quarta-feira, 14 de maio de 2014

Ego, Orgulho e Vaidade - Ajuda / Reforma íntima - Tucal

Ego, Orgulho e Vaidade - Ajuda / Reforma íntima

Antes de ler o texto, busque fazer uma auto avaliação no sentido de tentar descobrir qual dessas faces da personalidade são mais gritantes em você.

Abaixo estamos colocando o sentido literal de cada palavra:
ego
substantivo masculino ( sXX)
1 psic núcleo da personalidade de uma pessoa
2 psic princípio de organização dinâmica, diretor e avaliador que determina as vivências e atos do indivíduo
3 psicn de acordo com a segunda teoria freudiana, instância do aparelho psíquico que se constitui através das experiências do indivíduo e exerce, como princípio de realidade, função de controle sobre o seu comportamento, sendo grande parte de seu funcionamento inconsciente As três instâncias que compõem o aparelho psíquico são o id, o ego e o superego.]
4 m.q. egotismo  ('apreço', 'tendência')
egotismo

substantivo masculino ( 1899)
1 apreço, amor exagerado pela própria personalidade; egolatria, ego
2 tendência a conduzir para si a atenção, revelando pouca ou nenhuma consideração pelas opiniões dos outros; ego
3 método literário em que o próprio eu é o ponto de referência de investigações e experimentos psicológicos
Paronímia

egoísmo(s.m.)
orgulho

substantivo masculino ( sXIII)
1 sentimento de prazer, de grande satisfação sobre algo que é visto como alto, honrável, creditável de valor e honra; dignidade pessoal, altivez
    ‹ Camões invoca as musas imbuído de sereno o., com o ?saber da experiência feito? ›
1.1 atitude moral ou psíquica que afasta o indivíduo de práticas desonestas ou desonrosas
    ‹ ao final, o poeta implora ?No mais, musa, no mais?, seu o. quase impedindo-o de narrar feitos indignos de um lusíada ›
2 pej. sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor-próprio; arrogância, soberba, imodéstia
    ‹ alimentava-se de um o. ostensivo por ter suplantado o mestre ›
2.1 atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; vaidade, insolência
    ‹ aquele o. é típico de jovens inexperientes ›
3 p.met. aquilo ou aquele de que(m) se tem orgulho
    ‹ este cantinho é o seu o. ›
Sinônímia e Variantes

ver sinonímia de amor-próprio
Antonímia

humildade
 vaidade
substantivo feminino ( sXIII)
1 qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória
2 valorização que se atribui à própria aparência, ou quaisquer outras qualidades físicas ou intelectuais, fundamentada no desejo de que tais qualidades sejam reconhecidas ou admiradas pelos outros
    ‹ veste-se com v. › ‹ resolveu ser intelectual por pura v. ›
3 avaliação muito lisonjeira que alguém tem de si mesmo; fatuidade, imodéstia, presunção, vanidade
    ‹ nunca deixou sua v. suplantar sua humildade ›
4 coisa insignificante, futilidade; vanidade
    ‹ não leva nada a sério; só cuida de suas pequenas v. ›
Sinônímia e Variantes

ver sinonímia de amor-próprio, fanfarrice, futilidade e imodéstia
Antonímia

despretensão, desvaidade, modéstia; ver tb. sinonímia de austeridade
Fonte de pesquisa - Dicionário Houaiss
                Ao observar o significado literal das palavras podemos perceber que uma está interligada à outra.
            Queremos ressaltar que todos os seres humanos trazem em suas personalidades traços destas três vertentes como forma de auto defesa ou mesmo instintivo. Na atual condição evolutiva do ser não há àquele que possui uma personalidade livre destes sentimentos, que dentro do que vivenciamos, são necessários como auto preservação e cuidado pessoal.
            Veremos então o lado positivo destas características:
1- Ego: Necessidade de avaliar aquilo que te faz bem e te faz sentir prazer pela vida. O ser humano necessita de situações prazerosas para manter o ânimo de viver e é pensando em si e no que se gosta que conseguimos este prazer.
2- Vaidade: Como característica de personalidade, entra a auto aprovação e satisfação íntima. De forma externa, a busca necessária para manter a auto imagem de forma à ser admirada e aprovada por si e pela sociedade em que vive. Exemplos: Um bom corte de cabelo, roupas adequadas que valorizem o corpo, bons sapatos, bons perfumes, maquiagens, exercícios físicos para se manter a forma, boa alimentação, etc.
3- Orgulho: Como característica de personalidade, assim como a vaidade, entra a auto aprovação e satisfação íntima e além disto uma forma de se proteger para não se expor à situações vexatórias e humilhações. O orgulho, quando dentro do equilíbrio, pode ser considerado um sentimento que impulsiona o ser à busca pelo melhor em todas as vertentes da vida.
            Pois bem, conhecendo o significado destes perfis e da necessidade salutar de cada um, chegou o momento de adentrarmos na parte dos desequilíbrios que nos levam às situações de grandes dores e descontentamentos pessoais e de convivência.
            A partir de vários direcionamentos trazidos pelo plano astral, através de nossos guias, e de observações e comparações individuais chegamos a algumas características que levam o ser humano a ressaltar uma ou mais condições destas faces de personalidade de forma prejudicial. Tais condições geralmente estão ligadas a primeira infância e pré adolescência, isto sem contar com características já trazidas gravadas no espírito conforme vivências passadas. Como não temos informações suficientes de vidas passadas para comparações ressaltaremos o que observamos na vida de pessoas comuns de convivência diária.
            Todas as características de ego, orgulho e vaidade em desequilíbrio, estão diretamente ligadas, na fase adulta, à não aceitação de críticas, apontamentos comparativos, repressões, imposições e julgamentos, atribuídos durante a infância e pré adolescência onde houve enorme valorização das opiniões externas em relação a si.
            Verificamos que:

O EGO - EGOÍSMO - EGOTISMO
1- Todo adulto que possui em sua personalidade um traço desequilibrado de ego, egotismo ou egoísmo foram crianças ou pré adolescentes que sofreram grandes repressões no sentido de abrir mão de seus desejos em prol de outras pessoas, como por exemplo: irmãos caçulas, desejos dos pais, rigor disciplinar escolar, etc. Portanto, quando tais pessoas quando se vêem adultos e de posse de si, tornam-se manipuladores e possessivos.
            Compreendam que o egoísmo não está ligado tão somente ao apego material e sim à um comportamento muito mais abrangente, ou seja, o egoísta não é tão somente aquele que não gosta de repartir o que possui ou ao acumulador de bens. Muito pelo contrário, os casos mais sérios de egoísmo, estão diretamente ligados às manipulações de pessoas (companheiros, amigos e parentes) para satisfazerem seus desejos em detrimento de tudo (dois pesos e duas medidas) e de todos, sendo que nestes casos, podem ser à um primeiro olhar, pessoas desapegadas de bens materiais. Exemplos para maior compreensão:
            a- Um aluno de faculdade que em determinada aula que não gosta do tema que está sendo tratado, não tem interesse pela matéria em questão e não nutre simpatia pelo professor. Este passa a tumultuar estas aulas, incitando outros alunos tirando o foco e a atenção do estudo, provocando desarmonia com comentários desnecessários, polêmicas incoerentes, comportamentos indevidos, etc. Fazendo do resultado final destas aulas um fracasso total, desrespeitando o professor e os demais alunos que se interessam pelo assunto ou que necessitam de foco para poder compreender o que está sendo ensinado. Terminado o período escolar, o egoísta se pega na situação de repetir o ano na matéria por falta de nota e diante de sua necessidade opta por burlar o sistema comprando gabaritos ou colando na prova final, porque ele está precisando muito alcançar seu objetivo, sendo assim: Que mal há? Ele se utiliza de dois pesos e duas medidas sem peso de consciência.
            Ainda podemos incluir neste exemplo uma pessoa que foi à uma festa sem vontade, apenas para cumprir um compromisso social e, diante de sua insatisfação passa a criticar tudo o que ocorre no ambiente da festa numa tentativa de convencer outras pessoas à criticar ou ir embora, criando assim a condição perfeita para que justifique sua atitude antipática ou sua saída prematura do ambiente. Ou seja, um comportamento de manipulação que faz com que os outros sejam tão responsabilizados pelo comportamento desajustado e insatisfeito quanto ele garantindo assim a situação adequada para se justificar, caso seja necessário.
            b- Um profissional que facilita determinados tramites para seus clientes visando tirar vantagens e ser presenteado com os produtos produzido pela empresa destes clientes. Como um gerente de banco que ao precisar de pneus novos para o seu carro, libera e facilita financiamento para o dono da loja de acessórios automobilísticos, visando ser recompensado com a oferta dos pneus para o seu carro e negando tais facilidades para outros clientes que da mesma forma solicitaram o mesmo serviço. Neste caso, são literalmente situações de extorsões veladas.
            c- Um amigo ou companheiro que te enche de presentes e favores esperando incondicionalmente a retribuição desta conduta. Tal retribuição pode ser esperada em forma de trocas materiais como por reconhecimento e preenchimento de suas carências afetivas. Conduzindo a amizade ou o relacionamento de forma que o satisfaça forçando situações que desagradam ou machucam ao outro, o que geralmente, não é levado em consideração.
            Como puderam notar, muito mais do que apegos materiais, o verdadeiro egoísta é o manipulador que simplesmente desconsidera os sentimentos, desejos e necessidades dos que vivem em sua companhia para satisfação própria.

A VAIDADE

2- Todo adulto que possui em sua personalidade a vaidade desequilibra, quando criança ou na pré adolescência vivenciou situações que causaram profunda vergonha, onde sua psique compreendeu como extrema exposição de suas intimidades que não gostariam que fossem conhecidas, julgadas ou avaliadas. Exemplos:
            a- Características pessoais temporárias como: urinar na cama até idade considerada avançada, gagueira, dificuldade de aprendizado, características ou deficiência física (mesmo que moderada), etc. Todas as situações que na época atestavam imperfeição e que foram expostas para familiares ou grupos de amigos que tiveram reações de reprovação ou de chacota. Neste caso, a situação marcante é de descontentamento pessoal, vergonha do eu.
            b- Comportamentos desajustados dos pais ou familiares, como: Pais separados, pais com comportamentos chamativos ou dramáticos, pais ou familiares próximos alcoólatras ou viciados, briguentos e escandalosos, ignorantes ou analfabetos etc. Neste caso a vergonha extrema veio do externo mais próximo onde a pessoa se via na obrigação de aceitar como parte de sua vida e seu mundo. Tais condições os obrigando a se calar diante das críticas e olhares reprovadores. Neste caso são situações que ele se viu obrigado a tomar como seu, muitas vezes se sentindo no dever de defender tais pessoas dos comentários ofensivos, sendo que em seu íntimo, havia concordância com as críticas ouvidas, gerando grande sentimento de vergonha.
            c- Situações do meio como: Pobreza, roupas inadequadas comparadas às dos amigos, casa suja e desorganizada, escola mal conceituada, etc. Neste caso são situações que são impostas a criança trazendo além da vergonha o sentimento de impotência total de reverter o quadro.
            Tais pessoas, ao atingir a fase adulta, onde as escolhas estão de sua posse, tornam-se pessoas preocupadíssimas com o que os outros vão pensar e dizer à seu respeito. Devido à isso montam máscaras de suma bondade e compreensão induzindo os outros a pensar o quanto são agradáveis e educados. São eles, os tão famosos bonzinhos, considerados por muitos, os falsos. Passam por cima de seus sentimentos para manter a máscara que no fundo imaginam se proteger das críticas e avaliações. Evitam ao máximo se expor, colocar suas opiniões ou sugestões, justamente para evitar julgamentos ou avaliações externas. Reprimem seus sentimentos de raiva, descontentamento e agressividade prejudicando a si, levando-os a chegar em quadros de doenças (pressão alta, diabetes, stress, obesidade, ansiedade etc) tudo para manter uma máscara de auto controle que a pessoa boa e compreensiva possui. São extremamente gentis, não economizando nos elogios alheios, esperando retribuição dos mesmos. Mal se dão conta de que tal máscara passa a impressão de profunda falsidade e simulação para os que recebem tal atenção exacerbada de gentileza e elogios.
            Como estas pessoas se esforçam de forma sobre humana para manter tais máscaras, assumir um erro cometido é quase que uma missão impossível buscando no fora as razões para tais atitudes ou culpando o outro. Fogem de maneira ferrenha dos processos de auto avaliação por não aceitarem seus erros e falhas. Portanto, aconselhamos àqueles que se avaliaram como vaidosos, ficarem alertas em situações contrárias e de descontentamentos, conscientizando-se que tudo ocorre por culpa própria e que toda dor e revolta sentida são sentimentos potencializados pela vaidade que ao ser dominada alivia muito o peso do dia a dia, trazendo satisfação própria e a verdadeira aprovação tão almejada.

O ORGULHO
3- Toda pessoa que possui em sua personalidade o orgulho desequilibrado, vivenciou em sua infância ou pré adolescência fortes críticas sobre seus comportamentos espontâneos no sentido de menosprezá-los; críticas que os colocavam em condição menor em relação aos outros. Como todo ser humano tem em seu íntimo a necessidade de aprovação, esta situação impressionou por demasia seu ego. Ao se perceber adulto e de posse de si, busca constantemente provar para si e para os outros de que é capaz no que faz recusando críticas com toda força de seus instintos utilizando a raiva como combustível para se defender e fazer o que seja necessário para desbancar a crítica recebida. Exemplo:
            a- Uma criança estabanada, gulosa, barulhenta, birrenta, lenta, etc; que foi duramente criticada por estas razões, onde os apontamentos feitos demonstravam severamente sua falta de capacidade em se comportar como o esperado e trazendo para esta criança o sentimento impotência. Tais marcas costumam ocorrer nos momentos de maior espontaneidade do seu eu, onde receberam tais corrigendas severas mostrando que seu eu era desajustado para a vida social.
            Ao se deparar com a vida e de posse de si, o orgulhoso mesmo se prejudicando seja emocionalmente ou financeiramente dá continuidade a um projeto, a um intento ou a uma cisma, única e exclusivamente, para mostrar que é capaz. Busca constantemente a auto aprovação e por isso é explosivo com aqueles que por ventura se atrevem à criticá-lo em seus atos e determinações.
            Não podemos deixar de ressaltar que como o orgulhoso foi ferido em seu eu, que o ego faz parte de sua conduta diária. Todo orgulhoso tem em si a necessidade de arrecadar aprovações para suas idéias ou ideais e por isto a manipulação, condução e imposição são características comuns de em sua personalidade. Devido tais situações e a busca íntima de aprovação, costuma brigar pelo o que crêem, defendendo com unhas e dentes aquilo que tomaram como verdade ou desejo, por esta razão são muitas vezes taxados como soberbos, donos da verdade  e presunçosos.
            As pessoas ditas orgulhosas não tem como foco primordial o que os outros pensam à seu respeito, como fazem os vaidosos, e sim provar pra si que é capaz. Por esta razão, fica mais fácil o orgulhoso aceitar seu erro, depois de explicações lógicas e convincentes ao contrário dos vaidosos que mesmo após tais explicações e admitirem que erraram, ainda insistem  em buscar ao menos o incentivo para cometerem tal erro no outro ou em alguma coisa.
            Como podemos ver, tudo está interligado, no egoísta existe a vaidade e o orgulho, no vaidoso existe o ego e o orgulho e no orgulhoso existe a vaidade e o ego é como se um não existisse sem o outro porém, cada um tem em si características marcantes que podem e influenciam o dia a dia de cada um de nós.
            O que pretendemos ao postar esta matéria é dizer que todo ser humano traz em seu íntimo a perfeição e em seu emocional a busca constante por ela e pela aprovação do todo. Temos em nosso instinto criador o Divino (perfeição) e sabemos que em nosso Divino somos parte de um todo e não unicamente indivíduos, por esta razão há a necessidade tão grande da aprovação por parte dos demais o que, no final das contas, seria a auto aprovação.
             Sendo assim, deixamos aqui dois conselhos:
1- Leia atentamente o que foi colocado e tenha coragem de se enxergar, encarar os desequilíbrios de seu emocional para poder ajustá-los. Este é o único caminho que trará o bem estar, segurança e equilíbrio do seu íntimo e para sua evolução.
2 - Faça sua avaliação como se estivesse observando uma terceira pessoa. Esta é uma forma de aliviar seu emocional e ter mais razão ao invés de emoção ao fazer a avaliação. Compreenda que ao avaliar uma terceira pessoa, por não estarmos ligados emocionalmente, conseguimos compreender melhor onde está o erro, qual situação a prejudica e somos muito mais complacentes diante das conclusões efetuadas. Estamos dizendo isto justamente porque, além de inventarmos várias máscaras no sentido de nos proteger, somos em nosso íntimo cruéis demais em nossos auto julgamentos, nos condenando além do necessário e muito além do que julgaríamos uma terceira pessoa. Pensem nisso!

Abraços e Luz,
Mãe Solange de Iemanjá

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