http://www.guia.heu.nom.br/paciencia.htm
sábado, 24 de janeiro de 2015
Paciência antes da crise
Paciência antes da crise
O homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.
De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam.
A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.
A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, em forma de problema.
O atropelo do trânsito; a balbúrdia geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressão das horas; as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as frustrações e outros fatores decorrentes da alta tecnologia e do relacionamento social levam o homem a inarmonias que a paciência pode evitar.
Exercitando-a nas pequenas ocorrências, sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com êxito as situações mais graves.
A irritação é sinal vermelho na conduta e o agastamento é arma perigosa pronta a desferir o golpe.
*
Todas as criaturas em trânsito pelo mundo são vítimas de ciladas intencionais ou não.
Saber enfrentá-las com cuidado, é a única forma de passar incólume.
Para tanto, faz-se mister desarmar-se das idéias preconcebidas, infelizes, que geram os conflitos.
*
Se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante.
Se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco.
Se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra de não desanimar.
Se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.
A convivências com as criaturas é o grande desafio da evolução porque resulta, de um lado, da situação moral deles, e de outro, do seu estado emocional.
O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relação às pessoas com quem se convive.
É fácil amar e respeitar aqueles que vivem fisicamente distantes.
O verdadeiro amor é o que se relaciona sempre bem com as demais criaturas, quando, porém, o indivíduo pacientemente amar-se a si mesmo, podendo compreender as dificuldades, do ponto de vista do outro, antes que da própria forma de ver.
*
Fariseus e saduceus, simbolicamente estarão pelo caminho das pessoas robustecidas pelos ideais superiores, tentando, armando-lhes ciladas.
Ama, em toda e qualquer situação, assim logrando a tua própria realização, que é a meta prioritária da tua existência atual, vivendo com paciência para evitares as crises devastadoras.
(Divaldo Pereira Franco por Joanna de Ângelis. In: Alegria de Viver)
O homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.
De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam.
A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.
A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, em forma de problema.
O atropelo do trânsito; a balbúrdia geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressão das horas; as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as frustrações e outros fatores decorrentes da alta tecnologia e do relacionamento social levam o homem a inarmonias que a paciência pode evitar.
Exercitando-a nas pequenas ocorrências, sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com êxito as situações mais graves.
A irritação é sinal vermelho na conduta e o agastamento é arma perigosa pronta a desferir o golpe.
*
Todas as criaturas em trânsito pelo mundo são vítimas de ciladas intencionais ou não.
Saber enfrentá-las com cuidado, é a única forma de passar incólume.
Para tanto, faz-se mister desarmar-se das idéias preconcebidas, infelizes, que geram os conflitos.
*
Se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante.
Se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco.
Se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra de não desanimar.
Se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.
A convivências com as criaturas é o grande desafio da evolução porque resulta, de um lado, da situação moral deles, e de outro, do seu estado emocional.
O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relação às pessoas com quem se convive.
É fácil amar e respeitar aqueles que vivem fisicamente distantes.
O verdadeiro amor é o que se relaciona sempre bem com as demais criaturas, quando, porém, o indivíduo pacientemente amar-se a si mesmo, podendo compreender as dificuldades, do ponto de vista do outro, antes que da própria forma de ver.
*
Fariseus e saduceus, simbolicamente estarão pelo caminho das pessoas robustecidas pelos ideais superiores, tentando, armando-lhes ciladas.
Ama, em toda e qualquer situação, assim logrando a tua própria realização, que é a meta prioritária da tua existência atual, vivendo com paciência para evitares as crises devastadoras.
(Divaldo Pereira Franco por Joanna de Ângelis. In: Alegria de Viver)
ORAÇÃO POR PACIÊNCIA
Senhor!
Fortalece-nos a fé para que a paciência
esteja conosco.
Por tua paciência, vivemos.
Por tua paciência, caminhamos.
Auxilia-nos, por misericórdia, a aprender
tolerância, a fim de que estejamos em tua paz.
É por tua paciência que a esperança nos
ilumina e a compreensão se nos levanta
no íntimo da alma. Agradecemos todos os
dons de que nos enriqueces a vida, mas te
rogamos nos resguarde a paciência de uns
para com os outros, para que estejamos contigo,
tanto quanto estás conosco, hoje e sempre.
***Emmanuel ***
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/prece/oracao-por-paciencia-emmanuel/#ixzz3PlMb929e
Desenvolva a Paciência
Centro Espírita Celeiro de Luz
"Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?"
"Sim, e, freqüentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta e a vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!"
("O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, Questão n. 909- Ed. FEB.)
Diante de certos problemas, algumas vezes, sua inteligência pode não indicar outra solução que não seja a submissão à Vontade de Deus, levando-o a aceitar as situações que não pode mudar.
No entanto, nem sempre isso ocorre. Na maior parte dos casos você pode usar a paciência como uma virtude ativa, que lhe dará serenidade para providenciar a solução de problemas evitando tensões excessivas, irritação, cólera, ódio, medo, depressão e angústia, permitindo que você saia de situações aflitivas aprendendo e progredindo espiritualmente.
Dizem os dicionários que a paciência é: "o estado de perseverança tranqüila". Portanto, diante de situações adversas e aflitivas é indispensável manter o equilíbrio emocional e agir ou reagir com serenidade.
Você deve, então, esforçar-se para desenvolver o autodomínio ou autocontrole.
Como agir diante dos pequenos problemas que o afetam todos os dias?
Como conseguir o equilíbrio emocional junto a familiares, chefes ou subordinados que, por exemplo, recusam-se a assumir seus deveres e, ao se omitiram ou transferiram tarefas, indevidamente o sobrecarregam?
O primeiro passo é a compreensão.
Compreender o que está acontecendo.
Perceber o que querem as pessoas e por que agem daquela maneira. Se estão desequilibradas, se são inexperientes ou se têm má intenção.
O segundo passo é manter o sentido de realidade.
Não exagerar o que está acontecendo, apavorando-se.
Julgar com serenidade para saber o que fazer.
O terceiro passo é agir.
Movimentar providências e recursos para resolver 0 problema.
Nessa fase, é fundamental o entendimento através do diálogo."
O exercício da paciência e fundamental para o seu bem-estar espiritual e necessita de outros estados mentais como: a obediência e a resignação como forças ativas"
Conversar claramente sobre a questão surgida para estabelecer como você deve agir junto para a necessária solução.
As conclusões tiradas do diálogo devem ser bem definidas, memorizadas ou até escritas para depois serem avaliadas, a fim de se saber se todos estão cumprindo sua parte no estabelecido.
Assim, você não terá no lar, no serviço ou no grupo uma falsa harmonia, construída sobre o injusto sacrifício.
Para ajudá-lo na compreensão mais ampla sobre a importância da paciência, trazemos de "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, o seguinte trecho da mensagem de Um Espírito:
"Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência." (Cap. IX, Item 7, Ed. FEB.)
Mais adiante, na mesma obra, assim diz o Espírito Lázaro:
"A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erroneamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carreguem o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava (...)" (Op. cit.-g.n.). (Destaque nosso.)
Como você pode concluir, o exercício da paciência é fundamental para o seu bem-estar espiritual e necessita de outros estados mentais como: a obediência e a resignação, devidamente entendidos como forças ativas.
No entanto, a vivência da paciência solicita de você o treino para o autodomínio. Alguns pontos para esse treinamento podem ser considerados:
1. Coloque suas emoções negativas para fora: irritação, cólera, ansiedade, medo.
2. Canalize a exteriorização das emoções negativas de forma positiva e construtiva: saia para dar uma volta, arrume uma gaveta ou armário, plante uma árvore, cuide de um vaso de flores ou folhagem, visite um doente, ouça uma música suave.
3. Não deixe a cólera crescer:
a. lembre-se de que você é um Espírito eterno e imortal e a cada momento tudo se transforma. Por que se agarrar a coisas, situações e pessoas do momento?;
b. você sabe que a impaciência representa um fator de ameaça à sua saúde: espiritual e física. Não deixe, então, que essa fagulha emocional se transforme em um incêndio avassalador. Claro que você não vai ficar friamente assistindo a erros, enganos e falsidades ou sendo por eles envolvidos. Mas, tenha em mente que a cólera, a irritação, os gritos, os gestos bruscos, as agressões verbais ou físicas nunca resolverão os problemas;
c. errar é humano, faz parte do processo evolutivo. Se você também comete erros, por que se enfurecer quando as outras pessoas também o fazem? Pare, pense, acalme-se e procure a solução;
d. o que impacientou você pode ser corrigido? Se pode, por que, então, irritar-se ou encolerizar-se?;
e. se você pode corrigir ou retificar o que o contrariou, não sufoque suas emoções. Use-as positivamente. Entusiasme-se na correção do erro em si próprio ou no semelhante;
f. se você se desentendeu com alguma pessoa: no lar, no ambiente de trabalho ou em qualquer grupo social e suas emoções se desequilibraram, é melhor não falar no momento; se possível sala do local, pois estabelecido o debate ao calor da irritação ou da cólera, não chegará a bom resultado. Primeiro esfrie a cabeça, reequilibre as emoções após, estabeleça dialogo compreensivo e construtivo em busca da solução desejada;
g. suprima a cólera, tanto quanto possível, no seu início. Uma vez instalada, ela pode ser uma centelha, uma chama ou um incêndio destruidor;
h. não desejamos que você e mine suas emoções. Isso é impossível. Você acha que se: bom se nunca se irritasse, mas também nunca sorrisse ou se alegrasse? As emoções são básicas em nossas vidas. Por isso, e sua vida, elas precisam ser canalizadas construtivamente.
Esforce-se para conseguir autodomínio equilibrado. Co trole as emoções negativas, m você deve exteriorizar e expandir as emoções positivas.
Construa, com a educação espiritual, um filtro de emoções que permita a passagem de emoções positivas e retenha as negativas.
CONCLUSÕES
I. Use a paciência como força ativa na construção do se bem-estar físico e espiritual.
II. Organize uma lista das suas emoções negativas: cólera irritação, medo, angústia e, gradativamente, procure diminuí-las.
III. Organize um plano especifico para desenvolver as sua boas emoções e sentimentos, incluindo treino para o exercício da paciência em manifestações passivas e ativas.
IV. Cultive o autodomínio Você ampliará o "estado emocional de perseverança tranqüila" para a solução dos seus problemas.
V. Exercite a meditação e a oração. Elas são fundamentais para a vivência da paciência.
"Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamado de filhos de Deus." Jesus (Mateus, 5:5.)
A Paciência - Meimei
A dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos. Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus todo poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu.
Sede paciente, pois a paciência é também caridade, e deveis praticar a lei de caridade, ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste em dar esmolas aos pobres é a mais fácil de todas. Mas há uma bem mais penosa, e conseqüentemente bem mais meritória, que é a de perdoar os que Deus colocou em nosso caminho para serem os instrumentos de nossos sofrimentos e submeterem à prova a nossa paciência.
A vida é difícil, bem o sei, constituindo-se de mil bagatelas que são como alfinetadas e acabam por nos ferir. Mas é necessário olhar para os deveres que nos são impostos, e para as consolações e compensações que obtemos, pois então veremos que as bênçãos são mais numerosas que as dores. O fardo parece mais leve quando olhamos para o alto, do que quando curvamos a fronte para a terra.
Coragem, amigos: o Cristo é o vosso modelo. Sofreu mais que qualquer um de vós, e nada tinham de que se acusar, enquanto tendes a expiar o vosso passado e de fortalecer-vos para o futuro. Sede, pois, paciente, sede cristãos: esta palavra resume tudo.
Um Espirito Amigo / Havre, 1862.
COMENTÁRIO
O Apóstolo Paulo recomenda-nos "seguir a verdade em caridade", para que venhamos a crescer no entendimento de Jesus, e O Evangelho Segundo o Espiritismo, na advertência da
Esfera Superior, assevera-nos que "a paciência também é uma caridade", e que nos cabe pratica-la, em obediência aos ensinos do Mestre.
Quero crer que, na essência, estamos sendo prevenidos contra qualquer manifestação de crítica em nosso caminho.
Que os outros possuem defeitos, tanto quanto os temos, é inegável. Mas, perdermos tempo na fixação deles, esquecendo que a vida evolui com a bênção de Deus, é futilidade e perturbação.
Maledicência não resolve problema algum. Além disso, é sempre um corredor para a vala das trevas.
Destacando os males alheios, olvidamos aqueles que são nossos.
E, censurando, adotamos invariavelmente, perante a pessoa reprovada, a posição desagradável do aguilhão que lhe agita, no corpo, a parte ulcerada, sem dar-lhe remédio.
A crítica é semelhante à soda cáustica sobre a ferida ou ao petróleo no incêndio.
Só a loucura utilizaria uma e outro, à guisa de bálsamo para sanar uma chaga ou à feição da água para extinguir o fogo.
A palavra maliciosa não ajuda nem mesmo aos nossos irmãos caídos no crime, visto que a acusação apenas lhes agrava o desprezo para consigo próprios e a revolta para com os outros.
Quem faz a crítica de alguém, adotando semelhante procedimento, decerto indica a si mesmo para fazer algo melhor que o criticado.
Ora, como fazer é mais importante que falar, faça o melhor quem se disponha à reprovação.
Sabemos que as idéias são corporificadas em obras por nós mesmos.
Se tivermos, portanto, que condenar esse ou aquele companheiro de trabalho ou de luta, ao invés de amargura-lo ou complica-lo, usando irritação e azedume, ajudamo-lo com o nosso próprio exemplo.
Se uma criatura de nossas relações parece preguiçosa, não precisamos atrair-lhe a antipatia, ironizando-lhe a conduta.
Trabalhemos nós mesmos, de maneira a acorda-la silenciosamente para o serviço.
Surgindo viciado esse ou aquele amigo, não é justo que lhe busquemos a aversão com palavras cruéis, mas sim que lhe doemos, na demonstração de nossos exemplos, uma idéia nova da vida, para que se restaure.
E não nos esqueçamos de que, às vezes, tudo resulta de mera suposição, porquanto, em muitos sucessos, o que se nos afigura preguiça ou viciação pode ser doença ainda oculta.
Nós, os cristãos, não vêem Jesus exercendo a função de crítico em hora alguma.
Aliás, empenhou-se em mostrar as qualidades nobres de todas as criaturas que lhe desfrutaram a convivência, aproveitando-as, sem se deter no que haviam sido, para ajuda-las a se encontrarem, como deviam ser.
E, por fim, achou mais justo concretizar os seus princípios de perfeição na renúncia suprema, que clamar, ante o povo, contra os juízes de sua causa.
É indispensável satisfazer à sábia fórmula do Evangelho, buscando "seguir a verdade em caridade", porque a verdade, sem amor para com o próximo, é como luz que cega ou braseiro que requeima.
Xingamentos, maldições, pragas, desesperos e exigências, não auxiliam. Servem apenas à intolerância e à separação que, em muitos casos, precedem a enfermidades e o crime.
Cultivemos o bom exemplo. Nele deixou-nos o Cristo a única solução para os problemas de soerguimento e conduta.
Quanto mais unidos a Jesus, mais amplas se nos fará a integração espontânea na caridade, em cujo clima toda censura desaparece.
Texto retirado do livro:- Evangelho Em Casa / Meimei/ Psicografia Francisco Candido Xavier.*
Veja no que deu a falta de paciência
Gerson Simões Monteiro
Vice-Presidente da FUNTARSO
Certo homem faminto e sem dinheiro, caminhando por uma estrada que margeava um rio caudaloso, viu no chão uma nota de cem reais encoberta pela poeira. Mais do que depressa a recolheu em suas mãos, e verificou, surpreso, que se tratava apenas da metade da cédula. Irritado com a sua falta de sorte, amassou-a entre os dedos e jogou-a no rio. Ao andar mais alguns metros, deparou-se com a outra parte da nota; no entanto, era tarde demais, porque a correnteza já havia levado a outra metade para bem longe de onde se encontrava.
De fato, na vida, por falta de paciência, perdemos inúmeras chances de sermos ajudados por Deus. Aliás, para sermos pacientes, é preciso educar a nossa vontade, ou melhor, nos segurarmos por dentro, controlando os impulsos de nosso mundo interior. Noutro dia, quase perdi a paciência depois de aguardar quase duas horas na sala de espera da dentista; porém, quando pensei em levantar-me para ir embora, lembrei-me da afirmação de Jesus: “Na paciência, ganhareis as vossas almas”, e voltei à calma novamente.
A paciência é uma caridade, conforme nos ensina também a mensagem do cap. 9 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. O mérito dessa caridade está em perdoarmos aqueles que Deus colocou em nosso caminho, para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência; um teste muito difícil, não resta dúvida.
O teste pode vir do parente difícil que mora dentro de nossa casa; do colega de trabalho, intratável; do chefe opressor; ou do motorista que buzina atrás do nosso veículo, querendo que avancemos o sinal para ele passar. Manter a paciência nesses casos será sempre uma forma inteligente de conquistarmos a nossa tranqüilidade íntima.
Segundo Chico Xavier, a neurose é o resultado da impaciência ou da falta de resignação. Diz ainda o médium mineiro que 60% a 80% de nossas doenças foram adquiridas através dos choques da intolerância, das ofensas e da falta de perdão. Por último, quero lembrar de novo: “É na paciência que ganhareis as vossas almas” – Jesus.
Vice-Presidente da FUNTARSO
Certo homem faminto e sem dinheiro, caminhando por uma estrada que margeava um rio caudaloso, viu no chão uma nota de cem reais encoberta pela poeira. Mais do que depressa a recolheu em suas mãos, e verificou, surpreso, que se tratava apenas da metade da cédula. Irritado com a sua falta de sorte, amassou-a entre os dedos e jogou-a no rio. Ao andar mais alguns metros, deparou-se com a outra parte da nota; no entanto, era tarde demais, porque a correnteza já havia levado a outra metade para bem longe de onde se encontrava.
De fato, na vida, por falta de paciência, perdemos inúmeras chances de sermos ajudados por Deus. Aliás, para sermos pacientes, é preciso educar a nossa vontade, ou melhor, nos segurarmos por dentro, controlando os impulsos de nosso mundo interior. Noutro dia, quase perdi a paciência depois de aguardar quase duas horas na sala de espera da dentista; porém, quando pensei em levantar-me para ir embora, lembrei-me da afirmação de Jesus: “Na paciência, ganhareis as vossas almas”, e voltei à calma novamente.
A paciência é uma caridade, conforme nos ensina também a mensagem do cap. 9 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. O mérito dessa caridade está em perdoarmos aqueles que Deus colocou em nosso caminho, para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência; um teste muito difícil, não resta dúvida.
O teste pode vir do parente difícil que mora dentro de nossa casa; do colega de trabalho, intratável; do chefe opressor; ou do motorista que buzina atrás do nosso veículo, querendo que avancemos o sinal para ele passar. Manter a paciência nesses casos será sempre uma forma inteligente de conquistarmos a nossa tranqüilidade íntima.
Segundo Chico Xavier, a neurose é o resultado da impaciência ou da falta de resignação. Diz ainda o médium mineiro que 60% a 80% de nossas doenças foram adquiridas através dos choques da intolerância, das ofensas e da falta de perdão. Por último, quero lembrar de novo: “É na paciência que ganhareis as vossas almas” – Jesus.
Paciência
Paciência
Sérgio Machado
Esta palestra foi realizada no Centro Espírita Amor e Caridade Jacob no dia 16 de julho de 1998.
Introdução
Até o início, ou quase, da exposição que eu havia de fazer, pensava qual seria a introdução que deveria levar para as pessoas sobre este tema que a todos 'fere'. Tendo chegado um pouco antes do horário previsto para início, tomei do evangelho e não pude deixar de fazê-la, a introdução, com a parte que é citada sobre tal tema:
A dor é uma benção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.
Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.
A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numeroas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto do que quando se curva para a terra a fronte.
Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. - Um Espírito amigo. (Havre, 1862.) - O Evangelho Segundo o Espiritismo Cap IX, 7
Desenrolar
Algumas citações retiradas de algumas fontes...
Crianças: Eu me chamo A. e tenho 14 anos. Moro em Belo Horizonte. Meu aniversário é dia 13 de fevereiro. Meu irmão tem 17 anos e vive torrando a minha paciência. Minha mãe chama Regina e meu pai Cyro. Tenho 2 poodles que são as...
Orações:
1- Pai querido, obrigado por Teu amor, pela misericórdia e paciência com que estendes Teus braços em direção aos Teus filhos. Abra os Teus ouvidos para o clamor...
2- Meu Pai, por compreender minha profunda dor, muito obrigado. Obrigado por me ajudar a atravessar meus períodos de aflição. Dá-me paciência para esperar o desdobramento do Seu propósito...
Dia a dia (este os paulistanos conheçem muito bem. Foi retirado de uma manchete de jornal): "Reféns" da marginal apelam para orelhão e paciência
Compromissos perdidos, atraso, fome e sede. Os motoristas enfrentam com paciência o congestionamento que durou o dia todo e entrou pela noite na Marginal do Tietê, sentido Penha-Lapa...
Casal: "Casal que trabalha junto tem duplo desafio" Lavar a "roupa suja" de casa no escritório ou vice-versa pode ser o caminho mais rápido para se destruir um relacionamento pessoal e profissional. Dividir o leito e conciliar uma jornada de trabalho ao lado do companheiro exige uma grande dose de habilidade, respeito... e paciência!
Bom, estas histórias são do conhecimento da maioria das pessoas, não é mesmo?! Para que as colocamos? Para evidenciarmos algo que todos nós já sabemos : temos a oportunidade de praticar a paciência em todos os dias de nossas vidas. Mas o difícil é lembrarmos de sermos pacientes quando alguém "pisa no nosso calo", não é mesmo?
Alguns espíritas têm o conhecimento de um amigo nosso que teve que testar a sua paciência por nada mais nada menos que dez anos para, somente após estes, saber quem se comunicava com ele do plano espiritual. Durante dez anos, creio que aproximadamente, Divaldo Franco recebeu comunicações, psicografou livros de alguém que não sabia o nome. Ela, Joana d'Angelis, no início, não ousou se pronunciar com um nome, o dela, pois Divaldo tinha que passar por alguns testes, se assim podemos dizer.
Algumas pessoas têm a necessidade de saber o porquê de estarem aqui e, ao invés de 'trabalharem', ficam retidas no tempo, querendo saber de todas as formas este porquê, como se tudo fosse resolvido estando de frente a uma bola de cristal e que todas as coisas, ou dificuldades, fossem deixar de existir num passe de mágica...A ansiedade que nos afeta é algo que atrapalha o nosso minúsculo dia de vinte quatro horas. O passado fez o presente e ele já está feito, agora o futuro será feito do presente, portanto, trabalhemos o agora, pacientes de que o amanhã será melhor se o cultivarmos agora, no presente.
O exemplo da semente, o qual retirei de um livro, é muito válido no que diz respeito à paciência. Quando plantamos, ou semeamos, qualquer fruto ou planta num dia, no dia seguinte a mesma está florida e com frutos?... Vimos na oração, que é muito válida, que costumamos pedir para que Deus nos dê paciência, mas será que a paciência vêm de fora? Será que a paciência vêm como num passe de mágica? No dia de vinte e quatro horas, se tivermos dez oportunidades de exercitar a paciência e conseguirmos em somente uma delas praticar de fato esta, a paciência, talvez no decorrer de alguns anos consigamos praticar duas em dez, sabe-se lá?!
"Mas como posso ter paciência? Será que neste texto que aqui é apresentado terá uma fórmula mágica para que eu tenha paciência?"
Penso que isto é meio difícil, a tal da fórmula mágica, mas aqui vão algumas partes do livro entitulado CALMA:
Não digas que a terra é um mundo exclusivamente de provações;
Conscientiza-te de que ninguém consegue realizar algo sem o apoio de alguns, competindo-nos a todos adquirir paciência e tolerância de una para com os outros;
Aceita os companheiros do caminho, qual se mostram, sem exigir-lhes a perfeição da qual todos nos vemos ainda muito distantes;
Os nervos dos outros são iguais aos teus: desequilibram-se facilmente;
Quando alguém, porventura, se te faça vaículo de alguma intriga, tanto é digna de compaixão a pessoa que te trouxe essa bomba verbal, quanto a outra que a teria criado.
Conclusão
Todos nós estamos aqui com os nossos defeitos para trabalhá-los até que eles não mais existam, portanto, todos nós os temos, os defeitos. Para isto, precisamos ter paciência com os defeitos alheios sabendo que nós próprios temos os nossos.
Informações para o visitante
Se você achou que poderia citar algo que seria interessante inserir neste tema, por favor, cite esta palestra através do programa de correio que você utiliza, pois a mesma poderá ser refeita no futuro e com a sua citação. Penso que as pessoas podem colher algum material deste trabalho para ajudá-los na confecção de suas próprias palestras nas casas onde as ministram.
Às quintas-feiras nós fazemos esta palestra na casa espírita para efeito de doutrinamento e para harmonizar o ambiente e portanto temos este dia como o dia de palestras. Mas aqui fica outro convite: às segundas-feiras temos outro tipo de reunião que está mais para uma aula do que palestra, pois existe uma pessoa que conduz o tema da noite e outras que podem (e até penso que devem) emitir seus modos de pensar com relação a este.
"Amar ao próximo como a ti mesmo"
sergio@phonet.com.br
Sérgio Machado
Esta palestra foi realizada no Centro Espírita Amor e Caridade Jacob no dia 16 de julho de 1998.
Introdução
Até o início, ou quase, da exposição que eu havia de fazer, pensava qual seria a introdução que deveria levar para as pessoas sobre este tema que a todos 'fere'. Tendo chegado um pouco antes do horário previsto para início, tomei do evangelho e não pude deixar de fazê-la, a introdução, com a parte que é citada sobre tal tema:
A dor é uma benção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.
Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.
A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numeroas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto do que quando se curva para a terra a fronte.
Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. - Um Espírito amigo. (Havre, 1862.) - O Evangelho Segundo o Espiritismo Cap IX, 7
Desenrolar
Algumas citações retiradas de algumas fontes...
Crianças: Eu me chamo A. e tenho 14 anos. Moro em Belo Horizonte. Meu aniversário é dia 13 de fevereiro. Meu irmão tem 17 anos e vive torrando a minha paciência. Minha mãe chama Regina e meu pai Cyro. Tenho 2 poodles que são as...
Orações:
1- Pai querido, obrigado por Teu amor, pela misericórdia e paciência com que estendes Teus braços em direção aos Teus filhos. Abra os Teus ouvidos para o clamor...
2- Meu Pai, por compreender minha profunda dor, muito obrigado. Obrigado por me ajudar a atravessar meus períodos de aflição. Dá-me paciência para esperar o desdobramento do Seu propósito...
Dia a dia (este os paulistanos conheçem muito bem. Foi retirado de uma manchete de jornal): "Reféns" da marginal apelam para orelhão e paciência
Compromissos perdidos, atraso, fome e sede. Os motoristas enfrentam com paciência o congestionamento que durou o dia todo e entrou pela noite na Marginal do Tietê, sentido Penha-Lapa...
Casal: "Casal que trabalha junto tem duplo desafio" Lavar a "roupa suja" de casa no escritório ou vice-versa pode ser o caminho mais rápido para se destruir um relacionamento pessoal e profissional. Dividir o leito e conciliar uma jornada de trabalho ao lado do companheiro exige uma grande dose de habilidade, respeito... e paciência!
Bom, estas histórias são do conhecimento da maioria das pessoas, não é mesmo?! Para que as colocamos? Para evidenciarmos algo que todos nós já sabemos : temos a oportunidade de praticar a paciência em todos os dias de nossas vidas. Mas o difícil é lembrarmos de sermos pacientes quando alguém "pisa no nosso calo", não é mesmo?
Alguns espíritas têm o conhecimento de um amigo nosso que teve que testar a sua paciência por nada mais nada menos que dez anos para, somente após estes, saber quem se comunicava com ele do plano espiritual. Durante dez anos, creio que aproximadamente, Divaldo Franco recebeu comunicações, psicografou livros de alguém que não sabia o nome. Ela, Joana d'Angelis, no início, não ousou se pronunciar com um nome, o dela, pois Divaldo tinha que passar por alguns testes, se assim podemos dizer.
Algumas pessoas têm a necessidade de saber o porquê de estarem aqui e, ao invés de 'trabalharem', ficam retidas no tempo, querendo saber de todas as formas este porquê, como se tudo fosse resolvido estando de frente a uma bola de cristal e que todas as coisas, ou dificuldades, fossem deixar de existir num passe de mágica...A ansiedade que nos afeta é algo que atrapalha o nosso minúsculo dia de vinte quatro horas. O passado fez o presente e ele já está feito, agora o futuro será feito do presente, portanto, trabalhemos o agora, pacientes de que o amanhã será melhor se o cultivarmos agora, no presente.
O exemplo da semente, o qual retirei de um livro, é muito válido no que diz respeito à paciência. Quando plantamos, ou semeamos, qualquer fruto ou planta num dia, no dia seguinte a mesma está florida e com frutos?... Vimos na oração, que é muito válida, que costumamos pedir para que Deus nos dê paciência, mas será que a paciência vêm de fora? Será que a paciência vêm como num passe de mágica? No dia de vinte e quatro horas, se tivermos dez oportunidades de exercitar a paciência e conseguirmos em somente uma delas praticar de fato esta, a paciência, talvez no decorrer de alguns anos consigamos praticar duas em dez, sabe-se lá?!
"Mas como posso ter paciência? Será que neste texto que aqui é apresentado terá uma fórmula mágica para que eu tenha paciência?"
Penso que isto é meio difícil, a tal da fórmula mágica, mas aqui vão algumas partes do livro entitulado CALMA:
Não digas que a terra é um mundo exclusivamente de provações;
Conscientiza-te de que ninguém consegue realizar algo sem o apoio de alguns, competindo-nos a todos adquirir paciência e tolerância de una para com os outros;
Aceita os companheiros do caminho, qual se mostram, sem exigir-lhes a perfeição da qual todos nos vemos ainda muito distantes;
Os nervos dos outros são iguais aos teus: desequilibram-se facilmente;
Quando alguém, porventura, se te faça vaículo de alguma intriga, tanto é digna de compaixão a pessoa que te trouxe essa bomba verbal, quanto a outra que a teria criado.
Conclusão
Todos nós estamos aqui com os nossos defeitos para trabalhá-los até que eles não mais existam, portanto, todos nós os temos, os defeitos. Para isto, precisamos ter paciência com os defeitos alheios sabendo que nós próprios temos os nossos.
Informações para o visitante
Se você achou que poderia citar algo que seria interessante inserir neste tema, por favor, cite esta palestra através do programa de correio que você utiliza, pois a mesma poderá ser refeita no futuro e com a sua citação. Penso que as pessoas podem colher algum material deste trabalho para ajudá-los na confecção de suas próprias palestras nas casas onde as ministram.
Às quintas-feiras nós fazemos esta palestra na casa espírita para efeito de doutrinamento e para harmonizar o ambiente e portanto temos este dia como o dia de palestras. Mas aqui fica outro convite: às segundas-feiras temos outro tipo de reunião que está mais para uma aula do que palestra, pois existe uma pessoa que conduz o tema da noite e outras que podem (e até penso que devem) emitir seus modos de pensar com relação a este.
"Amar ao próximo como a ti mesmo"
sergio@phonet.com.br
A Paciência
A Paciência
"O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo IX, item 7"
Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br
Expositor: Pedro Vieira
Rio de Janeiro
13/03/2002
Dirigente do Estudo:
Marcio Duarte
Mensagem Introdutória:
EM MOMENTOS DIFÍCEIS
Quando você se observe à beira da impaciência, capaz de arrojar-lhe o coração ao espinheiro da angústia, conte as vantagens de que dispõe, de modo a imunizar-se contra o assalto das trevas.
Desentendimento em família...
Recorde aqueles que desejariam encontrar alguém, até mesmo para simples discussão, na soledade crônica em que se identificam.
Amigos que se afastam...
Reflita na provação daqueles que nunca os tiveram.
Agressões...
Pense no cérebro equilibrado de que você está munido para agir em apoio aos companheiros doentes da alma.
Criaturas queridas em problemas graves do sentimento...
Medite na sua tranqüilidade e segurança, pelas quais, por enquanto, consegue permanecer livre de obsessões.
Tarefas em sobrecarga, compelindo você a desânimo e cansaço...
Gaste alguns momentos, examinando a luta dos irmãos sem qualquer possibilidade de emprego na garantia da própria sustentação.
Aborrecimentos...
Avalie a importância de algumas frases de reconforto que você pode levar a companheiros enfermos ou compreensivelmente abatidos pelo sofrimento que os subjuga.
Lar em desajuste...
Um olhar para os irmãos que caminham sem teto.
Some as bênçãos de sua vida e vacine-se contra o desespero, porque o desespero é um vulcão de fogo e sombra, cuja extensão nos domínios do desequilíbrio e da morte ninguém pode calcular.
André Luiz
Do Livro: Aulas da Vida
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Editora: IDEAL
Oração Inicial:
<Márcio> Meus caros amigos, embalados por estas palavras de André Luiz, Elevemos nossos pensamentos ao alto, e peçamos paz ao Senhor, para nossa reunião.
Senhor Jesus, Mestre querido, que vossa luz possa cair sobre nós, nesse momento ,que nossos corações possam se encher da vossa tranqüilidade, nesse início de estudos da noite. Pedimos, Senhor, que ilumine nosso amigo Pedro, que ele nos traga a certeza do vosso Amor por todos nós, e que possamos tirar todo o proveito possível, para nossas vidas. Traga, Senhor, os bons espíritos que orientam este trabalho. Que eles possam nos iluminar e nos ajudar a compreender sua palavra, nos dando boa inspiração e paz. Que assim, senhor, seja em seu nome, Em nome de Cairbar Schutel e em nome de Deus que possamos dar por iniciada a reunião da noite. Que assim Seja!
Exposição:
<BRAB> Muito boa noite a todos.
Vamos hoje conversar sobre o tema: "A Paciência". Vamos inicialmente nos reportar a algumas citações que servirão de base aos nossos estudos.
"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." (Jesus)
O que quis Jesus dizer com essas palavras? Que não nos preocupemos com o nosso futuro?
Vejamos bem que o Cristo utilizou-se da palavra INQUIETAÇÃO, que remete ao desespero, à obsessão, à preocupação descabida. A Inquietação é a inimiga da Paciência. Pela inquietação vivemos o passado e o futuro, não o presente; pela inquietação construímos os meios de evolução durante a vida toda sem nunca chegar ao fim pelo medo; pela inquietação nos distraímos na vida pelo secundário que parece urgir mais, deixando de lado o primário, o primordial.
A inquietação é o sentimento que nasce da ignorância, mas encontra terreno fértil na falta de fé.
Quando o homem conhece quem é, tem certeza de Deus como Ser Supremo Justo e Bom, quando reconhece sua vida como mecanismo de evolução de si mesmo, quando reconhece as dificuldades como provações necessárias, então possui a fé robusta que automaticamente afasta a inquietação. É a fé que nos dá a "garantia" do dia de amanhã, não do ponto de vista meramente material, mas do PROVIMENTO DO NECESSÁRIO pela Providência Divina.
É a fé que nos leva ao estado da CERTEZA que combate a incredulidade, o desespero, a desesperança, a inquietação.
Quando Jesus disse "a cada dia basta seu mal" nos recomendou que nos concentrássemos nos problemas reais de cada instante, tendo a certeza de que o futuro será sempre traçado por Deus.
Foi, portanto, do próprio Cristo, por diversas vezes feito o convite à fé e, no caso, à PACIÊNCIA, que combate a inquietação.
Por que sofremos?
E quando a paciência vai até o limite de nossa fé vacilante?
"Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos" (II Co, 1:6)
"As provas têm por fim exercitar a inteligência, tanto quanto a paciência e a resignação" (O Evangelho segundo o Espiritismo)
SUPORTAR com paciência - RESIGNAÇÃO
Palavras difíceis, mas que adquirem, com o Espiritismo, seu significado mais amplo: SÃO GRANDE FINALIDADE DE MUITAS PROVAS O EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA.
A partir desse momento a paciência passou a ser um OBJETIVO do Espírito que busca a própria consciência, o próprio progresso. Se Jesus nos ensinou a paciência como forma de atingir os objetivos e se Paulo nos disse que é a chave para a "consolação" , foi a Doutrina Espírita que, descortinando o Espírito como ser imortal, nos trouxe a chave do entendimento: a paciência é uma característica do ESPÍRITO, que precisa ser exercitada e desenvolvida para que, com ela, saibamos APRENDER, ENTENDER o que nos traz a vida e aumentarmos a nossa fé e nossa empatia com o Criador.
Se Jesus e Paulo nos trouxeram o alerta e o chamado e a Doutrina Espírita nos trouxe a explicação, resta-nos saber, portanto, COMO esse desenvolvimento se processa e COMO devemos agir e pensar sobre os problemas da vida para que nossa paciência seja desenvolvida.
Voltamos a O Evangelho Segundo o Espiritismo: "Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir até ao termo do caminho."
O objetivo, portanto, do Espiritismo, é trazer ao homem o CONHECIMENTO DE SI MESMO de uma maneira clara e objetiva, de maneira a fazer-se DESLIGAR da finalidade terrena e colocar-se na FINALIDADE DO ESPÍRITO, vivendo na Terra.
É uma proposta audaciosa, uma profunda mudança de paradigma, que faz com que se VIVA no mundo, mas que não se SEJA do mundo. Então a visão se amplia e tudo passa a ser visto dos olhos do Espírito as coisas que se nos afiguravam infinitas e impossíveis agora são naturais - mesmo que machuquem o nosso coração - e não estão fora do controle de Deus.
O homem então começa a ver seus problemas tão grandes como pontos pequeninos com uma finalidade divina de progresso, de evolução, de aprendizado.
Vê a perda de pessoas queridas como um convite à paciência, que, se bem exercitada, poderá vir a representar encontros melhores e mais profundos no futuro com essas pessoas. Vê que os desesperos da vida física, embora dolorosos, se apagam na eternidade do Espírito.
Nos transportamos para frente, para o infinito. Vamos.
E agora olhamos para trás. Vamos nos afastando da Terra, de nós mesmos, do nosso tempo.
E vamos olhar para trás. Como somos pequeninos! E como Deus nos ama para nos dar tanta atenção - somos pequenos, mas importantes. E como no espaço somos quase zero. No tempo somos uma gota de 50, 70, 100 anos, enquanto encarnados.
E se nós somos tão pequenos o que são nossos problemas?
O que restou deles? Só a lembrança, o aprendizado, a paz que conseguimos, a força que adquirimos em passá-los.
Vamos retornar. Agora que já vimos o futuro que Jesus, seus apóstolos e o Espiritismo nos mostraram. Da nossa perfeição espiritual. Agora que as coisas de nossa vida deixaram de ser gigantes e tomaram a devida proporção.
Vamos olhar de novo aos nossos problemas.
Verificaremos, portanto, que a paciência para nós é mera obrigação.
Perguntas/Repostas:
[01]<|Karina|> Precisamos realmente ser freqüentemente testados?
<Brab> Karina: vamos retirar de nossas mentes a idéia do TESTE. Coloquemos então no lugar a palavra EDUCAÇÃO que o sentido se aproximará mais do real. A finalidade de nossa vida física é a EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO, que é feita por meio de EXPERIÊNCIAS. Por quê? Porque o LIVRE ARBÍTRIO requer experiências para ser desenvolvido e exercitado. Não há meio impositivo senão o livre arbítrio para o aprendizado real. Por isso aquele que aprende acredita estar sendo testado como se estivesse em uma sala de aula. Na realidade está num AMBIENTE que o EXERCITA em termos de EDUCAÇÃO.
[02]<|Karina|> Isso desenvolve a nossa paciência e resignação?
<Brab> Quanto à paciência e à resignação sim. Como qualidades do ESPÍRITO, elas são passíveis de desenvolvimento pela "musculação" do livre-arbítrio direcionado na direção do bem. Só o exercício fará com que haja introspecção suficiente no Espírito para que se torne para ele algo natural; para que ele possa SENTIR verdadeiramente os EFEITOS desse exercício e que possa, então, se colocar com toda a sua LIBERDADE a favor do bem. No instante em que o Espírito toma uma atitude por VONTADE DE FAZER O BEM, porque CONHECE O BEM, ele evoluiu moralmente. E um Espírito Puro deve ter o conhecimento da Paciência Divina, que implica liberdade, respeito, amor e dedicação.
[03]<Groxo> eu queria fazer uma pergunta, como ter paciência com o inimigo, não tem jeito! Tem gente que espalha a corrupção e as vezes nos dão um tombo. Não vejo como ter paciência com o inimigo! eu fico fulo!
<Brab> Só há um jeito: o conhecimento. Lembra-se do que falamos sobre colocar os problemas na dimensão que eles realmente têm - pequenos? O inimigo não é mais inimigo, é um Espírito como você que necessita aprender. Paciência para com ele não é abster-se de tentar fazê-lo melhorar, mas entender sua condição e não se INQUIETAR com ela. Tomar ATITUDES para coibir o mal é a nossa obrigação, mas que essas atitudes sejam RECHEADAS da vontade do ESPÍRITO de melhorar aquele outro Espírito, e não de raiva de fazê-lo "pagar". Eis a diferença fundamental: não o movimento da mão, mas o movimento da mente.
[04] <Lalu_RJ> Só os espíritos evoluídos têm paciência?
<Brab> Os Espíritos evoluídos têm mais paciência, porque têm mais fé e conhecimento de Deus. Seu ponto de vista é mais adiantado e dirime as dúvidas que nos fazem duvidar e nos inquietarmos. Mas TODOS os filhos de Deus são CONVIDADOS a terem paciência, na medida de sua CAPACIDADE, Portanto, não vamos pensar que "só os Espíritos superiores têm paciência". Não. Todos nós temos possibilidade de termos a paciência - limitada pelo nosso grau evolutivo. Não nos deixemos de FORA dessa obrigação.
[05]<Lalu_RJ> Eu me deixo, pois não tenho a mínima paciência. Tanto não tenho que vou ver um filme na televisão.
<Brab> Reconhecer-se impaciente é um sinal de inteligência, mas de nada adianta se nada fizer para alterar-se, mudando seu ponto de vista das coisas, estudando o Espiritismo para lhe dar a visão espiritual da vida. Inteligência sem moral é carro sem volante.
[06]<MARIFOZ> Paciência é exercício?
<Brab> Como toda aptidão espiritual, é desenvolvida pela EDUCAÇÃO, pelo EXERCÍCIO do Espírito sempre se dispondo a melhorar as próprias atitudes.
Oração Final:
<Setty> Amado Pai, querido Mestre Jesus! queremos agradecer por mais essa oportunidade de estarmos reunidos todos e cada qual em Seu nome. Agradecemos a oportunidade que nos é dada do entendimento e pelo querido irmão encarnado que nos auxilia nesse caminhar. Agradecemos a todos que nos ajudam colocando mais um elemento em nossos conhecimentos. Agradecemos Senhor por essa oportunidade .Sigamos em paz e que Jesus nos ilumine agora e sempre. Assim seja!
"O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo IX, item 7"
Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br
Expositor: Pedro Vieira
Rio de Janeiro
13/03/2002
Dirigente do Estudo:
Marcio Duarte
Mensagem Introdutória:
EM MOMENTOS DIFÍCEIS
Quando você se observe à beira da impaciência, capaz de arrojar-lhe o coração ao espinheiro da angústia, conte as vantagens de que dispõe, de modo a imunizar-se contra o assalto das trevas.
Desentendimento em família...
Recorde aqueles que desejariam encontrar alguém, até mesmo para simples discussão, na soledade crônica em que se identificam.
Amigos que se afastam...
Reflita na provação daqueles que nunca os tiveram.
Agressões...
Pense no cérebro equilibrado de que você está munido para agir em apoio aos companheiros doentes da alma.
Criaturas queridas em problemas graves do sentimento...
Medite na sua tranqüilidade e segurança, pelas quais, por enquanto, consegue permanecer livre de obsessões.
Tarefas em sobrecarga, compelindo você a desânimo e cansaço...
Gaste alguns momentos, examinando a luta dos irmãos sem qualquer possibilidade de emprego na garantia da própria sustentação.
Aborrecimentos...
Avalie a importância de algumas frases de reconforto que você pode levar a companheiros enfermos ou compreensivelmente abatidos pelo sofrimento que os subjuga.
Lar em desajuste...
Um olhar para os irmãos que caminham sem teto.
Some as bênçãos de sua vida e vacine-se contra o desespero, porque o desespero é um vulcão de fogo e sombra, cuja extensão nos domínios do desequilíbrio e da morte ninguém pode calcular.
André Luiz
Do Livro: Aulas da Vida
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Editora: IDEAL
Oração Inicial:
<Márcio> Meus caros amigos, embalados por estas palavras de André Luiz, Elevemos nossos pensamentos ao alto, e peçamos paz ao Senhor, para nossa reunião.
Senhor Jesus, Mestre querido, que vossa luz possa cair sobre nós, nesse momento ,que nossos corações possam se encher da vossa tranqüilidade, nesse início de estudos da noite. Pedimos, Senhor, que ilumine nosso amigo Pedro, que ele nos traga a certeza do vosso Amor por todos nós, e que possamos tirar todo o proveito possível, para nossas vidas. Traga, Senhor, os bons espíritos que orientam este trabalho. Que eles possam nos iluminar e nos ajudar a compreender sua palavra, nos dando boa inspiração e paz. Que assim, senhor, seja em seu nome, Em nome de Cairbar Schutel e em nome de Deus que possamos dar por iniciada a reunião da noite. Que assim Seja!
Exposição:
<BRAB> Muito boa noite a todos.
Vamos hoje conversar sobre o tema: "A Paciência". Vamos inicialmente nos reportar a algumas citações que servirão de base aos nossos estudos.
"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." (Jesus)
O que quis Jesus dizer com essas palavras? Que não nos preocupemos com o nosso futuro?
Vejamos bem que o Cristo utilizou-se da palavra INQUIETAÇÃO, que remete ao desespero, à obsessão, à preocupação descabida. A Inquietação é a inimiga da Paciência. Pela inquietação vivemos o passado e o futuro, não o presente; pela inquietação construímos os meios de evolução durante a vida toda sem nunca chegar ao fim pelo medo; pela inquietação nos distraímos na vida pelo secundário que parece urgir mais, deixando de lado o primário, o primordial.
A inquietação é o sentimento que nasce da ignorância, mas encontra terreno fértil na falta de fé.
Quando o homem conhece quem é, tem certeza de Deus como Ser Supremo Justo e Bom, quando reconhece sua vida como mecanismo de evolução de si mesmo, quando reconhece as dificuldades como provações necessárias, então possui a fé robusta que automaticamente afasta a inquietação. É a fé que nos dá a "garantia" do dia de amanhã, não do ponto de vista meramente material, mas do PROVIMENTO DO NECESSÁRIO pela Providência Divina.
É a fé que nos leva ao estado da CERTEZA que combate a incredulidade, o desespero, a desesperança, a inquietação.
Quando Jesus disse "a cada dia basta seu mal" nos recomendou que nos concentrássemos nos problemas reais de cada instante, tendo a certeza de que o futuro será sempre traçado por Deus.
Foi, portanto, do próprio Cristo, por diversas vezes feito o convite à fé e, no caso, à PACIÊNCIA, que combate a inquietação.
Por que sofremos?
E quando a paciência vai até o limite de nossa fé vacilante?
"Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos" (II Co, 1:6)
"As provas têm por fim exercitar a inteligência, tanto quanto a paciência e a resignação" (O Evangelho segundo o Espiritismo)
SUPORTAR com paciência - RESIGNAÇÃO
Palavras difíceis, mas que adquirem, com o Espiritismo, seu significado mais amplo: SÃO GRANDE FINALIDADE DE MUITAS PROVAS O EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA.
A partir desse momento a paciência passou a ser um OBJETIVO do Espírito que busca a própria consciência, o próprio progresso. Se Jesus nos ensinou a paciência como forma de atingir os objetivos e se Paulo nos disse que é a chave para a "consolação" , foi a Doutrina Espírita que, descortinando o Espírito como ser imortal, nos trouxe a chave do entendimento: a paciência é uma característica do ESPÍRITO, que precisa ser exercitada e desenvolvida para que, com ela, saibamos APRENDER, ENTENDER o que nos traz a vida e aumentarmos a nossa fé e nossa empatia com o Criador.
Se Jesus e Paulo nos trouxeram o alerta e o chamado e a Doutrina Espírita nos trouxe a explicação, resta-nos saber, portanto, COMO esse desenvolvimento se processa e COMO devemos agir e pensar sobre os problemas da vida para que nossa paciência seja desenvolvida.
Voltamos a O Evangelho Segundo o Espiritismo: "Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir até ao termo do caminho."
O objetivo, portanto, do Espiritismo, é trazer ao homem o CONHECIMENTO DE SI MESMO de uma maneira clara e objetiva, de maneira a fazer-se DESLIGAR da finalidade terrena e colocar-se na FINALIDADE DO ESPÍRITO, vivendo na Terra.
É uma proposta audaciosa, uma profunda mudança de paradigma, que faz com que se VIVA no mundo, mas que não se SEJA do mundo. Então a visão se amplia e tudo passa a ser visto dos olhos do Espírito as coisas que se nos afiguravam infinitas e impossíveis agora são naturais - mesmo que machuquem o nosso coração - e não estão fora do controle de Deus.
O homem então começa a ver seus problemas tão grandes como pontos pequeninos com uma finalidade divina de progresso, de evolução, de aprendizado.
Vê a perda de pessoas queridas como um convite à paciência, que, se bem exercitada, poderá vir a representar encontros melhores e mais profundos no futuro com essas pessoas. Vê que os desesperos da vida física, embora dolorosos, se apagam na eternidade do Espírito.
Nos transportamos para frente, para o infinito. Vamos.
E agora olhamos para trás. Vamos nos afastando da Terra, de nós mesmos, do nosso tempo.
E vamos olhar para trás. Como somos pequeninos! E como Deus nos ama para nos dar tanta atenção - somos pequenos, mas importantes. E como no espaço somos quase zero. No tempo somos uma gota de 50, 70, 100 anos, enquanto encarnados.
E se nós somos tão pequenos o que são nossos problemas?
O que restou deles? Só a lembrança, o aprendizado, a paz que conseguimos, a força que adquirimos em passá-los.
Vamos retornar. Agora que já vimos o futuro que Jesus, seus apóstolos e o Espiritismo nos mostraram. Da nossa perfeição espiritual. Agora que as coisas de nossa vida deixaram de ser gigantes e tomaram a devida proporção.
Vamos olhar de novo aos nossos problemas.
Verificaremos, portanto, que a paciência para nós é mera obrigação.
Perguntas/Repostas:
[01]<|Karina|> Precisamos realmente ser freqüentemente testados?
<Brab> Karina: vamos retirar de nossas mentes a idéia do TESTE. Coloquemos então no lugar a palavra EDUCAÇÃO que o sentido se aproximará mais do real. A finalidade de nossa vida física é a EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO, que é feita por meio de EXPERIÊNCIAS. Por quê? Porque o LIVRE ARBÍTRIO requer experiências para ser desenvolvido e exercitado. Não há meio impositivo senão o livre arbítrio para o aprendizado real. Por isso aquele que aprende acredita estar sendo testado como se estivesse em uma sala de aula. Na realidade está num AMBIENTE que o EXERCITA em termos de EDUCAÇÃO.
[02]<|Karina|> Isso desenvolve a nossa paciência e resignação?
<Brab> Quanto à paciência e à resignação sim. Como qualidades do ESPÍRITO, elas são passíveis de desenvolvimento pela "musculação" do livre-arbítrio direcionado na direção do bem. Só o exercício fará com que haja introspecção suficiente no Espírito para que se torne para ele algo natural; para que ele possa SENTIR verdadeiramente os EFEITOS desse exercício e que possa, então, se colocar com toda a sua LIBERDADE a favor do bem. No instante em que o Espírito toma uma atitude por VONTADE DE FAZER O BEM, porque CONHECE O BEM, ele evoluiu moralmente. E um Espírito Puro deve ter o conhecimento da Paciência Divina, que implica liberdade, respeito, amor e dedicação.
[03]<Groxo> eu queria fazer uma pergunta, como ter paciência com o inimigo, não tem jeito! Tem gente que espalha a corrupção e as vezes nos dão um tombo. Não vejo como ter paciência com o inimigo! eu fico fulo!
<Brab> Só há um jeito: o conhecimento. Lembra-se do que falamos sobre colocar os problemas na dimensão que eles realmente têm - pequenos? O inimigo não é mais inimigo, é um Espírito como você que necessita aprender. Paciência para com ele não é abster-se de tentar fazê-lo melhorar, mas entender sua condição e não se INQUIETAR com ela. Tomar ATITUDES para coibir o mal é a nossa obrigação, mas que essas atitudes sejam RECHEADAS da vontade do ESPÍRITO de melhorar aquele outro Espírito, e não de raiva de fazê-lo "pagar". Eis a diferença fundamental: não o movimento da mão, mas o movimento da mente.
[04] <Lalu_RJ> Só os espíritos evoluídos têm paciência?
<Brab> Os Espíritos evoluídos têm mais paciência, porque têm mais fé e conhecimento de Deus. Seu ponto de vista é mais adiantado e dirime as dúvidas que nos fazem duvidar e nos inquietarmos. Mas TODOS os filhos de Deus são CONVIDADOS a terem paciência, na medida de sua CAPACIDADE, Portanto, não vamos pensar que "só os Espíritos superiores têm paciência". Não. Todos nós temos possibilidade de termos a paciência - limitada pelo nosso grau evolutivo. Não nos deixemos de FORA dessa obrigação.
[05]<Lalu_RJ> Eu me deixo, pois não tenho a mínima paciência. Tanto não tenho que vou ver um filme na televisão.
<Brab> Reconhecer-se impaciente é um sinal de inteligência, mas de nada adianta se nada fizer para alterar-se, mudando seu ponto de vista das coisas, estudando o Espiritismo para lhe dar a visão espiritual da vida. Inteligência sem moral é carro sem volante.
[06]<MARIFOZ> Paciência é exercício?
<Brab> Como toda aptidão espiritual, é desenvolvida pela EDUCAÇÃO, pelo EXERCÍCIO do Espírito sempre se dispondo a melhorar as próprias atitudes.
Oração Final:
<Setty> Amado Pai, querido Mestre Jesus! queremos agradecer por mais essa oportunidade de estarmos reunidos todos e cada qual em Seu nome. Agradecemos a oportunidade que nos é dada do entendimento e pelo querido irmão encarnado que nos auxilia nesse caminhar. Agradecemos a todos que nos ajudam colocando mais um elemento em nossos conhecimentos. Agradecemos Senhor por essa oportunidade .Sigamos em paz e que Jesus nos ilumine agora e sempre. Assim seja!
Ser Paciente
É comum ouvir-se dizer que alguém perdeu a paciência.
Sendo a paciência uma virtude, parece estranha a ideia de que possa ser perdida.
Virtudes são conquistas do Espírito, que as incorpora em seu modo de ser.
Não se trata de algo exterior, que o homem encontra e vê desaparecer sucessivas vezes.
Quem desenvolve uma virtude passa a ser melhor em determinado aspecto de sua vida imortal.
É possível perder-se apenas o que se possui, mas não o que se é.
Se uma característica nobre foi assimilada por alguém, ela não pode ser perdida.
A criatura genuinamente honesta jamais extravia a própria honestidade.
A pessoa bondosa não é privada repentinamente de sua bondade.
Assim, quando alguém afirma que perdeu a paciência é porque nunca chegou a ser verdadeiramente paciente.
Isso não significa que as virtudes surjam de um momento para o outro.
Elas devem ser paulatinamente elaboradas no íntimo do ser.
No longo processo de aquisição da nobreza interior, trava-se uma autêntica batalha entre os vícios e as virtudes.
É comum que certas quedas ocorram, pois se trata de um processo de transição.
Mas a verdade é que, enquanto a criatura titubeia entre atos nobres e mesquinhos, ela ainda está lutando contra si mesma.
Virtudes não são propriedade de um determinado Espírito, pois compõem a sua própria essência.
Tanto é assim que habitualmente se fala que alguém é bondoso, e não que possui bondade.
Enquanto estamos com dificuldade para tolerar certas pessoas ou situações, ainda não somos pacientes.
No máximo, estamos lutando para incorporar essa virtude.
Afinal, é fácil conviver pacificamente com quem pensa igual a nós, ou suportar pequenos inconvenientes.
O teste para nossa fibra moral é suportar com serenidade grandes contrariedades ou provocações.
A verdadeira paciência é sempre exteriorização da alma que já realizou muito amor em si mesma.
Plena de amor, ela distribui os tesouros de seu afeto aos que a rodeiam, mediante a exemplificação.
A alma paciente já consegue considerar todas as criaturas como irmãs, em quaisquer circunstâncias.
Se necessário, ela esclarece a ignorância, mas sempre de modo fraterno.
Paciência é a tolerância esclarecida que revela a iluminação do ser que a manifesta.
Trata-se de uma conquista sublime, somente alcançada a custo de disciplina e esforço.
Para ser paciente é preciso domar os próprios impulsos inferiores.
Quem pretende ser tolerante deve cessar de ver problemas nos elementos externos, sejam pessoas ou circunstâncias.
Precisa compreender que todo o mal que atinge a criatura em evolução vem dela própria, de seu interior carente de renovação.
Quem percebe as suas sequelas morais, sem disfarces ou desculpas, naturalmente tende a olhar o próximo com tolerância.
Mas não basta apenas perceber os próprios problemas.
É necessário corrigi-los, com a adoção de novos padrões de comportamento.
A disciplina antecede a espontaneidade.
Transformar vícios em virtudes pressupõe disciplina e determinação.
Assim, para ser paciente é preciso esforço para tolerar as dificuldades e os defeitos alheios.
Mas também é indispensável trabalho concentrado para vencer os próprios vícios.
Redação do Momento Espírita, com base na questão 254 do livro O Consolador, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 31.12.2009.
Sendo a paciência uma virtude, parece estranha a ideia de que possa ser perdida.
Virtudes são conquistas do Espírito, que as incorpora em seu modo de ser.
Não se trata de algo exterior, que o homem encontra e vê desaparecer sucessivas vezes.
Quem desenvolve uma virtude passa a ser melhor em determinado aspecto de sua vida imortal.
É possível perder-se apenas o que se possui, mas não o que se é.
Se uma característica nobre foi assimilada por alguém, ela não pode ser perdida.
A criatura genuinamente honesta jamais extravia a própria honestidade.
A pessoa bondosa não é privada repentinamente de sua bondade.
Assim, quando alguém afirma que perdeu a paciência é porque nunca chegou a ser verdadeiramente paciente.
Isso não significa que as virtudes surjam de um momento para o outro.
Elas devem ser paulatinamente elaboradas no íntimo do ser.
No longo processo de aquisição da nobreza interior, trava-se uma autêntica batalha entre os vícios e as virtudes.
É comum que certas quedas ocorram, pois se trata de um processo de transição.
Mas a verdade é que, enquanto a criatura titubeia entre atos nobres e mesquinhos, ela ainda está lutando contra si mesma.
Virtudes não são propriedade de um determinado Espírito, pois compõem a sua própria essência.
Tanto é assim que habitualmente se fala que alguém é bondoso, e não que possui bondade.
Enquanto estamos com dificuldade para tolerar certas pessoas ou situações, ainda não somos pacientes.
No máximo, estamos lutando para incorporar essa virtude.
Afinal, é fácil conviver pacificamente com quem pensa igual a nós, ou suportar pequenos inconvenientes.
O teste para nossa fibra moral é suportar com serenidade grandes contrariedades ou provocações.
A verdadeira paciência é sempre exteriorização da alma que já realizou muito amor em si mesma.
Plena de amor, ela distribui os tesouros de seu afeto aos que a rodeiam, mediante a exemplificação.
A alma paciente já consegue considerar todas as criaturas como irmãs, em quaisquer circunstâncias.
Se necessário, ela esclarece a ignorância, mas sempre de modo fraterno.
Paciência é a tolerância esclarecida que revela a iluminação do ser que a manifesta.
Trata-se de uma conquista sublime, somente alcançada a custo de disciplina e esforço.
Para ser paciente é preciso domar os próprios impulsos inferiores.
Quem pretende ser tolerante deve cessar de ver problemas nos elementos externos, sejam pessoas ou circunstâncias.
Precisa compreender que todo o mal que atinge a criatura em evolução vem dela própria, de seu interior carente de renovação.
Quem percebe as suas sequelas morais, sem disfarces ou desculpas, naturalmente tende a olhar o próximo com tolerância.
Mas não basta apenas perceber os próprios problemas.
É necessário corrigi-los, com a adoção de novos padrões de comportamento.
A disciplina antecede a espontaneidade.
Transformar vícios em virtudes pressupõe disciplina e determinação.
Assim, para ser paciente é preciso esforço para tolerar as dificuldades e os defeitos alheios.
Mas também é indispensável trabalho concentrado para vencer os próprios vícios.
Redação do Momento Espírita, com base na questão 254 do livro O Consolador, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 31.12.2009.
Impaciência e irritação
Você costuma se irritar com facilidade?
Em caso afirmativo, já pensou por que isso acontece?
Sem uma reflexão mais detida, costumamos dizer que as pessoas são as responsáveis pela nossa irritação, afinal, elas sempre estão onde não deveriam, e na hora errada.
E quando não são as pessoas é a situação em si que nos tira do sério.
Por exemplo: se estamos indo para casa ou para o trabalho, sempre tem muita gente na nossa frente, o que ocasiona um terrível congestionamento capaz de nos fazer perder a calma.
Se vamos ao shopping para umas compras rápidas, lá estão também aquelas pessoas inconvenientes.
Vamos encontrá-las outra vez nas filas dos bancos, supermercados e até no cinema.
Logo, são elas as grandes culpadas pela nossa impaciência.
Quando não são as pessoas, são as situações que tramam contra a nossa paciência.
Planejamos uma viagem de final de semana ao litoral, e só temos dois dias para curtir a folga merecida. Saímos da nossa cidade com um céu azul e um sol maravilhoso. Quando faltam alguns quilômetros para chegar à praia, o sol se esconde e as nuvens se encarregam de roubar a nossa paz.
É que não estávamos preparados para enfrentar uma situação diferente da planejada e isso nos faz ficar irritados.
Se, por acaso, você está nessa lista dos que se irritam por causa dos outros ou das situações, pare e pense um pouco sobre o assunto.
Será que são as pessoas que irritam você, ou é você que se permite irritar com as pessoas?
Será que as situações são irritantes ou você está se deixando levar pelas circunstâncias sem se preservar da irritação?
É importante, até mesmo para a nossa saúde física e mental, que aprendamos a relevar situações inesperadas.
Quando saímos de casa ou do escritório, preparemo-nos para enfrentar um trânsito congestionado, se for necessário, sem que isso nos deixe irritados.
Se vamos ao supermercado, ao banco ou ao shopping, pensemos que muitas pessoas podem ter a mesma ideia e consideremos a possibilidade de enfrentar filas, sem perder a paciência.
Se o motorista que segue à nossa frente para no semáforo e não sinaliza que vai virar à esquerda, preparemo-nos para uma eventual decepção quando abrir o sinaleiro. Ele pode ter esquecido de avisar e só lembrar quando tiver que esperar os veículos que vêm em sentido contrário passarem.
Essas e outras tantas situações somente nos farão perder a paciência se nós permitirmos.
E se você já perdeu muitas vezes a paciência com situações e pessoas, poderá responder com conhecimento de causa:
Sua irritação já resolveu algum problema? Ou só serviu para lhe causar dor de cabeça ou outra indisposição qualquer?
Por tudo isso, vale a pena cultivar a arte de ser paciente, mesmo nas situações mais difíceis e aparentemente impossíveis.
* * *
Um dia o homem perguntou ao trabalho:
Qual o elemento mais resistente que você já encontrou?
E o trabalho respondeu: A pedra.
A água, que corria calmamente em derredor, escutou a conversa e, em silêncio, descobriu um meio de pingar sobre a pedra. Em algum tempo, abriu-lhe grande brecha, através da qual podia passar de um lado para outro.
O homem anotou o acontecimento e perguntou para a água qual fora o instrumento que ela utilizara para realizar aquele prodígio. A água humilde respondeu simplesmente:
Foi a paciência.
Redação do Momento Espírita com pensamento extraído do Boletim Ser em foco, nº 02/00.
Em 15.10.2010.
Em caso afirmativo, já pensou por que isso acontece?
Sem uma reflexão mais detida, costumamos dizer que as pessoas são as responsáveis pela nossa irritação, afinal, elas sempre estão onde não deveriam, e na hora errada.
E quando não são as pessoas é a situação em si que nos tira do sério.
Por exemplo: se estamos indo para casa ou para o trabalho, sempre tem muita gente na nossa frente, o que ocasiona um terrível congestionamento capaz de nos fazer perder a calma.
Se vamos ao shopping para umas compras rápidas, lá estão também aquelas pessoas inconvenientes.
Vamos encontrá-las outra vez nas filas dos bancos, supermercados e até no cinema.
Logo, são elas as grandes culpadas pela nossa impaciência.
Quando não são as pessoas, são as situações que tramam contra a nossa paciência.
Planejamos uma viagem de final de semana ao litoral, e só temos dois dias para curtir a folga merecida. Saímos da nossa cidade com um céu azul e um sol maravilhoso. Quando faltam alguns quilômetros para chegar à praia, o sol se esconde e as nuvens se encarregam de roubar a nossa paz.
É que não estávamos preparados para enfrentar uma situação diferente da planejada e isso nos faz ficar irritados.
Se, por acaso, você está nessa lista dos que se irritam por causa dos outros ou das situações, pare e pense um pouco sobre o assunto.
Será que são as pessoas que irritam você, ou é você que se permite irritar com as pessoas?
Será que as situações são irritantes ou você está se deixando levar pelas circunstâncias sem se preservar da irritação?
É importante, até mesmo para a nossa saúde física e mental, que aprendamos a relevar situações inesperadas.
Quando saímos de casa ou do escritório, preparemo-nos para enfrentar um trânsito congestionado, se for necessário, sem que isso nos deixe irritados.
Se vamos ao supermercado, ao banco ou ao shopping, pensemos que muitas pessoas podem ter a mesma ideia e consideremos a possibilidade de enfrentar filas, sem perder a paciência.
Se o motorista que segue à nossa frente para no semáforo e não sinaliza que vai virar à esquerda, preparemo-nos para uma eventual decepção quando abrir o sinaleiro. Ele pode ter esquecido de avisar e só lembrar quando tiver que esperar os veículos que vêm em sentido contrário passarem.
Essas e outras tantas situações somente nos farão perder a paciência se nós permitirmos.
E se você já perdeu muitas vezes a paciência com situações e pessoas, poderá responder com conhecimento de causa:
Sua irritação já resolveu algum problema? Ou só serviu para lhe causar dor de cabeça ou outra indisposição qualquer?
Por tudo isso, vale a pena cultivar a arte de ser paciente, mesmo nas situações mais difíceis e aparentemente impossíveis.
* * *
Um dia o homem perguntou ao trabalho:
Qual o elemento mais resistente que você já encontrou?
E o trabalho respondeu: A pedra.
A água, que corria calmamente em derredor, escutou a conversa e, em silêncio, descobriu um meio de pingar sobre a pedra. Em algum tempo, abriu-lhe grande brecha, através da qual podia passar de um lado para outro.
O homem anotou o acontecimento e perguntou para a água qual fora o instrumento que ela utilizara para realizar aquele prodígio. A água humilde respondeu simplesmente:
Foi a paciência.
Redação do Momento Espírita com pensamento extraído do Boletim Ser em foco, nº 02/00.
Em 15.10.2010.
A PACIÊNCIA - Leda
Um Espírito Amigo trouxe esta mensagem sobre a paciência, uma das qualidades que leva o homem a ser manso e pacífico.
Ele se refere à paciência em relação aos sofrimentos por que passa o homem na Terra e em relação aos outros, em todos os relacionamentos.
“A dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos. Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, pelo contrário, bem-dizei a Deus, todo poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu”.
Conselhos difíceis de serem entendidos, pela razão e pela lógica, sem os princípios do espiritismo.
Os eleitos de Deus são todos os Espíritos, por Ele criados, encarnados ou desencarnados, já evoluídos ou em desenvolvimento.
O autor escreve para os que, fazendo parte da humanidade terrestre, estejam encarnados na Terra, sofrendo dores físicas ou morais, dizendo que antes de angustiar-se, atormentar-se, devem agradecer a Deus, que os “marcou com a dor, neste mundo para a glória no céu”.
O espiritismo demonstra ser a Terra um mundo de expiações e de provas, morada de Espíritos rebeldes às leis divinas, orgulhosos e egoístas, para que nas lutas, nas dificuldades desse viver, se transformem em Espíritos inteligentes e bons.
Assim, as dores e os sofrimentos, fazendo parte desse viver, são instrumentos abençoados, que Deus deu a Espíritos rebeldes, para aprenderem a lei do amor e merecerem viver, em um futuro, em mundos espirituais, onde tudo é direcionado ao trabalho no bem, pelo bem e para o bem.
Se não fossem essas dificuldades materiais, físicas, biológicas, espirituais, morais, essa humanidade continuaria nos seus desmandos e maldades, porque somente, nos sofrimentos, frutos das ações dos que as sofrem, em um passado próximo ou remoto, esses Espíritos podem reformar-se, reeducar-se e merecer um mundo melhor.
Assim, nós que fazemos parte dessa humanidade, devemos ver nesse difícil viver, a Justiça divina, sábia e misericordiosa, dando novas oportunidades de ressarcimento, de reparação aos sofrimentos causados a muitos, de aprendizado de que devemos ter “... amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados”(1), e de desenvolvimento das qualificações nobres que fazem parte de nossa essência espiritual.
Para isso, há necessidade do auxílio da paciência, que é, segundo o dicionário: “a virtude que consiste em suportar os males ou os incômodos, sem queixumes e com resignação.”
Como entender? Acomodar-se? Não. Não é: “Deus quis assim.”, cruzando os braços . Não, ter paciência é procurar compreender as causas e os motivos dos males e das dificuldades para, com serenidade, tentar resolver da melhor forma possível a nova situação. É não se rebelar, não se desesperar, julgando-se vítima inocente e infeliz.
Assim, o Espiritismo, elucidando que cada um colhe o que semeia, demonstra que, de modo geral, não há vítimas inocentes nas dores e sofrimentos da Terra.
Lembra também, o autor, que a paciência com os que nos ferem, nos prejudicam, é também, caridade e que, muito mais difícil do que auxiliar monetariamente alguém, e por isso mesmo, bem mais meritória, é “perdoar os que Deus colocou em nosso caminho, para serem instrumento de nossos sofrimentos e submeterem à prova nossa paciência.”
Não entender, nessa última frase, que alguém possa nascer para ser instrumento de sofrimento a alguém. Não. Todos nascem para melhorar-se e para fazer o bem.
Todavia, pelas dificuldades da própria imperfeição, do orgulho e egoísmo desenvolvidos, dos males causados, em vidas pregressas, o próprio homem se torna instrumento de sofrimento uns para com os outros.
A lei divina o permite para que, nas conseqüências advindas e no inter-relacionamento pessoal, possa o homem aprender a dominar seus instintos, reeducando-se, no desenvolvimento do amor em si mesmo.
Para perdoar é preciso compreender o que erra, como um ser também em evolução, ter paciência com suas imperfeições e agressões, assim como se deseja que os outros tenham para consigo.
“A vida é difícil, bem o sei, constituindo-se de mil bagatelas, que são como alfinetadas que acabam por ferir. Mas é necessário olhar para os deveres que nos são impostos, e para as consolações e compensações, pois, então veremos que as bênçãos são mais numerosas que as dores. O fardo parece mais leve quando olhamos para o alto, do que quando curvamos a fronte para a terra.”
“Olhar para o alto” é colocar-se, em pensamento, no alto da mais alta montanha e abarcar com a visão, tudo o que se encontra abaixo, percebendo como ficam diminuídos, em tamanho, todos os detalhes.
Assim, olhando para o futuro, tendo na mente e no coração, a meta de chegada da nossa jornada evolutiva, na conquista da perfeição e felicidade, as dores e as dificuldades da vida se tornam muito menores, e até insignificantes diante do que se pode alcançar(2).
Ao passo que, abaixando a cabeça e olhando para baixo, para a vida presente, vê-se, apenas o pequeno espaço que a visão abarca e o que se sente - as dores e os sofrimentos - parecem, então, muito maiores, mais intensas do que , realmente, sã
Em assim fazendo, o homem não percebe a importância desse momento, no presente e para seu futuro, a oportunidade maravilhosa de estar ressarcindo dívidas, eliminando as causas que deram origem a elas, desfazendo os desequilíbrios do Espírito.
As dores e os sofrimentos da Terra têm, pois, a função benéfica de levar o homem a recuperar o equilíbrio , que foi desarticulado pelas emoções e sentimentos negativos, transformados em ações nocivas, lesivas e prejudiciais.
Lembra ainda o autor, que Jesus também nisso, deu o exemplo a ser seguido: sofreu mais do que todos, sem ter a menor culpa, sem nada de mal haver causado, ao contrário, só fez o bem , enquanto nós, mesmo se, hoje, nos esforçamos no bem, ainda erramos muito, e temos erros de vidas passadas a ressarcir.
E termina: “Sede, pois, pacientes, sede cristãos: esta palavra resume tudo.”
Leda de Almeida Rezende Ebner
Janeiro / 2008
Paciência e Nós
Quando as dificuldades atingem o apogeu, induzindo os companheiros mais valorosos a desertarem da luta pelo estabelecimento das boas obras, e prossegues sob o peso da responsabilidade que elas acarretam, na convicção de que não nos cabe descrer da vitória final...
Quando os problemas se multiplicam na estrada, pela invigilância dos próprios amigos, e te manténs, sem revolta, nas realizações edificantes a que te consagras...
Quando a injúria te espanca o nome, procurando desmantelar-te o trabalho, e continuas fiel às obrigações que abraçaste, sem atrasar o serviço com justificações ociosas...
Quando tentações e perturbações te ameaçam as horas, tumultuando-te os passos, e caminhas à frente, sem reclamações e sem queixas...
Quando te é lícito largar aos ombros de outrem a carga de atribuições sacrificiais que te assinala a existência, e não te afastas do serviço a fazer, entendendo que nenhum esforço é demais em favor do próximo...
Quando podes censurar e não censuras, exigir e não exiges...
Então, terás levantado a fortaleza da paciência no reino da própria alma.
Nem sempre passividade significa resignação construtiva.
Raramente pode alguém demonstrar confor-midade, quando se encontre sob os constrangimentos da provação.
Paciência, em verdade, é perseverar na edifi-cação do bem, a despeito das arremetidas do mal, e pros-seguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir.
Quando os problemas se multiplicam na estrada, pela invigilância dos próprios amigos, e te manténs, sem revolta, nas realizações edificantes a que te consagras...
Quando a injúria te espanca o nome, procurando desmantelar-te o trabalho, e continuas fiel às obrigações que abraçaste, sem atrasar o serviço com justificações ociosas...
Quando tentações e perturbações te ameaçam as horas, tumultuando-te os passos, e caminhas à frente, sem reclamações e sem queixas...
Quando te é lícito largar aos ombros de outrem a carga de atribuições sacrificiais que te assinala a existência, e não te afastas do serviço a fazer, entendendo que nenhum esforço é demais em favor do próximo...
Quando podes censurar e não censuras, exigir e não exiges...
Então, terás levantado a fortaleza da paciência no reino da própria alma.
Nem sempre passividade significa resignação construtiva.
Raramente pode alguém demonstrar confor-midade, quando se encontre sob os constrangimentos da provação.
Paciência, em verdade, é perseverar na edifi-cação do bem, a despeito das arremetidas do mal, e pros-seguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir.
PACIÊNCIA 2 - Hammed
0 despertar da religiosidade proporciona a paz de espírito. Paciência é um estado de
alma em que a criatura não é atingida pelas inquietações ou irritabilidades, visto que
se libertou do desassossego e da agitação do ego.
Quem atingiu a essência do sagrado entendeu que a autêntica religião é, acima de
tudo, uma "realidade interna", porque expressa as nossas mais íntimas relações com
Deus.
O despertar da religiosidade proporciona a paz de espírito. Paciência é um estado de
alma em que a criatura não é atingida pelas inquietações ou irritabilidades, visto que
se libertou do desassossego e da agitação do ego.
Carl Gustav Jung desenvolveu uma teoria fascinante, uma análise notável que
contribui efetivamente para aperfeiçoar o comportamento e pensamento humanos.
Desde a infância, ele foi influenciado de forma marcante por questões religiosas e
espirituais porquanto seu pai e vários parentes eram pastores luteranos. Estudou e
investigou profundamente a natureza humana, dedicando-se também à análise das
filosofias orientais e da mitologia.
Jung é considerado um sábio instrutor; estudou medicina, mas jamais abandonou o
compromisso de manter o interesse pelos fenômenos psíquicos e pelas ciências
naturais e humanas. Foi um psiquiatra por excelência, um missionário que pesquisou
os "distúrbios da personalidade", contribuindo para o entendimento dos diversos
aspectos do comportamento humano e colaborando para o crescimento e
enriquecimento das criaturas em sua trajetória de iluminação individual.
Dr. Carl Jung, como todo indivíduo que utiliza a lógica, a coerência e a razão, sentiu-se
distanciado da devoção religiosa alicerçada no pietismo - afirmação da superioridade
da fé sobre a razão. Afastou-se das experiências teológicas e das prescrições litúrgicas de seu pai e de outros parentes, que preconizavam a permanência incondicional pela
letra da convenção e foi em busca do Espírito de Deus como uma realidade viva (2)
A religião vai muito além dos limites do intelecto, no entanto não o refuta nem o
contesta. A genuína religiosidade não se vincula a nenhuma organização externa; ela
nos remete ao despertar íntimo, ao relacionamento com a própria alma.
Da mesma forma, Allan Kardec, como homem de ciência que era, educado em
Yverdon, na Escola de Johann Heinrich Pestalozzi - célebre pedagogo suíço e discípulo
de Jean-Jacques Rousseau -, asseverou: "(...) não há fé inquebrantável senão aquela que
pode encarar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade". "(...) para crer,
não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século;
ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos,
porque quer se impor e exige a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do
homem: o raciocínio e o livre-arbítrio."3
Por isso, o Espiritismo "não tem a pretensão de ter a última palavra sobre todas as
coisas, mesmo sobre aquelas que são da sua competência"4
.
Os Guias da Humanidade disseram a Kardec que "(...) não há para o estudioso, nenhum
sistema filosófico antigo, nenhuma tradição, nenhuma religião a negligenciar, porque tudo
contém os germes de grandes verdades (...) graças à chave que nos dá o Espiritismo para uma
multidão de coisas que puderam, até aqui, vos parecer sem razão e da qual, hoje, a realidade
vos é demonstrada de maneira irrecusável."
Para Jung, toda criatura traz uma aptidão para a autotransformação, o que ele chamou
de individuação, e definiu-a como um processo de desenvolvimento pessoal em que a
criatura se torna uma personalidade unificada, ou seja, um indivíduo, um ser humano
indiviso e integrado.
A individuação está inteiramente voltada para o equilíbrio entre o ego (centro da
consciência) e o Self (centro da psique) e para o aprimoramento e interação constante e
criativa entre eles.
As criaturas ligadas excessivamente ao sistema ilusório do ego são afeitas a um zelo
religioso obsessivo que pode levá-las aos extremos da intolerância. Possuem uma fé
cega, o hábito de polemizar com exaltação, visto serem impacientes e inquietas.
Exageradamente ajustadas a uma vida "impecável", denominam-se "pessoas de
hábito". Estão presas a este padrão de pensamento: "Só eu sei como as coisas são ou
devem ser feitas."
O fanatismo é filho dileto do ego; é uma adesão cega a uma idéia, sistema ou doutrina.
Os fanáticos se irritam facilmente com tudo aquilo que possa ser contrário ao que eles
consideram tradicional, imutável e verdadeiro, defendendo um status quo rigoroso
quanto à política, à sociedade e à religião.
Religiosos intransigentes, são considerados pessoas dogmáticas. Exigem de si mesmos
e dos outros uma vida puritana e de retidão extremada como forma de compensar
suas dúvidas indecorosas e seus desejos reprimidos, que eles cultivam, de forma inconsciente ou não, no próprio mundo interior. Baseiam sua maneira de agir em
teorias e estudos arcaicos e seguem modelos e padrões obsoletos. São observadores
literais de leis consideradas como certas e indiscutíveis, e esperam que as pessoas as
aceitem sem qualquer questionamento.
Os indivíduos que estão conectados com o Self vivem as necessidades do presente e
respondem a elas através de uma análise criteriosa das pessoas, dos fatos e dos
acontecimentos. Utilizam-se do exame paciencioso e da reflexão sapiencial da
consciência Para elaborar cogitações sobre a vida e sobre si mesmos.
Por estarem mais sintonizados com o Self, conquistaram a fé raciocinada e alicerçada
na paz de espírito, na razão e na coerência.
Têm como forma de procedimento respeito aos direitos humanos - de liberdade de
expressão, de individualidade, de ir e vir, de intelectualidade, de consciência; enfim, os
direitos considerados inerentes ao homem como ser social, independentemente de
raça, país, sexo, idade e religião.
São pensadores versáteis e originais; têm propósitos definidos - buscam alcançar
pacienciosamente em seus estudos e reflexões uma síntese racional e lógica a respeito
do físico e do espiritual, do real e do imaginário, do indivíduo e da sociedade.
II Coríntios, 3:6
2João, 4:2,4
3 "O Evangelho Segundo o Espiritismo", capitulo XIX, item 7
4 "A Gênese", capítulo XIII, item 8
5Questão 628
Por que a verdade não foi sempre colocada ao alcance de todo mundo?
"É preciso que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: é preciso nos habituar a
ela, pouco a pouco, de outra forma ela nos deslumbra. Jamais ocorreu que Deus permitisse ao
homem receber comunicações tão completas e tão instrutivas como as que lhe é dado receber
hoje. Havia, como sabeis, na Antiguidade, alguns indivíduos possuidores do que consideravam
uma ciência sacra, e da qual faziam mistério aos profanos, segundo eles. Deveis compreender,
com o que conheceis das leis que regem esses fenômenos, que eles não recebiam senão algumas
verdades esparsas no meio de um conjunto equívoco e a maior parte do tempo simbólico.
Entretanto, não há para o estudioso, nenhum sistema filosófico antigo, nenhuma tradição,
nenhuma religião a negligenciar, porque tudo contém os germes de grandes verdades que, ainda
que pareçam contraditórias umas com as outras, esparsas que estão no meio de acessórios sem
fundamentos, são muito fáceis de coordenar, graças à chave que nos dá o Espiritismo para uma
multidão de coisas que puderam, até aqui, vos parecer sem razão e da qual, hoje, a realidade vos é demonstrada de maneira irrecusável. Não negligencieis, portanto, de haurir objetos de estudos
nesses materiais; eles são muito ricos e podem contribuir poderosamente para a vossa instrução.
PACIÊNCIA 1 - Hammed
Nossa impaciência desequilibra os processos internos e externos da natureza em nós.
Atos e atitudes pacienciosas podem mudar nosso modo de ver e enfrentar conflitos.
Lembremo-nos de que todo problema contém em si mesmo a "semente da solução".
Tão logo nos permitimos pensar na Natureza como algo vivo e atuante em nós,
começamos a perceber que nunca perdemos nosso "sentido de ligação" com o mundo
natural. É como se emergisse de nosso interior uma "parte adormecida" que sempre
soube disso; por conseguinte, começamos a religar a vida íntima com as forças
criativas manifestadas em toda a evolução.
Nossa ligação com os processos vivos da Terra tem sido esquecida. A suposição da
ciência moderna é de que nosso planeta tenha por volta de cinco bilhões de anos. Não
existe, porém, nenhum vestígio que permita determinar, com alguma aproximação, a
época em que foram lançadas as "sementes da vida", isto é, o aparecimento dos
primeiros organismos vivos sobre o orbe terreno.
O que se sabe, de modo geral, é que o planeta passou por lentas e diversas
transformações e que, provavelmente, a vida surgiu nas águas dos mares, que
exerceram a função de "berço fecundo" para manter as primeiras formas vivas.
Esses minúsculos seres unicelulares se estruturaram nas condições reinantes na Terra
primitiva, a partir de substâncias orgânicas preexistentes na atmosfera e na crosta
terrestre. O acúmulo dessas substâncias ou moléculas durante milhões de anos
converteu os ambientes marinhos numa verdadeira "sopa nutritiva". A partir daí e
pela ação laboriosa dos Operários Celestes, teve início a vida na Terra.No seio daquelas paisagens rudimentares, no interior das águas mornas dos oceanos
primitivos, o princípio inteligente pôde iniciar suas primeiras manifestações sob o
domínio e o controle da Onipotência Celeste.
A formação desse complexo "teatro da vida" se deu através de um longo e contínuo
processo evolutivo, que nos permite hoje conhecer as mais diversas formas de seres
vivos. E preciso, portanto, que adotemos o ritmo da Natureza, cujo segredo mais
precioso é a paciência.
O ser humano é a própria Natureza adquirindo consciência de si mesma. Por possuir a
capacidade de entender racionalmente esse grandioso "espetáculo da evolução",
deveria ser o primeiro a perceber que sua perfeita estrutura orgânica resulta da
paciente realização da Natureza.
A capacidade de persistir numa atividade com constância e perseverança é um dos
atributos da Natureza. Precisamos aprender com ela a habilidade de equilibrar e
realizar tarefas numa silenciosa quietude, pois a impetuosidade e a afobação que
muitas vezes demonstramos podem destruir em minutos o que levamos anos para
construir.
Suportemos com calma, tudo que acontece em nossa existência. Procuremos decifrar,
aprender e refletir as mensagens enigmáticas que nos chegam através da linguagem da
evolução natural. A Natureza não dá saltos - a borboleta não chegou ao que é sem
antes ter sido lagarta.
No entanto, a paciencia não é passividade, estagnação, ociosidade ou
paralisação. É antes um potencial a ser desenvolvido com serenidade, persistência e
constância. Ela permite o que possamos descobrir o momento certo de perseverar ou
de o. abdicar de relações, situações, vínculos e atividades que envolvem m o nosso diaa-dia.Os
Espíritos Superiores possuem a necessária paciência de revelar certos
ensinamentos na ocasião oportuna. Sabem que o? processo de amadurecimento e
crescimento humano é constante, mas gradual. Eles reconhecem que a cada coisa se
deve dar o devido tempo, e que tudo que se diz de forma precipitada pode ser mal
interpretado ou não entendido. Por isso, utilizam-se da "natureza
evolutiva", levando em conta a condição de tempo, lugar ou modo que cerca e
acompanha as pessoas, fatos ou acontecimentos.
Os Mentores da Codificação disseram a Allan Kardec que os Espíritos "(...)
ensinaram muitas coisas que os homens não compreenderam ou desnaturaram, mas
que podem compreender atualmente(...)" E justificaram: "(...) Não ensinais às
crianças o que ensinais aos adultos, e não dais para um recém-nascido um alimento que ele não
possa digerir; cada coisa em seu tempo" 1
Nossa impaciência desequilibra os processos internos e externos da Natureza em nós.
Atos e atitudes pacienciosas podem mudar nosso modo de ver e enfrentar conflitos.
Lembremo-nos de que todo problema contém em si mesmo a "semente da solução".' Questão 801
Por que os Espíritos não ensinaram em todos os tempos o que ensinam hoje? Não ensinais às crianças o que
ensinais aos adultos, e não dais para um recém-nascido um alimento que ele não possa digerir; cada coisa em
seu tempo. Eles ensinaram muitas coisas que os homens não compreenderam ou desnaturaram, mas que podem
compreender atualmente. Por seus ensinamentos, mesmo incompletos, prepararam o terreno para receber a
semente que vai frutificar hoje."
Todos somos ignorantes
Escrito por Wilson R. Garcia
Todos somos ignorantes
A ignorância é um dos maiores entraves ao progresso humano, quer seja no âmbito espiritual, como em qualquer outra área. Na obra "Um Conto de Natal", escrito por Charles Dickens, o personagem que representa "O Espírito do Natal Presente", traz consigo, sob seu manto, duas crianças com rostos medonhos, estas crianças são apresentadas como a "Ignorância" e a "Miséria", alertando para que tenhamos cuidado com as mesmas, e de certa forma relacionando-as.
Ignorância é um termo que pode descrever simplesmente o desconhecimento sobre algo, mas que também pode ser aplicado para descrever uma postura excessivamente inflexível de negação de fatos ou de ideias que diferem das suas. De qualquer forma, a ignorância, não é sinônimo de inferioridade, incapacidade ou demérito. A ignorância é um estado, uma situação transitória que pode ser superada com algum interesse, empenho e disciplina. O simples desejo de conhecer coisas novas e a predisposição de incorporar novas ideias, podem gerar as experiências necessárias para o aprendizado.
Podemos adquirir conhecimento através de diversas formas: a boa leitura, a participação em cursos e palestras, a convivência social e a prática da observação, são alguns exemplos.
Estudo Através da Leitura
A leitura é talvez a mais antiga maneira de compartilhar o conhecimento adquirido. O homem é o único animal terrestre capaz de registrar suas experiências através da linguagem escrita com o objetivo de transmitir o conhecimento. Através da leitura somos apresentados a novas ideias, e desafiados a refletir sobre assuntos até então desconhecidos.
Todo o conhecimento fundamental sobre a Doutrina Espírita pode ser encontrado nas cinco principais obras publicadas por Allan Kardec entre os anos de 1857 e a 1868, estas obras compõem o que chamamos de Codificação Espírita, são elas: "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O Evangelho Segundo o Espiritismo", "O Céu e o Inferno" e "A Gênese".
Devido a natureza científica-filosófica do Espiritismo, o próprio Kardec incentiva a prática do estudo e da atualização do conhecimento. Acredito que esta posição de Kardec evidencie sua preocupação de evitar que O Espiritismoa pudesse se tornar uma doutrina fundamentalista, baseado numa fé cega e irracional. Disto resulta a importância do hábito da leitura para o verdadeiro Espírita.
2 Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo.1
A literatura espírita é fartíssima, existem as chamadas obras subsidiárias e complementares, algumas com o objetivo de oferecer novas bases para os conceitos já abordados e outras com a função de complementar esta abordagem, quase sempre embasadas em novos estudos ou revelações. No Espiritismo, o estudo através da leitura é assunto sério, e uma ferramenta valiosa e poderosa para a compreensão dos fatos que ocorrem ao nosso redor e para a consolidação de uma fé sincera, que sustenta, consola e inspira.
Mas Você é o Que Você Faz e Não o Que Você Sabe
De forma simplificada o termo conhecimento define um conjunto de informações potencialmente aplicáveis na prática. Conhecer é incorporar um um novo conceito ou ideia, porém, o sentido maior da nossa busca pelo conhecimento está na aplicação deste conhecimento na vida real, de forma que possamos nos beneficiar dele, modificando o modo como nos relacionamos com o mundo e com as pessoas ao nosso redor. De nada adianta o acúmulo de conhecimento se este não é aplicado em nosso benefício.
Adiantamento Moral e Adiantamento Intelectual
De acordo com a definição do dicionário, ter sabedoria "é ter grande conhecimento, erudição, prudência, moderação, temperança, sensatez e reflexão" 2. Nesta definição, além do conhecimento e da erudição, aparecem também algumas virtudes que só podem ser desenvolvidas através da relação com nossos semelhantes. Uma pessoa pode ler centenas de livros, adquirir grande conhecimento e mesmo assim pode não ser considerado "sábio".
O Espírito Emmanuel nos esclarece:
"O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita.
No círculo acanhado do orbe terrestre, ambos são classificados como adiantamento moral e adiantamento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em particular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao progresso, sendo justo, porém, considerar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto a parte intelectual sem a moral pode oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas." 3
Neste trecho o autor destaca a superioridade do avanço moral sobre o conhecimento intelectual, mas deixa claro a importância de ambas, ao ilustrá-las como as "duas asas que nos elevarão à perfeição". Concluí-se, que o conhecimento adquirido através do estudo e da leitura é base segura que contribui para nossa evolução moral, ao nos fornecer subsídios para o raciocínio diante das tantas situações cotidianas.
Todos somos ignorantes
Você possui uma porção do conhecimento e todos os demais seres humanos juntos possuem o restante, desta forma, devemos reconhecer que todos com quem compartilhamos experiências têm algo para nos ensinar. Incorporamos novos conhecimentos diariamente através da observação, da experimentação e da interação com nossos semelhantes. O homem sábio, respeita o pensamento e as experiências alheias e é humilde e receptivo para ouvir e aprender com seu próximo. Isto é sabedoria.
[1] Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 6, item 5
[2] Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 2. Edição. Ed. Nova Fronteira - Pág. 454 e 1530
[3] Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel. O Consolador - Questão 204
Lição de Sabedoria
Lição de Sabedoria
Um cientista muito preocupado com os problemas do mundo passava dias em seu laboratório, tentando encontrar meios de minorá-los.
Certo dia...
Seu filho de 7 anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou fazer o filho brincar em outro lugar. Vendo que seria impossível removê-lo, procurou algo que pudesse distrair a criança. De repente, deparou-se com o mapa do mundo. Estava ali o que procurava. Recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
- Você gosta de quebra-cabeça? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está ele todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Mas faça tudo sozinho!.
Pelos seus cálculos, a criança levaria dias para recompor o mapa. Passadas algumas horas, ouviu o filho chamando-o calmamente.
A princípio, o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade conseguir recompor um mapa quem jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?
- Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?
- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo!
(autor desconhecido)
Um cientista muito preocupado com os problemas do mundo passava dias em seu laboratório, tentando encontrar meios de minorá-los.
Certo dia...
Seu filho de 7 anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou fazer o filho brincar em outro lugar. Vendo que seria impossível removê-lo, procurou algo que pudesse distrair a criança. De repente, deparou-se com o mapa do mundo. Estava ali o que procurava. Recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
- Você gosta de quebra-cabeça? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está ele todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Mas faça tudo sozinho!.
Pelos seus cálculos, a criança levaria dias para recompor o mapa. Passadas algumas horas, ouviu o filho chamando-o calmamente.
A princípio, o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade conseguir recompor um mapa quem jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?
- Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?
- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo!
(autor desconhecido)
SABEDORIA – COMPILAÇÃO
SABEDORIA – COMPILAÇÃO
13 - Jesus no lar - Néio Lúcio - pág. 47, 71
9. O MENSAGEIRO DO AMOR
Falava-se na reunião, com respeito à preponderância dos sábios na Terra, quando Jesus tomou a palavra e contou, sereno e simples: -"Há muitos anos, quando o mundo perigava em calamitosa crise de ignorância e perversidade, o Poderoso Pai enviou-lhe um mensageiro da ciência, com a missão de entregar-lhe gloriosa mensagem de vida eterna. Tomando forma, nos círculos da carne, o esclarecido obreiro fez-se professor e, sumamente interessado em letras, apaixonou-se exclusivamente pelas obras da inteligência, afastando-se, enojado, da multidão inconsciente e declarando que vivia numa vanguarda luminosa, inacessível à compreensão das pessoas comuns.
Observando-o incapaz de atender aos compromissos assumidos, o Senhor Compassivo providenciou a viagem de outro portador da ciência que, decorrido algum tempo, se transformou em médico admirado. O novo arauto da Providência refugiou-se numa sala de ervas e beberagens, interessando-se tão-sòmente pelo contacto com enfermos importantes, habilitados à concessão de grandes recompensas, afirmando que a plebe era demasiado mesquinha para cativar-lhe a atenção.
O Todo-Bondoso determinou, então, a vinda de outro emissário da ciência, que se converteu em guerreiro célebre. Usou a espada do cálculo com mestria, pôs-se à ilharga de homens astuciosos e vingativos e, afastando-se dos humildes e dos pobres, afirmava que a única finalidade do povo era a de salientar a glória dos dominadores sanguinolentos. Contristado com tanto insucesso, o Senhor Supremo expediu outro missionário da ciência, que, em breve, se fez primoroso artista.
Isolou-se nos salões ricos e fartos, compondo música que embriagasse de prazer o coração dos homens provisoriamente felizes e afiançou que o populacho não lhe seduzia a sensibilidade que ele mesmo acreditava excessivamente avançada para o seu tempo. Foi, então, que o Excelso Pai, preocupado com tantas negações, ordenou a vinda de um mensageiro de amor aos homens. Esse outro enviado enxergou todos os quadros da Terra, com imensa piedade.
Compadeceu-se do professor, do médico, do guerreiro e do artista, tanto quanto se comoveu ante a desventura e a selvageria da multidão e, decidido a trabalhar em nome de Deus, transformou-se no servo diligente de todos. Passou a agir em benefício geral e, identificado com o povo a que viera servir, sabia desculpar infinitamente e repetir mil vezes o mesmo esforço ou a mesma lição. Se era humilhado ou perseguido, buscava compreender na ofensa um desafio benéfico à sua capacidade de desdobrasse na ação regeneradora, para testemunhar reconhecimento à confiança do Pai que o enviara.
Por amar sem reservas os seus irmãos de luta, em muitas situações foi compelido a orar e pedir o socorro do Céu, perante as garras da calúnia e do sarcasmo; entretanto, entendia, nas mais baixas manifestações da natureza humana, dobrados motivos para consagrar-se, com mais calor, à melhoria dos companheiros animalizados, que ainda desconheciam a grandeza e a sublimidade do Pai Benevolente que lhes dera o ser.
Foi assim, fazendo-se o último de todos, que conseguiu acender a luz da fé renovadora e da bondade pura no coração das criaturas terrestres, elevando-as a mais alto nível, com plena vitória na divina missão de que fora investido. Houve ligeira pausa na palavra doce do Messias e, ante a quietude que se fizera espontânea no ruidoso ambiente de minutos antes, concluiu ele, com expressivo acento na voz:
— Cultura e santificação representam forças inseparáveis da glória espiritual. A sabedoria e o amor são as duas asas dos anjos que alcançaram o Trono Divino, mas, em toda parte quem ama segue à frente daquele que simplesmente sabe.
15. O MINISTRO SÁBIO
Mateus discorria, solene, sobre a missão dos que dirigem a massa popular, especificando deveres dos administradores e dificuldades dos servos. A conversação avançava, pela noite a dentro, quando Jesus, notando que os aprendizes lhe esperavam a palavra amiga, narrou, sorridente:
- Um reino existia, em cuja intimidade apareceu um grande partido de adversários do soberano que o governava. Pouco a pouco, o espírito de rebeldia cresceu em certas famílias revoltadas e, a breves semanas, toda uma província em desespero se ergueu contra o monarca, entravando-lhe as ações.
Naturalmente preocupado, o rei convidou um hábil juiz para os encargos de primeiro ministro do país, desejoso de apagar a discórdia; mas o juiz começou a criar quantidade enorme de leis e documentos escritos, que não chegaram a operar a mínima alteração. Desiludido, o imperante substituiu-o por um doutrinador famoso. O tribuno, porém, conduzido à elevada posição, desfez-se em discursos veementes e preciosos que não modificaram a perturbação reinante.
Continuavam os inimigos internos solapando o prestígio nacional, quando o soberano pediu o socorro de um sacerdote que, situado em tão nobre posto, amaldiçoou, de imediato, os elementos contrários ao rei, piorando o problema. Desencantado, o monarca trouxe um médico à direção dos negócios gerais, mas tão logo se viu em palácio, partilhando as honras públicas, o novo ministro afirmou, para conquistar o favor régio, que o partido de adversários da Coroa se constituía de doentes mentais, e fez disso propaganda tão ruinosa que a indisciplina se tornou mais audaciosa e a revolta mais desesperada.
Pressentindo o trono em perigo, o soberano substituiu o médico por um general célebre, que tomou providência drástica, arregimentando forças armadas nas regiões fiéis e mobilizando-as contra os irmãos insubmissos. Estabeleceu-se a guerra civil. E quando a morte começou a ceifar vidas inúmeras, inclusive a do temido lidador militar que se converteu em primeiro ministro do reino, o imperante, de alma confrangida, convidou um sábio a ocupar-se do posto então vazio.
Esse chegou à administração, meditou algum tempo e deu início a novas atividades. Não criou novas leis, não pronunciou discursos, não censurou os insurretos, não perdeu tempo em zombaria e nem estimulou qualquer cultura de vingança. Dirigiu-se em pessoa à região conflagrada, a fim de observar-lhe as necessidades.
Reparou, aí, a existência de inúmeras criaturas sem teto, sem trabalho e sem instrução, e erigiu casas, criou oficinas, abriu estradas e improvisou escolas, incentivando o serviço e a educação, lutando, com valioso espírito de entendimento e fraternidade, contra a preguiça e a ignorância.
Não transcorreu muito tempo e todas as discórdias do reino desapareceram, porque a ação concreta do bem eliminara toda a desconfiança, toda a dureza e indecisão dos espíritos enfermiços e inconformados.
Mateus contemplava o Senhor, embevecidamente, deliciando-se com as idéias de bondade salvadora que enunciara a Jesus, respondendo-lhe à atenção com luminoso sorriso, acrescentou para finalizar:
— O ódio pode atear muito incêndio de discórdia, no mundo, mas nenhuma teoria de salvação será realmente valiosa sem o justo benefício aos espíritos que a maldade ou a rebelião desequilibraram. Para que o bem possa reinar entre os homens, há de ser uma realidade positiva no campo do mal, tanto quanto a luz há de surgir, pura e viva, a fim de expulsar as trevas.
21 - O livro dos Espíritos - Allan Kardec- Introd. VII
—A CIÊNCIA E O ESPIRITISMO
A oposição das corporações científicas é, para muita gente, senão uma prova, pelo menos uma forte presunção contrária. Não somos dos que levantam a voz contra os sábios, pois não queremos dar motivo a nos chamarem de estouvados; temo-los, pelo contrário, em grande estima e já ficaríamos muito honrados se fôssemos contados entre eles. Entretanto, sua opinião não poderia representar, em todas as circunstâncias, um julgamento irrevogável.
Quando a Ciência sai da observação material dos fatos e trata do apreciá-los e explicá-los, abre-se para os cientistas o campo da conjecturas: cada um constrói o seu sistemazinho, que deseja fazer prevalecer, e o sustenta encarniçadamente. Não vemos diariamente as opiniões mais contraditórias serem preconizadas e rejeitadas, repelidas com erros absurdos e depois proclamadas como verdades incontestáveis? Os fatos, eis o verdadeiro critério dos nossos julgamentos, o argumento sem réplica. Na ausência dos fatos, a dúvida é a opinião do homem prudente.
No tocante às coisas evidentes, a opinião dos sábios é justamente digna de fé, porque eles as conhecem mais e melhor que o vulgo. Mas no tocante a princípios novos, a coisas desconhecidas, a sua maneira de ver não é mais do que hipotética, porque eles não são mais livres de preconceitos que os outros. Direi mesmo que o sábio terá, talvez, mais preconceitos que qualquer outro, pois uma propensão natural o leva a tudo subordinar ao ponto de vista de sua especialidade: o matemático não vê nenhuma espécie de prova, senão por meio de uma demonstração algébrica, o químico relaciona tudo com a ação dos elementos, e assim por diante. Todo homem que se dedica a uma especialidade escraviza a ela as suas idéias.
Afastai-o do assunto e ele quase sempre se confundirá, porque deseja tudo submeter ao seu modo de ver; é esta uma consequência da fragilidade humana. Consultarei, portanto, de bom grado e com absoluta confiança, um químico sobre uma questão de análise; um físico sobre a força elétrica; um mecânico sobre a força motriz; mas eles me permitirão, sem que isto afete a estima que lhes devo por sua especialização, que não tenha em melhor conta a sua opinião negativa sobre o Espiritismo do que a de um arquiteto sobre questões de música.
As ciências comuns se apoiam nas propriedades da matéria, que pode ser experimentada e manipulada à vontade; os fenômenos espíritas se apoiam na ação de inteligências que têm vontade própria e nos provam a todo instante não estarem submetidas ao nosso capricho. As observações, portanto, não podem ser feitas da mesma maneira, num e noutro caso. No Espiritismo elas requerem condições especiais e outra maneira de encará-las: querer sujeitá-las aos processos ordinários de investigação, seria estabelecer analogias que não existem. A Ciência propriamente dita, como Ciência, é incompetente para se pronunciar sobre a questão do Espiritismo: não lhe cabe ocupar-se do assunto, e seu pronunciamento a respeito, qualquer que seja, favorável ou não, nenhum peso teria.
O Espiritismo é o resultado de uma convicção pessoal que os sábios podem ter como indivíduos, independente de sua condição de sábios. Querer, porém, deferir a questão à Ciência seria o mesmo que entregar a uma assembléia de físicos ou astrônomos a solução do problema da existência da alma. Com efeito, o Espiritismo repousa inteiramente sobre a existência da alma e o seu estado após a morte. Ora, é supinamente ilógico pensar que um homem deve ser grande psicólogo pelo simples fato de ser grande matemático ou grande anatomista. O anatomista, dissecando o corpo humano, procura a alma e, porque não a encontra com o seu bisturi, como se encontrasse um nervo, ou porque não a vê evolar-se como um gás, conclui que ela não existe. Isto, em razão de colocar-se num ponto de vista exclusivamente material. Segue-se daí que ele esteja com a razão, contra a opinião universal? Não. Vê-se, portanto, que o Espiritismo não é da alçada da Ciência.
Quando as crenças espíritas estiveram vulgarizadas, quando forem aceitas pelas massas, — o que, a julgar pela rapidez com que se propagam, não estaria muito longe, — dar-se-á com elas o que se tem dado com todas as idéias novas que encontraram oposição: os sábios se renderão à evidência. Eles as aceitarão individualmente, pela força das circunstâncias. Até que isso aconteça, seria inoportuno desviá-los de seu trabalhos especiais para constrangê-los a ocupar-se de coisa estranha que não está nas suas atribuições nem nos seus programas.
Enquanto isso, os que, sem estudo prévio e aprofundado da questão, pronunciam-se pela negativa e zombam dos que não concordam com a sua opinião esquecem que o mesmo aconteceu com a maioria das grandes descobertas que honram a Humanidade. Arriscam-se a ver os seus nomes aumentando a lista dos ilustres negadores das idéias novas, inscritos ao lado dos membros da douta assembléia que, em 1752, recebeu com estrondosa gargalhada o relatório de Franklin sobre os pára-raios, julgando indigno de figurar entre as comunicações da pauta, e daquela outra que fez a França perder as vantagens da navegação a vapor ao declarar o sistema de Fulton um sonho impraticável. Não obstante, eram questões de alçada da Ciência.
Se essas assembléias, que contavam com os maiores sábios do mundo, só tiveram zombaria e sarcasmo para as idéias que ainda não compreendiam e que alguns anos mais tarde deviam revolucionar a Ciência, os costumes e a indústria, como esperar que uma questão estranha aos seus trabalhos possa ser melhor aceita?
Esses erros lamentáveis não tirariam aos sábios, entretanto, os títulos com que, noutros assuntos, conquistam o nosso respeito. Mas é necessário um diploma oficial para se ter bom senso? E fora das cátedras acadêmicas não haverá mais do que tolos e imbecis? Basta olhar para os adeptos da doutrina espírita, para se verse entre eles só existem ignorantes e se o número imenso de homens de mérito que a abraçaram permite que a releguemos ao rol das simples crendices. O caráter e o saber desses homens autorizam-nos a dizer: pois se eles o afirmam, deve pelo menos haver alguma coisa.
Repetimos ainda que, se os fatos de que nos ocupamos estivessem reduzidos ao movimento mecânico dos corpos, a pesquisa da causa física do fenômeno seria do domínio da Ciência; mas desde que se trata de uma manifestação fora do domínio das leis humanas, escapa à competência da Ciência material, porque não pode ser explicada por números, nem por forças mecânicas. Quando surge um fato novo, que não se enquadra em nenhuma Ciência conhecida, o sábio, para o estudar, deve fazer abstração de sua ciência e dizer a si mesmo que se trata de um estudo novo, que não pode ser feito com idéias preconcebidas.
O homem que considere a sua razão infalível está bem próximo do erro; mesmo aqueles que têm as mais falsas idéias apoiam-se na própria razão e é por isso que rejeitam tudo quanto lhes parece impossível. Os que ontem repeliram as admiráveis descobertas de que a Humanidade hoje se orgulha, apelaram a esse juiz para as rejeitar. Aquilo que chamamos razão é quase sempre o orgulho mascarado, e quem quer que se julgue infalível coloca-se como igual a Deus. Dirigimo-nos, portanto, aos que são bastante ponderados para duvidar do que não viram e, julgando o futuro pelo passado, não acreditam que o homem tenha chegado ao apogeu nem que a Natureza lhes tenha virado a última página do seu livro.
25 - Pão nosso - Emmanuel - pág. 39
14 - PÁGINAS
"Mas a sabedoria que vem do alto é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia." — (TIAGO, 3:17.)
Toda página escrita tem alma e o crente necessita auscultar-lhe a natureza. O exame sincero esclarecerá imediatamente a que esfera pertence, no círculo de atividade destruidora no mundo ou no centro dos esforços de edificação para a vida espiritual.
Primeiramente, o leitor amigo da verdade e do bem analisar-lhe-á as linhas, para ajuizar da pureza do seu conteúdo, compreendendo que, se as suas expressões foram nascidas de fontes superiores, aí encontrará os sinais inequívocos da paz, da moderação, da afabilidade fraternal, da compreensão amorosa e dos bons frutos, enfim.
Mas, se a página reflete os venenos sutis da parcialidade humana, semelhante mensagem do pensamento não procede das esferas mais nobres da vida. Ainda que se origine da ação dos Espíritos desencarnados, supostamente superiores, a folha que não faça benefício em harmonia e construção fraternal é, apenas, reflexo de condições inferiores.
Examina, pois, as páginas de teu contacto com o pensamento alheio, diariamente, e faze companhia àquelas que te desejam elevação. Não precisas das que se te figurem mais brilhantes, mas daquelas que te façam melhor.
30 - Segue-me - Emmanuel - pág. 89, 91
A SABEDORIA DO ALTO
"Mas a sabedoria que vem do Alto é pura, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia". (Tiago, 3:17)
Se o conhecimento da fé gerou veneno para a tua palavra, a desvairar-se em ataques e críticas, a pretexto de preservar a verdade, guarda contigo bastante cautela, porque não é com rixosas interpretações que te farás embaixador da Espiritualidade Sublime.
A inspiração da Vida Superior manifesta-se sem qualquer artifício. Quem fala, em nome do Senhor, não necessita de longos e complicados discursos. É apaziguante e benevolente, sem qualquer recurso à força. É moderado, sem inclinar-se ao desequilíbrio.
É compreensivo, sem alardear superioridade contundente. É repleto de entendimento e carinho, frutificando em bênçãos de alegria e reconforto para os que se aproximem da fonte em que se exterioriza. Não se apaixona, nem finge.
Compreende as criaturas, no plano em que cada uma se coloca, exerce a bondade, em todas as ocasiões, cultiva a paciência nos obstáculos e distribui o coração, entre a energia que constrói e a gentileza que estimula. A sabedoria do Alto plasma os verdadeiros valores da educação.
Os orientadores do mundo satisfazem a inteligência e enriquecem o patrimônio intelectual. Jesus Cristo, contudo, aprimora o sentimento. A universidade ilustra o cérebro.
O Evangelho aperfeiçoa o coração. Se desejas, pois, conservar contigo a riqueza espiritual que desce do Plano Superior, caminha, entre os homens, aplicando as lições de Jesus, no esforço de cada dia.
OS SÁBIOS REAIS
"Quem dentre vós é sábio e entendido mostre por seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria". (Tiago, 3:13)
Milhares de pessoas senhoreiam os tesouros da instrução, multiplicando títulos, no campo social, para fugirem, incompreensivelmente, do trabalho e da fraternidade.
Aqui temos um bacharel que, por haver conquistado um diploma profissional, declara-se incapaz de efetuar a limpeza da própria roupa, quando necessário; ali vemos uma jovem musicista que, por haver atravessado os salões de um conservatório, afirma-se inabilitada para servir as refeições no próprio lar.
Além, observamos um negociante inteligente que, por haver explorado a confiança alheia, recolhe-se nos castelos da finança segura, asseverando-se entediado do contato com a multidão, que lhe conferiu a prosperidade. Mais adiante notamos religiosos de vários matizes que, depois de se declararem consolados e esclarecidos pela fé, começam a ironizar os irmãos infelizes ou ignorantes que, em nome de Deus, lhes aguardam os testemunhos de bondade e de amor.
Na vida espiritual, todavia, os verdadeiros sábios são conhecidos por ângulos diferentes. Os verdadeiros amigos da luz revelam-se através da generosidade pessoal. Sabem que o isolamento é orgulho, que a violência é crueldade, que a exigência descabida é serviço da treva, que o sarcasmo é perturbação...
Reconhecem que a sabedoria é paternidade espiritual, cheia de compreensão e carinho, e, por isso, sem qualquer humilhação a ninguém, auxiliam a todos, indistintamente, acendendo, com amor, na escura ignorância que os cercam, a luz abençoada que brilhará, vitoriosa, amanhã.
SOMENTE ASSIM
"Nisto é glorificado meu Pai que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos". - Jesus (João, 15:8)
Em nossas aflições, o Pai é invocado. Nas alegrias, é adorado. Na noite tempestuosa, é esperado com ânsia. No dia festivo, é reverenciado solenemente.
Louvado pelos filhos reconhecidos e olvidado pelos ingratos, o Pai dá sempre, espalhando as bênçãos de sua bondade infinita entre bons e maus, justos e injustos. Ensina o verme a rastejar, o arbusto a desenvolver-se e o homem a raciocinar.
Ninguém duvide, porém, quanto à expectativa do Supremo Senhor a nosso respeito. De existência em existência, ajuda-nos a crescer e a servi-lo, para que, um dia, nos integremos, vitoriosos, em seu Divino Amor e possamos glorificá-lo.
Nunca chegaremos, contudo, a semelhante condição, simplesmente através dos mil modos de coloração brilhante dos nossos sentimentos e raciocínios.
Nossos ideais superiores são imprescindíveis, mas, no fundo, assemelham-se às flores mais belas e perfumosas da árvore. Nossa cultura é, sem dúvida, indispensável, todavia, em essência, constitui a robustez do tronco respeitável. Nossas aspirações elevadas são preciosas e necessárias, contudo representam as folhas vivas e promissoras.
Todos esses requisitos são imperativos da colheita. Assim também ocorre nos domínios da alma. Somente é possível glorificar o Pai quando nos abrimos aos seus decretos de amor universal, produzindo para o bem eterno.
Por isso mesmo, o Mestre foi claro em sua afirmação. Que nossa atividade, dentro da vida, produza muito fruto de paz e sabedoria, amor e esperança, fé e alegria, justiça e misericórdia, em trabalho pessoal digno e constante, porquanto somente assim o Pai será por nós glorificado e, só nessa condição, seremos discípulos do Mestre Crucificado e Redivivo.
LEMBRETE:
1° - (...) significa (...) tanto a superioridade intelectual quanto moral. Indica, ainda, que, na ausência desse valor nos investidos de autoridade, a subordinação estaria comprometida, não seria legítima e, por isso mesmo, não exigível (...) Ney Lobo
2° - (...) é o conhecimento divino, puro e inalienável, que a alma vai armazenando no seu caminho, em marcha para a vida imortal. Emmanuel
3° - (...) Toda sabedoria, sem a bondade, é como luz que não aquece, ou como flor que não perfuma (...) Humberto de Campos
4° - (...) A sabedoria espiritual é filha das grandes e abençoadas revelações das almas (...) Francisco C. Xavier
5° - Sabedoria e amor são as duas asas da alma para o vôo supremo às esferas supremas da Divindade. Francisco C. Xavier
Edivaldo
13 - Jesus no lar - Néio Lúcio - pág. 47, 71
9. O MENSAGEIRO DO AMOR
Falava-se na reunião, com respeito à preponderância dos sábios na Terra, quando Jesus tomou a palavra e contou, sereno e simples: -"Há muitos anos, quando o mundo perigava em calamitosa crise de ignorância e perversidade, o Poderoso Pai enviou-lhe um mensageiro da ciência, com a missão de entregar-lhe gloriosa mensagem de vida eterna. Tomando forma, nos círculos da carne, o esclarecido obreiro fez-se professor e, sumamente interessado em letras, apaixonou-se exclusivamente pelas obras da inteligência, afastando-se, enojado, da multidão inconsciente e declarando que vivia numa vanguarda luminosa, inacessível à compreensão das pessoas comuns.
Observando-o incapaz de atender aos compromissos assumidos, o Senhor Compassivo providenciou a viagem de outro portador da ciência que, decorrido algum tempo, se transformou em médico admirado. O novo arauto da Providência refugiou-se numa sala de ervas e beberagens, interessando-se tão-sòmente pelo contacto com enfermos importantes, habilitados à concessão de grandes recompensas, afirmando que a plebe era demasiado mesquinha para cativar-lhe a atenção.
O Todo-Bondoso determinou, então, a vinda de outro emissário da ciência, que se converteu em guerreiro célebre. Usou a espada do cálculo com mestria, pôs-se à ilharga de homens astuciosos e vingativos e, afastando-se dos humildes e dos pobres, afirmava que a única finalidade do povo era a de salientar a glória dos dominadores sanguinolentos. Contristado com tanto insucesso, o Senhor Supremo expediu outro missionário da ciência, que, em breve, se fez primoroso artista.
Isolou-se nos salões ricos e fartos, compondo música que embriagasse de prazer o coração dos homens provisoriamente felizes e afiançou que o populacho não lhe seduzia a sensibilidade que ele mesmo acreditava excessivamente avançada para o seu tempo. Foi, então, que o Excelso Pai, preocupado com tantas negações, ordenou a vinda de um mensageiro de amor aos homens. Esse outro enviado enxergou todos os quadros da Terra, com imensa piedade.
Compadeceu-se do professor, do médico, do guerreiro e do artista, tanto quanto se comoveu ante a desventura e a selvageria da multidão e, decidido a trabalhar em nome de Deus, transformou-se no servo diligente de todos. Passou a agir em benefício geral e, identificado com o povo a que viera servir, sabia desculpar infinitamente e repetir mil vezes o mesmo esforço ou a mesma lição. Se era humilhado ou perseguido, buscava compreender na ofensa um desafio benéfico à sua capacidade de desdobrasse na ação regeneradora, para testemunhar reconhecimento à confiança do Pai que o enviara.
Por amar sem reservas os seus irmãos de luta, em muitas situações foi compelido a orar e pedir o socorro do Céu, perante as garras da calúnia e do sarcasmo; entretanto, entendia, nas mais baixas manifestações da natureza humana, dobrados motivos para consagrar-se, com mais calor, à melhoria dos companheiros animalizados, que ainda desconheciam a grandeza e a sublimidade do Pai Benevolente que lhes dera o ser.
Foi assim, fazendo-se o último de todos, que conseguiu acender a luz da fé renovadora e da bondade pura no coração das criaturas terrestres, elevando-as a mais alto nível, com plena vitória na divina missão de que fora investido. Houve ligeira pausa na palavra doce do Messias e, ante a quietude que se fizera espontânea no ruidoso ambiente de minutos antes, concluiu ele, com expressivo acento na voz:
— Cultura e santificação representam forças inseparáveis da glória espiritual. A sabedoria e o amor são as duas asas dos anjos que alcançaram o Trono Divino, mas, em toda parte quem ama segue à frente daquele que simplesmente sabe.
15. O MINISTRO SÁBIO
Mateus discorria, solene, sobre a missão dos que dirigem a massa popular, especificando deveres dos administradores e dificuldades dos servos. A conversação avançava, pela noite a dentro, quando Jesus, notando que os aprendizes lhe esperavam a palavra amiga, narrou, sorridente:
- Um reino existia, em cuja intimidade apareceu um grande partido de adversários do soberano que o governava. Pouco a pouco, o espírito de rebeldia cresceu em certas famílias revoltadas e, a breves semanas, toda uma província em desespero se ergueu contra o monarca, entravando-lhe as ações.
Naturalmente preocupado, o rei convidou um hábil juiz para os encargos de primeiro ministro do país, desejoso de apagar a discórdia; mas o juiz começou a criar quantidade enorme de leis e documentos escritos, que não chegaram a operar a mínima alteração. Desiludido, o imperante substituiu-o por um doutrinador famoso. O tribuno, porém, conduzido à elevada posição, desfez-se em discursos veementes e preciosos que não modificaram a perturbação reinante.
Continuavam os inimigos internos solapando o prestígio nacional, quando o soberano pediu o socorro de um sacerdote que, situado em tão nobre posto, amaldiçoou, de imediato, os elementos contrários ao rei, piorando o problema. Desencantado, o monarca trouxe um médico à direção dos negócios gerais, mas tão logo se viu em palácio, partilhando as honras públicas, o novo ministro afirmou, para conquistar o favor régio, que o partido de adversários da Coroa se constituía de doentes mentais, e fez disso propaganda tão ruinosa que a indisciplina se tornou mais audaciosa e a revolta mais desesperada.
Pressentindo o trono em perigo, o soberano substituiu o médico por um general célebre, que tomou providência drástica, arregimentando forças armadas nas regiões fiéis e mobilizando-as contra os irmãos insubmissos. Estabeleceu-se a guerra civil. E quando a morte começou a ceifar vidas inúmeras, inclusive a do temido lidador militar que se converteu em primeiro ministro do reino, o imperante, de alma confrangida, convidou um sábio a ocupar-se do posto então vazio.
Esse chegou à administração, meditou algum tempo e deu início a novas atividades. Não criou novas leis, não pronunciou discursos, não censurou os insurretos, não perdeu tempo em zombaria e nem estimulou qualquer cultura de vingança. Dirigiu-se em pessoa à região conflagrada, a fim de observar-lhe as necessidades.
Reparou, aí, a existência de inúmeras criaturas sem teto, sem trabalho e sem instrução, e erigiu casas, criou oficinas, abriu estradas e improvisou escolas, incentivando o serviço e a educação, lutando, com valioso espírito de entendimento e fraternidade, contra a preguiça e a ignorância.
Não transcorreu muito tempo e todas as discórdias do reino desapareceram, porque a ação concreta do bem eliminara toda a desconfiança, toda a dureza e indecisão dos espíritos enfermiços e inconformados.
Mateus contemplava o Senhor, embevecidamente, deliciando-se com as idéias de bondade salvadora que enunciara a Jesus, respondendo-lhe à atenção com luminoso sorriso, acrescentou para finalizar:
— O ódio pode atear muito incêndio de discórdia, no mundo, mas nenhuma teoria de salvação será realmente valiosa sem o justo benefício aos espíritos que a maldade ou a rebelião desequilibraram. Para que o bem possa reinar entre os homens, há de ser uma realidade positiva no campo do mal, tanto quanto a luz há de surgir, pura e viva, a fim de expulsar as trevas.
21 - O livro dos Espíritos - Allan Kardec- Introd. VII
—A CIÊNCIA E O ESPIRITISMO
A oposição das corporações científicas é, para muita gente, senão uma prova, pelo menos uma forte presunção contrária. Não somos dos que levantam a voz contra os sábios, pois não queremos dar motivo a nos chamarem de estouvados; temo-los, pelo contrário, em grande estima e já ficaríamos muito honrados se fôssemos contados entre eles. Entretanto, sua opinião não poderia representar, em todas as circunstâncias, um julgamento irrevogável.
Quando a Ciência sai da observação material dos fatos e trata do apreciá-los e explicá-los, abre-se para os cientistas o campo da conjecturas: cada um constrói o seu sistemazinho, que deseja fazer prevalecer, e o sustenta encarniçadamente. Não vemos diariamente as opiniões mais contraditórias serem preconizadas e rejeitadas, repelidas com erros absurdos e depois proclamadas como verdades incontestáveis? Os fatos, eis o verdadeiro critério dos nossos julgamentos, o argumento sem réplica. Na ausência dos fatos, a dúvida é a opinião do homem prudente.
No tocante às coisas evidentes, a opinião dos sábios é justamente digna de fé, porque eles as conhecem mais e melhor que o vulgo. Mas no tocante a princípios novos, a coisas desconhecidas, a sua maneira de ver não é mais do que hipotética, porque eles não são mais livres de preconceitos que os outros. Direi mesmo que o sábio terá, talvez, mais preconceitos que qualquer outro, pois uma propensão natural o leva a tudo subordinar ao ponto de vista de sua especialidade: o matemático não vê nenhuma espécie de prova, senão por meio de uma demonstração algébrica, o químico relaciona tudo com a ação dos elementos, e assim por diante. Todo homem que se dedica a uma especialidade escraviza a ela as suas idéias.
Afastai-o do assunto e ele quase sempre se confundirá, porque deseja tudo submeter ao seu modo de ver; é esta uma consequência da fragilidade humana. Consultarei, portanto, de bom grado e com absoluta confiança, um químico sobre uma questão de análise; um físico sobre a força elétrica; um mecânico sobre a força motriz; mas eles me permitirão, sem que isto afete a estima que lhes devo por sua especialização, que não tenha em melhor conta a sua opinião negativa sobre o Espiritismo do que a de um arquiteto sobre questões de música.
As ciências comuns se apoiam nas propriedades da matéria, que pode ser experimentada e manipulada à vontade; os fenômenos espíritas se apoiam na ação de inteligências que têm vontade própria e nos provam a todo instante não estarem submetidas ao nosso capricho. As observações, portanto, não podem ser feitas da mesma maneira, num e noutro caso. No Espiritismo elas requerem condições especiais e outra maneira de encará-las: querer sujeitá-las aos processos ordinários de investigação, seria estabelecer analogias que não existem. A Ciência propriamente dita, como Ciência, é incompetente para se pronunciar sobre a questão do Espiritismo: não lhe cabe ocupar-se do assunto, e seu pronunciamento a respeito, qualquer que seja, favorável ou não, nenhum peso teria.
O Espiritismo é o resultado de uma convicção pessoal que os sábios podem ter como indivíduos, independente de sua condição de sábios. Querer, porém, deferir a questão à Ciência seria o mesmo que entregar a uma assembléia de físicos ou astrônomos a solução do problema da existência da alma. Com efeito, o Espiritismo repousa inteiramente sobre a existência da alma e o seu estado após a morte. Ora, é supinamente ilógico pensar que um homem deve ser grande psicólogo pelo simples fato de ser grande matemático ou grande anatomista. O anatomista, dissecando o corpo humano, procura a alma e, porque não a encontra com o seu bisturi, como se encontrasse um nervo, ou porque não a vê evolar-se como um gás, conclui que ela não existe. Isto, em razão de colocar-se num ponto de vista exclusivamente material. Segue-se daí que ele esteja com a razão, contra a opinião universal? Não. Vê-se, portanto, que o Espiritismo não é da alçada da Ciência.
Quando as crenças espíritas estiveram vulgarizadas, quando forem aceitas pelas massas, — o que, a julgar pela rapidez com que se propagam, não estaria muito longe, — dar-se-á com elas o que se tem dado com todas as idéias novas que encontraram oposição: os sábios se renderão à evidência. Eles as aceitarão individualmente, pela força das circunstâncias. Até que isso aconteça, seria inoportuno desviá-los de seu trabalhos especiais para constrangê-los a ocupar-se de coisa estranha que não está nas suas atribuições nem nos seus programas.
Enquanto isso, os que, sem estudo prévio e aprofundado da questão, pronunciam-se pela negativa e zombam dos que não concordam com a sua opinião esquecem que o mesmo aconteceu com a maioria das grandes descobertas que honram a Humanidade. Arriscam-se a ver os seus nomes aumentando a lista dos ilustres negadores das idéias novas, inscritos ao lado dos membros da douta assembléia que, em 1752, recebeu com estrondosa gargalhada o relatório de Franklin sobre os pára-raios, julgando indigno de figurar entre as comunicações da pauta, e daquela outra que fez a França perder as vantagens da navegação a vapor ao declarar o sistema de Fulton um sonho impraticável. Não obstante, eram questões de alçada da Ciência.
Se essas assembléias, que contavam com os maiores sábios do mundo, só tiveram zombaria e sarcasmo para as idéias que ainda não compreendiam e que alguns anos mais tarde deviam revolucionar a Ciência, os costumes e a indústria, como esperar que uma questão estranha aos seus trabalhos possa ser melhor aceita?
Esses erros lamentáveis não tirariam aos sábios, entretanto, os títulos com que, noutros assuntos, conquistam o nosso respeito. Mas é necessário um diploma oficial para se ter bom senso? E fora das cátedras acadêmicas não haverá mais do que tolos e imbecis? Basta olhar para os adeptos da doutrina espírita, para se verse entre eles só existem ignorantes e se o número imenso de homens de mérito que a abraçaram permite que a releguemos ao rol das simples crendices. O caráter e o saber desses homens autorizam-nos a dizer: pois se eles o afirmam, deve pelo menos haver alguma coisa.
Repetimos ainda que, se os fatos de que nos ocupamos estivessem reduzidos ao movimento mecânico dos corpos, a pesquisa da causa física do fenômeno seria do domínio da Ciência; mas desde que se trata de uma manifestação fora do domínio das leis humanas, escapa à competência da Ciência material, porque não pode ser explicada por números, nem por forças mecânicas. Quando surge um fato novo, que não se enquadra em nenhuma Ciência conhecida, o sábio, para o estudar, deve fazer abstração de sua ciência e dizer a si mesmo que se trata de um estudo novo, que não pode ser feito com idéias preconcebidas.
O homem que considere a sua razão infalível está bem próximo do erro; mesmo aqueles que têm as mais falsas idéias apoiam-se na própria razão e é por isso que rejeitam tudo quanto lhes parece impossível. Os que ontem repeliram as admiráveis descobertas de que a Humanidade hoje se orgulha, apelaram a esse juiz para as rejeitar. Aquilo que chamamos razão é quase sempre o orgulho mascarado, e quem quer que se julgue infalível coloca-se como igual a Deus. Dirigimo-nos, portanto, aos que são bastante ponderados para duvidar do que não viram e, julgando o futuro pelo passado, não acreditam que o homem tenha chegado ao apogeu nem que a Natureza lhes tenha virado a última página do seu livro.
25 - Pão nosso - Emmanuel - pág. 39
14 - PÁGINAS
"Mas a sabedoria que vem do alto é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia." — (TIAGO, 3:17.)
Toda página escrita tem alma e o crente necessita auscultar-lhe a natureza. O exame sincero esclarecerá imediatamente a que esfera pertence, no círculo de atividade destruidora no mundo ou no centro dos esforços de edificação para a vida espiritual.
Primeiramente, o leitor amigo da verdade e do bem analisar-lhe-á as linhas, para ajuizar da pureza do seu conteúdo, compreendendo que, se as suas expressões foram nascidas de fontes superiores, aí encontrará os sinais inequívocos da paz, da moderação, da afabilidade fraternal, da compreensão amorosa e dos bons frutos, enfim.
Mas, se a página reflete os venenos sutis da parcialidade humana, semelhante mensagem do pensamento não procede das esferas mais nobres da vida. Ainda que se origine da ação dos Espíritos desencarnados, supostamente superiores, a folha que não faça benefício em harmonia e construção fraternal é, apenas, reflexo de condições inferiores.
Examina, pois, as páginas de teu contacto com o pensamento alheio, diariamente, e faze companhia àquelas que te desejam elevação. Não precisas das que se te figurem mais brilhantes, mas daquelas que te façam melhor.
30 - Segue-me - Emmanuel - pág. 89, 91
A SABEDORIA DO ALTO
"Mas a sabedoria que vem do Alto é pura, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia". (Tiago, 3:17)
Se o conhecimento da fé gerou veneno para a tua palavra, a desvairar-se em ataques e críticas, a pretexto de preservar a verdade, guarda contigo bastante cautela, porque não é com rixosas interpretações que te farás embaixador da Espiritualidade Sublime.
A inspiração da Vida Superior manifesta-se sem qualquer artifício. Quem fala, em nome do Senhor, não necessita de longos e complicados discursos. É apaziguante e benevolente, sem qualquer recurso à força. É moderado, sem inclinar-se ao desequilíbrio.
É compreensivo, sem alardear superioridade contundente. É repleto de entendimento e carinho, frutificando em bênçãos de alegria e reconforto para os que se aproximem da fonte em que se exterioriza. Não se apaixona, nem finge.
Compreende as criaturas, no plano em que cada uma se coloca, exerce a bondade, em todas as ocasiões, cultiva a paciência nos obstáculos e distribui o coração, entre a energia que constrói e a gentileza que estimula. A sabedoria do Alto plasma os verdadeiros valores da educação.
Os orientadores do mundo satisfazem a inteligência e enriquecem o patrimônio intelectual. Jesus Cristo, contudo, aprimora o sentimento. A universidade ilustra o cérebro.
O Evangelho aperfeiçoa o coração. Se desejas, pois, conservar contigo a riqueza espiritual que desce do Plano Superior, caminha, entre os homens, aplicando as lições de Jesus, no esforço de cada dia.
OS SÁBIOS REAIS
"Quem dentre vós é sábio e entendido mostre por seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria". (Tiago, 3:13)
Milhares de pessoas senhoreiam os tesouros da instrução, multiplicando títulos, no campo social, para fugirem, incompreensivelmente, do trabalho e da fraternidade.
Aqui temos um bacharel que, por haver conquistado um diploma profissional, declara-se incapaz de efetuar a limpeza da própria roupa, quando necessário; ali vemos uma jovem musicista que, por haver atravessado os salões de um conservatório, afirma-se inabilitada para servir as refeições no próprio lar.
Além, observamos um negociante inteligente que, por haver explorado a confiança alheia, recolhe-se nos castelos da finança segura, asseverando-se entediado do contato com a multidão, que lhe conferiu a prosperidade. Mais adiante notamos religiosos de vários matizes que, depois de se declararem consolados e esclarecidos pela fé, começam a ironizar os irmãos infelizes ou ignorantes que, em nome de Deus, lhes aguardam os testemunhos de bondade e de amor.
Na vida espiritual, todavia, os verdadeiros sábios são conhecidos por ângulos diferentes. Os verdadeiros amigos da luz revelam-se através da generosidade pessoal. Sabem que o isolamento é orgulho, que a violência é crueldade, que a exigência descabida é serviço da treva, que o sarcasmo é perturbação...
Reconhecem que a sabedoria é paternidade espiritual, cheia de compreensão e carinho, e, por isso, sem qualquer humilhação a ninguém, auxiliam a todos, indistintamente, acendendo, com amor, na escura ignorância que os cercam, a luz abençoada que brilhará, vitoriosa, amanhã.
SOMENTE ASSIM
"Nisto é glorificado meu Pai que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos". - Jesus (João, 15:8)
Em nossas aflições, o Pai é invocado. Nas alegrias, é adorado. Na noite tempestuosa, é esperado com ânsia. No dia festivo, é reverenciado solenemente.
Louvado pelos filhos reconhecidos e olvidado pelos ingratos, o Pai dá sempre, espalhando as bênçãos de sua bondade infinita entre bons e maus, justos e injustos. Ensina o verme a rastejar, o arbusto a desenvolver-se e o homem a raciocinar.
Ninguém duvide, porém, quanto à expectativa do Supremo Senhor a nosso respeito. De existência em existência, ajuda-nos a crescer e a servi-lo, para que, um dia, nos integremos, vitoriosos, em seu Divino Amor e possamos glorificá-lo.
Nunca chegaremos, contudo, a semelhante condição, simplesmente através dos mil modos de coloração brilhante dos nossos sentimentos e raciocínios.
Nossos ideais superiores são imprescindíveis, mas, no fundo, assemelham-se às flores mais belas e perfumosas da árvore. Nossa cultura é, sem dúvida, indispensável, todavia, em essência, constitui a robustez do tronco respeitável. Nossas aspirações elevadas são preciosas e necessárias, contudo representam as folhas vivas e promissoras.
Todos esses requisitos são imperativos da colheita. Assim também ocorre nos domínios da alma. Somente é possível glorificar o Pai quando nos abrimos aos seus decretos de amor universal, produzindo para o bem eterno.
Por isso mesmo, o Mestre foi claro em sua afirmação. Que nossa atividade, dentro da vida, produza muito fruto de paz e sabedoria, amor e esperança, fé e alegria, justiça e misericórdia, em trabalho pessoal digno e constante, porquanto somente assim o Pai será por nós glorificado e, só nessa condição, seremos discípulos do Mestre Crucificado e Redivivo.
LEMBRETE:
1° - (...) significa (...) tanto a superioridade intelectual quanto moral. Indica, ainda, que, na ausência desse valor nos investidos de autoridade, a subordinação estaria comprometida, não seria legítima e, por isso mesmo, não exigível (...) Ney Lobo
2° - (...) é o conhecimento divino, puro e inalienável, que a alma vai armazenando no seu caminho, em marcha para a vida imortal. Emmanuel
3° - (...) Toda sabedoria, sem a bondade, é como luz que não aquece, ou como flor que não perfuma (...) Humberto de Campos
4° - (...) A sabedoria espiritual é filha das grandes e abençoadas revelações das almas (...) Francisco C. Xavier
5° - Sabedoria e amor são as duas asas da alma para o vôo supremo às esferas supremas da Divindade. Francisco C. Xavier
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