domingo, 9 de janeiro de 2011

VIVER CONSCIENTE - Weil

Capítulo II



AUTOMATO OU SER CONSCIENTE?

Nasrudin é um personagem muito conhecido no Oriente, como sábio ao mesmo tempo que cômico. Contam muitas piadas sobre ele, todas elas muito engraçadas porém cheias de ensinamentos. Certo dia ele estava andando a cavalo. O cavalo com fome, se sentiu atraído pelas verduras expostas na frente de um armazém; não teve dúvidas, foi comer as verduras. O dono do armazém, enfurecido, deu um violento golpe na traseira do animal. Este saiu em disparate com tal velocidade que Nasrudin perdeu o controle das rédeas. Um amigo, ao vê-lo passar tão depressa, gritou: “Onde é que você vai assim?”. “Eu não sei!... Ele que sabe!...”, mostrando o cavalo.

Assim somos nós. Temos muito pouca consciência de onde nós estamos e para onde vamos. Consequentemente o nosso controle sobre nós mesmos é quase nulo.

Nem temos consciência de que passamos por vários estados de consciência, e de que a paz interior da qual acabamos de falar, depende em grande parte deste controle assim como do estado de consciência em que estamos.

Assim a todo instante da nossa existência, temos a escolha entre sermos um autômato, ou um ser consciente. Já que é tão importante a consciência, vamos estudá-la mais a fundo.

O QUE É A CONSCIÊNCIA?


Todos os dias estamos andando, trabalhando, convivendo, comendo e bebendo, nos divertindo, sujeitos a pensamentos, sentimentos emoções e pulsões diversas, assistindo à diversas cenas da natureza, vendo o céu, as árvores, ouvindo passarinhos ou o motor de aviões e assim por diante.
De vez em quando algo em nos faz com que nos demos conta do que está ocorrendo. Outras vezes estamos agindo ou sentindo sem o reparar.
No primeiro caso dizemos que temos consciência do que está ocorrendo. No segundo caso somos inconscientes, vivendo como autômatos.

Assim sendo, o observador, que está por detrás de tudo, dentro de nos, é o que chamamos de consciência. O espírito que se dá conta do que se passa, é a consciência.

A consciência é o que temos de mais importante dentro de nós, pois é ela que nos permite e favorece o nosso contato com a realidade. Acontece que ela tem um poder extraordinário: o de nos ligar com verdades muito diferentes das percebidas, quando estamos em atividades corriqueiras como as de trabalhar ou passear. O seu estudo nos reserva surpresas. É disto que vamos tratar agora.

No início quando lidamos com a consciência, pensamos num aspecto puramente pessoal, individual. A percebemos como sendo nossa. Falamos da “Minha consciência”. Mas a medida que entramos em contato com os estados desta consciência em aparência individual, ela vai se ampliar até surgir algo surpreendente...


CONSCIÊNCIA E REALIDADE


A consciência, ainda vista como pessoal e individual, passa por vários estados, como por exemplo o de vigília e o de sonho. Em cada um destes estados, a consciência, que é sempre a mesma, cujo espírito nunca muda, toma contato com varias realidades diferentes. Podemos afirmar que a realidade que vivenciamos é diferente em cada estado de consciência no qual nos encontramos. É uma lei.

Com o fim de fixá-la bem na nossa memória, colocamos esta lei sob a forma da seguinte fórmula, extremamente simples, tão simples que você não precisa assustar:
VR = f ( EC )

Esta fórmula resume o que acabamos de afirmar. Em outras palavras, a Vivência V, da Realidade R, isto é VR é função f, do Estado de Consciência (EC) em que nos encontramos.

Conhecendo os estados de consciência podemos definir a realidade neles vividos.


OS ESTADOS DE CONSCIÊNCIA


Quais então os estados de consciência existentes? Na tradição do Yoga, se conhecem quatro estados pelos quais passa o espírito. Vamos definir cada um. Para isto levaremos em consideração experiências de medidas do nosso organismo, assim como milênios de observação feita pelos sábios de todos os tempos reforçadas pela experiência da psicologia moderna, nela incluindo a parapsicologia e a psicologia transpessoal cuja função é justamente de estudar a consciência e suas manifestações.

Depois de dar uma breve visão de cada estado, iremos retomar cada um para mostrar as principais caraterísticas da realidade que podemos vivenciar em cada um deles, indicando, quando for o caso, as práticas que permitem lidar com certas realidades, normalmente fora do nosso alcance. Veremos também a relação de cada uma delas com a paz e começaremos a tocar no assunto da vida depois da passagem, pois esta última relação é bastante estreita.

Vamos então à uma breve descrição dos estados de consciência. Os quatro estados são os de vigília, de sonho, de sono profundo sem sonho e o estado de superconsciência ou estado transpessoal. Vamos começar pelo estado de vigília que conhecemos melhor.

-         O estado de Consciência de Vigília. É o estado no qual se encontra você, ao ler o presente texto. Nele, nos movimentamos, andamos, conversamos, agimos, trabalhamos, pensamos, sentimos e assim por diante. Ele começa quando, de manhã na cama, nos afirmamos que acordamos. Ele termina quando caímos no sono. Nele emitimos ondas eletroencefalográficas beta que são as mais rápidas. É um estado agitado durante o qual dificilmente temos paz.

-         O estado de consciência de sonho, durante o qual estamos dormindo e ao mesmo tempo vivendo, observando cenas ou participando delas, predominando imagens mentais. O cérebro emite ondas eletroencefalográficas alfa ou teta, mais lentas, e pode se registrar também o movimento constante dos olhos. Quem dorme e está mexendo os seus olhos, está sonhando. Também no estado de sonho, temos poucos momentos de Paz.

-         O estado de consciência de sono profundo sem sonho, do qual não temos, fora de certas condições especiais que iremos descrever mais adiante, nenhuma lembrança, ao contrario do estado de sonho, do qual sobram por vez, alguma memória. Neste estado o nosso cérebro emite ondas eletroencefalográficas extremamente lentas, chamadas ondas delta. Os olhos são fixos, o que permite a um observador externo distinguir este estado do de sonho. A partir do estado de sono profundo, encontramos verdadeira Paz.

-         O estado de superconsciência ou transpessoal, carateriza se entre outros, por uma profunda Paz. É o estado vivenciado por místicos e santos de todas as épocas e de todas as culturas, mas emerge também em pessoas sem nenhuma vinculação religiosa. Quem por ele passa muda completamente a sua visão da realidade e adquire por experiência direta a verdade da não separatividade do eu individual e de um Eu Maior. Quem está neste estado emite ondas delta, extremamente lentas, as mesmas do sono profundo, mas completamente desperto e consciente, o que pode parecer surpreendente.

Vamos agora aprofundar o nosso conhecimento de cada estado de consciência para saber quando estamos realmente despertos, e como chegar ao estado transpessoal, já que é neste estado que reside a verdadeira Paz. Vamos começar pelo estado de vigília.

 

ESTAMOS REALMENTE DESPERTOS NO ESTADO DE VIGILIA?


O que significa estar acordado? Tem você certeza que enquanto você esta cuidando dos seus afazeres diários, você esta completamente desperto? Ou será que você esta numa espécie de permanente devaneio, como se estivesse sonhando?

Para começar responder a esta importante pergunta, vou lhe propor um experimento muito simples. Me dê apenas dois minutos da sua atenção. Logo que tiver lido as instruções, pare de fazer qualquer coisa e procure aplicar a minha recomendação, que é a seguinte: Escolhe um objeto no espaço em que você está agora; pode ser uma flor, um retrato, um quadro, sua TV, uma chave... Uma vez escolhido o objeto, vira o seu corpo inteiramente na direção do objeto que você escolheu. Agora fixa o seu olhar, sua atenção e sua mente exclusivamente neste objeto. Permaneça assim durante uns dois minutos. Passados os dois minutos pare, e volte a leitura continuando deste parágrafo do livro.

O que é que você observou dentro de você? Você conseguiu permanecer plenamente consciente, com a atenção fixa no objeto, sem pensar em outra coisa? Ou se deixou distrair por algum ruído ou outro evento no seu campo preceptivo?

Se você não conseguiu, não se preocupa. Você não é nenhum anormal. De fato a maioria esmagadora das pessoas acaba pensando em outra coisa em poucos instantes depois do início do experimento. Isto é normal. A experiência visa justamente mostrar que de fato temos pouca capacidade de manter a consciência de modo permanente durante o estado de vigília.

Durante os próximos dias, vou lhe propor fazer uma outra experiência.

Continua as suas atividades costumeiras, com apenas uma diferença: De vez em quando, digamos a cada meia hora, procure parar o que você está fazendo, durante alguns segundos. Neste momento singelo, tome consciência do que estava se passando dentro de você. Você estava realmente presente ao que você estava fazendo, ou estava como adormecido, entregue aos seus pensamentos, sentimentos e emoções?

Tome consciência do lugar onde você está, da sua postura, da direção do seu olhar, dos ruídos ao seu redor, do contato da sua roupa com o corpo, dos odores, dos sabores na sua boca.

Então, depois de algum tempo desta experiência, você estará em condições de tirar as suas conclusões sobre a natureza do nosso estado de vigília. Um mestre espiritual bastante conhecido no inicio deste século na Europa, afirmava sem dúvida nenhuma, que durante o nosso estado de vigília, estamos na realidade adormecidos. Precisamos despertar deste estado letárgico. Ele usava exercícios assim com os seus discípulos para despertá-los. Ele usava até um apito para os despertar na hora de qualquer atividade, no momento em que menos esperavam. É o que precisamos fazer o tempo todo, se queremos despertar a plena consciência e nos tornarmos seres lúcidos, alertas e tranqüilos a toda hora.

O SONHO COMO EXPANSÃO DA CONSCIÊNCIA


Muitos pensam que o ato de sonhar é algo de completamente inconsciente. Isto não é verdade. Em primeiro lugar existem vários tipos de sonhos. Em cada um deles recebemos informações preciosas que não podemos conseguir no estado de vigília.
Vamos descrever as diferentes modalidades de sonhos e que tipo de informação que eles nos transmitem ou deles emanam.

·        Deformação de sons

-         Na hora de adormecer, num interregno em que ainda estamos em contato com o mundo exterior, certos sons se deformam. Por exemplo: em vez do som de um cachorro se sonha com a sirene de uma ambulância ou o grito de uma pessoa.

·        Associações livres

-         O sonho nos coloca em contato direto com um banco de dados, um campo que contêm toda a nossa memória individual. No início estes dados circulam e aparecem deformados, de forma desordenada como folhas voando no vento. Idéias, palavras, imagens, sons, odores, sentimentos e emoções desfilam e se misturam sem nenhuma conexão.

·        Sonhos simbólicos individuais

-         Em muitos casos, esta desordem é apenas aparente. Freud fez uma grande descoberta quando colocou em evidência que o que ele chamava de inconsciente individual, costuma mandar mensagens codificadas sob forma simbólica. Se, com ou sem ajuda de um terapeuta versado em psicanálise, nos procuramos descodificas o conteúdo do sonho, podemos ter revelações importantíssimas para a nossa cura e saúde mental e emocional. Esta simbólica aparece sobretudo como conseqüência de recalque de pulsões sexuais ou agressivas. No primeiro caso aparecem por exemplo uma chave penetrando numa fechadura, significando o ato sexual ou um charuto simbolizando um pênis. Contém a história de estudantes, observando rindo e caçoando de Freud que na saída da universidade fumava um charuto. Freud, se dirigindo para eles, furioso, declarou que há vezes em que um charuto é simplesmente um charuto. Embora piada, esta história aponta para certos excessos que se pode cometer ao manejar os símbolos.

·        Sonhos simbólicos do inconsciente coletivo

-         Segundo certas tradições espirituais como o Ioga, além do arquivo de memórias individual, temos acesso, em certas condições tais como o sonho, a um registro universal onde estão contidas todas as memórias do universo. Jung, nas suas pesquisas, também encontrou algo semelhante ou igual, que ele chamou de inconsciente coletivo. Este inconsciente nos manda mensagens simbólicas cujo conteúdo é universal, transcultural, isto é, próprio a todas as culturas. Alguém que recebe conselhos de um velho sábio ou um aviso da grande mãe, está conectado com o que Jung chama de arquétipos, que são as energias fundamentais destes símbolos. Se você tiver um sonho deste teor, será sinal de que você foi conectado com uma das parte mais profundas e verdadeiras do seu ser, e de que você pode confiar e seguir as indicações e mensagens que lhe foram reveladas desta forma. Mas o arquivo do universo é muito mais amplo e pode nos dar acesso a qualquer informação, do passado, do presente ou do futuro, e de qualquer ponto do cosmos ou do nosso planeta. Estamos entrando aqui no assunto dos sonhos parapsicológicos ou paranormais.

·        Sonhos parapsicológicos ou paranormais

-         Freud já afirmava que existem sonhos que não são sonhos, e escreveu três artigos, sobre sonhos telepáticos, embora sem tomar partido a seu favor. Jung deu um passo à frente, pois teve inúmeras ocasiões de constatar a existência e a veracidade dos fenômenos paranormais. Mais particularmente com o físico Paoli, ele estudou os fenômenos de acasos significativos que ele batizou de “Sincronicidade”. Se trata de acasos que não são acasos, pois apresentam as caraterísticas de um sinal ou mensagem provindos de outra dimensão. Você pensa numa pessoa ela aparece ou telefona, você está com um problema teórico e ao abrir um livro por acaso, aparece a solução exatamente na pagina que você abriu também por acaso. No meu livro A Revolução Silenciosa e na Lágrima da Compaixão eu conto muitas sincronicidades que me aconteceram ao longo da minha existência. Tudo indica que este tipo de coincidências significativas esteja aumentando nesta nossa época. Os sonhos paranormais podem ser divididos em várias categorias: Todas elas fazem parte de um fator PSI, isolado por processos estatísticos pelo casal Rhine da Universidade de Duke, já há várias décadas. Este fator PSI compreende um subfator PES ou Percepção Extrasensorial, que abrange a visão à distância ou clarividência, a precognição ou premonição, isto é a percepção ou previsão de eventos futuros, e a retrocognição ou a percepção de eventos do passado. Estas manifestações já são conhecidas desde a antigüidade. A própria Bíblia, no antigo testamento já afirmava que Deus se comunica com os seres humanos através dos sonhos. Em todas as famílias de todas as épocas e culturas há histórias de premonições ou de visão à distância em sonhos. Já em estado de relaxamento profundo, pode-se provocar experimentalmente estes fenômenos que cada:

-         um de vocês pode experimentar dentro de um curso chamado Silva Mind Control. É que o relaxamento profundo nos leva perto do estado de consciência de sonho. Com mais um passo, entramos numa outra categoria de sonhos que não são mais sonhos.

·        A saída do corpo físico

-         Certas pessoas relatam experiências durante o sonho, em que estão voando em cima da sua casa, passeando nas ruas ou visitando familiares ou amigos, percorrendo o espaço acima da cidade, do pais ou do planeta terra. Sabe se hoje, graças a inúmeras, observações e experimentos, que não se trata de um sonho, mas sim de uma verdadeira saída do corpo físico pelo espírito. Tais experiências são relatadas nos estado de NDE (Near Death Experience), em que uns 20 % de pessoas que tiveram uma morte clinica e foram reanimadas se lembram de ter saído do corpo físico e visto o seu corpo de longe, assistindo e dando detalhes da sua própria operação ou transporte em acidente. Existem hoje métodos para obter este tipo de experiência , no Brasil e nos USA. Os lamas tibetanos ensinam esta arte sob o nome de POWA. Quem passa por esta experiência, muda a sua visão da vida e perde o medo da morte pois aprende que a vida é eterna. Por esta razão se considera importante praticar a meditação e o Ioga do sonho lúcido, pois estes métodos de conscientização constituem maneiras suaves e bastante eficazes de não somente saber como é a vida depois da morte, mas também de como nos conduzirmos nesta nova situação.

-         O mesmo se dá para o próximo estado de consciência, o de sono profundo sem sonho.

QUAL A NATUREZA DO ESTADO DE SONO PROFUNDO?


A maioria das pessoas se lembra de alguns dos seus sonhos. Logo não é muito difícil para cada um de nos de compreender e saber o que é um sonho. O mesmo não se dá com o estado de consciência de sono profundo sem sonho. Para praticamente todos nós, o sono profundo é um mistério insondável, tanto quanto a morte. Inclusive o termo “estado de consciência “parece inadequado. Sono profundo nos lembra uma noite escura em que não se enxerga nada.

Pois segundo a experiência dos grandes praticantes do Ioga do sono lúcido, que conseguiram alcançar o estado de sono completamente conscientes, o sono sem sonho é um estado em que aparece a luz do Espírito, uma luz incrivelmente forte. Esta luz aparece também no processo da passagem. Por isto é que há uma relação muito importante entre a morte e o sono profundo. Se conseguirmos alcançar a Clara Luz através da Meditação ou do Ioga do sono lúcido, tornamo-nos capazes de passar em paz, para o outro lado da vida.

A Clara Luz, como a chamam os tibetanos, é a fonte da nossa paz interior. Por isto mesmo, quando acordamos de um sono profundo, temos a sensação de estar em paz completa e declaramos que dormimos bem. Na realidade, todas as noites nos vamos reabastecer o nosso ser em energia vital e paz.

Um estágio adiante é quando você se vivencia como sendo a própria luz, e não a percebendo como sendo exterior a você. Neste caso você alcançou o último estágio, o da consciência transpessoal.

A PORTA DE ENTRADA PARA A NATUREZA DO ESPÍRITO


Contam que Nasrudin tinha perdida a sua chave e não conseguia entrar na sua casa. Era de noite, o céu estrelado, sem nuvens favorecia a claridade de um luar bastante forte. Nasrudin estava no meio da rua, à procura da sua chave. No meio da procura vem um amigo de Nasrudin e lhe pergunta o que ele estava fazendo ali no meio da noite. “Estou à procura da minha chave”, respondeu Nasrudin. É onde foi que você perdeu a chave?, “perguntou o amigo. “No corredor da casa!”. “Mas então porque será que você a procura na rua, se você a perdeu no corredor?”. “Porque lá está muito escuro, e na rua tem a luz do luar...!”. Tal foi a explicação de Nasrudin. A maioria das pessoas se conduzem como Nasrudin, ao procurar a chave da Paz e da Felicidade. procuram o estado de felicidade completa, o de bem-aventurança onde não se encontra, porque é mais fácil, isto é fora deles, num casamento, numa religião, num partido político, num guru do Himalaia, da China ou do Japão. Se forem procurar um verdadeiro mestre, este exercerá o papel do amigo de Nasrudin, e  declarará sem dúvida nenhuma, que a felicidade que você procura fora de você, se encontra na realidade dentro de você. O Espírito, o Divino, o Sagrado ou qual seja o nome que você der ao Essencial da nossa existência, é na realidade um estado de consciência, o estado transpessoal.

Até alcançar este estado, as pessoas costumam expressar crenças ou falam que tem fé em Deus ou no Espírito Santo. Quem passou pelo transpessoal, não precisa mais dizer “Eu acredito, ou eu creio”. Ele poderá a firmar com plena convicção da experiência vivida: “Eu sei!”. Substituir a crença pelo verdadeiro saber, eis o efeito do estado transpessoal.

No início de uma formação transpessoal, é muito difícil aceitar esta evidência, pois estamos muito acostumados com a idéia de que a revelação do divino acontecerá num futuro mais ou menos remoto da humanidade, ou ainda no fim dos tempos, fora do nosso alcance. Ou ainda acreditamos que o “Reino do Pai”, se encontra no Céu, neste mesmo céu azul sem nuvens que presenciamos todos os dias ou de noite, no céu estrelado, alem das estrelas. Por isto quando as pessoas rezam, a tendência é olhar para o céu. Olham para o infinito, o que talvez seja uma forma de contatar o Eterno.

Tudo indica que os termos Céu, Reino do Pai, fim dos tempos, emprestados às escrituras sagradas de várias religiões, são termos simbólicos do estado transpessoal, pois  encontramos nas mesmas escrituras, afirmações de que o Reino do Pai se encontra dentro de nós.

Assim sendo, aquela chave ou aquela porta que achamos se encontrar no fim dos tempos ou num céu inacessível, dentro da ótica dos estados de consciência, é o estado Transpessoal. A porta do Céu se encontra dentro de nos, dentro de cada um de vocês. Este é o Nirvana de Budha, ou o Reino do Pai de Jesus Cristo. Ambos, ao serem perguntados onde se encontra, deram a mesma resposta: “Dentro de você”. Todas as tradições religiosas foram fundadas por mestres que tiveram acesso e estavam neste estado de consciência transpessoal. As tradições espirituais e religiosas são organizadas para transmitir as suas descobertas, e os métodos de despertar o Transpessoal. Umas conseguiram preservar as mensagens originais. Outras a perderam por deformações, em geral devidas a vaidade e gosto pelo poder de alguns dos seus líderes posteriores. Esta é a Boa Nova de Jesus. Moisés também declarou que ele desejava que todos os judeus se transformassem em inspirados (Profetas). Devekut em hebraico, Samadhi em sânscrito, Fana em árabe no Islão, e mais recentemente Superconsciência, Consciência Cósmica, Consciência Universal, Universo Auto Consciente, são, entre outros, termos significando o mesmo estado.

A Psicologia Transpessoal talvez seja para a Psicologia, o que a Física Quântica seja para a Física: uma ciência de ponta, cujas investigações e evidências mudam a nossa maneira de encarar a realidade. Aliás a realidade descrita pelas investigações da primeira, muito lembram as evidências da Segunda.

A compreensão do que se trata, pela maioria das pessoas que não tiveram um antegosto deste estado é muito difícil. Quando dou explicações para o público ou ao escrever estas linhas, me encontro na situação de Nasrudin quando foi chamado para fazer uma palestra para transmitir a sabedoria dele. Veio uma comissão para convidá-lo. Depois de muita relutância ele aceitou. Quando chegou na frente do público, ele perguntou: “Quem é que já sabe algo sobre o que eu vou falar, por favor levanta o braço”. Ninguém levantou o braço. “Então, se ninguém sabe, o que é que eu estou fazendo aqui?”. E Nasrudin foi embora.

Um mês depois, a mesma comissão voltou e diante da insistência da comitiva  que o implorava para voltar, Nasrudin aceitou falar para o mesmo público. Depois de sentar, Nasrudin fez a mesma pergunta: “Quem é que sabe algo sobre o que eu vou falar?” Todo mundo levantou o braço. “Então, se todo mundo sabe, o que é que eu estou fazendo aqui? E foi embora.

Depois de mais um mês, a comitiva voltou implorando de novo o mestre para ele voltar e ensinar sabedoria para o mesmo público. Movido por uma infinita compaixão, Nasrudin condescendeu em aceitar mais uma vez o convite. E lá se foi ele no dia marcado, sentando na frente do mesmo público ávido de receber os seus ensinamentos. E mais uma vez fez a mesmíssima pergunta: “Quem é que sabe algo a respeito do que eu vou falar, levanta o braço!”. Desta vez, a metade da turma levantou o braço, e a metade não. “Então, já que é assim, o que eu estou fazendo aqui? Basta que a metade de vocês que levantou o braço por que sabe, ensina o que sabe a outra metade que não sabe!”. E Nasrudin foi embora definitivamente.

É este o grande paradoxo diante do qual eu me encontro, assim como todos que pretendem ensinar Psicologia Transpessoal, ou simplesmente como é o caso aqui, transmitir algumas noções para mostrar a existência deste estado de consciência. Quem nunca teve nem sequer um antegosto experiencial e nunca vivenciou esta outra dimensão, só poderá ter um entendimento intelectual completamente deformado. É esta dificuldade que Nasrudin tenta nos fazer entender de maneira humorística. Se as pessoas sabem como é não há mais nada a ensinar; e se não sabem, não há possibilidade nenhuma de explicação.

Para contornar esta dificuldade, Abraham Maslow costumava mostrar aos seus estudantes que eles já passaram por uma experiência fronteiriça, limítrofe do transpessoal, que ele batizou de “Peak Experience”, ou experiência culminante. Vou propor isto para você fazer agora. Você pode ler todo o texto antes de começar. Melhor seria gravar ou pedir a uma pessoa amiga para  ler para você.
Fecha os seus olhos, respira fundo e relaxe o seu corpo, sentado ou deitado... Quando você se sentir bem relaxado, entra no seu passado e procura se lembrar, ou evocar, a experiência mais bonita da sua existência.

Vou dar alguns exemplos: Pode Ter acontecido num pôr de sol, numa praia, na montanha, perante um espetáculo particularmente bonito da natureza, durante a gravidez, ao tomar uma criança no seu colo, no nascimento de um filho, ao entrar num lugar sagrado como numa igreja ou num templo, ao tomar contato com uma pessoa particularmente carismática, que lhe inspira pela sua pureza de alma, num encontro de almas através do olhar, numa relação amorosa profunda com ou sem sexo, durante uma sinfonia, diante de um quadro ou escultura, ou uma peça de teatro ou pode ter acontecido também de repente, sem nenhuma causa aparente.

Revive esta experiência como se fosse agora. Deixa se compenetrar pelos sentimentos que ela provoca. Veja os valores que se escondem por detrás dela. Veja se não será isto que você almeja para toda a sua existência. Ah! Se a minha vida fosse assim todo tempo!. Veja se não é por aí que se encontra o verdadeiro sentido da sua existência.

E agora toma consciência de como você está se sentindo agora.

Respira fundo novamente, espreguiça, boceja, abre os olhos e toma contato com objetos do seu ambiente.

Maslow observou que as pessoas que cultivam este tipo de experiência, vivem com mais saúde, se relacionam melhor na vida amorosa, são executivos mais bem sucedidos. As peças de teatro e os filmes que fazem bilheteria, são justamente os que estimulam estes valores que Maslow chamou de “Metamotivos”. maravilhosa, ao assistir a um filme ou uma peça de teatro.

Agora que você sentiu por você mesmo e teve uma pálida idéia do que se trata quando se fala em estado transpessoal da consciência, vamos descrever uma outra abordagem deste novo ramo da Psicologia que é a Psicologia transpessoal. Embora intelectual, ela convence os que tem um espírito muito racional. A questão é tratada como se fosse um lugar desconhecido cuja existência é objeto de controvérsias, mas que foi visitado por várias pessoas. Usando um método padronizado de entrevistas ou mais simplesmente ouvindo os depoimentos destas pessoas, se constata com surpresa que elas contam aproximadamente a mesma coisa. Você chega então a conclusão que o lugar existe mesmo, o que lhe dá até a vontade de ir visitá-lo.

Pois é mais ou menos assim que a questão foi tratada por vários autores inclusive o que escreve estas linhas. Colecionando depoimentos de místicos, sábios e personalidades de varias correntes espirituais e de várias culturas e épocas, se fizeram análise do conteúdo dos depoimentos e estudos estatísticos da freqüência de cada tipo de resposta. Se tem assim uma descrição global das principais caraterísticas comuns destas descrições.

Eis um resumo das descrições da realidade pelas investigações inter culturais e inter religiosas feitas por inúmeros autores da Psicologia Transpessoal:

·        A NÃO DUALIDADE - As pessoas afirmam que o seu ego era visto como uma ilusão e que só existia uma realidade indivisível. Que elas se viveram como sendo o próprio Todo. “Eu era o Todo, estava dentro do Todo e tinha o Todo dentro de mim”.

·        A LUZ NOUMENAL - Este Todo é descrito como uma Luz infinita e eterna, onisciente, onipresente e onipotente. De onde o termo iluminado dado às pessoas que passaram por este estado.

·        INEXISTÊNCIA DO TEMPO - Desaparecem as três dimensões do tempo, passado, presente e futuro. Elas são substituídas por um caráter transtemporal eterno.

·        A INEFABILIDADE - As pessoas afirmam não ter palavras suficientemente significativas para descrever o que se passou.

·        O CARÁTER NOÉTICO - A experiência é vivenciada como sendo real, muito mais real do que a do cotidiano, em estado de vigília.

·        AQUISIÇÃO RÁPIDA DE NOVOS CONHECIMENTOS - Há um acesso direto a um campo informacional infinito onde são adquiridos novos conhecimentos essenciais a compreensão da realidade, numa rapidez tal que serão necessários vários meses para os assimilar completamente.

·        CONTATO COM SERES EM OUTRA DIMENSAO - Estes conhecimentos podem ser também adquiridos por seres de outra dimensão que freqüentemente acompanham a pessoa.

·        O CARÁTER SAGRADO E DIVINO - As pessoas declaram que aquilo é sagrado e divino.

·        ESTADO DE GRAÇA E DE EXTASE - Um verdadeiro arrebatamento acompanha a experiência, com sentimentos de êxtase e de gratidão.

·        AMOR E COMPAIXÃO INFINITOS - As pessoas querem ajudar a humanidade sair da ignorância e aliviar o sofrimento de todos os seres.

·        ACOMPANHAMENTO DE CARISMAS - Muitos são as manifestações paranormais que acompanham e sobretudo precedem a experiência. A sua presença não é considerada importante e os mestres recomendam não se deixar levar por estes ou se apegar a eles.

·        CARÁTER TRANSFORMANTE - Há efeitos posteriores a experiência transpessoal, no sentido do abandono do apego a valores materiais e o cultivo dos valores espirituais, tais como o amor, a beleza e a verdade.

·        PERDA DO MEDO DA MORTE - Um dos efeitos posteriores é o medo da morte, pois dizem as pessoas que o que elas vivenciaram é o que se passa depois da morte.

O que predomina nesta experiência é a descoberta do caráter único da Consciência vista como o próprio universo autoconsciente ou a própria Realidade.

Assim sendo, a fórmula inicial expressando a relação existente entre a vivência da Realidade e os Estados de Consciência, se torna bastante simplificada, da seguinte forma:
R = C.
Isto é, a Realidade é a própria Consciência. É um tanto difícil, para quem não passou pela experiência imaginar uma Consciência que é do próprio Universo e não a nossa pequena consciência limitada, a qual no entanto faz parte da maior. É um tanto difícil, para quem não passou pela experiência imaginar uma Consciência que é do próprio Universo e não a nossa pequena consciência limitada, a qual no entanto faz parte da maior.

Esta pequena consciência individual, percebida como pessoal, foi o nosso ponto de partida neste nosso relato. No estágio transpessoal, esta consciência limitada por um ego, é vista como ilusória.

Quando se fala em Universo Autoconsciente, pensamos imediatamente na nossa pequena consciência; e isto é um obstáculo muito grande.

Como veremos mais adiante, mesmo a experiência transpessoal não é o último estágio da evolução, embora ela seja o último estado de consciência. Além de se estabilizar, ela precisa se adequar com os outros estados de consciência, mais particularmente há toda uma arte de viver nos dois planos, aceitando e respeitando as leis próprias ao estado de vigília. Por isto é necessária uma visão holística que abrange o Pessoal e o Transpessoal, o Absoluto e o Relativo, o Céu e a Terra, dentro de uma só realidade consciência.

Viver consciente implica também em conhecer o mapa da evolução do ser humano. Um dos mais antigos conhecido é o da Esfinge. É disto que vamos tratar agora.

A ESFINGE COMO MODELO EVOLUTÍVO DA CONSCIÊNCIA


A primeira historia de Nasrudin nos mostrou o quanto somos ainda autômatos, precisando despertar a plena consciência. Vimos que uma das, maneiras de fazê-lo é mudar de estado de consciência para chegar ao nível transpessoal, o que se consegue progressivamente através da Meditação.

Ao proceder assim, o nosso ser passa por vários estágios até o total despertar.

A própria estrutura do ser humano pode ser considerada como uma escada de ascensão:
·        Os Instintos, ligados ao corpo físico e suas sensações.

·        As Emoções, ligadas ao nosso sistema afetivo e os sentimentos.

·        A Mente ligada ao nosso sistema intelectual e os pensamentos e a imaginação.

·        A Consciência, como expressão do Espírito.

Cada uma destas funções pode ser considerada como um estágio de evolução e também um tipo de ser humano.

Quem está no primeiro estagio é um tipo instintivo e é dominado pelas pulsões fisiológicas.

Quem está dominado pelas emoções é um tipo emocional e expressa muito os seus afetos.

O terceiro tipo é o tipo mental mais conhecido como intelectual, é dominado pelos pensamentos.

Nenhum destes três tipos humanos são livres. Eles são escravos respetivamente dos instintos, das emoções e da mente. Mesmo o intelectual do qual se pensa que ele tem liberdade de pensamento, na realidade não tem liberdade nenhuma: ele é dominado pela própria mente. Só quando, através da observação interna ou meditação ele descobre que os pensamentos o dominam, é que ele começa entrar no quarto estágio, o da plena Consciência. Só neste estágio que ele pode ser considerado como desfrutando da plena liberdade, mas neste estagio ele não existe mais como ser individual. Em outras palavras, é a Consciência que desfruta da sua própria liberdade.

Esta visão foi divulgada no Ocidente por um mestre sufi chamado Gurdjieff e um dos seus discípulos, o matemático Ouspanski.

Ela coincida com uma interpretação muito antiga do símbolo mais arcaico da história conhecida da humanidade, o da Esfinge.

Segundo esta tradição, a Esfinge seria um modelo da estrutura do ser humano e das ciências humanas enquanto a Pirâmide representaria a grande síntese da ciência, da arte, da filosofia e da religião, divididas na sua base e unidas no seu topo.
A Esfinge clássica é composta de quatro partes: O Boi, o Leão, a Águia e o Homem. Elas representam cada uma das funções acima referidas com uma localização no corpo, da seguinte forma:

Cabeça Humana: A Consciência, situada em cima da fontanela.

A Águia: A Mente, localizada no nível do cérebro, na cabeça.

Leão: A Emoção, localizada no nível do coração no tórax com os braços e as mãos.

Boi: O Instinto, localizado no abdômen com as pernas e os pés.

Existem populações inteiras que ainda estão no nível do Boi, outras são mais emocionais. A nossa civilização está dominada pela Águia. e estamos caminhando lentamente para alcançar o nível da cabeça humana.

Na realidade há um quinto animal que passa desapercebido ou mesmo é ignorado em muitas esfinges, e no entanto tem muita importância pois imprima a dinâmica da vida na esfinge: é a serpente.

Serpente: Ela se apresenta no nível da testa e simboliza a energia, a vida que circula nas diferentes partes da Esfinge. Ela está no nível da testa pois ela pode ser sublimada ou mesmo transmutada dos níveis mais densos do boi, do leão ou da águia, para o nível transpessoal.


Uma vez no nível transpessoal, a energia desperta a plena consciência que por sua vez, dirige com plena liberdade, a energia nos três níveis do ser, o instinto, a emoção e a mente. Eis como o nosso amigo Roland Tompakow representou, no nosso livro O Corpo Fala, esta relação dinâmica entre a cabeça humana, o boi, o leão, a águia, pelo intermediário da serpente.

fig. 3

E agora vamos fazer uma avaliação bastante prática para colocar você diretamente em relação com o assunto.

Onde é que você se situa? Qual o nível que você alcançou na sua evolução? Eis uma pequena escala de avaliação que lhe permitirá satisfazer a sua curiosidade de modo aproximado. Basta você colocar um “X” na categoria correspondente ao que você sabe, observe ou sente em você. Olha agora para a escala numérica e qualitativa.

O número Um corresponde à ausência completa do elemento em foco; o número cinco corresponde a presença per manente dele, e o número três corresponde a uma situação mediana em que as vezes acontece você se sentir ou agir deste modo. Os dois outros números, o número dois e o número quatro, correspondem a situações intermediárias.

E ATENÇÃO!

Cuidado em ser sincero consigo mesmo; cuidado com a tendência de se sobre valorizar por orgulho, ou a ser severo demais por sentimento de inferioridade. Dê uma avaliação global, levando em consideração a maioria dos itens, mesmo se alguns detalhes não corresponderem a você. Passa por cima deles e desconsidera eles em proveito da impressão geral.

ESCALA DE AUTO AVALIAÇÃO

Utilize a escala abaixo para responder as afirmações:

Nunca
Raramente
As vezes
Muitas vezes
Sempre
1
2
3
4
5

Coloque um “X” no quadradinho correspondente a cada afirmação,  que você sente coincidir com o seu caso,

AFIRMAÇÕES


Boi (Instinto)














·   Você gosta de uma vida de aventura, arriscada, combativa, sensual, desfrutando os prazeres eróticos. Você gosta de comer muito e saborear bons pratos e bebidas.





·    Você joga futebol ou pratica luta ou costuma assistir a campeonatos de luta, futebol ou outros jogos de atritos e competição. Você costume torcer com força dentro de você ficando tenso, ou gritando.





·    No seu trabalho você costuma impor a sua vontade, dirigir os outros com força, carregar sozinho coisas ou responsabilidades., assumir riscos. Ou e o seu trabalho implica em grandes esforços físicos, enfrentando mau tempo, perigos de diferentes espécies. Lhe dá prazer de se sentir importante, admirado, respeitado.






Leão (Afeto)

·    Você gosta de lidar com pessoas de modo afetuoso, amoroso, amigo, expressando os seus verdadeiros sentimentos, mesmo as magoas e os ressentimentos. Você fica facilmente ressentido com os outros? Você se sente particularmente generoso, gostando de servir e se sentir útil. Você acha que a coisa mais importante na vida é o amor.





·    Você costuma freqüentar reuniões sociais divertidas, festas, chás de serviço social, encontros entre parentes, pais, filhos irmãos e ou amigos, mesmo em pequenos grupos.





·    No seu trabalho você tem ou procura muitos encontros amistosos, ocasiões de expressar ou lidar com sentimentos e emoções. Você gosta de se sentir útil nas suas atividades. O seu trabalho implica em serviço social, serviços à comunidade, prestar ajuda, conselhos, apoio moral a outras pessoas.






Águia (Mente)

·    Você gosta de pensar, avaliar pessoas ou situações, formar e emitir opiniões, debater idéias dentro de você ou com os outros. Você gosta de especular, criar novas teorias, inventar novos processos científicos, filosofar, estudar, ler livros, fazer novas descobertas na Internet. Você acha que a coisa mais importante na vida é a razão.





·    Nos seus passatempos e feriados você lê livros, estuda, participa de debates filosóficos ou outros, escreve artigos ou livros, fica a toa pensando na vida ou nas suas idéias preferidas, jogar xadrez ou palavras cruzadas.





·    seu trabalho exige esforço intelectual, como dar pareceres, analisar dados, pesquisar processos novos ou antigos, planejar, classificar, organizar, debater, discutir, ensinar., transmitir, treinar, legislar, regulamentar.






Cabeça humana (Consciência)

·    Você esta cativado pelo sentido verdadeiro da existência, abrindo se ao Belo, ao verdadeiro, ao amor. Você está tocado na sua alma pela ação do Espírito em você. Você tem momentos de lucidez e plena consciência do que está realmente acontecendo em você e ao redor de você. Você tem momentos ou vontade de ter momentos de entrega à uma vontade espiritual ou ao divino. Você está procurando despertar Sabedoria e amor dentro de você pois você sabe que eles estão dentro de você.





·    Os seus feriados e férias, você dá preferência à atividades de reflexão espiritual, de meditação, de transformação interior, de estudos e seminários sobre estes assuntos, de encontros entre pessoas com os mesmos ideais para intercâmbio, comunhão de almas, encontro profundo e auto transformação.





·    Você tem uma nítida tendência, em fazer de sua vida profissional uma oportunidade de crescer e de se transformar e ajudar os outros nesta auto transformação, ou então as sua atividade profissional já se inscreve em atividades religiosas, espirituais, tais como mosteiros, sacerdócio secular ou leigo, associação de desenvolvimento espiritual de varias correntes etc.






Agora junta os “X” por um traço e você terá uma visão global de que parte predomina em você. Cada uma das três partes é dividida em três áreas principais: A primeira lida com os seus gostos e preferencias na vida. A segunda se relaciona com os seus divertimentos e feriados. A terceira lida com o seu trabalho.

Agora que você tem uma noção aproximada de onde você se situa e qual o caminho a percorrer, iremos na próxima parte cuidar de aprofundar e detalhar mais esta nova visão energética do ser humano e do universo, visando desenvolver a Arte de Viver em Plenitude.

COMPLEMENTO BIBLIOGRÁFICO


OUSPANSKI. A possível Evolução do Homem. São Paulo. Editora Pensamento.
WEIL, Pierre. A Consciência Cósmica. Introdução à Psicologia Transpessoal. Petrópolis. Vozes.
WEIL, Pierre. A Esfinge. Belo Horizonte. Itatiaia.
WEIL, Pierre. O Corpo Fala. Petrópolis. Vozes.
WEIL, Pierre. A Mudança de Sentido, o Sentido da Mudança. Rio. Ed. Rosa dos Tempos. (Record).
WEIL, Pierre. A Revolução Silenciosa. São Paulo. Pensamento.
WEIL, Pierre. Lagrima de Compaixão. São Paulo. Pensamento.

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