trazer culpa”. Esta reflexão favorece a orientação do autentico psicanalista e psicólogo transpessoal Dr. Adão Nonato: “esperneie, mas faça a coisa certa”.
Como crianças em fase de aprendizagem, onde muitos de nós ainda esbravejamos, que possamos usar as mamadeiras da harmonia, as chupetas da razão, as fraldas da consciência, e os brinquedos das conquistas, e assim nos alegrarmos em qualquer jardim de diversão que possamos estar.
Homem de costas com interrogações na frenteDesejo, para a criança é tomar um sorvete, ou brincar com o amiguinho, ou na era de hoje, se distrair com celular ou tablet na internet.
Para o ser comum o desejo acaba num outro desejo, ou seja, é incessante. Quando vem um desejo, logo é substituído por outro. Solteiro, deseja se casar; casado, anseia retomar a liberdade de solteiro; separado, reaparece o desejo de novo enlace; compra uma roupa, e logo a moda o faz trocar por outra; consegue a custo o automóvel dos sonhos, e mal coloca os pneus no asfalto, é invadido pela ideia de troca-lo após assistir a propaganda do carro do ano.
E por ai vai… É a inquietação do ser humano. Não é à toa que Freud definiu na Interpretação dos Sonhos que: “desejo é o impulso de recuperar a perda da primeira experiência de satisfação”.
De modo simplista, podemos dizer que para a Psicanálise o desejo não se realiza, considerando o homem como um ser em busca de uma incessante demanda (objeto do desejo), cuja satisfação não acaba quando alcança, pois logo vai à busca de nova satisfação (novo desejo).
Lacan define que o desejo é o desejo do outro. O desejo dirige-se sempre a outro desejo. Ele não esta relacionado diretamente ao objeto que o satisfaz, e por isso o desejo não se esgota. Não é nada fácil compreender esta afirmação psicanalítica em poucas linhas. Dentre os desejos mais reconhecidos, de sexo e fome, tomaremos como exemplo a fome.
Acreditamos que estejamos ansiosos por uma razão desconhecida. Somos acometidos com sintoma de fome, cuja sensação de satisfação se daria, segundo aquele momento, comendo algo doce. Logo tomamos um sorvete de chocolate, que mal termina, e já nos vem o anseio deseducado de comer um gostoso bolo de chocolate. Lá vamos nós tratarmos de satisfazer este novo desejo através de um novo objeto; não foi desta vez que o bolo (que não estava tão gostoso assim) cumpriu sua função de nos saciar, e novamente somos apanhados com novo alvo: “imagine se isso fosse uma barra chocolate”.
Notamos o percurso do desejo iniciado pela falta de algo interior até a barra de chocolate, que depois de triturá-la, provavelmente voltaremos para o inicio do trajeto.
Santo Agostinho foi o primeiro a distinguir três tipos de desejos: desejo de conhecimento, desejo sensual em sentido mais amplo, e desejo de dominar. André Luiz afirma que o “Desejo é a realização antecipada”, para quem a sentença “procura e achará”, equivale a dizer: “encontrarás o que desejas”.
Graças ao intercâmbio de fontes de sabedoria da Doutrina Espírita, como André Luiz, pela abençoada missão de Chico Xavier, e tantos outros Mestres do Amor, é sempre salutar reconhecer a distinção entre o desejo e a vontade. Emmanuel é claro quanto a potencia da Vontade frente ao Desejo, ressalta que é na vontade que controlamos e comandamos os problemas do destino. Sem ela, diz o Benfeitor, o Desejo pode se enganar trazendo séculos de aflição e reparação. E sentencia: Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito. (Emmanuel / F.C. Xavier, Pensamento e Vida).
Apresentamos assim a Vontade, a “mãe” que transfere sabedoria ao “filho” Desejo. Este filho que se apresenta como um túnel mal iluminado, que recebe a luz da mãe vontade – a consciência. A direção é definida pelo Criador, enquanto a rota depende de nós.
Assim, nesta busca incessante entorno da vitória do bem, na viagem de lazer (desejo) ora apararemos um matagal para abrirmos o caminho (vontade), ora trocaremos os pneus de nosso carro (vontade) para prosseguirmos nosso passeio de recreação (desejo), até que numa dessas viagens, a fusão destes conceitos ocorrerá de tal forma natural, que já não saberemos distinguir entre desejo e vontade, pois ambos andaram unidos como siameses. O desejo será naturalmente submisso à vontade, como as folhas à raiz.
Na questão 911 do O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta se não haverá paixões tão vivas e irresistíveis, que a vontade seja impotente para dominá-las – em resposta, os Espíritos asseveram que vencê-las é uma vitória do Espírito sobre a matéria.
O Codificador como seguidor fiel de Jesus que nos fortaleceu ao afirmar “podeis fazer isso e muito mais”, nos orientou: “Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea.”.
Assim, sabemos que somos responsáveis pelas escolhas de nossos desejos, uma vez que somos os autores de sua elaboração consciente ou inconscientemente, ou seja, quer seja ele regido pelo princípio do prazer (rota de vantagens) ou princípio da realidade (rota apropriada). Portanto, cabe a nós darmos o sentido e direção às nossas existências no campo físico e extrafísico.
Como relembramos queridos leitores, o caminho já nos foi indicado pelo Doutor mór das almas: “Conhecereis a verdade e ela te libertará”, ensinando que o caminho da libertação está em seguir a vontade. E esta se faz através do autodescobrimento, cujo primeiro passo é examinar as possibilidades com decisão e enfrentá-las sem mecanismos de desculpas, segundo alerta Joanna de Ângelis, (O homem Integral- Joanna de Ângelis).
A par do que refletimos sobre o conceito de desejo e vontade a luz da psicanalise e espiritismo, temos a dizer que indefere qual das duas palavras o leitor utiliza no seu no seu dia-a-dia, uma vez que não teremos outra saída para lidar com as “pegadinhas” inconstantes e constantes dos desejos, senão firmarmos conosco mesmo um propósito interior de responsabilidade. O que quer dizer: enfrentar o objeto (escolha) adequado e não abraçar apenas o confortável, – eis o caminho seguro para minimizar as sensações de angustias que perseguem nosso atual estágio.
Em outras palavras a psicanálise de Lacan faz coro: “somos responsáveis pelos nossos desejos, por isso também pode nos trazer culpa”. Esta reflexão favorece a orientação do autentico psicanalista e psicólogo transpessoal Dr. Adão Nonato: “esperneie, mas faça a coisa certa”.
Como crianças em fase de aprendizagem, onde muitos de nós ainda esbravejamos, que possamos usar as mamadeiras da harmonia, as chupetas da razão, as fraldas da consciência, e os brinquedos das conquistas, e assim nos alegrarmos em qualquer jardim de diversão que possamos estar.
PENSAMENTO E VONTADE
PENSAMENTO E VONTADE
CONCEITOS DE PENSAMENTO E VONTADE
O que é o pensamento?
É a faculdade de pensar logicamente, refletir; força criadora, construtora, que molda a matéria, organizando formas abstratas ou concretas, que, juntamente com a vontade, são elementos plásticos e organizadores.
A vontade é a faculdade de querer, desejar; ter intenção, firmeza de ânimo, decisão, coragem, etc.
"Pensar é criar" (Emmanuel, Pão Nosso, cap. 15). A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental, da vontade firme, vive no mundo íntimo do ser, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.
Toda criatura possui energia obediente à sua vontade, que, ligada a seu potencial imaginativo, atua exteriormente, influenciando outras criaturas e ambientes distantes. As imagens servem, então, como matérias-primas de todas as criações intelectuais.
O pensamento e a vontade são elementos plásticos e organizadores." Ernesto Bozzano
O pensamento é o resultado de alguém que está a pensar. O homem pensa idéias; ao fazê-lo mobiliza material plástico oriundo do corpo mental, sendo que cabe à vontade dar direção a esses pensamentos, e ao sentimento, a função de dar as propriedades positivas ou negativas a essa energia mental.
Quem pensa é o Espírito; o cérebro é apenas o instrumento. Os pensamentos são materializados no mundo astral (espiritual) com elementos plásticos do corpo mental. Os nossos sentimentos irão dar as propriedades a esses pensamentos, e a nossa vontade, a direção, o destino deles. Pensamentos de amor terão uma coloração e vibração diferente dos pensamentos de ódio.
Os nossos pensamentos formam um envelope energético em torno de nós causando sensações agradáveis ou desagradáveis, dependendo do teor desses pensamentos... Mesmo que estejamos direcionando aos outros, o primeiro a receber é o próprio emissor. Se estivermos pensando mal do nosso próximo, querendo o seu mal, é como se tomássemos veneno e quiséssemos que o outro morresse...
PENSAMENTO COMO ENERGIA MENTAL
A base de toda manifestação psíquica está na mente da criatura.
A mente, por sua vez, é o espelho da vida em toda parte, e, necessita apenas, ser lapidada, educada, para que atinja a magnificência da luz. É como um diamante, em estado bruto, para se tornar pedra preciosa depende da maneira como a tratarmos. Sendo espelho da vida, a mente, gera a força do pensamento que movimenta tudo, criando e transformando, destruindo e refazendo, para depurar e sublimar. Isso, porque em todos os domínios do Universo, vibra a influência recíproca.
Hoje, sabemos que respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos, dependendo da faixa vibratória que sintonizamos, provisoriamente. A partir de nossa vontade, incorporamos o influxo renovador dos poderes que nos impulsiona à purificação e ao progresso maior. As criaturas, portanto, refletem-se reciprocamente na criação, que reflete os objetivos do Criador. Assim, o reflexo mental de cada ser reside no alicerce da vida. Esse reflexo mental delineia a emotividade; esta plasma a idéia; a idéia determina a atitude; a atitude e a palavra dirigem ações, que geram manifestações, que, por sua vez, são válvulas destruidoras ou alavancas positivas da existência.
PENSAMENTO E VONTADE ENTRE ENCARNADOS NO PLANO FÍSICO
Recentemente, o Sr. Masaro Emoto demostrou a força de nossos pensamentos e sentimentos na água. Ele nos mostrou que energias vibracionais humanas, pensamentos, palavras, idéias afetam a estrutura molecular da água. É bom lembrar que a água está presente em nosso corpo numa proporção de aproximadamente 60 a 70%; estamos, pois, a alterar, com nossos pensamentos, as estruturas aquosas do nosso corpo...
O Sr. Emoto documentou visualmente essas mudanças moleculares na água por meio de suas técnicas fotográficas. Ele congelou gotas de água e examinou-as sob um microscópio de campo escuro dotado de recursos fotográficos. Após ter visto como a água reagia às circunstâncias ambientais, poluição e música, o Sr. Emoto e seus colegas decidiram observar como os pensamentos e as palavras afetavam a formação de águas destiladas não tratadas e águas puras, usando palavras datilografadas em papel por um processador de textos e coladas nos frascos de vidro durante a noite. As águas foram então congeladas e fotografadas. As fotografias mostraram os incríveis reflexos de água, como viva e altamente responsiva a cada uma de nossas emoções e pensamentos.
Ficou claro que a água facilmente assimila as vibrações e as energias do ambiente, seja tóxico e poluído ou naturalmente puro.
PENSAMENTO E VONTADE ENTRE DESENCARNADOS E NO PLANO ESPIRITUAL
Os Espíritos agem sobre os fluidos espirituais, não os manipulando como os homens manipulam os gases, mas com a ajuda do pensamento e da vontade. O pensamento e a vontade são para o Espírito o que a mão é para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem a estes fluidos tal ou tal direção; aglomeram-nos, combinam ou dispersam; formam conjuntos tendo uma aparência, uma forma, uma cor determinadas; mudam-lhes as propriedades como um químico muda a dos gases ou outros corpos, combinando-os segundo certas leis. E' a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
Algumas vezes estas transformações são o resultado de uma intenção; freqüentemente, elas são o produto de um pensamento inconsciente; basta ao Espírito pensar em uma coisa para que esta coisa se produza, como basta modular o ar para que este ar repercuta na atmosfera.
Assim é que, por exemplo, um Espírito se apresenta à visão de um encarnado, dotado da visão psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo, à época em que se conheceram, tivesse tido várias encarnações depois. Apresenta-se com a roupa, os sinais exteriores, - enfermidades, cicatrizes, membros amputados, etc. - que tinha então; um decapitado se apresentará sem a cabeça. Não é para dizer que haja conservado estas aparências; não certamente, porque, como Espírito, ele não é nem coxo, nem maneta, nem vesgo, nem decapitado; mas o seu pensamento, reportando-se à época em que era assim, seu perispírito toma-lhe imediatamente as aparências, que deixa, do mesmo modo, instantaneamente, desde que o pensamento cesse de agir. Se, pois, foi uma vez negro e uma outra vez branco, apresentar-se-á como negro ou como branco, segundo aquela, destas duas encarnações, sob a qual for evocado e onde se reportará o seu pensamento.
Por um efeito análogo, o pensamento do Espírito cria fluidicamente os objetos de que tinha o hábito de se servir; um avarento manejará o ouro, um militar terá as suas armas e o seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, um lavrador a sua charrua e os seus bois, uma velha a sua roca de fiar. Estes objetos fluídicos são tão reais para o Espírito, quanto estão no estado material para o homem vivo; mas, pela mesma razão que são criados pelo pensamento, a sua existência é tão fugidia quanto o pensamento.
Sendo os fluidos o veículo do pensamento, este age sobre os fluidos como o som age sobre o ar; eles nos trazem o pensamento como o ar nos traz o som. Pode-se dizer, pois, com toda a verdade, que há, nestes fluidos, ondas e raios de pensamento, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros.
Há mais: O pensamento, criando imagens fluídicas, ele se reflete no envoltório perispiritual como num vidro; aí toma um corpo e se fotografa de alguma sorte. Que um homem, por exemplo, tenha a idéia de matar um outro, por impassível que seja o seu corpo material, seu corpo fluídico é colocado em ação pelo pensamento, do qual reproduz todas as nuanças; ele executa fluidicamente o gesto, o ato que tem o desejo de cumprir; o pensamento cria a imagem da vítima, e a cena inteira se desenha, como num quadro, tal como está em seu espírito.
É assim que os movimentos mais secretos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler em outra alma como num livro, e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo. Contudo, vendo a intenção, ela pode pressentir o cumprimento do ato, que lhe será a seqüência, mas não pode determinar o momento em que se cumprirá, nem precisar-lhe os detalhes, nem mesmo afirmar que ocorrerá, porque circunstâncias ulteriores podem modificar os planos detidos e mudar as disposições. Ela não pode ver o que não está ainda no pensamento; o que ela vê é a preocupação habitual do indivíduo, seus desejos, seus projetos, seus propósitos bons ou maus.
FORMAS PENSAMENTO
Estranhamente simbólicas as formas do pensamento, algumas delas representam gràficamente os sentimentos que as originaram.
A usura, a ambição, a avidez, produzem formas retorcidas (garras de falcão), como que dispostas a apreender o cobiçado objeto.
O pensamento, preocupado com a resolução de um problema, produz filamentos espirais.
Os sentimentos endereçados a outrem, sejam de ódio ou de afeição, originam formas-pensamentos semelhantes aos projéteis.
A cólera, por exemplo, assemelha-se ao ziguezague do raio, o medo provoca jactos de substância pardacenta, quais salpicos de lama.
CONCLUSÃO
“Nós nos tornamos aquilo que contemplamos. Através do pensamento constante, um ideal fica impresso em nosso coração. Quando fixamos sempre nossos pensamentos no mal que os outros fazem, nossa mente fica poluída pelo mal. Quando, ao contrário, fixamos nossa mente nas virtudes ou no bem-estar dos outros, nossa mente é purificada do mal e acolhe somente bons pensamentos. Nenhum mau pensamento pode penetrar a mente de uma pessoa totalmente dedicada ao amor e à compaixão. Os pensamentos que cultivamos modelam nossa natureza; junto com os outros, eles também nos afetam.”
Sathya Sai Baba
Quando colocamos o Evangelho como nosso guia, ele ajudará na nossa renovação interior, fazendo com que nos transformemos interna e integralmente, aproximando-nos do Criador. Para isso se faz necessário reeducarmos o nosso pensar, vigiando-o.
Pesquisa realizada por Mauro Pilla
Obras Consultadas
Gênese - Allan Kardec
O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
Pensamento e Vida – Emmanuel
Pai Nosso – Emmanuel
Pensamento e Vontade - Ernesto Bozzano
CONCEITOS DE PENSAMENTO E VONTADE
O que é o pensamento?
É a faculdade de pensar logicamente, refletir; força criadora, construtora, que molda a matéria, organizando formas abstratas ou concretas, que, juntamente com a vontade, são elementos plásticos e organizadores.
A vontade é a faculdade de querer, desejar; ter intenção, firmeza de ânimo, decisão, coragem, etc.
"Pensar é criar" (Emmanuel, Pão Nosso, cap. 15). A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental, da vontade firme, vive no mundo íntimo do ser, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.
Toda criatura possui energia obediente à sua vontade, que, ligada a seu potencial imaginativo, atua exteriormente, influenciando outras criaturas e ambientes distantes. As imagens servem, então, como matérias-primas de todas as criações intelectuais.
O pensamento e a vontade são elementos plásticos e organizadores." Ernesto Bozzano
O pensamento é o resultado de alguém que está a pensar. O homem pensa idéias; ao fazê-lo mobiliza material plástico oriundo do corpo mental, sendo que cabe à vontade dar direção a esses pensamentos, e ao sentimento, a função de dar as propriedades positivas ou negativas a essa energia mental.
Quem pensa é o Espírito; o cérebro é apenas o instrumento. Os pensamentos são materializados no mundo astral (espiritual) com elementos plásticos do corpo mental. Os nossos sentimentos irão dar as propriedades a esses pensamentos, e a nossa vontade, a direção, o destino deles. Pensamentos de amor terão uma coloração e vibração diferente dos pensamentos de ódio.
Os nossos pensamentos formam um envelope energético em torno de nós causando sensações agradáveis ou desagradáveis, dependendo do teor desses pensamentos... Mesmo que estejamos direcionando aos outros, o primeiro a receber é o próprio emissor. Se estivermos pensando mal do nosso próximo, querendo o seu mal, é como se tomássemos veneno e quiséssemos que o outro morresse...
PENSAMENTO COMO ENERGIA MENTAL
A base de toda manifestação psíquica está na mente da criatura.
A mente, por sua vez, é o espelho da vida em toda parte, e, necessita apenas, ser lapidada, educada, para que atinja a magnificência da luz. É como um diamante, em estado bruto, para se tornar pedra preciosa depende da maneira como a tratarmos. Sendo espelho da vida, a mente, gera a força do pensamento que movimenta tudo, criando e transformando, destruindo e refazendo, para depurar e sublimar. Isso, porque em todos os domínios do Universo, vibra a influência recíproca.
Hoje, sabemos que respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos, dependendo da faixa vibratória que sintonizamos, provisoriamente. A partir de nossa vontade, incorporamos o influxo renovador dos poderes que nos impulsiona à purificação e ao progresso maior. As criaturas, portanto, refletem-se reciprocamente na criação, que reflete os objetivos do Criador. Assim, o reflexo mental de cada ser reside no alicerce da vida. Esse reflexo mental delineia a emotividade; esta plasma a idéia; a idéia determina a atitude; a atitude e a palavra dirigem ações, que geram manifestações, que, por sua vez, são válvulas destruidoras ou alavancas positivas da existência.
PENSAMENTO E VONTADE ENTRE ENCARNADOS NO PLANO FÍSICO
Recentemente, o Sr. Masaro Emoto demostrou a força de nossos pensamentos e sentimentos na água. Ele nos mostrou que energias vibracionais humanas, pensamentos, palavras, idéias afetam a estrutura molecular da água. É bom lembrar que a água está presente em nosso corpo numa proporção de aproximadamente 60 a 70%; estamos, pois, a alterar, com nossos pensamentos, as estruturas aquosas do nosso corpo...
O Sr. Emoto documentou visualmente essas mudanças moleculares na água por meio de suas técnicas fotográficas. Ele congelou gotas de água e examinou-as sob um microscópio de campo escuro dotado de recursos fotográficos. Após ter visto como a água reagia às circunstâncias ambientais, poluição e música, o Sr. Emoto e seus colegas decidiram observar como os pensamentos e as palavras afetavam a formação de águas destiladas não tratadas e águas puras, usando palavras datilografadas em papel por um processador de textos e coladas nos frascos de vidro durante a noite. As águas foram então congeladas e fotografadas. As fotografias mostraram os incríveis reflexos de água, como viva e altamente responsiva a cada uma de nossas emoções e pensamentos.
Ficou claro que a água facilmente assimila as vibrações e as energias do ambiente, seja tóxico e poluído ou naturalmente puro.
PENSAMENTO E VONTADE ENTRE DESENCARNADOS E NO PLANO ESPIRITUAL
Os Espíritos agem sobre os fluidos espirituais, não os manipulando como os homens manipulam os gases, mas com a ajuda do pensamento e da vontade. O pensamento e a vontade são para o Espírito o que a mão é para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem a estes fluidos tal ou tal direção; aglomeram-nos, combinam ou dispersam; formam conjuntos tendo uma aparência, uma forma, uma cor determinadas; mudam-lhes as propriedades como um químico muda a dos gases ou outros corpos, combinando-os segundo certas leis. E' a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
Algumas vezes estas transformações são o resultado de uma intenção; freqüentemente, elas são o produto de um pensamento inconsciente; basta ao Espírito pensar em uma coisa para que esta coisa se produza, como basta modular o ar para que este ar repercuta na atmosfera.
Assim é que, por exemplo, um Espírito se apresenta à visão de um encarnado, dotado da visão psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo, à época em que se conheceram, tivesse tido várias encarnações depois. Apresenta-se com a roupa, os sinais exteriores, - enfermidades, cicatrizes, membros amputados, etc. - que tinha então; um decapitado se apresentará sem a cabeça. Não é para dizer que haja conservado estas aparências; não certamente, porque, como Espírito, ele não é nem coxo, nem maneta, nem vesgo, nem decapitado; mas o seu pensamento, reportando-se à época em que era assim, seu perispírito toma-lhe imediatamente as aparências, que deixa, do mesmo modo, instantaneamente, desde que o pensamento cesse de agir. Se, pois, foi uma vez negro e uma outra vez branco, apresentar-se-á como negro ou como branco, segundo aquela, destas duas encarnações, sob a qual for evocado e onde se reportará o seu pensamento.
Por um efeito análogo, o pensamento do Espírito cria fluidicamente os objetos de que tinha o hábito de se servir; um avarento manejará o ouro, um militar terá as suas armas e o seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, um lavrador a sua charrua e os seus bois, uma velha a sua roca de fiar. Estes objetos fluídicos são tão reais para o Espírito, quanto estão no estado material para o homem vivo; mas, pela mesma razão que são criados pelo pensamento, a sua existência é tão fugidia quanto o pensamento.
Sendo os fluidos o veículo do pensamento, este age sobre os fluidos como o som age sobre o ar; eles nos trazem o pensamento como o ar nos traz o som. Pode-se dizer, pois, com toda a verdade, que há, nestes fluidos, ondas e raios de pensamento, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros.
Há mais: O pensamento, criando imagens fluídicas, ele se reflete no envoltório perispiritual como num vidro; aí toma um corpo e se fotografa de alguma sorte. Que um homem, por exemplo, tenha a idéia de matar um outro, por impassível que seja o seu corpo material, seu corpo fluídico é colocado em ação pelo pensamento, do qual reproduz todas as nuanças; ele executa fluidicamente o gesto, o ato que tem o desejo de cumprir; o pensamento cria a imagem da vítima, e a cena inteira se desenha, como num quadro, tal como está em seu espírito.
É assim que os movimentos mais secretos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler em outra alma como num livro, e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo. Contudo, vendo a intenção, ela pode pressentir o cumprimento do ato, que lhe será a seqüência, mas não pode determinar o momento em que se cumprirá, nem precisar-lhe os detalhes, nem mesmo afirmar que ocorrerá, porque circunstâncias ulteriores podem modificar os planos detidos e mudar as disposições. Ela não pode ver o que não está ainda no pensamento; o que ela vê é a preocupação habitual do indivíduo, seus desejos, seus projetos, seus propósitos bons ou maus.
FORMAS PENSAMENTO
Estranhamente simbólicas as formas do pensamento, algumas delas representam gràficamente os sentimentos que as originaram.
A usura, a ambição, a avidez, produzem formas retorcidas (garras de falcão), como que dispostas a apreender o cobiçado objeto.
O pensamento, preocupado com a resolução de um problema, produz filamentos espirais.
Os sentimentos endereçados a outrem, sejam de ódio ou de afeição, originam formas-pensamentos semelhantes aos projéteis.
A cólera, por exemplo, assemelha-se ao ziguezague do raio, o medo provoca jactos de substância pardacenta, quais salpicos de lama.
CONCLUSÃO
“Nós nos tornamos aquilo que contemplamos. Através do pensamento constante, um ideal fica impresso em nosso coração. Quando fixamos sempre nossos pensamentos no mal que os outros fazem, nossa mente fica poluída pelo mal. Quando, ao contrário, fixamos nossa mente nas virtudes ou no bem-estar dos outros, nossa mente é purificada do mal e acolhe somente bons pensamentos. Nenhum mau pensamento pode penetrar a mente de uma pessoa totalmente dedicada ao amor e à compaixão. Os pensamentos que cultivamos modelam nossa natureza; junto com os outros, eles também nos afetam.”
Sathya Sai Baba
Quando colocamos o Evangelho como nosso guia, ele ajudará na nossa renovação interior, fazendo com que nos transformemos interna e integralmente, aproximando-nos do Criador. Para isso se faz necessário reeducarmos o nosso pensar, vigiando-o.
Pesquisa realizada por Mauro Pilla
Obras Consultadas
Gênese - Allan Kardec
O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
Pensamento e Vida – Emmanuel
Pai Nosso – Emmanuel
Pensamento e Vontade - Ernesto Bozzano
EDUCAÇÃO DA VONTADE
EDUCAÇÃO DA VONTADE
Geziel Andrade
A educação da vontade é um dos pontos mais importantes da educação espírita.
Ela nos ensina que, antes de tudo, à semelhança de Jesus, devemos colocar a nossa vontade em consonância com a Vontade todo-poderosa de Deus, atendendo às seguintes lições do Mestre:
1. “Seja feita a tua Vontade, assim na terra como nos céus”
2. “Entrará no reino dos céus, aquele que faz a Vontade de meu Pai, que está nos céus”.
Em função disso, o Espírito Emmanuel ensinou-nos o seguinte, no livro “Mensagens Esparsas”, psicografado por Chico Xavier:
“Coloca a Vontade Divina acima de teus desejos e a Vontade Divina os aproveitará”.
LIÇÕES DE ALLAN KARDEC
Allan Kardec, em sua maravilhosa obra de constituição do Espiritismo, nos legou os seguintes ensinamentos que servem de base para a educação da vontade:
1. “A vontade é o pensamento chegado a um certo grau de energia e tornado força motriz”.
2. “Pela vontade o Espírito imprime aos membros e ao corpo movimentos num determinado sentido. Mas se ele tem a força de agir sobre os órgãos materiais, maior deve ser esta força sobre os elementos fluídicos que nos cercam!” (“Revista Espírita” de dezembro de 1868).
3. “A vontade dá aos fluídos espirituais que nos cercam qualidades boas e saudáveis ou más e doentias”. (“Revista Espírita” de março de 1865).
4. “Com a vontade, podemos agir sobre a matéria elementar e, portanto, modificar as propriedades das coisas dentro de certos limites. Assim se explica a faculdade de curar pelo contato e a imposição das mãos, que algumas pessoas possuem num elevado grau”. (Item 131 de “O Livro dos Médiuns”).
5. “Os Espíritos influem sobre o nosso pensamento; conseqüentemente sobre a nossa vontade e a nossa ação”. (Questão 459 de “O Livro dos Espíritos”).
6. “Nenhum Espírito recebe a missão de fazer o mal; quando ele o faz, é pela sua própria vontade, e conseqüentemente terá de sofrer as conseqüências.” (Questão 470 de “O Livro dos Espíritos”).
Dessa forma, a educação espírita leva em consideração todos esses fatores, nos permitindo exercer a vigilância sobre os pensamentos e a vontade, determinando as nossas boas ações e promovendo intervenções benéficas sobre os elementos materiais e os fluidos espirituais.
LIÇÕES DE LÉON DENIS
Léon Denis, em sua notável obra de ratificação dos princípios do Espiritismo, legou-nos os seguintes ensinamentos que orientam o nosso esforço na educação da vontade:
1. “A vontade é a faculdade soberana da alma; é a força espiritual por excelência, e pode mesmo dizer-se que é a essência da sua personalidade”.
2. “Tudo pode a vontade exercida no sentido do bem e de acordo com as leis naturais. Muito também pode para o mal”.
3. “Para regular o nosso adiantamento, preparar o nosso futuro, fortificarmo-nos ou nos rebaixarmos, é bastante fazer uso da vontade”.
4. “O poder da vontade sobre os fluidos é acrescido com a elevação do Espírito”. (Textos extraídos do livro: “Depois da Morte”).
5. “A alma é uma vontade livre e soberana”.
6. “Através da vontade, demonstramos o que guardamos dentro de nós mesmos”.
7. “A vontade pode atuar com intensidade sobre o corpo fluídico, ativar-lhe as vibrações e, por esta forma, apropriá-lo a um modo cada vez mais elevado de sensações, prepará-lo para mais alto grau de existência”.
8. “A vontade de viver, de desenvolver em nós a vida, atrai-nos novos recursos vitais”.
9. “O uso persistente, tenaz, da faculdade soberana da vontade permite-nos modificar a nossa natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria, a doença e a morte”. (Textos extraídos do livro: “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”).
Com base nesses ensinamentos valiosos de Léon Denis, buscamos o aprimoramento do uso da vontade, difundindo a prática do bem e conquistando a prosperidade em termos materiais, pessoais, morais e espirituais.
LIÇÕES DOS BONS ESPÍRITOS
Aqui no Brasil, tivemos muitas orientações dos bons Espíritos, através de diferentes médiuns, mostrando-nos a importância de educarmos a vontade:
1. “Vigie o pensamento e a vontade, para que se desenvolvam e marchem dentro dos moldes do ilimitado bem e jamais se arrependerá”. (Espírito Ismael Souto, na mensagem “Tudo é Atração”, psicografada por Chico Xavier).
2. “Pela simples má-vontade pode o homem rolar indefinidamente ao precipício das trevas. Caminhando prudentemente pela simples boa-vontade a criatura alcançará o Divino Reino da Luz”. (Espírito Emmanuel, no livro “Pão Nosso”, psicografado por Chico Xavier).
3. “Quando a criatura busca manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se ao caminho que deseja”. (Espírito André Luiz, no livro “Libertação”, psicografado por Chico Xavier).
4. “A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, selecionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento”. (Espírito Alberto Seabra, no livro “Vozes do Grande Além”, de psicografia de Chico Xavier).
5. “A vontade é a alavanca do destino”. (Espírito André Luiz, no livro “Sol nas Almas”, psicografado por Chico Xavier).
6. “A vontade é sagrado atributo do Espírito, dádiva de Deus a nós outros para que decidamos, por nós, quanto à direção do próprio destino”. (Espírito Emmanuel, no Cap. 57 do livro “O Espírito da Verdade”, psicografado por Chico Xavier).
7. “A Sabedoria do Universo colocou a vontade em nosso foro íntimo, à guisa de juiz supremo, a fim de que a vontade, em última instância, decida todas as questões que se nos referem à construção do destino”. (Espírito Emmanuel, no “Livro da Esperança”, psicografado por Chico Xavier).
8. “A vontade é o leme de todos os tipos de força, pois governa todos os setores da ação mental. Só a vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do Espírito”. (Espírito Emmanuel, no livro “Pensamento e Vida”, psicografado por Chico Xavier).
9. “Sem a vontade bem direcionada, não há vida saudável. É a vontade que nos permite transformar instintos em sentimentos; hábitos doentios em saúde; e conquistar a beleza e concretizar os ideais humanos”. (Espírito Joanna de Ângelis, no livro “Triunfo Pessoal”, psicografado por Divaldo P. Franco).
10. “Possuis todos os recursos ao alcance da vontade. Canalizando-a para o bem ou para o mal, fruirás saúde ou doença”. (Espírito Joanna de Ângelis, no livro “Momentos de Felicidade”, psicografado por Divaldo P. Franco).
11. “O melhor remédio, antes de qualquer outro, é a vontade sadia, porque a vontade débil enfraquece a imaginação e a imaginação doentia debilita o corpo”. (Espírito André Luiz, no Cap. 32 do livro “O Espírito da Verdade”).
Aprendamos, dessa forma, a controlar a vontade com a educação espírita.
Seguindo essas orientações oportunas dos bons Espíritos, edificamos um modo elevado de pensar e de agir, e criamos o futuro venturoso que tanto almejamos.
A EDUCAÇÃO ESPÍRITA VOLTADA PARA A EDUCAÇÃO DA VONTADE
Em função dessas lições maravilhosas do Espiritismo, a educação espírita preocupa-se com a educação de nossa vontade.
Assim, descobrimos a receita verdadeira para a criação de um destino próspero, alegre, sadio e feliz.
A vontade bem educada, de acordo com os princípios espíritas:
1. Enobrece a personalidade;
2. Desponta as qualidades pessoais dignas;
3. Seleciona as boas companhias que nos influenciam para o bem;
4. Propicia a obtenção de sucesso nos empreendimentos;
5. Melhora as condições mentais, morais e espirituais que sustentam a harmonia íntima, a boa convivência e o bom relacionamento com todos.
Portanto, investindo na educação da vontade, orientados pelo Espiritismo, revelamos:
1. A vontade de viver, mesmo enfrentando as provas e os momentos difíceis, necessários ao aprimoramento da alma;
2. A vontade de vencer os vícios, de corrigir as imperfeições morais e de eliminar as deficiências pessoais, para melhorar o estado da consciência e despontar qualidades melhores;
3. A vontade de fazer o bem e de ser útil ao próximo para praticar um estilo mais elevado de vida;
4. A vontade de trabalhar e de estudar sempre para acelerar o progresso;
5. A vontade de vencer na vida, sem temer as derrotas que servem de experiências;
6. A vontade de crescer em maturidade, tendo profundo respeito pelos semelhantes e tratando-os fraternalmente como irmãos, filhos de Deus em jornada evolutiva na escola terrena;
7. A vontade de criar um destino cada vez mais próspero, alegre, sadio e feliz, tanto na vida presente, quanto na vida futura.
Esta é a educação da vontade propiciada pela educação espírita.
Com ela atraímos ainda a ajuda dos bons Espíritos, como nos ensinou o querido e notável médium Chico Xavier:
“Os Espíritos da luz, quando percebem a nossa boa vontade, nos auxiliam em tudo e... vamos caminhando”.
Pensamento e Vontade
Para o estadunidense William James (1842-1910), um dos fundadores da Psicologia moderna, conhecido filósofo do pragmatismo(doutrina que coloca em prática as ideias) ou filosofia dos resultados, o fluxo do pensamento caracteriza a consciência e a capacidade de pensar é inerente ao ser integral. Ou seja, somos o ser que pensa, enquanto pessoa total, não uma parte de nós, o nosso sua, seu “ego”.
O pensamento é flexível, volátil, fácil de mudar e pode ser controlado, por treinamento. O pensamento humano é contínuo, não fragmentado como o dos animais. É governado pela razão e também pelas emoções, sentimentos e paixões.
O pensamento e a vontade, segundo Ernesto Bozzano (1862-1943), filósofo italiano e respeitável escritor espírita do passado, são forças plásticas e organizadoras da Natureza1 elaboradas pela mente do Espírito. Portanto, não é função do cérebro, que executa os comandos da mente. Daí os alquimistas e magos, que tinham controle sobre os pensamentos, saberem impregnar objetos (amuletos) de forças magnéticas e , por força do magnetismo pessoal, influenciar comportamentos, próprios e das pessoas mantidas sob influência. Neste sentido, a vontade exerce função controladora da emissões mentais: “[…] é a gerente esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.”2
Pelo pensamento o indivíduo cria formas-pensamento (criações mentais ou ideoplastias), de duração mais ou menos longa, que podem ser projetadas objetivamente e serem captadas pelos Espíritos que já morreram ou que se encontram neste plano de vida. Estas formas-pensamento podem ser fotografadas, por meio da fotografia escotográfica (termo proposto por Felícia Scatcherd no Primeiro Congresso Internacional de Pesquisas Psíquicas realizado em Copenhague, 1921). Seria impressão no escuro, em oposição à fotografia propriamente dita, que é a impressão pela luz).
O ser humano pensa por meio de imagens às quais acoplam ideias, podendo transmiti-las a outrem pelo pensamento (telepatia), gestos ou expressões corporais (linguagem do corpo), independentemente do plano de vida em que se encontra.
Segundo o Espírito Francisco Dias da Cruz “O pensamento é força que determina, estabelece, transforma, edifica, destrói e reconstrói. Nele, ao influxo divino, reside a gênese de toda a Criação.”3 E Emmanuel acrescenta, por sua vez:
A mente é o espelho da vida em toda parte. […] O reflexo esboça a emotividade. A emotividade plasma a idéia. A idéia determina a atitude e a palavra que comandam as ações. […]assinalamos, todos nós, os reflexos uns dos outros, dentro da nossa relativa capacidade de assimilação. Ninguém permanece fora do movimento de permuta incessante. Respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos. O reflexo mental mora no alicerce da vida.Refletem-se as criaturas, reciprocamen te, na Criação que reflete os objetivos do Criador. 4
Referências
BOZZANO, Ernesto. Pensamento e vontade. 8 ed. Rio de janeiro: FEB 1991. Item; As forças ideoplásticas, p.5.
XAVIER, Francisco Cândido. Pensamento e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 18 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008,cap. 2.
_____. Instruções psicofônicas. Diversos Espíritos. 9 ed.Rio de Janeiro: FEB, 2006, cap. 19 (Alergia e Obsessão– mensagem de Dias da Cruz).
_____. Pensamento e vida. Op. Cit. Cap. 1.
O Poder da Vontade
O Poder da Vontade
Autor: Léon Denis
Querer é poder! O poder da vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei divina. E é nisso que se verifica a palavra celeste: “A fé transporta montanhas.”
Não é consolador e belo poder dizer: “Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade e agora conheço a grandeza e a força que há em mim. Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus irmãos do espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; desapegar-me- ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o vôo para os mundos felizes!”
Vejo claramente o caminho que se desenrola e que tenho de percorrer. Esse caminho atravessa a extensão ilimitada e não tem fim; mas, para guiar-me na estrada infinita, tenho um guia seguro – a compreensão da lei de vida, progresso e amor que rege todas as coisas; aprendi a conhecer-me, a crer em mim e em Deus. Possuo, pois, a chave de toda elevação e, na vida imensa que tenho diante de mim, conservar-me-ei firme, inabalável na vontade de enobrecer-me e elevar-me, cada vez mais; atrairei, com o auxílio de minha inteligência, que é filha de Deus, todas as riquezas morais e participarei de todas as maravilhas do Cosmo.
Minha vontade chama-me: “Para frente, sempre para frente, cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina!” E com ela conquistarei a plenitude da existência, construirei para mim uma personalidade melhor, mais radiosa e amante. Saí para sempre do estado inferior do ser ignorante, inconsciente de seu valor e poder; afirmo-me na independência e dignidade de minha consciência e estendo a mão a todos os meus irmãos, dizendo- lhes:
Despertai de vosso pesado sono; rasgai o véu material que vos envolve, aprendei a conhecer-vos, a conhecer as potências de vossa alma e a utilizá-las. Todas as vozes da Natureza, todas as vozes do espaço vos bradam: “Levantai-vos e marchai! Apressai- vos para a conquista de vossos destinos!”
A todos vós que vergais ao peso da vida, que, julgando-vos sós e fracos, vos entregais à tristeza, ao desespero, ou que aspirais ao nada, venho dizer: “O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.”
A vós todos, que vos credes gastos pelos sofrimentos e decepções, pobres seres aflitos, corações que o vento áspero das provações secou; Espíritos esmagados, dilacerados pela roda de ferro da adversidade, venho dizer-vos:
“Não há alma que não possa renascer, fazendo brotar novas florescências. Basta-vos querer para sentirdes o despertar em vós de forças desconhecidas. Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus, Sol dos sóis, foco imenso, do qual brilha em vós uma centelha, que se pode converter em chama ardente e generosa!
“Sabei que todo homem pode ser bom e feliz; para vir a sê-lo basta que o queira com energia e constância. A concepção mental do ser, elaborada na obscuridade das existências dolorosas, preparada pela vagarosa evolução das idades, expandir-se-á à luz das vidas superiores e todos conquistarão a magnífica individualidade que lhes está reservada.
“Dirigi incessantemente vosso pensamento para esta verdade: podeis vir a ser o que quiserdes. E sabei querer ser cada vez maiores e melhores. Tal é a noção do progresso eterno e o meio de realizá-lo; tal é o segredo da força mental, da qual emanam todas as forças magnéticas e físicas. Quando tiverdes conquistado esse domínio sobre vós mesmos, não mais tereis que temer os retardamentos nem as quedas, nem as doenças, nem a morte; tereis feito de vosso “eu” inferior e frágil uma alta e poderosa individualidade!”
Autor: Léon Denis
Querer é poder! O poder da vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei divina. E é nisso que se verifica a palavra celeste: “A fé transporta montanhas.”
Não é consolador e belo poder dizer: “Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade e agora conheço a grandeza e a força que há em mim. Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus irmãos do espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; desapegar-me- ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o vôo para os mundos felizes!”
Vejo claramente o caminho que se desenrola e que tenho de percorrer. Esse caminho atravessa a extensão ilimitada e não tem fim; mas, para guiar-me na estrada infinita, tenho um guia seguro – a compreensão da lei de vida, progresso e amor que rege todas as coisas; aprendi a conhecer-me, a crer em mim e em Deus. Possuo, pois, a chave de toda elevação e, na vida imensa que tenho diante de mim, conservar-me-ei firme, inabalável na vontade de enobrecer-me e elevar-me, cada vez mais; atrairei, com o auxílio de minha inteligência, que é filha de Deus, todas as riquezas morais e participarei de todas as maravilhas do Cosmo.
Minha vontade chama-me: “Para frente, sempre para frente, cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina!” E com ela conquistarei a plenitude da existência, construirei para mim uma personalidade melhor, mais radiosa e amante. Saí para sempre do estado inferior do ser ignorante, inconsciente de seu valor e poder; afirmo-me na independência e dignidade de minha consciência e estendo a mão a todos os meus irmãos, dizendo- lhes:
Despertai de vosso pesado sono; rasgai o véu material que vos envolve, aprendei a conhecer-vos, a conhecer as potências de vossa alma e a utilizá-las. Todas as vozes da Natureza, todas as vozes do espaço vos bradam: “Levantai-vos e marchai! Apressai- vos para a conquista de vossos destinos!”
A todos vós que vergais ao peso da vida, que, julgando-vos sós e fracos, vos entregais à tristeza, ao desespero, ou que aspirais ao nada, venho dizer: “O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.”
A vós todos, que vos credes gastos pelos sofrimentos e decepções, pobres seres aflitos, corações que o vento áspero das provações secou; Espíritos esmagados, dilacerados pela roda de ferro da adversidade, venho dizer-vos:
“Não há alma que não possa renascer, fazendo brotar novas florescências. Basta-vos querer para sentirdes o despertar em vós de forças desconhecidas. Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus, Sol dos sóis, foco imenso, do qual brilha em vós uma centelha, que se pode converter em chama ardente e generosa!
“Sabei que todo homem pode ser bom e feliz; para vir a sê-lo basta que o queira com energia e constância. A concepção mental do ser, elaborada na obscuridade das existências dolorosas, preparada pela vagarosa evolução das idades, expandir-se-á à luz das vidas superiores e todos conquistarão a magnífica individualidade que lhes está reservada.
“Dirigi incessantemente vosso pensamento para esta verdade: podeis vir a ser o que quiserdes. E sabei querer ser cada vez maiores e melhores. Tal é a noção do progresso eterno e o meio de realizá-lo; tal é o segredo da força mental, da qual emanam todas as forças magnéticas e físicas. Quando tiverdes conquistado esse domínio sobre vós mesmos, não mais tereis que temer os retardamentos nem as quedas, nem as doenças, nem a morte; tereis feito de vosso “eu” inferior e frágil uma alta e poderosa individualidade!”
Assinar:
Postagens (Atom)